Sexta-feira 13 escrita por Reila_Greene


Capítulo 1
Sexta-feira 13


Notas iniciais do capítulo

Achei essa One perdida no meu caderno. Escrevi durante um dia de aulas muito chatas. Era para ser postada na última sexta-feira 13, mas esqueci... XD
Boa leitura!



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Era manhã no mundo real, mais um dia normal de aula. Uma sexta-feira normal.

 

Sem professor na sala, os alunos de uma turma do Ensino Médio conversavam paralelamente. Em sua mesa, Rukia os observava, ainda aprendendo sobre o comportamento juvenil humano.

 

Inoue conversava animadamente com Tatsuki e Chizuru tentava se aproximar para abraçar a primeira. Ichigo discutia com Ishida e Sado apenas os fitava em silêncio.

 

Um grupo próximo à Rukia conversava, e ela não pôde evitar ouvir.

 

– Gente, hoje é sexta-feira 13! – exclamou uma garota que parecia assustada.

 

– Tomara que essas histórias sejam só superstições, porque hoje, sem querer, eu passei embaixo de uma escada lá em casa. – disse outra apertando suas pernas com as mãos um pouco nervosa.

 

– Não sei se são só superstições, só sei que não gosto de sexta-feira 13! – declarou uma terceira com tom de quem encerra o assunto.

 

“Sexta-feira 13? O que esse dia tem de diferente?” Rukia se questionava.

 

Não poderia perguntar para as três garotas, pois parecia ser algo que todos os humanos conheciam. Perguntaria para Ichigo depois da aula.

 

-x-


O dia escolar prosseguiu tranquilamente, com mais alguns comentários sobre sexta-feira 13. Quando a aula acabou, Ichigo e Rukia se despediram dos amigos e seguiram caminhando para a casa dos Kurosaki. Entre uma discussão e outra, a morena lembrou-se que tinha que perguntar uma coisa.

 

– Ichigo, o que é sexta-feira 13? – mandou a pergunta cheia de curiosidade.

 

– É o 13° dia do mês que, por acaso, caiu na sexta. – respondeu monotonamente.

 

– Não, sério? – o sarcasmo na voz de Rukia era palpável – Tem alguma coisa relacionada com passar debaixo de escadas.

 

– Ah, é só um dia que dizem que se você fizer umas coisas, você fica com azar. Passar por baixo de uma escada é um exemplo.

 

– Entendo. E funciona? O que mais dá azar? – questionou ainda mais curiosa

 

– Rukia, isso não existe. É um mito. – o ruivo respondeu ficando impaciente pelas perguntas e por Rukia estar acreditando em superstições.

 

– Se não existisse os humanos não falariam tanto disso. – Rukia rebateu, também ficando impaciente.

 

– Falam porque não têm nada melhor para fazer.

 

– Não vai me contar mais do que isso, não é? – a pequena perguntou o fitando malignamente.

 

– Não. Não vou ficar falando de coisas que não existem.

 

– Tudo bem, então vou procurar alguém que me responda. – declarou emburrada, virando as costas para o garoto e caminhando na direção oposta, deixando o ruivo surpreso com sua reação e murmurando “idiota”.

 

Já que Ichigo não lhe dera uma explicação decente sobre a sexta-feira 13, Rukia iria falar com alguém que respondesse suas perguntas claramente. Mas quem...

 

Orihime? Poderia ter perguntado a ela na escola.

 

Yuzu? Mas ela ainda não estava em casa.

 

A última esperança era Urahara, então foi para a loja dele.

 

-x-


Na loja, Urahara estava sentado bebendo chá ao lado de Yoruichi, que bebia leite em sua forma felina. Ururu abriu a porta da sala e anunciou a visita.

 

– Ah, Kuchiki-san... A que devo sua visita? Problemas com o gigai? – perguntou o gerente assim que Rukia apareceu na porta.

 

– Não, não há problema algum. Apenas gostaria de tirar uma dúvida sobre as datas humanas e já que o Ichigo não me ajudou muito, achei que poderia lhe perguntar. ­– Rukia disse como uma criança que enrola antes de perguntar algo aos pais.

 

– Uma dúvida sobre datas? Sente-se aqui conosco. – Kisuke falava enquanto pegava mais um copo para por chá para Rukia. – Diga, qual é a sua pergunta?

 

A morena sentou-se e aceitou o chá.

 

– Em que a sexta-feira 13 se diferencia dos outros dias?

