Brenda estava ansiosa, iria ver seu melhor amigo depois de cerca de uma semana.

Desde que se conhecerão e virarão amigos, nunca haviam ficado mais de dois dias sem se verem, estava morta de saudades.

 O helicóptero de Luiz Eduardo acabara de pousar,no andar térreo do prédio,Brenda usava um óculos escuros para que os raios do sol não afetassem sua visão.O vento que era provocado pelo helicóptero faziam seu longo cabelo preto dançar na dança que o vento lhe

Proporcionava.

Eduardo estava voltando de uma palestra que ele havia dado, sobre arquitetura. Ele era um arquiteto muito bom no que fazia,

Era sua paixão, havia desenhado grandes construções, já tinha ate recebido um prêmio de arquiteto do ano, e agora estava melhor do que nunca.

Somente uma coisa não estava bem, e tinha nome, Brenda.

Desde quando se conheceram viraram grandes amigos, mas de um tempo para cá a estava olhando de um jeito diferente.

Estava começando a se sentir mal por isso, mas não podia evitar era mais forte que ele.

Quando ela estava por perto seu corpo automaticamente respondia a sua presença marcante.

Mas não podia lhe dizer nada, seria loucura ela o chamaria de louco e a amizade acabaria.

Preferia mil vezes conviver com esse amor do que perder a amizade dela.

Brenda saiu correndo ate o encontro de Eduardo quando o viu descer do helicóptero, e se abraçaram, como era de costume Eduardo a levantou no alto e a girou e disse.

-você esta linda sabia?

-Você mais ainda. Disse ainda abraçada por ele.

Eduardo tirou os óculos escuros que Brenda usava, somente para ver os olhos azuis que eram escondidos.

Com um sorriso ele disse.

-você me encanta com seus olhos!

-Ah!Eduardo assim você me deixa sem graça, e alem do, mais seus olhos castanhos claros são lindos, e combinam com seu cabelo.

-Quer almoçar comigo?perguntou ele com um sorriso.

-Adoraria.

Eduardo olhando no relógio que marcava 11:30 falou.

-Podemos descer e almoçar no restaurante do hotel, o que acha?

-maravilha.

Abraçados, desceram o elevador que os levaria ate o primeiro andar onde se situava o restaurante.

                                                     II

Quando chegaram ao restaurante, Brenda viu uma mulher com seu lindo filhinho, ele parecia ter 3 anos de idade,aquilo a emocional bastante.

As pequenas mãozinhas tentando segurar o potinho de sorvete de chocolate que lhe borrava todo o rosto. Ela tinha 28 anos e ainda não tinha um namorado ou um marido,mas desejava muito ter um filho.

Mas tinha medo de se apaixonar e acontecer a ela o que havia acontecido à alguns anos atrás.

Ela iria se casar, já estava tudo pronto, estava mais feliz do que nunca, Ryan, era o melhor homem do mundo. Planejavam ter um filho juntos, mas nada disso aconteceu. Ryan a abandonou no altar,alegando que não podia fazer aquilo,que era melhor para os dois.

Que ela merecia alguém melhor do que ele, mas ela não entendia o porquê daquilo tudo.

Talvez nunca soubesse por que, nunca mais o viu novamente.Ela só conseguiu superar tudo porque Eduardo estava ao seu lado.

Nunca a abandonou, os primeiros meses foram difíceis, a vergonha que sentia das pessoas na rua,de seus parentes, mas agora já estava tudo bem,aquilo só serviu para deixar ainda mais forte a amizade de Eduardo com ela, estava distraída Quando ouviu a voz de Eduardo chamar seu nome,dizendo que a mesa já estava pronta.

Conversavam animadamente quando o garçom chegou trazendo para eles o prato da casa,estavam muito felizes por estarem se vendo de novo.Quando ele se afastou Eduardo começou a falar.

-Que bom que esta aqui.

-nossa eu senti saudade sua a semana inteira.

-E eu você nem imagina, bem agora quero tiram um pequena folga do trabalho,e queria te fazer um pedido.

-Um pedido?Perguntou tomando mais um gole de seu suco.

-Sim, quero convidá-la para passar o final de semana comigo na minha casa no sítio,poderíamos andar a cavalo,pescar,nadar.

Quero muito que vá.

Brenda fez uma cara de decepção e disse.

