Pain Of Love escrita por EccentricRK


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

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Eu queria esqueçer tudo aquilo que eu ouvi, queria não acreditar . Mas parecia tão estampado em minha cara, tão claro e evidente. Aquilo novamente se repetiu, ouvir ele me chamar de amor agora foi a gota d’água, me levantei e fui até ele, levei toda minha raiva e mágoa por Tom em um tapa que dei em seu rosto que o fez virara violentamente. Ele me pareceu não entender o motivo, mas diferente de mim eu já sabia claramente o que estava acontecendo. Sai da cozinha em silencio e subi as escadas rumando o quarto. Adentrei este fechando a porta, me sentei na cama pegando o telefone, sem pensar duas vezes liguei para Jhon. Não demorou e ele atendeu.

 

J: Bill!?

B: H-Hallo Jhon, ahm... posso lhe pedir um favor ? – Minha voz era mesclada e não negava que estava chorando –

J: Sim.. claro Billy, aconteceu algo?

B: Não.. apenas venha me fazer companhia hoje?

J: C-Claro que irei mas.. e Tom?

B: Hoje ele não durmira em casa... então te espero á noite, beijos.

 

Desliguei o telefone antes que ele respondesse e me deitei afundando o rosto no travisseiro. O choro havia cessado, mas aquela duvida estava me corroendo por dentro. Um misto de dor, amor e ódio.. apenas eu entendia como estava naquele momento. Ouvi Tom bater na porta, fiquei em silencio até que ele perguntou.

 

T: Bill, você esta bem? O-O.. que foi aquilo?

B: - Permaneci queto

T: Tudo bem.. se não quer falar eu entendo, hm.. quer que eu durma aqui hoje? ..

B: NÃO! – Disse de forma grossa –

T: T-Tudo bem...

 

Ouvi os passos seguir pelo corredor, e logo descer as escadas. O silencio tomou conta do cômodo, não demorou e aquele clima me domou e cai no sono.

 

18:45, acordei com a cabeça pesada, uma fome exageradamente forte, já sabia que logo Jhon iria chegar então tratei de ir tomar um bom banho e me vestir. Feito isso, já vestido normalmente desci e fui para a cozinha, decidi pegar algo pra comer mas antes de chegar a cozinha a campainha tocou, fui atende-la e era ele, Jhon. O cumprimentei com um abraço carinhoso e ele entrou, carregava nas mãos sacolas de um restaurante aqui perto de casa, Satoshi’s sushi. Ah, comida japonesa tudo o que eu precisava.

 

J: Ah, comida japonesa, sua preferida.

B: Obrigado, estou mesmo com fome. Vamos comer então.

J: Vamos.

 

Ele levou as coisas para a cozinha e arrumamos a mesa. Jantamos e a comida estava divina, como queria.

 

 

 

 

 

 

Almoçamos, ou melhor, jantamos juntos, conversamos a tarde toda até a noite de fato cair. Jhon me fez esquecer todos os problemas, mas o ponto chave de tudo aquilo não estava dando certo. Eu sentia no fundo a mágoa de tudo o que ouvi esta manhã, queria saber o motivo daquilo e poder me vingar... Talvez... NÃO Bill!... Não! Eu não poderia descontar no pobre Jhon que eu sabia que gostava de mim, a

 

 

 

mágoa que Tom me causou. Ou poderia? Será que pelo menos uma vez eu poderia me vingar de Tom lhe devolvendo na mesma moeda? Sim, ao pensar nessa possibilidade meu peito inflou de tal maneira que me fez jogar o corpo pra frente, estamos sentados no sofá, Jhon bem a minha frente e com tal impulso nossas testas se juntaram, eu passei a olhar em seus olhos azuis tentando emitir um desejo que não existia, apenas queria que ele me cedesse à possibilidade de experimentar varias sensações novas. Traição, Abuso e Êxtase de ter me vingado. Ele parecia me olhar sem entender, porém não recuou o rosto e sem demora colei nossos lábios em um beijo intenso. Sua boca tinha um gosto doce, talvez fosse pelas balas que o mesmo chupava e tratou de engolir assim quando nos beijamos, eu impulsionei novamente meu corpo pra frente assim o deitando, a barriga volumosa já era um obstáculo e tanto, pois não podia sentir seu corpo tocar ao meus pois fiquei suspenso sobre as pernas naquela posição vulgar. De quatro! Mas eu não queria isso, o beijo já era mais que o suficiente, assim após sentir meu corpo dominado por aquela sensação descolou nossos lábios bruscamente me sentando novamente onde estava de inicio. Eu ria internamente, alias, eu explodia em risos histéricos por dentro, e eu de fato não sabia o porquê. No fim aquele beijo não significou nada, e nem me deixou tão bem assim, que seja! Ele não parecia entender nem um pouco daquilo, mas tratou logo de me deitar bruscamente ficando sobre meu corpo, eu arregalei os olhos um tanto assustado.

 

B: J-Jhon?

J: Eu te quero Bill..  eu quero você !..

 

Meus olhos arregalavam e um medo repentino percorreu meu corpo. Ele levou seus lábios ao meu pescoço sugando-o com força enquanto sua mão sem pudor algum adentrou minha calça pegando em meu membro o que me arrancou um grito alto e fino. Eu empurrei-o que logo caiu no chão, meus olhos estavam inundados em lagrimas.

