Matar aula não me tirou um pedaço, pelo ao contrario, me fez bem...

Ainda não consigo esquecer dos seus olhos, dos seus lábios; do momento que rolavamos na grama.

Quando eu estava com ele o meu mundo á volta não existia. Mesmo que eu não quisese admitir - o que eu não vou fazer nunca! - que eu me sentia atraida por ele.

O seu jeito especial, o jeito de me olhar, de rir quando eu estou constrangida, o seu modo de vestir, de falar... tudo me encantava.

Ele me beijou. Só um leve tocar dos meus lábios contra os meus. Mesmo naquele momento, eu desconstruí o beijo: a possível minha reação, minha  possível interpretação, a forma como fez minha pele ficar arrepiada, os segundos entre quando ele tocou os meus lábios e quando eu abriu os olhos.

Ele sorriu para mim. As palavras dele eram provocadoras, mas sua voz era gentil. “É tudo que você tem?” Eu toquei meus lábios nos dele, e dessa vez, foi um beijo bem diferente.Os lábios dela ganhando vida sobre o meu, com gosto de laranja e desejo. Os meus dedos passaram pelas suas costelas e no meu cabelo, antes de demorar no pescoço, vivo e frio com o calor da sua pele. Eu era selvagem e manso e puxado em pedaços e esmagado em ser tudo ao mesmo tempo. Pela primeira vez na minha vida, minha mente não divagou para outro local distante ou parou para um momento de reflexão.

Naquele momento era só eu. Alec e eu.