Perfect Kanojo - Little Puppet! escrita por violentsminds
Notas iniciais do capítulo
Esse capítulo tem muitas coisas!
Como o Namikiri Gaku, o ponto de vista do Koron e... bem, leiam!
Quem raios acorda os outros tão cedo?!?!
Ruki até que estava se divertindo, pois seu lado exigente estava adorando escolher um monte de características para a personalidade da cyborg. Ele havia chegado à conclusão que como usaria apenas o período de graça, não faria diferença a quantidade de características que colocasse, certo? Pronto. A primeira parte estava completa. Clicou em ‘next’ e uma nova página se abriu.
- Características físicas, é? Hmm... Oh! Posso escolher com aparência estrangeira! – clicou.
Se os amigos o vissem agora, achariam que ele estava um pouco mais feliz. E ele de fato estava. Enquanto imaginava como seria sua garota perfeita esquecia de seus problemas presentes e passados. Conseguia apenas esperar ansiosamente pelo futuro. Talvez seja isso que chamamos de esperança. Talvez seja apenas efeito de muito chá preto com gengibre.
- Tamanho dos seios... EH?!? TEM ATÉ ISSO?? – Koron levantou assustado do canto onde estava e foi até o dono que estava um pouco corado. Ruki mais uma vez engoliu a seco – Certo, certo... cor dos cabelos e olhos... Já vejo muitos olhos castanhos todos os dias, então quero olhos claros. Hm... mas não quero loira de olhos azuis, isso parece clichê – exigente como sempre – Então cabelos castanho e olhos azuis... não, verdes!
O vocalista preenchia um questionário com inúmeras perguntas sobre a aparência do cyborg. Já era tarde, mas ele ficava cada vez mais empolgado. Olhou a hora e lembrou-se que no dia seguinte só precisaria ir à PSC de tarde, então poderia dormir um pouco mais. Voltou-se ao computador e preencheu a última questão daquela parte.
- Altura. Bem, ela não pode ser mais alta do que eu. Acho que vou colocar a mesma altura que a minha. Hmmm... não, uns 2 centímetros mais baixa. 1,60. Pronto... – sorriu – Yoshi, Koron! – pegou o animalzinho no colo de novo e clicou no botão de finalizar.
Primeiro, apareceu um formulário para que ele preenchesse seus dados, como endereço, cartão etc. Quando terminou, uma mensagem apareceu:
“Muito obrigado por comprar uma namorada perfeita! Aliás, quem deve agradecer é você! Uma garantia da Kronos Heaven! O prazo de entrega de seu produto é 3 dias!”
- Ee...eles tem bastante confiança nos produtos, ne, Koron~
- Au! – o cachorro respondeu concordando.
- Bem, então está na hora de irmos dormir. Amanhã vai ser divertido contar aos outros como foi – riu – Certeza que o Aoi vai twittar sobre isso e Kai-kun provavelmente não vai gostar. Em compensação... Akira e Kouyou vão me zoar muito... tsc ... será que devo deixar surpresa? – se perguntou, colocando o bichinho de estimação em sua caminha enfeitada de babados – Boa noite, K-chan~ Ah, deixa pra lá, eles iam me zoar depois também de qualquer jeito.
E então Ruki foi dormir. Ou pelo menos tentar. Ele se deitou e ainda ficou um bom tempo imaginando como as coisas seriam quando a cyborg chegasse. Ainda parecia que estava apenas comprando uma boneca e não uma namorada postiça. Mas bem, teria que se acostumar com isso depois, agora....
E caiu no sono.
***
“Mas que barulho infernal!” Foi o que Ruki pensou enquanto colocava o travesseiro sobre a cabeça para encobrir o som da campainha que era tocada insistentemente. Quem raios iria visita-lo àquela hora da manhã?
Ele logo desistiu e foi atender a porta.
- ARGH! JÁ VAI! – e se atrapalhou todo ao tentar se livrar das cobertas, caindo de joelhos no chão. Se alguém tivesse visto sua cara nesse momento, certamente teria rido, mas Koron-chan era muito compreensivo, então apenas abanou o rabinho.
O vocalista correu até a porta e abriu, deparando-se com uma caixa maior do que ele tapando toda a entrada.
- Ee?! O que é isso?
- Você é Matsumoto Takanori? – perguntou uma voz que parecia vinda do além.
- Eeee.....
Foi quando uma cabeça brotou de trás da caixa, com um boné daqueles de entregador, com o logo da Kronos Heaven. “Mas... não pode ser...”, Ruki pensou, “devem fazer apenas algumas horas desde que fiz o pedido!”.
- Senhor?
- Ah, sou eu, sim – ele respondeu hesitante.
- Assine aqui, por favor – disse o entregador passando-lhe uma prancheta.