 

J: Saia daqui Jhonny, Agora! – Me levantei rapidamente e subi para o quarto correndo onde logo em tranquei no mesmo –

 

Eu não queria saber se ele de fato tinha obedecido minha ordem, eu me deitei na cama agarrando o travesseiro, chorava. Eu não entendia também o motivo de minha reação, foi tudo automático, eu poderia suportar Jhon me beijar, por todo o corpo onde quisesse menos em meu membro... em onde apenas uma pessoa tocou em toda minha vida. Tom... O sim, Tom. Que droga eu tinha acabado de fazer... Tom deveria saber ou não? Mas... E nós dois? Ele com certeza me deixaria, então Tom não iria saber disso. É... Assim será melhor...

 

 

Quando me dei conta o quarto estava claro, eu teria dormido? Acredito que sim, minha cabeça doía, a primeira coisa que fiz foi ir ao banheiro faz minha higiene. Feito isso eu fiquei a fitar o espelho, meus olhos estavam fundos e opacos. Suspirei e com um elástico prendi meu cabelo e sai do banheiro. Troquei e roupa logo desci, quando cheguei na ponta da escada eu vi a porta do escritório onde manha passada eu ouvira aquilo, meu corpo tremeu, certamente Tom estava ali, em silencio e passo-por-passo caminhei até a sala do escritório, antes que eu pudesse aparecer na porta, ouvi Tom apenas dizer um Tchau. Novamente ele no telefone, e supostamente com a mesma pessoa de ontem. Eu suspirei pesadamente e apareci na porta ficando de frente pra ele. Tom estava sério e me olhava sem emoção alguma.

 

B: Ohayou.. 

T: Bom dia, Bill. 

 

Ele provavelmente notou as olheiras a cara de choro. Porém não perguntou sobre isto e sim outra coisa.

 

T: Quem esteve aqui com você ontem à noite?

B: O-Ontem?.. 

T: Sim Bill, eu vi na mesa da cozinha dois pratos, dois copos.. hashis e comida japonesa. Quem jantou com você? - Ele me fitava séria mente, eu não podia dizer a verdade então suspirei e disse -

B: Kelly veio me fazer companhia...

T: Até que horas ela ficou?

B: E isso importa? ..


Eu me virei e ia saindo rumando novamente o corredor, até que fui pego pelo braço e encostado na parede. Ele me olhava e evidentemente Tom estava chateado, agora com o que eu já não sabia. Ou sabia?

 

T: Por deus pode me dizer o que está havendo? Um dia você esta super feliz, sorrindo, me dá beijos e tudo mais, no outro me dá um tapa na cara, me evita não deixando eu passar a noite com você e traz uma garota pra lhe fazer companhia? O que foi, a Kelly pode te dar o que eu não dou? Vai me dizer que veio descobrir que é hetero agora?

 

Sem pensar duas vezes e já com os olhos marejados dei um tapa em sua face novamente. Soltei-me de seus braços e disse deixando as lagrimas cair.

 

B: O hetero aqui não sou eu, e eu não preciso de um caso pra me sentir completo. Eu tendo um homem só pra mim está mais do que bom, diferente de você!

 

Sai correndo subindo as escadas, foi quando pisei em falso em um dos degraus e cai. Segurei-me no corre mão e mesmo assim a queda foi inevitável, porém menos drástica. Cai de bunda no chão o que me arrancou um gemido alto de dor. Tom logo estava ali, seu rosto pálido feito uma folha gesso.

 

T: P-Por deus Bill você está bem?

B: Saia daqui! – Eu disse em um tom alto, porém uma pontada me fez encolher o corpo gemendo de dor – A-Aaaii...

T: B-Bill.. Você está.... Sangrando...

Os olhos de Tom, arregalados e já se enchendo de lagrimas olhava minhas pernas, assim também tratei de olhar e vi uma poça de sangue se formando. As pontadas agora eram mais fortes. Meus filhos? NÃO! Nada poderia acontecer à minhas crianças. Tom rapidamente se levantou me pegando no colo, eu mal tinha forças para segurar nele, enquanto íamos para fora de casa em direção ao carro de Tom, eu podia ver seus olhos derramando lagrimas, eu estava preocupado demais com meus filhos pra poder pensar em Tom, minhas mãos postas sobre a barriga e as lagrimas corriam sobre meu rosto. Não poderia perder minhas crianças. Hikaru e Kaoru eram minhas vidas, minhas motivações daqui pra frente, seriam a única coisa que sobrara de mim e Tom. Sim, eu estava decidido a nunca mais vê-lo. Suas lagrimas, suas desculpas.. Nada poderia me fazer voltar atrás desta vez. Quando vi já estava deitado no banco de traz do carro dele. Uma dormência em meu corpo e um peso em minha cabeça estava me deixando tonto, Tom falava comigo porem suas palavras soavam pastosas e lentas. Assim, o desmaio foi certeiro.

 

 

 

 

 

 

 

Quando acordei ainda sonolento, estava em uma maca. O cheiro de hospital logo invadio meu nariz fazendo-me ter certeza de onde estava. A luz forte e branca me impedia de abrir os olhos completamente. A única coisa que vi foi do lado de fora da sala atrás do vidro, Tom me olhando. Seus olhos ainda não deixavam de soltar gostas após gostas de lagrimas. O médio veio e disse alguma coisa pra Tom e ele logo entrou na sala. Veio até mim e pegou uma de minhas mãos. Eu as soltei rapidamente e disse baixo sem forças.

 

B: Não.. Não toca em mim...

T: Bill o que está havendo?

B: Eu nunca mais quero te ver Tom... Saia daqui.

T: O que eu fiz Bill, por deus o que eu fiz?