-Acho que não poderei ir,você sabe eu sou repórter e tenho muito trabalho,ainda mais essa semana.

-Por favor Brenda.Disse colocando a mão sobre a dela.

-Eu tenho que escrever um artigo muito importante esta noite,sinto muito.

-E se terminar a tempo?Poderá ir?

Ela pensou um pouco e disse.

-Acho que sim,mas seria quase impossível,eu terminar hoje,é muito serviço,mas agradeço o convite,talvez semana que vem.

Tirando suas mão da dela,e totalmente desapontado Eduardo disse:

-Vamos almoçar,você deve ter muito trabalho.

-Eduardo...

-Não Brenda não tem problema,eu entendo,mesmo.

 Brenda ficou muito mal.Agora a pouco ele estava tão feliz,mas agora estava muito magoado.Ela tinha que trabalhar,era sempre assim.

Eduardo a convidava e ela não podia ir.Mas ele nunca reclamou,só ficava triste,não queria desapontá-lo mas sua profissão exigia muito dela.

Então teve uma idéia.

-Olha,eu tentarei terminar,prometo que tentarei,e assim que terminar te ligarei.Esta bem?

Perguntado tentado tirar um pouco da tenção.

Ele fez que sim com a cabeça,mas ela sabia o que aquilo significava,era sempre o que acontecia,ele fazia que sim mas já esperava,que ligassem dois dias depois.Brenda não podia mais aceitar decepcionar Eduardo.

-Sinto muito.Brenda disse se levantando e indo embora,não podia mais ficar a única coisa que conseguia fazer era decepcionar Eduardo.

Depois de tudo que ele fez por ela,ele custava pedir algo a ela,mas nunca podia.

Era melhor ir embora,não podia magoa-lo mais.

Eduardo não acreditou quando viu Brenda se levantar e ir embora,Não podia deixa-la ir embora assim.Então deixou o dinheiro da conta e saiu atrás dela,Brenda estava atravessando a rua,quando a grossa voz de Eduardo chegou a seus ouvido.

-Brenda me...

-Não Eduardo,a culpa é minha sinto muito por te magoar tanto,mas é o que posso oferecer.

-Brenda não,me desculpe você.Disse a pegando pelos ombros.-Fui egoísta,Você tem suas prioridades e o que quero dizer é...que...não fique com raiva de mim,desculpe.

E a abraçou,Brenda sentiu algo estranho naquele abraço,parecia que Eduardo estava carente,e sentiu que naquele momento por alguma razão,ele estava carente do carinho dela.

Com todo cuidado ela o empurrou de leve,e olhando nos olhos dele perguntou.

-Eduardo o que esta acontecendo?

O coração dele acelerou e não sabia o que fazer,não podia falar para ela naquele momento.

-nada,só não suportaria não ter sua amizade.

-não, parece isso,parece que precisa desabafar,quer conversar comigo?

Ele passou os dedos pelos cabelos dela e pensou:

- se você soubesse Brenda,se soubesse o quanto gosto de você.mas não é o momento.

-Não é nada, vá para casa e descanse um pouco nos vemos depois,prometo que não ficarei chateado.

Deu um beijo na testa dela.Se virou e foi embora porque se não a beijaria sem reservas com total entrega,esquecendo ate que eram grandes amigos.

                                                               III

Era sexta a noite e Brenda trabalhava sem parar,não queria ter decepcionado Eduardo mas ela tinha que termina,passar um monte

de arquivos de folhas para o computador,talvez não conseguisse terminar a tempo para ir com ele ao sítio.

- sinto muito Edu,não vou consegui.

Largou os papéis no chão e se jogou no sofá,de repente a campainha tocou.

Levantou-se e foi ate a porta.Estava com uma roupa bem casual,quando se esta com muito trabalho e totalmente perdida.

Para sua surpresa,era Eduardo,ela mau acreditou quando olhou pelo olho-mágico.

-Edu!Disse o abraçando.

Ele trazia uma garrafa de vinho,e duas taças.

-quer se distrair um pouco?

Brenda estava meia indecisa,tinha bastante trabalho,e não podia para,mas ele tinha sido tão legal com ela compreendendo que

não poderia ir com ele,que seria ate maldade fazer aquela desfeita com ele.

-sabe que estou trabalhando.