Enquanto o homem arrastava a grande caixa para dentro da casa, Ruki olhava um tanto atordoado para a situação toda e Koron latia pro estranho. Seu dono ainda ficou alguns minutos encarando o logo da Kronos Heaven na caixa depois que o entregador saiu.
Ele sacudiu a cabeça e respirou fundo, se sentindo um pouco nervoso, mas também ansioso. Aproximou-se da grande caixa e começou a abrir o fecho. Um daqueles fechos de baú antigo. Precisou fazer mais força para a tampa se abrir, o negócio parecia se recusar a sair dali. Ele puxou, puxou e puxou. Depois resolveu fazer uma alavanca com uma chave de fenda. Enfiou a ferramenta no pouco que conseguira abrir e forçou na direção contrária.
Ele conseguiu, mas não foi exatamente o efeito desejado. A tampa voou para um lado e o conteúdo da caixa.... BAM! Subitamente caiu em cima dele, derrubando-o no chão. Koron começou a latir para ‘a coisa’, achando que ela estava atacando seu dono.
- Ouch... o-o que acont... – ia dizendo o vocalista enquanto se levantava meio confuso – AH! – E deu um pulo ao ver o corpo desnudo sobre si, jogando a cyborg pro lado.
Olhando de cima, parecia realmente humana. Ele se aproximou lentamente, prendendo a respiração. Koron esperava ao seu lado, também tenso, o rabinho entre as pernas.
Ruki colocou sua mão sobre a do cyborg. Primeiro um toque de leve, mas ao perceber como era suave, segurou a mão do robô e disse para Koron:
- Oh, Deus... é como se fosse pele de verdade! – disse assombrado. E então tomou um baita susto quando seu telefone começou a tocar. Ele levantou e foi até o aparelho. Porque ele tinha esses toques estranhos em seus telefones mesmo? – Mo-moshi moshi?!
- E aí?! O que está achando? Já está pensando em ficar com ela pra sempre?! – perguntou uma voz que parecia anormalmente animada.
- Quem é?
- Oh! Desculpe a falta de educação! Sou Namikiri Gaku, seu assistente técnico! Guarde bem o meu número, hein! E então? O que está achando? Perfeita, não? – o homem falava tão rápido que demorou um pouco para Ruki processar tudo que havia sido dito.
- Er... e-eu acabei de abrir. Ela está... er... parecendo um cadáver no meio da minha sala.
- O que?! Você ainda nem ligou? Você já leu o manual por acaso? Qual é a desse descaso com nosso produto?! Vou ter que ir até aí? Veja, Matsumoto-san, leia bem o manual! Assim vai poder ligá-la facilmente. Bem, tenho que ir agora. Se precisar me ligue!
E desligou.
Ruki estava completamente confuso com tudo acontecendo tão rápido, sentia a cabeça girar. E além de tudo havia acabado de acordar, ele não era uma pessoa necessariamente matinal.
Mas ainda bem que ele tinha o Koron. O chihuahua já tirava um bloco de papel de dentro da caixa e levava para o dono, que começou a ler atentamente o manual. E o cachorrinho ficou o observando, olhando de relance para a robô de vez em quando, para ter certeza que não havia se mexido.
Depois de um tempo, o vocalista terminou de ler tudo e pensou “Eu não acredito nisso!”. E se querem saber, ele estava se referindo ao método necessário para ligar sua nova namorada.
- Certo, vamos fazer isso de uma vez, K-chan! – exclamou ajoelhando-se ao lado do corpo que estava estendido de bruços em seu tapete.
- Au! – obviamente Koron estava lá para apoiá-lo.
Ele virou a cyborg pra cima e tirou os cabelos da frente do rosto dela. Assustadoramente parecida com um ser humano e igualmente linda, bem como ele havia visto no site. Enquanto estava prestes a fazer o que tinha que fazer, tentava se lembrar por que raios estava fazendo aquilo. De quem tinha sido a idéia mesmo? Ah, do maldito do Akira.
Vamos parar um momento e voltar ao manual que Ruki tinha lido. Pagina 5. Parágrafo 1. “Como ligar sua namorada”.
Bem como os cyborgs masculinos que a Kronos Heaven havia produzido anteriormente (vide Zettai Kareshi), todos os modelos de namoradas possuíam em seus lábios um sensor de temperatura que permitiria que elas identificassem seus respectivos namorados. E para ligá-las... acho que vocês já entenderam.
E bem, essa é a situação atual.
Ruki dando o primeiro beijo em sua nova namorada-robô, e os lábios dela eram incrivelmente macios, como os de uma humana de verdade. E Koron-chan disfarçando o máximo que podia, tentando não olhar para aquela cena constrangedora.
Logo que separou seus lábios dos dela, o vocalista sentiu um pouco de movimento e se afastou. A cyborg se sentou tão de repente que assustou o cachorrinho, que correu para a cozinha. Ela olhou tudo ao seu redor e parou ao ver o rapaz em sua frente, abrindo um lindo sorriso.