B: Traio minha confiança novamente... Nunca está satisfeito. Sempre tem que ter outra, sempre tem que fazer o Bill de idiota, de CORNO! – Eu já gritava mesmo sem forças, foi quando os aparelhos apitaram por conta da minha exaltação –

T: D-Do que esta falando? Eu não estou te traindo Bill, e acalme-se logo será seu parto tem que estar calmo...

B: Não se preocupe comigo e nem com meus filhos. Do que estou falando? Você sai no meio da noite, volta apenas no outro dia, ouço você dizer que ama outra pessoa por telefone e isso vem se repetindo novamente e você ainda vem me perguntar do que estou falando? – Fechei meus olhos e tentei manter a calma soltando um suspiro pesado –

T: Eu falava pelo telefone com nossa mãe, que está vindo pra cá para... o nosso casamento... – Ele disse baixo com os olhos voltando a derramar lagrimas, eu abri os olhos arregalando-os –

B: C-Como?

T: Isso mesmo que você ouviu, eu estava preparando junto com ela a surpresa do casamento... Se quiser confirmar.. Pode ligar pra ela.

 

Uma pontada em meu peito encheu meus olhos de lagrimas rapidamente. Eu não podia acreditar naquilo. Então, tudo o que eu fiz e disse foi um engano? Eu teria traído Tom de besteira? Não Bill... Não! Eu já chorava, chorava de soluçar e sem pensar me agarrei em Tom fortemente, ele me abraçou e ambos chorávamos.

 

T&B: Perdoa-me...

 

Dissemos juntos, e antes de termos ambas as respostas Tom foi tirado da sala por um dos médicos, eu chorava e estendia a mão chamando por ele, Tom fazia o mesmo tentando relutar com o medico pra que ficasse na sala comigo. Sem sucesso, Tom ficou ao lado de fora me olhando pelo vidro. Eu queria sair dali e abraçar o homem que eu amo, eu precisava consertar a burrada que tinha feito. Mas o medico me deitou na maca novamente e disse que teríamos que fazer o parto agora, caso contrario eu continuasse a me exaltar iria perder a vida dos meus filhos. Eu não conseguia deixar de chorar, olhava pra Tom e ele pra mim. Meu corpo doía por completo, sentia meus filhos se mexerem exaltados dentro de minha barriga, aquela dor era imensa. Eu por vezes pensava que não iria suportar tal dor.  Tom batia as mãos em punho contra o vidro grosso protestando por estar do lado de fora. E eu não entendia por que meu marido não podia estar ao meu lado. Eu queria segurar sua mão... Se eu não sobrevivesse a este parto. Coisas horríveis rondavam minha cabeça. Um medo extraordinário tomou conta de mim. Mas logo não senti mais nada, além da anestesia que rapidamente fez seu trabalho e me deixou relaxado. Meu rosto permanecia virado olhando Tom. Ele incessantemente chorava, ele era tão belo. Enquanto meu corpo estava adormecido e eu não podia se quer mover um músculo apenas sentia as lagrimas escorrerem por meu rosto. Lembranças minhas e de Tom passavam por minha cabeça, nossos momentos juntos, nossos beijos... o como este homem me fazia feliz. Olhei pra baixo e os médicos trabalhavam ali, uma tela de pano me impedia de ver o processo que faziam. Eu tinha medo, medo de não ter meus filhos em meus braços, medo de perder meu homem... Medo de morrer ali a qualquer momento. Eu estava perdido em meus devaneios quando vi algo se transparecer pela tela, era a sobra de algo pequeno. Logo este foi levantado e pude ver. Era um dos meus filhos! Meu corpo lutava querendo mover um de meus braços pra poder tocar na criança, eu ouvia seu choro agudo ecoar pela sala. Meus olhos jorravam lagrimas. Um alivio percorreu meu corpo. Meu filho estava vivo! Olhei para o vidro e Tom estava ali boquiaberto com um sorriso bobo. Ele olhava aquela criança como se fosse a coisa mais preciosa que poderia ver. Meu coração batia forte, meus homens... A criança foi levada pela enfermeira e com certeza esta iria tratar de limpa-lo e fazer seus exames. Eu já estava tonto, não podia agüentar e relutar contra a anestesia que me adormecia aos poucos. Eu não queria dormir, eu não queria! Se eu nunca mais pudesse ver meus filhos, e Tom? Foi inevitável, não cheguei a ver o segundo bebê nascer e adormeci.

 

Acordei aos poucos, ainda estava sonolento, mas ancioso pra saber de meus filhos. Então assim que pude abrir os olhos tive a cena mais linda que eu poderia ver em minha vida. Eu estava em um quarto deitado em uma cama, Tom estava no sofá braço ao lado da cama segurando as duas crianças em seus braços. Ele olhava pra eles com um sorriso bobo. Eu não contive uma lagrima de felicidade que desceu rapidamente.

 

B: A-Amor ?...

T: Estou aqui meu amor.

B: Deixa-me vê-los?

T: Claro!

 

Ele se levantou trazendo ambas as crianças, e ficou bem ao meu lado se curvando pra que visse o rosto dos dois. Eu sorria feito um bobo com os olhos brilhando. Eles eram lindos, idênticos e perfeitos. Tom sorria e assim depositou um beijo em meus lábios.

 

B: Quem nasceu primeiro?

T: Com dez minutos antes do Kaoru, foi Hikaru. – Com um movimento de cabeça ele apontou para o de seu braço esquerdo –

B: Como nós..