-Por favor Brenda dez minutinhos.Era praticamente uma suplica,ela amava o jeito como se tratavam,ele era gentil,amigo e sempre via

como ele fazia sucesso com as mulheres,ele tinha olhos incrivelmente lindo,sempre admirou ele,realmente ele era lindo.

uma vez sua amiga Danny,achou que eles eram namorados,então Brenda disse.

-Que isso Danny,ele é meu melhor amigo.

-você não vive dizendo que quer ser mãe,ele me parece que seria um ótimo pai.

Levantando-se da poltrona vermelha em que estava sentada Brenda disse.

-isso é loucura,e mesmo que eu fosse apaixonada por ele,sem a mínima chance conseguiria ficar com ele,sabe porque?

-não,sinceramente não sei,vocês dois são adultos,sua mãe adora ele,e o seu pai também.

- ate hoje que eu saiba,o vi sair somente com modelos.

-Que ele não gosta.

-ate parece que eu faço o tipo dele,vamos esquecer esta conversa,e voltar a escrever os artigos.

Desde então não pensou mais nisso.

Ate hoje,quando viu aquele lindo garotinho.

Eduardo seria um ótimo pai,ele é atencioso,carinhoso,e muito responsável,mas ele nunca gostaria dela.

-Esta bem Edu!mas somente dez minutos.

Eduardo entrou e colocou a garrafa de vinho e as duas taças na mesinha de centro,sentou-se no sofá e disse.

-eu não vim aqui a toa. Vim te ajudar a escrever assim você termina rápido e amanhã bem cedinho poderá ir comigo para o sítio.

-Eduardo!Brenda não podia acreditar no que ouvia, ele realmente havia ido ali para ajudá-la?

-Eu não acredito, serio?

-Seriíssimo, vamos terminar rapidinho.

-Acho que vai demorar mais que dez minutinhos!Disse Brenda.

-Eu fico você tempo que for necessário.

-Você não existe. Disse cutucando ele no braço. -Eu aceito sua ajuda de bom agrado.

-Acertou, não existo, sem você.

Fechando a porta e indo até Eduardo Brenda disse:

-Você diz coisas tão lindas, deve dizer isso para qualquer garota.Falou

Brincando ele respondeu:

-Como descobriu meu segredo?

-Está no seu Olhar. Ambos riram

-Está querendo dizer que sou galinha?Fingiu de ofendido.

Brenda dando de ombros indo para a cozinha falou:

-Não exatamente, estou querendo dizer que nunca te vi sozinho, sempre tem uma modelo convencida babando por você, principalmente aquela Graziella.disse fazendo careta.

Brenda se referia a uma ex-namorada de Eduardo.

-Que isso Brenda. Disse indo atrás dela e entrando na grande cozinha verde e branca.

Sentando em um banco que ficava na divisória da sala com a cozinha ele continuou enquanto Brenda colocava mini-pizzas para assar.

-Ela não era tão chata assim.

-Imagina. Falou com sarcasmo, e pegando refrigerante para os dois.

-Ela era metida, chata, insuportável, e não gostava nem um pouquinho assim de mim.

Fez um gesto com os dedos.

Eduardo começou a rir.

-É deu para ver no dia em que vocês brigaram.

-Ela me ofendeu. Falou na defensiva.

-Mas você também cutucou. Continuou apontando para ela.

-Olha, se ela não tivesse dito que eu fico grudada em você como um carrapato, e me chamado de aproveitadora e que eu só queria seu dinheiro, eu não a teria arranhado tanto.

Eduardo riu tanto que começou a passar mal.

Brenda vendo ele se contorcer todo foi ajudá-lo.

-Eduardo.

-Brenda eu estou passando mal de tanto rir.

-Você é um idiota.

Se controlando um pouco, continuou:

-Eu adorava vê vocês em pé-de-guerra, mas apesar de tudo eu não poderia deixar que ela fizesse aquilo tudo com você.

Olhando nos olhos dele e bem perto, sem maldade ela perguntou:

-Porque terminou com ela, parecia que vocês se gostavam tanto.

Eduardo pensou:

-Se você soubesse minha pequena, se soubesse que eu terminei com ela porque te amo tanto, e eu não queria me enganar, não era justo comigo, nem com ela.

-eu terminei com ela por que... Eu... Achei que não ia dar em nada, mas...

Disse mudando de assunto.

-Vamos trabalhar se não, não conseguiremos terminar a tempo.

Dando-se por vencida Brenda falou:

-Você tem razão.