São paulo,14 de janeiro de 2010

 Olá querida mãe.
 
 Quanto tempo que não te vejo, as coisas estão confusas pra mim...Mãe, quando vai me trazer a boneca que me prometeu quando eu tinha sete anos? Quando vou ver-la novamente? Quando vai lembrar que eu existo? Quando vai limpar minhas lágrimas, ao me ver chorar de saudades? Quando...quando...quando. Somente perguntas escrevo nestas cartas, porque não tenho respostas.
  Bem, hoje me mudei pra casa do meu avô, se eu te falar o que aconteceu vai me chamar de doida, pois é uma coisa qual não saberia explicar, minha nova casa está com ar de depressão, sem você nada é bom o bastante para ser comemorado, mesmo assim vou lhe mostrar como vivo nesta nova e horrivel vida, com meu avô macabro e uma caixa que dentro tinha coisas que não sabia ser existente neste mundo.Vou lhe contar o que tinha lá:
 -Um controle remóto antigo.
 -Uma chave dentro de uma garrafa muito bem fechada.
 -Uma chave normal.
 -Um anel.
 Primeiro eu achei que não tinha nada demais mexer no que não é meu por direito, mas é tão errado que me castigaram por abrir esta caixa, fui castigada a carregar uma pessoa na minha casa, um desenho na verdade ¬_¬... Um amigo imaginário que todos podem ver e tocar.
 Se não está me chamando de louca, é porque a senhora também me entende, então segundo a física é louca também, e assim é que a física esconde as verdades do mundo.
 Vou indo, pois meu cérebro precisa de um tempo para perceber que este sonho não é apenas um sonho.

 Beijos e abraços de Bianca!
 PS: Fala pra Deus me explicar o que está acontecendo.

"Primeiro capítulo: Minha triste realidade"