 

Ele fez que sim com a cabeça e sorriu, me ajeitei na cama me sentando e ele me entregou os bebês, selei carinhosamente a testa de ambos e suspirei aliviadamente.

 

B: Agora somos,apenas eu; você e nossos filhos.

T: Apenas nós. Meu futuro marido..!

 

 

 

Agora sim, estava tudo perfeito. Já se passara alguns meses, Tom e eu estávamos casados. Apenas no papel, pois a pedido dele esperaríamos Hikaru e Kaoru crescerem para levar nossas alianças à igreja. Minha mãe realmente era a tal surpresa, ela resolveu se mudar para uma casa algumas quadras de distancia da nossa. Eu não poderia estar mais feliz. Meu pai? Ah sim.. meu pai, ele estava casado. Mas não com aquela biscate e sua filinha vadia. Mas sim com uma mulher muito linda e que realmente gostava do meu pai. Myrella. Jhon depois daquele dia se desculpou e acabou novamente voltando a ser meu amigo... Mas aquela historia está e continuara bem guardada. Mesmo que seja errado, eu guardarei esta culpa sozinho, Tom não tem nada haver com isto. Hai!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

1 de Setembro de 2014, quatro anos depois. Meu coração batia acelerado, minha mãe segurava minha mão que suava incessantemente. Eu estava a ponto de ter um infarto. Mamãe desceu do carro e abriu a porta pra mim. Ela ajeitou minha gravata mais uma vez e eu dei o braço pra ela que logo se enroscou no meu, subimos a escadaria e a musica logo começou. Pronto, aquilo me deixou mais nervoso. Paramos na porta da igreja, e aquela emoção de estar casando me deu certa tremedeira nas pernas, eu recuei um passo pra traz e mamãe me puxou bruscamente pra frente outra vez, eu suspirei baixo e respirei fundo. Entravamos e todos olhavam-nos, meus amigos da empresa e todos nossos familiares e amigos estavam lá. Nem reparei em ninguém, apenas em Tom. Parado no altar de terno escuro me olhando da forma mais carinhosa e provocante que eu já teria visto. Minha mãe me conduziu até o altar e Tom pegou em minha mão beijando a mesma. Mamãe olhou em nossos olhos e disse.

 

S: Meus filhos..., Tom eu sempre lhe disse desde pequeno que um dia todos aquele seus olhos que me contava quando acordara seria realidade. E agora eu te entrego meu filho, seu irmão como seu homem daqui pra frente. E você Bill, esperou como ele e agora terá a chance única de fazer aqueles anos valherem a pena esperar. Felicidades meus filhos. Eu amo vocês..

 

Nós dois selamos a testa dela e voltamos ao altar ficando na frente do padre.

 

 

A cerimônia durou cerca de 1 hora, até que o padre enfim disse.

 

P: Bill Kaulitz você aceita Tom Kaulitz como seu legitimo esposo?

B: Sim, claro que eu aceito.

T: Claro que ele aceita!  - A igreja riu em coro –

P: Tom Kaulitz você aceita Bill Kaulitz como seu legitimo esposo?

T: Er.. – Ele olhou para os lados, estamos de mãos dadas e eu tratei de cravas as unhas em sua mão – Ahh..  ér, e-eu aceito. Claro que aceito!

B: Bom menino! – Ri debochado –

 

Eis que agora surgem Hikaru e Kaoru na porta da igreja, ambos seguravam suas mãozinhas e com a outra livre cada um trazia em uma caixinha as alianças. Eu não pude deixar de me espantar. Kaoru estava de vestido branco e babados. Olhei pra Tom e ele simplesmente riu e sussurrou: Mamãe!.. Eu ri e assim ambos pegamos as alianças, colocamos  e o não faltou o beijo que arrancou suspiros de toda a igreja.

 

Todos fomos para o salão de festa onde comemorávamos.

 

 

                                                               - Hikaru e Kaoru pov’s on –

 

Mamãe tinha pedido pra ir procurar Hikaru, eu não sabia onde aquele idiota tinha se escondido. Corria pelo jardim até que ele saiu de traz  de uma arvore e pulou em cima de mim me derrubando no chão.

 

K: Hikaru seu besta sai de cima de mim! Mamãe esta te procurando feito um doido!

H: Calma Calma meu anjo. – Ele olho para minha perna e meu joelho estava ralado – Você se machucou Kaoru... – Ele me abraçou carinhosamente – Desculpa!

K: Calma Hika, está tudo bem.. não esta doendo. Mas você vai sujar meu vestido.

H: Você fica lindo de vestido Kao.

K: Obrigado.. – Corei violentamente – Hika... posso te pedir uma coisa?

H: Claro meu amor, o que você quiser.

K: Me beija?

 

Ele sorrio carinhosamente e me beijou, deitou ainda mais meu corpo sobre a grama me abraçando, eu me sentia feliz de uma forma inesplicavel, o beijo de Hikaru me acalmava.

 

                                                             - Hikaru e Kaoru pov’s of –

 

 

Eu procurava os gêmeos em todos os cantos e não achava, sai pela porta da varanda e logo vi uma cena chocante no jardim. Puxei Tom que estava vindo logo atras e lhe mostrei.

 

B: T-Tom.. !?

T: Isso nunca vai ter fim Bill..  –Ele me abraçou por traz, e ficamos ambos a olharem nossos filhos se beijarem –

B: Vamos deixar isso realmente acontecer meu amor?

T: E porque não Bill ? Unidos pelo sangue, ninguém separa.