- Bom dia, namorado~
Ee~, a voz dela era para ser assim tão doce?
***
Ele estava achando aquilo tudo muito assustador, okay! Primeiro ele acordou com aquela barulheira, ele tinha ouvidos sensíveis! Então um cara estranho entrou em sua casa trazendo um brinquedo gigante. E depois o brinquedo atacou o papai! Mas ele logo percebeu que era porque o tal brinquedo estava desligado. Ele era muito inteligente!
Alias, ele particularmente achava que aquele brinquedo era bastante cheiroso, mas então quando papai ligou aquilo, a coisa começou a se mexer do nada. É claro que qualquer um teria se assustado! Mas ele acabou deixando seu querido papai sozinho com aquele ser desconhecido, então resolveu dar uma espiada.
O papai e o brinquedo... não, agora que ele olhava bem, aquilo era muito parecido com o papai. Tinha aquelas patas de fazer carinho e também as patas de andar. Só o cheiro que era diferente. Parecia uma mistura de cheiro de flor com televisão. Sabe, televisão, aquela caixa de imagem que o papai ficava vendo de vez em quando.
Enfim, o papai e o outro ser estavam sentados de frente um para o outro. Papai parecia um pouco tenso. E então o brinquedo estranho viu o pequeno Koron-chan observando da porta da cozinha e o chamou.
- Ah, um cachorrinho! Vem cá, vem – e a cyborg estalou os dedos.
Um pouco desconfiado Koron se aproximou, mas o cheiro agradável que saia dela era bem convidativo. Ruki observava os movimentos dela ainda impressionado com como aquilo podia ser tão real. Então o cachorrinho chegou perto da cyborg e ela começou a fazer carinho no animal, que pareceu gostar. Ela também parecia bem feliz.
- Qual o nome dele? – ela perguntou.
- Ah, é Koron...
- Que gracinha! – e então ela notou o olhar confuso de Ruki – ah, você me programou para gostar de animais~
- Ah!.... É mesmo... – ele ficou meio sem graça.
- E então – ela começou a dizer, se aproximando mais de Ruki, analisando-o de cima a baixo – qual é seu nome, namorado?
- Matsumoto Takanori – ele respondeu se afastando um pouco.
- Takanori, é? Hmmm... então irei chama-lo de Taka! – e riu. Ruki tentou se lembrar se havia programado que ela tivesse uma risada tão adorável.
- T-Taka...? – ele perguntou, não parecendo gostar muito.
- Bem, você me programou para chamá-lo por um apelido fofo... – disse corando um pouco – se quiser eu posso chamá-lo de Ursinho, docinho, ou bombomzinho~ - e corou mais ainda.
Vê-la corando deixou Ruki ainda mais impressionado com o nível de tecnologia a que o Japão havia chegado.
- Er, pode chamar de Taka mesmo....
A cyborg se levantou e começou a olhar a sala.
- Você tem uma casa bonita – ela comentou. E só então o vocalista se lembrou que ela estava sem roupa.
- V-vou arrumar algo para você vestir! – falou, tapando os olhos e correndo em direção ao quarto.
Foi nesse momento que a campainha tocou, deixando o rapaz desesperado, sem saber se corria pro quarto, ou pra porta.
- quem é?! – ele gritou do corredor.
- Akiraaa~ Estava preocupado e vim ver como você estava – o baixista respondeu.
“Gah! Akira maldito! Eu ainda te mato!!”
- Ah, deixa que eu abro, Taka – disse a cyborg indo até a porta.
- NÃO! – ele gritou assustando-a, e deixando Reita confuso do lado de fora. Talvez Ruki estivesse brigando com Koron. Ele deu os ombros – Er, vem aqui! – e puxou a cyborg até o banheiro – Fica aí! – E voltou correndo para abrir a porta – O-oi, Akira!
- E aí, como você ta? – perguntou Reita.
- Ah... é... tudo bem. – ele forçou um sorriso.
Mas ele obviamente havia esquecido que havia uma caixa enorme no meio da sala.
- mas o que... – começou o baixista, até que viu o logo da Kronos Heaven na tampa que estava largada em algum canto – AH! VOCÊ REALMENTE FEZ ISSO! Onde ela está? Cadê? Quero ver, Takanori!! – exclamou sacudindo o vocalista pelos ombros.
- E-er... é que....
- Quem é seu amigo, Taka?
Ruki ouviu a voz dela e quase teve um ataque cardíaco de susto.
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E aí? que tão achando? XD
Alias, o que será que Reita vai achar??
Não percam o p´roximo quando Ruki dará um nome à cyborg, ou será que vai ser o Reita?
E eles ainda a apresentam pro Uruha!
Eee, tudo bem deixá-la sozinha com o garanhão do Ussan?!?!?
Idéias são bem-vindas, então deixem reviews ok~
E obrigada por lerem