Perfect Kanojo - Little Puppet! escrita por violentsminds


Capítulo 7
A mulher e a história


Notas iniciais do capítulo

Okay. Eu sei que faz um bilhão de anos que atualizei essa fic. Mas ela ainda existe e eu reli e deu vontade de postar os capítulos que já tinham prontos. Pra felicidade de alguns.

Não sei ainda se vai haver um fim. Não ando muito inspirada.... mas a vida segue!

Alguém reconheceu a Cecile na rua?!? Como pode ser??



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Quando a seção de fotos acabou, os rapazes voltaram ao camarim para se trocar. Cecile havia ativado o modo de carregamento de bateria, assim não se sentiria triste ou angustiada. Alias, não sentiria nada. Então, nesse momento ela estava naquela mesma cadeira, mas parecendo adormecida.

          Coincidentemente, as fotos da banda ScReW também haviam terminado, e seu vocalista havia se arrumado o mais rápido possível para tentar encontrar sua musa novamente.

          Ele não era bobo, e já havia percebido que havia algo entre ela e Ruki, mas ele não desistiria tão facilmente. Até hoje, havia apenas uma coisa na qual Byou não perdia para Ruki, e era na altura. O outro cantava melhor, sua banda tinha mais fãs, e todos gostavam mais dele. Ele não perderia Cecile para o outro vocalista também.

          Byou foi até o estúdio 3, onde Kazuki havia lhe dito que o GazettE estava, coisa que aparentemente Aoi havia lhe contado. Lá, ele encontrou a garota dormindo em uma cadeira. Por um momento ele não conseguiu fazer mais nada além de contemplá-la, mas então olhou ao redor e não avistando nenhum dos integrantes da banda nem o empresário, um leve sorriso de satisfação tomou seus lábios, e ele se sentou na cadeira perto de Cecile que parecia estar num sono profundo. O cantor passou a mão no rosto dela e ficou encantado com a pele tão macia. Ele engoliu a seco, olhou ao redor mais uma vez e começou a aproximar seu rosto do dela.

Enquanto isso, no camarim 3, Ruki parecia deprimido e não havia dito nada desde o começo do photoshoot. Ele se trocava lentamente e parecia perdido em pensamentos.

— Eu acho que ele está em choque – Uruha sussurrou para Reita.

— Nah. Ele é daqueles que quando uma coisa errada acontece, começa a pensar negativamente sobre tudo – o baixista comentou – Ele deve estar pensando que é um inútil agora mesmo.

— Eu acho que ele deveria aprender com o Astro aqui – disse Aoi – e dar logo uns pegas nervosos na robô, afinal foi pra isso que ele a encomendou, certo? E então ia poder devolvê-la sem nenhuma reclamação daqui 4 dias – ele já havia terminado de se trocar e agora colocava as coisas dentro de sua bolsa.

— Eu acho que não é tão simples, Aoi-kun – disse Kai, rindo sem graça.

— Nesse caso a Cessan seria descartada – disse Uruha triste.

— Que seja – disse o outro guitarrista – Ela é apenas um robô de qualquer jeito. Bem, vou na frente. Até amanhã – e saiu.

— Acho que ele está estressado porque não pôde twittar daqui de dentro – disse Reita erguendo as sobrancelhas.

          Ruki estava deprimido. Mas não era surdo. Os amigos podiam ser um pouco mais sensíveis e não discutir aquilo em sua presença. Ele suspirou.

          Voltando a Byou, ele estava a muito pouco de beijar a cyborg quando Aoi saiu do camarim e viu aquela cena. O guitarrista estava um pouco revoltado de fato, mas certamente não queria ver Ruki sofrer novamente por causa de uma garota, como havia visto anos antes. Ele entendia como o vocalista se sentia, tendo ele mesmo sido abandonado pela garota que gostava quando foi deixar sua cidade natal, e até agora continuava sozinho.

— Oh~ Byou-kun, você por aqui! – ele exclamou indo na direção do rapaz que quase tivera um ataque cardíaco de susto.

— A-Aoi-san! Quanto tempo! – cumprimentou Byou com um sorriso amarelo e a mão sobre o peito. As pessoas podiam parar de aparecer assim.

— O que você faz aqui? – o guitarrista perguntou olhando rapidamente para Cecile – Ou melhor, onde está o Kazuki-kun?