 

 

Fim.

Eu queria esqueçer tudo aquilo que eu ouvi, queria não acreditar . Mas parecia tão estampado em minha cara, tão claro e evidente. Aquilo novamente se repetiu, ouvir ele me chamar de amor agora foi a gota d’água, me levantei e fui até ele, levei toda minha raiva e mágoa por Tom em um tapa que dei em seu rosto que o fez virara violentamente. Ele me pareceu não entender o motivo, mas diferente de mim eu já sabia claramente o que estava acontecendo. Sai da cozinha em silencio e subi as escadas rumando o quarto. Adentrei este fechando a porta, me sentei na cama pegando o telefone, sem pensar duas vezes liguei para Jhon. Não demorou e ele atendeu.

 

J: Bill!?

B: H-Hallo Jhon, ahm... posso lhe pedir um favor ? – Minha voz era mesclada e não negava que estava chorando –

J: Sim.. claro Billy, aconteceu algo?

B: Não.. apenas venha me fazer companhia hoje?

J: C-Claro que irei mas.. e Tom?

B: Hoje ele não durmira em casa... então te espero á noite, beijos.

 

Desliguei o telefone antes que ele respondesse e me deitei afundando o rosto no travisseiro. O choro havia cessado, mas aquela duvida estava me corroendo por dentro. Um misto de dor, amor e ódio.. apenas eu entendia como estava naquele momento. Ouvi Tom bater na porta, fiquei em silencio até que ele perguntou.

 

T: Bill, você esta bem? O-O.. que foi aquilo?

B: - Permaneci queto

T: Tudo bem.. se não quer falar eu entendo, hm.. quer que eu durma aqui hoje? ..

B: NÃO! – Disse de forma grossa –

T: T-Tudo bem...

 

Ouvi os passos seguir pelo corredor, e logo descer as escadas. O silencio tomou conta do cômodo, não demorou e aquele clima me domou e cai no sono.

 

18:45, acordei com a cabeça pesada, uma fome exageradamente forte, já sabia que logo Jhon iria chegar então tratei de ir tomar um bom banho e me vestir. Feito isso, já vestido normalmente desci e fui para a cozinha, decidi pegar algo pra comer mas antes de chegar a cozinha a campainha tocou, fui atende-la e era ele, Jhon. O cumprimentei com um abraço carinhoso e ele entrou, carregava nas mãos sacolas de um restaurante aqui perto de casa, Satoshi’s sushi. Ah, comida japonesa tudo o que eu precisava.

 

J: Ah, comida japonesa, sua preferida.

B: Obrigado, estou mesmo com fome. Vamos comer então.

J: Vamos.

 

Ele levou as coisas para a cozinha e arrumamos a mesa. Jantamos e a comida estava divina, como queria.

 

 

 

 

 

 

Almoçamos, ou melhor, jantamos juntos, conversamos a tarde toda até a noite de fato cair. Jhon me fez esquecer todos os problemas, mas o ponto chave de tudo aquilo não estava dando certo. Eu sentia no fundo a mágoa de tudo o que ouvi esta manhã, queria saber o motivo daquilo e poder me vingar... Talvez... NÃO Bill!... Não! Eu não poderia descontar no pobre Jhon que eu sabia que gostava de mim, a

 

 

 

mágoa que Tom me causou. Ou poderia? Será que pelo menos uma vez eu poderia me vingar de Tom lhe devolvendo na mesma moeda? Sim, ao pensar nessa possibilidade meu peito inflou de tal maneira que me fez jogar o corpo pra frente, estamos sentados no sofá, Jhon bem a minha frente e com tal impulso nossas testas se juntaram, eu passei a olhar em seus olhos azuis tentando emitir um desejo que não existia, apenas queria que ele me cedesse à possibilidade de experimentar varias sensações novas. Traição, Abuso e Êxtase de ter me vingado. Ele parecia me olhar sem entender, porém não recuou o rosto e sem demora colei nossos lábios em um beijo intenso. Sua boca tinha um gosto doce, talvez fosse pelas balas que o mesmo chupava e tratou de engolir assim quando nos beijamos, eu impulsionei novamente meu corpo pra frente assim o deitando, a barriga volumosa já era um obstáculo e tanto, pois não podia sentir seu corpo tocar ao meus pois fiquei suspenso sobre as pernas naquela posição vulgar. De quatro! Mas eu não queria isso, o beijo já era mais que o suficiente, assim após sentir meu corpo dominado por aquela sensação descolou nossos lábios bruscamente me sentando novamente onde estava de inicio. Eu ria internamente, alias, eu explodia em risos histéricos por dentro, e eu de fato não sabia o porquê. No fim aquele beijo não significou nada, e nem me deixou tão bem assim, que seja! Ele não parecia entender nem um pouco daquilo, mas tratou logo de me deitar bruscamente ficando sobre meu corpo, eu arregalei os olhos um tanto assustado.

 

B: J-Jhon?

J: Eu te quero Bill..  eu quero você !..

 

Meus olhos arregalavam e um medo repentino percorreu meu corpo. Ele levou seus lábios ao meu pescoço sugando-o com força enquanto sua mão sem pudor algum adentrou minha calça pegando em meu membro o que me arrancou um grito alto e fino. Eu empurrei-o que logo caiu no chão, meus olhos estavam inundados em lagrimas.

