Mais que Uma Lembrança escrita por alsakura


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Gente, estou repostando essa fic porque tive alguns problemas com ela. Ela se passa em Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban. Espero que gostem.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/92506/chapter/1

Era o dia seguinte ao que o Professor Lupin dera a aula sobre bichos-papões e, na maior parte, os alunos estavam ansiosos para saber se continuariam estudando o feitiço Riddikulus. No quarto tempo, os alunos da Grifinória e da Sonserina se dirigiram em pequenos grupos para a sala de Defesa Contra as Artes das Trevas. Como sempre, Harry, Rony e Hermione estavam juntos, assim como Draco, Crabbe, Goyle e Pansy Parkinson. Quando entraram na sala, o Professor Lupin estava em pé, de costas para a entrada da sala, de frente para um armário, trajando as mesmas vestes velhas e puídas de sempre. Porém, não era o mesmo armário da última aula. Este era mais ou menos do tamanho de Harry, feito de um mogno caro e pesado, com puxadores de ouro puro. Todos os alunos se sentaram e Lupin se voltou para eles e disse como se pudesse ler as mentes de todos:

– Não, não vamos continuar estudando bichos-papões.

Ouve um “Ah!” geral, e Lupin se apressou em explicar:

– Não se preocupem! Vocês vão gostar tanto dessa aula quanto da de ontem – vendo o interesse surgindo nos rostos principalmente dos alunos da Grifinória e de alguns da Sonserina, ele continuou. – Hoje, vamos estudar os Colíndios. Alguém sabe me dizer o que é um Colíndio?

A mão de Hermione se levantou, como sempre.

– Senhorita Granger – Lupin passou a palavra à Hermione.

– Um Colíndio, assim como um bicho-papão, vive em lugares escuros. Porém, ao invés de mostrar o que a pessoa mais teme, ele mostra algo que a pessoa não tema. Não algo que ela goste, mas algo que ela não tenha medo – Hermione explicou.

– Perfeito, Senhorita Granger! Dez pontos para a Grifinória.

Enquanto alguns alunos da Grifinória comemoravam, os da Sonserina deram vaias baixas. O Professor Lupin fez um gesto com as mãos para que se calassem, e os alunos obedeceram.

– Assim como ontem, faremos uma fila na frente do armário, eu abrirei a porta e o Colíndio sairá na forma de algo que vocês não temam. Prontos? – Lupin disse.

– Não! Eu tenho uma pergunta – a mão de Hermione se ergueu novamente no ar, enquanto ela protestava.

– Pois não, Senhorita Granger – Lupin a incentivou.

– Bom, ontem usamos o feitiço Riddikulus. E hoje? – Ela perguntou envergonhada.

– Excelente pergunta! Mais cinco pontos para a Grifinória. Bom, só existe um feitiço capaz de matar um Colíndio. Fora esse, todos – ele deu ênfase à palavra – os outros, apenas o retardam. Portanto, podem usar qualquer feitiço contra ele. Acredito que por enquanto, nenhum de vocês saiba que feitiço é esse. A não ser, talvez, a Senhorita Granger – ele se virou para Hermione. – Senhorita Granger?

– Sim, eu sei – ela concordou.

– Então, por favor, não o use.

Ela fez que sim com a cabeça.

– Levantem-se e façam uma fila na frente do armário – Lupin instruiu. – Quando eu abrir a porta, quero que usem um feitiço que vocês usariam contra isso que ele vai tomar forma.

Quando todos os alunos já estavam de pé, Lupin pôs metade das carteiras em cada lado da sala com um simples toque da varinha.

A fila se formou e Lupin se posicionou ao lado do armário.

– Longbottom! – Ele chamou o primeiro da fila. – Pronto?

Ele abriu o armário e o que saiu de lá foi uma sombra cinza clara que, ao sentir Neville Longbottom perto, se transformou em um Pufoso.

Expelliarmus! – Gritou Neville com toda força que seus dois pulmões permitiram-no reunir.

O Colíndio deslizou apenas alguns centímetros para trás, pois o feitiço não foi forte o bastante. Ele voltou à forma de sombra e fugiu para dentro do armário. Lupin fechou a porta do mesmo e disse à turma:

– O Expelliarmus é um feitiço muito útil contra um Colíndio, se usado com a força e intensidade corretas. Embora originalmente seja usado para repelir varinhas, é um feitiço que funciona em Colíndios também, por serem os seres mais facilmente assustáveis de que se tem conhecimento – ele dirigiu ao Neville. – O seu feitiço foi fraco, porém causou reação. Senhor Longbottom, pode se sentar em uma das carteiras.

Neville se sentou e Lupin chamou a próxima pessoa da fila:

– Senhorita Parkinson!