— Ee? Ah, ele está no camarim 7 e...

— Oh! Então me leve até lá, tenho umas coisas para discutir com ele – Aoi disse já passando o braço firmemente ao redor dos ombros do vocalista, guiando-o na direção dos fundos do galpão.

— M-mas... eu... ah...

— Tudo bem! Tudo bem! – ele disse animadamente.

          E assim, Byou foi carregado à força de volta ao estúdio 7, para longe de Cecile que continuava lá, estática, sem ter a mínima noção do que acontecia ao seu redor.

          Reita havia acabado de sair do camarim e ainda da porta assistia a cena toda. Com a visão de Aoi afastando Byou dali, ele apenas riu e acordou a cyborg para irem embora logo que Ruki estivesse pronto.

          Aliás, Sakai acabou tendo uma congestão após tamanho trauma e agora estava no banheiro...

***

          Certo. As coisas não estavam saindo como o esperado, e talvez ele não tivesse a maior auto-estima do mundo, mas Reita havia exagerado em dizer que ele pensava negativamente sobre tudo. Ele só tinha muitas dúvidas.

          Como agora. Ele via Uruha um tanto bêbado tentando cantar Guren no karaokê do restaurante, com Reita e Aoi contando algumas de suas piores gafes para Cecile que ria sem parar e Kai e Sakai falavam de vários problemas que ainda tinham que resolver para o lançamento do single, que talvez até fosse cancelado por sua culpa. Sua dúvida no momento? Pular da ponte ou se jogar na frente do primeiro caminhão que passasse? Uma escolha um tanto difícil se querem minha opinião.

          Naquela altura, Sakai já havia lhe contado tudo que acontecera quando encontraram Byou, e Ruki se sentia mais tranqüilo em saber que eles realmente tentaram fugir daquele seu cosplayer super desenvolvido.

          O vocalista não sabia, mas os outros integrantes tinham decidido jantar juntos para que ele não brigasse com a cyborg novamente. Com os nervos a flor da pele recentemente, ele parecia um bocado perigoso, e seria ruim se além do preço da cyborg destruída eles ainda tivessem que pagar a fiança dele.

          Mais tarde, o empresário foi o primeiro a ir embora, seguido de Kai um pouco depois. Eles tinham a gravação do PV no dia seguinte, então não poderiam ficar ali muito mais, mas nenhum deles parecia ter vontade de ir embora.

          Todos estavam rindo de uma história de Ruki caindo no palco quando Cecile interrompeu:

 - Nee, Taka, não é melhor irmos embora?

— Ee?! Por que? – ele perguntou

— Bem, vocês vão gravar amanhã cedo, não?

— Ah... é... – ele confirmou desanimado.

— Acho que nós também devíamos ir – disse Reita se espreguiçando - Prevejo o Aoi perdendo a hora.

— Fica na sua, ô da faixa! – disse o guitarrista se sentindo falsamente ofendido.

          Eles pagaram a conta e saíram.

— Querem carona? – perguntou o baixista ao vocalista.

— Ah, hoje não, Akira-kun – Cecile respondeu no lugar do namorado.

— Eeeeee~? Por que não? – perguntou Ruki que estava realmente com vontade de aceitar aquela carona.

— Bem... eu queria passar mais tempo com você, Taka... – ela ficou encarando os próprios pés e continuou – Nosso tempo juntos está acabando e... eu queria saber mais sobre você... – ela corou e Ruki também.

— Oh~ que legal hein, chibi! – exclamou Reita rindo e dando tapinhas no ombro do amigo – Bem, divirtam-se então! – e foi para seu carro.

          A cyborg esperou que o baixista fosse embora e então perguntou:

— Hmmm... Taka... já que nós somos namorados...

— O que? – ele virou para ela com um olhar desconfiado.

— Será que, hmm... – ela olhou para sua mão direita e depois para o vocalista – a gente pode ir andando de mãos dadas? – ela corou novamente, mas não desviou os olhos dele, deixando-o um pouco nervoso.

— Eee... isso é meio...embaraçoso... – ele disse coçando a cabeça.

— Ah, entendi... – ela baixou a cabeça com cara de decepção.