 

J: Saia daqui Jhonny, Agora! – Me levantei rapidamente e subi para o quarto correndo onde logo em tranquei no mesmo –

 

Eu não queria saber se ele de fato tinha obedecido minha ordem, eu me deitei na cama agarrando o travesseiro, chorava. Eu não entendia também o motivo de minha reação, foi tudo automático, eu poderia suportar Jhon me beijar, por todo o corpo onde quisesse menos em meu membro... em onde apenas uma pessoa tocou em toda minha vida. Tom... O sim, Tom. Que droga eu tinha acabado de fazer... Tom deveria saber ou não? Mas... E nós dois? Ele com certeza me deixaria, então Tom não iria saber disso. É... Assim será melhor...

 

 

Quando me dei conta o quarto estava claro, eu teria dormido? Acredito que sim, minha cabeça doía, a primeira coisa que fiz foi ir ao banheiro faz minha higiene. Feito isso eu fiquei a fitar o espelho, meus olhos estavam fundos e opacos. Suspirei e com um elástico prendi meu cabelo e sai do banheiro. Troquei e roupa logo desci, quando cheguei na ponta da escada eu vi a porta do escritório onde manha passada eu ouvira aquilo, meu corpo tremeu, certamente Tom estava ali, em silencio e passo-por-passo caminhei até a sala do escritório, antes que eu pudesse aparecer na porta, ouvi Tom apenas dizer um Tchau. Novamente ele no telefone, e supostamente com a mesma pessoa de ontem. Eu suspirei pesadamente e apareci na porta ficando de frente pra ele. Tom estava sério e me olhava sem emoção alguma.

 

B: Ohayou.. 

T: Bom dia, Bill. 

 

Ele provavelmente notou as olheiras a cara de choro. Porém não perguntou sobre isto e sim outra coisa.

 

T: Quem esteve aqui com você ontem à noite?

B: O-Ontem?.. 

T: Sim Bill, eu vi na mesa da cozinha dois pratos, dois copos.. hashis e comida japonesa. Quem jantou com você? - Ele me fitava séria mente, eu não podia dizer a verdade então suspirei e disse -

B: Kelly veio me fazer companhia...

T: Até que horas ela ficou?

B: E isso importa? ..


Eu me virei e ia saindo rumando novamente o corredor, até que fui pego pelo braço e encostado na parede. Ele me olhava e evidentemente Tom estava chateado, agora com o que eu já não sabia. Ou sabia?

 

T: Por deus pode me dizer o que está havendo? Um dia você esta super feliz, sorrindo, me dá beijos e tudo mais, no outro me dá um tapa na cara, me evita não deixando eu passar a noite com você e traz uma garota pra lhe fazer companhia? O que foi, a Kelly pode te dar o que eu não dou? Vai me dizer que veio descobrir que é hetero agora?

 

Sem pensar duas vezes e já com os olhos marejados dei um tapa em sua face novamente. Soltei-me de seus braços e disse deixando as lagrimas cair.

 

B: O hetero aqui não sou eu, e eu não preciso de um caso pra me sentir completo. Eu tendo um homem só pra mim está mais do que bom, diferente de você!

 

Sai correndo subindo as escadas, foi quando pisei em falso em um dos degraus e cai. Segurei-me no corre mão e mesmo assim a queda foi inevitável, porém menos drástica. Cai de bunda no chão o que me arrancou um gemido alto de dor. Tom logo estava ali, seu rosto pálido feito uma folha gesso.

 

T: P-Por deus Bill você está bem?

B: Saia daqui! – Eu disse em um tom alto, porém uma pontada me fez encolher o corpo gemendo de dor – A-Aaaii...

T: B-Bill.. Você está.... Sangrando...

Os olhos de Tom, arregalados e já se enchendo de lagrimas olhava minhas pernas, assim também tratei de olhar e vi uma poça de sangue se formando. As pontadas agora eram mais fortes. Meus filhos? NÃO! Nada poderia acontecer à minhas crianças. Tom rapidamente se levantou me pegando no colo, eu mal tinha forças para segurar nele, enquanto íamos para fora de casa em direção ao carro de Tom, eu podia ver seus olhos derramando lagrimas, eu estava preocupado demais com meus filhos pra poder pensar em Tom, minhas mãos postas sobre a barriga e as lagrimas corriam sobre meu rosto. Não poderia perder minhas crianças. Hikaru e Kaoru eram minhas vidas, minhas motivações daqui pra frente, seriam a única coisa que sobrara de mim e Tom. Sim, eu estava decidido a nunca mais vê-lo. Suas lagrimas, suas desculpas.. Nada poderia me fazer voltar atrás desta vez. Quando vi já estava deitado no banco de traz do carro dele. Uma dormência em meu corpo e um peso em minha cabeça estava me deixando tonto, Tom falava comigo porem suas palavras soavam pastosas e lentas. Assim, o desmaio foi certeiro.

 

 

 

 

 

 

 

Quando acordei ainda sonolento, estava em uma maca. O cheiro de hospital logo invadio meu nariz fazendo-me ter certeza de onde estava. A luz forte e branca me impedia de abrir os olhos completamente. A única coisa que vi foi do lado de fora da sala atrás do vidro, Tom me olhando. Seus olhos ainda não deixavam de soltar gostas após gostas de lagrimas. O médio veio e disse alguma coisa pra Tom e ele logo entrou na sala. Veio até mim e pegou uma de minhas mãos. Eu as soltei rapidamente e disse baixo sem forças.

 

B: Não.. Não toca em mim...

T: Bill o que está havendo?

B: Eu nunca mais quero te ver Tom... Saia daqui.

T: O que eu fiz Bill, por deus o que eu fiz?