 

Yoruichi desviou sua atenção da tigela de leite pela primeira vez desde que Rukia chegou.

 

– Sexta-feira 13 é o dia em que os humanos pensam que tudo dá azar: ver gatos pretos, pisar em rachaduras, quebrar espelhos...

 

– Passar embaixo de escadas. – Rukia o interrompeu.

 

– Passar embaixo de escadas também, entre outras superstições. – concluiu o gerente.

 

– Mas por que levam essas superstições mais a sério nesse dia?

 

– Por várias razões, mas alguns dizem que é porque as reuniões das bruxas eram feitas nessa data antigamente.

 

– Ah, agora eu entendi! – Rukia exclamou feliz – Obrigada pela explicação, Urahara! Até mais, Yoruichi-san!

 

– Por nada, volte sempre que quiser perguntar algo. – respondeu Urahara sorrindo como só o próprio fazia.

 

Rukia levantou-se e saiu apressada, deixando a sala onde o homem escondia o rosto com o leque e o gato fitava sua tigela refletindo: “Ela nem percebeu que estava perto de um gato preto”

 

-x-


Rukia foi para casa correndo, queria dar uma voadora em Ichigo por não ter lhe explicado algo tão simples. Seu caminho passava por uma praça onde estavam poucas pessoas. Entre elas, a morena reconheceu uma cabeleira laranja sentada no banco de costas para ela. Foi até lá silenciosamente e deu um tapa na parte de trás da cabeça do ruivo, que se levantou por reflexo.

 

– Que diabos está fazendo, Rukia? Ficou maluca de vez? – resmungou Ichigo massageando a área da cabeça que fora acertada.

 

– Não me chame de maluca! Isso é por você não ter me contado sobre a sexta-feira 13! – respondeu ‘delicadamente’.

 

– Então descobriu o que é?

 

– Sim, e não foi graças a você.

 

– E ainda tem gente nesse mundo que responde esse tipo de pergunta?

– disse provocativo.

 

– Ora, seu...

 

Rukia ia bater no garoto novamente, mas ele conseguiu segurá-la pelos pulsos e a trouxe para bem perto de seu corpo. A inesperada aproximação fez ambos corarem, mas não se afastaram. Ficaram se encarando, observando o rubor na face do outro até que seus olhares se tornaram cúmplices, desejando a mesma coisa.

 

Ichigo aproximou-se mais da garota até tocar seus lábios nos dela. No começo hesitante, mas ganhando vontade à medida que Rukia correspondia. Soltou os pulsos dela e desceu suas mãos até a cintura feminina, enquanto a morena segurava-o pela nuca com uma mão e a outra passeava pelos cabelos alaranjados. As línguas dançavam no ritmo ditado por Ichigo e Rukia apenas o imitava. Ela o deixava guiar o momento por falta de experiência. Experiência que Ichigo também não tinha. Estavam satisfazendo um desejo que nutriam a algum tempo em segredo, algo que ambos queriam, mas não tinham coragem para dizer. Nem se importaram com o fato de estarem se beijando no meio da praça em plena luz do dia. A intensidade do ato foi tanta que Ichigo tirou Rukia do chão.

 

Com os corações a mil e sem ar nos pulmões, cessaram o beijo. Mas, ainda com os olhos fechados, não puderam esconder um sorriso.

 

– Vamos para casa. – o ruivo disse pegando a mão da pequena e recomeçando a caminhada.

 

– Falando nisso, por que parou na praça? – Rukia quis saber.

 

– Porque a Yuzu e a Karin devem estar voltando da escola agora, e eu não queria ficar em casa sozinho com aquele velho maluco. – respondeu franzindo o cenho, demonstrando seu imenso ‘carinho’ pelo pai.

 

 

Quando finalmente chegaram à casa da família Kurosaki, não perceberam que ainda estavam de mãos dadas e por isso tiveram que agüentar o escândalo que Isshin fez chorando e dizendo para o pôster de sua falecida esposa que seu filho finalmente tinha virado homem, o que fez Ichigo dar um soco na cara do pai e Rukia corar violentamente.

 

No final de tudo, gatos pretos dão azar... Ou não.

 


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Notas finais do capítulo

Bem, como disse anteriormente, fiz escondida dos professores na sala de aula, então, perdoem se estiver muito corrida...
Bjinhos!

P.S: Reviews deixam a autora muito feliz e não fazem os dedinhos caírem