          Ruki suspirou pesadamente, pois não queria mimá-la, mas não conseguia dizer não quando ela fazia aquela cara.

— Certo... – ele disse estendendo a mão sem encará-la – mas só dessa vez.

          Cecile abriu um sorriso enorme, que fez o coração dele palpitar estranhamente, mas ele fingiu não sentir e saiu andando.

          A noite estava bem fria, mas eles iam andando lentamente. Não havia muitas pessoas na rua, porém o vocalista reparou que todos os homens que passavam ficavam olhando para a cyborg. Ele sentiu uma pontinha de ciúmes, mas também um pouco de orgulho. “Acho que eu realmente tenho bom gosto para essas coisas, hehe. Não é à toa que ninguém consegue resisti-la”, ele pensou.

          Eles continuaram andando por mais algum tempo, e Ruki se sentia congelar pouco a pouco. Seu instinto protetor o fez olhar para a namorada, mas ela não parecia estar sentindo absolutamente nada. Quer dizer, além de uma baita de uma felicidade, tamanho era o sorriso estampado em seus lábios. O vocalista deu uma risadinha que chamou a atenção de Cecile.

— O que? Foi?

— Não é nada – e riu de novo.

          Foi então que uma mulher que já havia passado por eles se virou para olhá-los e chamou:

— Ah... com licença... – Eles se viraram para ver quem chamava – Desculpem interromper.... mas não pude deixar de notar que essa senhorita é um robô. – ela disse sorrindo.

          Ruki arregalou os olhos e puxou o ar tão de repente que até engasgou e começou a tossir.

— C-co-como...? – ele gaguejou desesperadamente.

          Ela sorriu novamente e os convidou a sentar no banco mais próximo. Então se apresentou como Izawa Riiko e lhes contou como há alguns anos também tivera um namorado cyborg chamado Naito, que fora o primeiro da série de amantes noturnos. (Leiam Zettai Kareshi para saberem a história toda! Mas não leiam a próxima parte se não quiserem spoilers!)

          Ruki e Riiko se deram bem logo de cara, e começaram a contar situações que ocorreram com seus respectivos namorados robóticos, e estavam rindo sem parar.

— E então, o que aconteceu com ele? Você o devolveu? Ou conseguiu o dinheiro? – perguntou o rapaz curioso.

— Er... nee, Cecile-san, será que você pode ir naquela máquina comprar umas bebibas para nós? – a mulher disse sorrindo.

— Claro, Riiko-san!

          E enquanto a cyborg tentava entender como a tal máquina funcionava, Riiko começou a dizer:

Takanori-san, me diga, a Cecile-san por acaso tem reações estranhas de vez em quando? – sua expressão sorridente havia mudado para um olhar melancólico.

— Hm... defina estranho. Porque você sabe, só o fato dela ser uma cyborg... – ele riu sem graça, enquanto tentava se lembrar de algo – ah...uma vez ela teve uma dor de cabeça muito forte...

          Ela o encarou profundamente por alguns segundos, como se tentasse ler seus sentimentos, e então suspirou pesadamente.

— Escuta, Takanori-san. Eu não sei que tipo de processo a Kronos Heaven usa para fazer esses cyborgs, e eu sinceramente não tenho do que reclamar, já que Naito me deus alguns dos melhores momentos de minha vida, mas... – ela olhou para o chão e Ruki reparou que seus olhos se encheram de lágrimas. Ele engoliu a seco – Eles o fizeram tão perfeito que ele até começou a desenvolver sentimentos verdadeiros, não aqueles que haviam sido programados – o vocalista ergueu as sobrancelhas – Ele começou até a desobedecer às ordens da empresa, sabe....tudo pelo meu bem. Afinal, ele era meu namorado perfeito... mas obviamente que isso não era compatível com seu lado eletrônico e no fim...

          A mulher contava essa arte com a voz embargada, deixando Ruki com um aperto no coração. Esperava muito que ela lhe contasse algum tipo de final feliz. Pois ele também deseja ardentemente que tivesse um. Mas ela apenas suspirou novamente e continuou.

— Bem, no fim, esses sentimentos tiveram seu preço – ela rapidamente limpou uma lágrima que começava a escorrer.

          O vocalista olhou para Cecile que ainda estava perto da máquina de sucos boquiaberto e mais uma vez sentiu o coração apertar. Ainda de olho em sua namorada, perguntou hesitante:

— O que... O que aconteceu?