B: Traio minha confiança novamente... Nunca está satisfeito. Sempre tem que ter outra, sempre tem que fazer o Bill de idiota, de CORNO! – Eu já gritava mesmo sem forças, foi quando os aparelhos apitaram por conta da minha exaltação –

T: D-Do que esta falando? Eu não estou te traindo Bill, e acalme-se logo será seu parto tem que estar calmo...

B: Não se preocupe comigo e nem com meus filhos. Do que estou falando? Você sai no meio da noite, volta apenas no outro dia, ouço você dizer que ama outra pessoa por telefone e isso vem se repetindo novamente e você ainda vem me perguntar do que estou falando? – Fechei meus olhos e tentei manter a calma soltando um suspiro pesado –

T: Eu falava pelo telefone com nossa mãe, que está vindo pra cá para... o nosso casamento... – Ele disse baixo com os olhos voltando a derramar lagrimas, eu abri os olhos arregalando-os –

B: C-Como?

T: Isso mesmo que você ouviu, eu estava preparando junto com ela a surpresa do casamento... Se quiser confirmar.. Pode ligar pra ela.

 

Uma pontada em meu peito encheu meus olhos de lagrimas rapidamente. Eu não podia acreditar naquilo. Então, tudo o que eu fiz e disse foi um engano? Eu teria traído Tom de besteira? Não Bill... Não! Eu já chorava, chorava de soluçar e sem pensar me agarrei em Tom fortemente, ele me abraçou e ambos chorávamos.

 

T&B: Perdoa-me...

 

Dissemos juntos, e antes de termos ambas as respostas Tom foi tirado da sala por um dos médicos, eu chorava e estendia a mão chamando por ele, Tom fazia o mesmo tentando relutar com o medico pra que ficasse na sala comigo. Sem sucesso, Tom ficou ao lado de fora me olhando pelo vidro. Eu queria sair dali e abraçar o homem que eu amo, eu precisava consertar a burrada que tinha feito. Mas o medico me deitou na maca novamente e disse que teríamos que fazer o parto agora, caso contrario eu continuasse a me exaltar iria perder a vida dos meus filhos. Eu não conseguia deixar de chorar, olhava pra Tom e ele pra mim. Meu corpo doía por completo, sentia meus filhos se mexerem exaltados dentro de minha barriga, aquela dor era imensa. Eu por vezes pensava que não iria suportar tal dor.  Tom batia as mãos em punho contra o vidro grosso protestando por estar do lado de fora. E eu não entendia por que meu marido não podia estar ao meu lado. Eu queria segurar sua mão... Se eu não sobrevivesse a este parto. Coisas horríveis rondavam minha cabeça. Um medo extraordinário tomou conta de mim. Mas logo não senti mais nada, além da anestesia que rapidamente fez seu trabalho e me deixou relaxado. Meu rosto permanecia virado olhando Tom. Ele incessantemente chorava, ele era tão belo. Enquanto meu corpo estava adormecido e eu não podia se quer mover um músculo apenas sentia as lagrimas escorrerem por meu rosto. Lembranças minhas e de Tom passavam por minha cabeça, nossos momentos juntos, nossos beijos... o como este homem me fazia feliz. Olhei pra baixo e os médicos trabalhavam ali, uma tela de pano me impedia de ver o processo que faziam. Eu tinha medo, medo de não ter meus filhos em meus braços, medo de perder meu homem... Medo de morrer ali a qualquer momento. Eu estava perdido em meus devaneios quando vi algo se transparecer pela tela, era a sobra de algo pequeno. Logo este foi levantado e pude ver. Era um dos meus filhos! Meu corpo lutava querendo mover um de meus braços pra poder tocar na criança, eu ouvia seu choro agudo ecoar pela sala. Meus olhos jorravam lagrimas. Um alivio percorreu meu corpo. Meu filho estava vivo! Olhei para o vidro e Tom estava ali boquiaberto com um sorriso bobo. Ele olhava aquela criança como se fosse a coisa mais preciosa que poderia ver. Meu coração batia forte, meus homens... A criança foi levada pela enfermeira e com certeza esta iria tratar de limpa-lo e fazer seus exames. Eu já estava tonto, não podia agüentar e relutar contra a anestesia que me adormecia aos poucos. Eu não queria dormir, eu não queria! Se eu nunca mais pudesse ver meus filhos, e Tom? Foi inevitável, não cheguei a ver o segundo bebê nascer e adormeci.

 

Acordei aos poucos, ainda estava sonolento, mas ancioso pra saber de meus filhos. Então assim que pude abrir os olhos tive a cena mais linda que eu poderia ver em minha vida. Eu estava em um quarto deitado em uma cama, Tom estava no sofá braço ao lado da cama segurando as duas crianças em seus braços. Ele olhava pra eles com um sorriso bobo. Eu não contive uma lagrima de felicidade que desceu rapidamente.

 

B: A-Amor ?...

T: Estou aqui meu amor.

B: Deixa-me vê-los?

T: Claro!

 

Ele se levantou trazendo ambas as crianças, e ficou bem ao meu lado se curvando pra que visse o rosto dos dois. Eu sorria feito um bobo com os olhos brilhando. Eles eram lindos, idênticos e perfeitos. Tom sorria e assim depositou um beijo em meus lábios.

 

B: Quem nasceu primeiro?

T: Com dez minutos antes do Kaoru, foi Hikaru. – Com um movimento de cabeça ele apontou para o de seu braço esquerdo –

B: Como nós..