Pansy se posicionou alguns passos à frente e Lupin abriu o armário. Dessa vez, a sombra deu forma à Professora McGonagall. A maior parte dos alunos da Sonserina deu risadinhas abafadas, porém, que não passaram despercebidas. Lupin gesticulou novamente para que se calassem e todos obedeceram novamente, com exceção de Malfoy, que continuou rindo só porque se acha superior. Mas isso não chegou a ser um problema. Apenas um pequeno empecilho que o Harry resolveu erguendo a varinha, apontando-a para Malfoy e juntamente a um leve toque de varinha, sussurrou:

Silencio – no mesmo instante as gargalhadas de Malfoy se transformaram em risadas sem som.

– Obrigado, Harry – Lupin disse e se virou para Pansy. – Senhorita Parkinson, poderia se apressar, por favor?

– Desculpa, mas eu não posso atingir um professor – respondeu Pansy.

– É só um Colíndio, Senhorita Parkinson! Não é a Professora McGonagall de verdade!

– Eu sei. Mas ainda assim, não posso!

– Tudo bem – Lupin se pôs entre Pansy e o Colíndio e após dar um toque com a varinha e murmurar o feitiço correto, ele se estupefez. – Pode se sentar, Senhorita Parkinson – ele completou para Pansy.

Ela se sentou, depois de escolher meticulosamente, na cadeira mais longe de Neville. Harry não pôde deixar de notar.

A fila seguiu com todas as imagens possíveis. Desde uma mão sem corpo até um unicórnio bebê. Agora faltavam apenas os quatro últimos da fila: Malfoy, Rony, Hermione e Harry.

Primeiro, Malfoy. O Professor Lupin desfez o feitiço silenciador e ele estupefez, não com muita perfeição, um trouxa. O que fez muitos alunos da Sonserina rirem e garantirem menos dez pontos para a casa.

Hermione levitou, como sempre com muita perfeição, porém muito lentamente, uma onça de fora para dentro do guarda-roupa.

Rony fez uma Mandrágora explodir com um feitiço muito simples, porém eficiente, onde apenas fez uma rima simples. “Essa Mandrágora vai explodir e voltar para onde não deveria sair.”

Foi a vez de Harry. Ele deu dois passos para frente para se posicionar um pouco mais próximo do armário.

– Pronto, Harry? – Perguntou Lupin.

Ele fez que sim com a cabeça e Lupin abriu a porta do armário. Quando ele fez isso, a sombra formou três formas distintas, interligadas apenas por um fio de névoa. A primeira, imensa e grossa no chão. A segunda, que parecia um humano, em pé, com um sorriso maligno no rosto. E a terceira, uma humana fraca caída no chão, com cabelos vermelho-fogo emoldurando seu rosto.

Ele reconheceu a cena. A imagem que ele preferia não ter que ver novamente, pois fora suficiente no ano anterior, na Câmara Secreta. A primeira, o Basilisco. A segunda, Tom Riddle. A terceira, Gina.

Todos os outros alunos estavam boquiabertos.

Uma lágrima escorreu pelo canto de seu olho esquerdo e antes que desabasse na lembrança, ergueu a varinha, apontou-a para o peito de Voldemort e falou em alto e bom tom:

Estupefaça!

Foi um feitiço perfeito. Melhor que o de Lupin. O Colíndio se estupefez e foi atirado com agilidade para dentro do armário. Lupin fechou a porta do mesmo e se voltou para Harry, que havia fechado os olhos e mordido o lábio inferior, para impedir que mais lágrimas caíssem. Lupin se precipitou em direção ao Harry e apoiou a mão em seu ombro. Ao sentir o pequeno fardo, Harry abriu os olhos e encarou o professor, deixando que mais uma lágrima escapasse.

– Espere um pouco depois da aula, Harry – disse o professor. E se voltando para a turma, ele avisou. – Encerramos por hoje. Podem ir.

A turma começou a se levantar, com exceção de Rony e Hermione, que queriam esperar por Harry. Mas Lupin os dispensou com um aceno de mão e eles saíram, relutantes, um pouco depois dos outros.

Quando Lupin ficou a sós com Harry, ele fechou a porta da sala com um aceno de varinha e perguntou a Harry, que permanecera imóvel até então:

– O que foi aquilo, Harry? Aquele era Voldemort?

Harry se assustou ao ouvir o nome dele, já que poucas pessoas o diziam. Confirmou com a cabeça e contou pela primeira vez para alguém além de Rony e Hermione tudo o que acontecera na Câmara Secreta, no ano anterior.

Desde então, ao reparar na tristeza e receio com que Harry falava sobre o assunto, Lupin não tocou mais nele. Nem mesmo nas aulas noturnas contra Dementadores. E se tornou o professor preferido de Harry, depois de Dumbledore, é claro.

O único problema que Harry teve foi que, assim que saiu a sala, todos os alunos do colégio já sabiam no que seu Colíndio se transformara e que alguns, principalmente da Sonserina, zombaram dele mais que o normal.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Reviews, por favor. O dedinho não vai cair. Brigadinha por lerem.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Mais que Uma Lembrança" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.