— Bem, o chip de memória dele acabou ‘fritando’ com a sobrecarga de informações.

— ... – ele virou-se rapidamente na direção de Riiko, abrindo ainda mais a boca.

— Claro que eles me ofereceram outro cyborg para substituir aquele que veio com ‘defeito’, mas não serio ‘o Naito’, entende? – ela sorriu tristemente

— sim...

— Então! – ela disse se animando ao ver que a cyborg voltava – É uma surpresa pra mim que tenham criado uma versão feminina e ainda melhor!

— Hm – ele concordou sem saber o que dizer.

— Aqui estão! – disse a robô lhes entregando as bebibas.

— Nee, Riiko-san, pode me contar mais sobre seu namorado perfeito? Eu gostaria de saber as técnicas que ele usou para conquista-la para ver se consigo usar alguma com o Taka – ele abriu um sorriso enorme, Ruki revirou os olhos e Riiko riu.

          A mulher lhes contou mais algumas histórias e depois eles se despediram e foram pra casa. O vocalista começou a pensar se aquela tal dor de cabeça de sua namorada não teria a ver com ela estar desenvolvendo sentimentos, e lembrou da reação estranha de Namikiri Gaku. No final, ele não perguntara a Sakai sob quais circunstâncias Cecile tivera aquela dor.

— Ah~ No fim não aprendi nenhuma técnica com as histórias da Riiko-san – disse a cyborg fazendo bico. Ruki riu. E só então lembrou de como estava quase congelando de frio e tremeu.

          Um pouco corada, Cecile passou os braços em volta dos ombros do namorado.

— E..Eee... – Ruki murmurou.

          Então eles entraram em casa e logo foram dormir.

***

          Ruki teve um sono perturbado, com sonhos onde cyborgs malignos tentavam conquistar o mundo, e logo era o quarto dia desde que ele recebera Cecile. Ele acordou exausto, como se nem tivesse dormido e sua vontade era continuar na cama, mas logo o empresário passaria para busca-lo e o levaria para a locação onde seria filmado o PV.

          Ele se levantou, escovou os dentes, se arrumou e foi em direção a cozinha. Com o som de sua aproximação, Cecile saiu do modo de carregamento e se levantou.

— Bom dia, Taka! Vou preparar seu café.

— Hm... obrigado – ele disse sentando-se à mesa.

          Passou alguns minutos observando-a, tentando reparar se havia algo diferente, até que se cansou, suspirou e disse:

— Daqui a pouco Sakai vem me buscar e vou para a gravação do PV.

— Eu sei! – ela respondeu cantarolando

— Você vai ficar em casa – ele disse sério.

— Eu se- EE?!? – ela exclamou virando para olhá-lo.

— É, isso mesmo.

— Mas por que?! – ela perguntou bastante surpresa, afinal ela tinha apenas mais 3 dias com ele.

— Porque eu preciso de tranquilidade para trabalhar, Cecile....não posso ficar me preocupando com o você o tempo todo – ele disse sem alterar o tom de voz.

— Mas eu...

— Não.

— Eu tenho...

— Não! – ele suspirou – Hoje nada pode dar errado na gravação, então por favor seja uma boa namorada e fique em casa, okay? O Koron vai ficar feliz.

— AU! - Concordou o cãozinho aos seus pés.

          Ela olhou pra o chão mordendo os lábios e concordou com a cabeça. Aquela sensação de ardência nos olhos estava lá novamente, sem que ela pudesse entender o que era, mas voltando-se rapidamente ao fogão. A cyborg não disse mais nada até o vocalista sair, parecendo bem triste e logo sentou-se no sofá – que costumava usar de cama -, abraçando as próprias pernas. Koron, sempre compreensivo, sentou ao seu lado, lambendo-a delicadamente.

— O que eu faço, K-chan? – ela perguntou com a voz embargada, mais uma vez sem saber o que era aquilo.

— au, au? – ele perguntou

— Eu acho que ele não gosta mesmo de mim...mas também... tudo o que eu faço é lhe dar preocupação... – ela afundou a cabeça nos braços.

— AU! – Koron disse, se levantando e abanando o rabo.

— Você acha? – ela disse, olhando para ele.

