Shooting Star

Amber nunca se conformou com segundo lugar. Ela era uma vencedora e conformismo era atitude de fracos.

Ela foi a melhor aluna, presidente do grêmio estudantil e chefe das líderes de torcida no ensino médio. Era campeã de tênis. Formou-se em primeiro lugar da turma na faculdade de medicina.

As pessoas a viam como perfeita.

Mas Amber sabia que não era perfeita. O cabelo dela não brilhava e ela não tinha aquele charme natural que vem sem esforço. Ela seria elogiada, admirada e invejada, mas nunca amada.

Amber pode escolher entre amor e respeito. Ela escolheu o segundo, mas não sem ter vários momentos de dúvida.

Por mais que negasse sua estima estava muito ligada às pessoas ao seu redor. Ela se sentia estúpida e impotente cada vez que perdia ou não era a melhor.

Por isso ela iria trapacear, mentir e até matar se fosse necessário. Cada vitória tinha um gosto singular que ela queria aproveitar ao máximo.

Amber chorou quando não entrou na equipe de diagnósticos. Ela realmente queria aquilo. Mas então ela ganhou um prêmio de consolação que valia pelo primeiro lugar: Wilson.

Esclarecendo: Amber realmente o amava. Como ela nunca tinha amado ninguém antes. Ele a respeitava como médica e mulher, mas tinha por ela aquela adoração infantil de um príncipe encantado. Nenhum emprego valia isso.

Amber morreu muito satisfeita. Ela não tinha vivido muito ou feito muitas coisas importantes, mas em apenas 28 anos havia conquistado mais do que muitas pessoas em uma vida inteira. Não entrou na equipe de diagnósticos mas conseguiu um feito único:

 Gregory House jamais esqueceria Amber Volkis.

Ela passou pela vida como um facho de luz brilhante, iluminando e cegando para sumir rapidamente na linha do horizonte.

Amber era uma estrela cadente.

Afinal, estrelas cadentes também são estrelas. *

* Eu sei que estrelas cadentes não são estrelas. Na verdade, são meteoróides. Mas encaixava tão bem na metáfora!