 

Ele fez que sim com a cabeça e sorriu, me ajeitei na cama me sentando e ele me entregou os bebês, selei carinhosamente a testa de ambos e suspirei aliviadamente.

 

B: Agora somos,apenas eu; você e nossos filhos.

T: Apenas nós. Meu futuro marido..!

 

 

 

Agora sim, estava tudo perfeito. Já se passara alguns meses, Tom e eu estávamos casados. Apenas no papel, pois a pedido dele esperaríamos Hikaru e Kaoru crescerem para levar nossas alianças à igreja. Minha mãe realmente era a tal surpresa, ela resolveu se mudar para uma casa algumas quadras de distancia da nossa. Eu não poderia estar mais feliz. Meu pai? Ah sim.. meu pai, ele estava casado. Mas não com aquela biscate e sua filinha vadia. Mas sim com uma mulher muito linda e que realmente gostava do meu pai. Myrella. Jhon depois daquele dia se desculpou e acabou novamente voltando a ser meu amigo... Mas aquela historia está e continuara bem guardada. Mesmo que seja errado, eu guardarei esta culpa sozinho, Tom não tem nada haver com isto. Hai!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

1 de Setembro de 2014, quatro anos depois. Meu coração batia acelerado, minha mãe segurava minha mão que suava incessantemente. Eu estava a ponto de ter um infarto. Mamãe desceu do carro e abriu a porta pra mim. Ela ajeitou minha gravata mais uma vez e eu dei o braço pra ela que logo se enroscou no meu, subimos a escadaria e a musica logo começou. Pronto, aquilo me deixou mais nervoso. Paramos na porta da igreja, e aquela emoção de estar casando me deu certa tremedeira nas pernas, eu recuei um passo pra traz e mamãe me puxou bruscamente pra frente outra vez, eu suspirei baixo e respirei fundo. Entravamos e todos olhavam-nos, meus amigos da empresa e todos nossos familiares e amigos estavam lá. Nem reparei em ninguém, apenas em Tom. Parado no altar de terno escuro me olhando da forma mais carinhosa e provocante que eu já teria visto. Minha mãe me conduziu até o altar e Tom pegou em minha mão beijando a mesma. Mamãe olhou em nossos olhos e disse.

 

S: Meus filhos..., Tom eu sempre lhe disse desde pequeno que um dia todos aquele seus olhos que me contava quando acordara seria realidade. E agora eu te entrego meu filho, seu irmão como seu homem daqui pra frente. E você Bill, esperou como ele e agora terá a chance única de fazer aqueles anos valherem a pena esperar. Felicidades meus filhos. Eu amo vocês..

 

Nós dois selamos a testa dela e voltamos ao altar ficando na frente do padre.

 

 

A cerimônia durou cerca de 1 hora, até que o padre enfim disse.

 

P: Bill Kaulitz você aceita Tom Kaulitz como seu legitimo esposo?

B: Sim, claro que eu aceito.

T: Claro que ele aceita!  - A igreja riu em coro –

P: Tom Kaulitz você aceita Bill Kaulitz como seu legitimo esposo?

T: Er.. – Ele olhou para os lados, estamos de mãos dadas e eu tratei de cravas as unhas em sua mão – Ahh..  ér, e-eu aceito. Claro que aceito!

B: Bom menino! – Ri debochado –

 

Eis que agora surgem Hikaru e Kaoru na porta da igreja, ambos seguravam suas mãozinhas e com a outra livre cada um trazia em uma caixinha as alianças. Eu não pude deixar de me espantar. Kaoru estava de vestido branco e babados. Olhei pra Tom e ele simplesmente riu e sussurrou: Mamãe!.. Eu ri e assim ambos pegamos as alianças, colocamos  e o não faltou o beijo que arrancou suspiros de toda a igreja.

 

Todos fomos para o salão de festa onde comemorávamos.

 

 

                                                               - Hikaru e Kaoru pov’s on –

 

Mamãe tinha pedido pra ir procurar Hikaru, eu não sabia onde aquele idiota tinha se escondido. Corria pelo jardim até que ele saiu de traz  de uma arvore e pulou em cima de mim me derrubando no chão.

 

K: Hikaru seu besta sai de cima de mim! Mamãe esta te procurando feito um doido!

H: Calma Calma meu anjo. – Ele olho para minha perna e meu joelho estava ralado – Você se machucou Kaoru... – Ele me abraçou carinhosamente – Desculpa!

K: Calma Hika, está tudo bem.. não esta doendo. Mas você vai sujar meu vestido.

H: Você fica lindo de vestido Kao.

K: Obrigado.. – Corei violentamente – Hika... posso te pedir uma coisa?

H: Claro meu amor, o que você quiser.

K: Me beija?

 

Ele sorrio carinhosamente e me beijou, deitou ainda mais meu corpo sobre a grama me abraçando, eu me sentia feliz de uma forma inesplicavel, o beijo de Hikaru me acalmava.

 

                                                             - Hikaru e Kaoru pov’s of –

 

 

Eu procurava os gêmeos em todos os cantos e não achava, sai pela porta da varanda e logo vi uma cena chocante no jardim. Puxei Tom que estava vindo logo atras e lhe mostrei.

 

B: T-Tom.. !?

T: Isso nunca vai ter fim Bill..  –Ele me abraçou por traz, e ficamos ambos a olharem nossos filhos se beijarem –

B: Vamos deixar isso realmente acontecer meu amor?

T: E porque não Bill ? Unidos pelo sangue, ninguém separa.

 

 

Fim.

 


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