— Au-au! – ele respondeu, e ela se levantou mais animada.

— Certo!

          E aceitando a sugestão do animal, Cecile se trocou e saiu, levando-o consigo. Ela realmente precisava saber mais sobre o namorado, então nada melhor do que estudar um pouco.

          Ela passou em diversas livrarias e lojas, comprando todas as revistas que encontrava com the GazettE. E se querem saber, ela passou tudo num cartão da empresa Kronos Heaven, que estava no nome de Ruki. Tudo cairia na conta do namorado depois.... Mesmo que ele não soubesse disso.

          Voltando pra casa, leu todas as matérias rapidamente, daquele modo super veloz que apenas os cyborgs podem fazer. Quando terminou, foi para a internet, absorvendo o máximo de informações possível.

          Já era noite e Cecile estava totalmente empolgada, sentindo que gostava cada vez mais de Ruki. Achava que já estava compreendendo-o melhor depois de ver todas as letras que tinha composto. E apesar de toda a vontade de aprender mais, algo não queria cooperar: começou a sentir aquela leve dor no fundo da cabeça, que parecia se espalhar aos poucos. Seus olhos logo começaram a arder e ela achou que era melhor carregar a bateria antes que o namorado voltasse.

          Ela se sento uno sofá, com todas aquelas revistas em volta e logo ficou estática. Koron deu uma cheiradinha em seu rosto e uma lambida em sua testa, e depois deitou ao seu lado, esperando seu papai chegar. Mas não pôde deixar de notar um cheiro um pouco diferente saído da sua nova amiga, como se fosse algo queimando.

                                                 ***

Ruki se sentia acabado. A gravação do PV havia durado o dia todo e quase não houveram pausas. Além de tudo, gravaram sob uma chuva artificial, ou seja, eles ficaram o dia inteiro com roupas molhadas e agora o vocalista ainda sentia que havia pegado uma gripe.

          Sakai havia lhe dado carona e ele agora estava abrindo a porta da casa. Era bem tarde, mas ele achou estranho que estivesse tanto silêncio quando entrou. Nada de namoradas ou cães correndo animadamente ao seu encontro. Por um lado, isso era bom, pois ele estava cansado demais para lidar com eles, mas aquilo o deixou preocupado. Será que eles tinham saído sem sua permissão? Será que tinham sido sequestrados? Abduzidos??

          Ascendeu a luz da sala e se deparou com uma cena tão pacífica que lhe aqueceu o coração gelado de chuva. Cecile e Koron deitados lado a lado no sofá.

          O vocalista se aproximou, estranhando a quantidade de revistas espalhadas por ali, e notou que todas tinham sua banda na capa. Ele logo percebeu o que tinha acontecido e um sorriso tomou seus lábios. Ele tirou alguns fios de cabelo do rosto da cyborg, ao mesmo tempo que Koron soltou um pequeno choro, como se estivesse avisando algo, e o vocalista notou que ela estava dormindo de fato e não recarregando a bateria como sempre. Mas ela não tinha dito que não dormia?

          Com seu toque ela se moveu um pouco e abriu lentamente seus olhos verdes. Quando o viu, sorriu ainda meio sonolenta.

— Ah...me desculpe, não queria te acordar – Ruki disse com um sorrisinho de canto.

— Tudo bem, eu estava te esperando....- ela falou com a voz rouca de quem acabou de acordar.

          Ela se sentou e se espreguiçou, e Koron levantou num pulo, abanando o rabinho. O vocalista começou a passar a mão na cabeça do cãozinho, sem tirar os olhos da garota. A conversa que tivera na noite anterior com Riiko ficara o dia inteiro em sua mente e ele aproveitou que a cyborg não estava presente para perguntar ao empresário sobre a estranha dor que ela tivera no outro dia.

          Sakai lhe contara tudo em detalhes como ele pedira, tudo o que ela havia dito ou feito, e só então Ruki soube o que aconteceria quando a devolvesse.


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Notas finais do capítulo

E agoraaa?!
Será que Ruki é tão sem coração ao ponto de devolvê-la mesmo assim?

O que será dessa pequena namorada robótica, programada para ser perfeita que não tinha cometido nada além de erros?!

No próximo capítulo, nesse mesmo batsite, nessa mesma batfic!



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