Alice S Memories escrita por Yako-chan


Capítulo 13
Capítulo 12 Caminho de Volta


Notas iniciais do capítulo

AI mesmo com algum trabalho...saindo esse capi...talvez pare por aqui...=/



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/92357/chapter/13

Ela já se via caindo para dentro daquele buraco escuro nem tendo tempo de gritar quando algo segurou seu pulso e a puxou para trás, havia se assustado e viu que era a mão de alguém segurando-a, virou-se para trás rapidamente para ver que era Ralph. Ralph?Disse o nome do rapaz com o coração batendo rápido, quase havia caído dentro de um buraco escuro, céus estava agradecida por vê-lo ali, levou a mão ao peito acalmando a respiração, encarava-o agora que o susto passava e talvez ela viesse a dizer alguma coisa, mas ele falou primeiro parecendo preocupado. Se machucou senhorita Liddell? Me perdoe por tê-la puxado dessa forma mas você poderia ter se ferido se caísse.As palavras saiam com a mesma preocupação, Alice ficou olhando-o antes de responder. Ah...não...por Deus não se desculpe, você evitou que caísse, poderia ter sido bem ruim se o senhor não tivesse me puxado...fico-lhe grata...muito mesmo.Agradecia de forma séria e amigável.Mas porque está aqui?Ela perguntou depois de algum tempo, já havia passado aquele susto e estava bem. Ahn, bem sua tia me disse que seria bom fazer companhia a senhorita.Ele parecia meio constrangido ao falar passando a mão no cabelo e olhando para o lado enquanto dizia, ela teria rido se isso não fosse chamar atenção. Tudo bem, eu entendo. Mas está bem mesmo?Insistiu em perguntar mais uma vez com a mesma preocupação. Sim, estou bem você impediu que caísse...e acho que seria uma queda e tanto...Disse olhando para o buraco. Ah, sim, é um buraco perigoso.Dizia ainda meio embaraçado, quando o som novamente de terra passou por baixo de seus pés e a terra continuou a descer e antes que Alice percebesse o rapaz a puxou novamente para longe do buraco que se alargava como se quisesse puxar o que estava a volta para dentro dele. Eu não iria cair desta vez Ralph.Ela disse mesmo vendo que a terra descia com facilidade nas bordas da cavidade que se formava. Isso está muito perigoso senhorita Liddell, e me desculpe novamente, melhor não ficar perto o solo parece muito instável. Tudo bem não se preocupe.Disse mais uma vez.Apenas penso se deva haver grandes tuneis abaixo dessa entrada para que a terra fique desse jeito... Ela parecia mais interessada nisso do que em estar ou não bem, mas o rapaz não se importou, e estavam falando há pouco tempo, mas quando deu por si já estava entardecendo. Vamos voltar.Ela falou de repente indicando que iria embora, sairia dali rapidamente, mas ficou olhando para o buraco alguns segundos, sua entrada agora havia sido totalmente bloqueada pela terra que cedeu depois do primeiro desabamento, sem saber o porque isso a desapontou, mas resolveu ignorar esse fato, girou nos calcanhares e quase sem esperá-lo voltou a passos rápidos, com medo de levar uma bronca por ter ficado zanzando por ai, para sua surpresa e alivio quando voltou ainda estavam lá conversando e rindo, gostaria que nem tivessem dado por sua falta, mas se haviam mandado o rapaz no seu encalço isso não era provável, quando sol já descia no horizonte é que foram embora, despediram-se e certamente Alice percebeu os olhares que o pai de Ralph trocava com seus tios, certamente estavam tramando, e ela já sabia o que, mas ficou quieta, no caminho o tempo parecia começar a ficar nublado indicando uma chuva breve, com o vento agitando as arvores na estrada enquanto seguiam para casa. Em casa Alice já se encontrava em seu quarto quando o vento forte lá fora agitava as arvores de um lado a outro zunindo e esparramando folhas por todo lado, Alice estava deitada em sua cama com um livro em mãos, um sorriso pequeno no canto dos lábios, estava se lembrando do que havia acontecido no parque. Realmente, ele se preocupa demais.Falou sozinha e riu lembrando da cara de espanto do rapaz quando ela quase caiu no buraco.Muito cavalheiro Mr. Burker. Ela fechava o livro deitando de lado na cama, olhando para fora, e sem que percebesse adormeceu, quando acordou viu que estava começando a anoitecer e embora o céu estivesse cheio de nuvens carregadas à chuva insistia em não cair, ela levantou sentando-se na beira da cama, sabia que está noite teriam visitas no jantar, umas amigas fofoqueiras de sua tia, Alice fez um carranca. Tendo que receber visitas incomoda, ainda mais que os visitantes podem ser tão irritantes às vezes.Afirmava categoricamente a si mesma. Muito incômoda, verdade.Uma voz chegou até ela suavemente, assustada, Alice quase deu um pulo na cama. Quem está ai?Disse quase em um sussurro, encarando a direção que supostamente havia vindo.Estou tendo outro sonho? Balançou a cabeça, estava bem acordada, disso tinha certeza. Se eu tivesse em mundo só meu, isso não seria anormal, mas aqui, isso é propriamente seria um absurdo. Nada seria o que é, porque tudo seria o que não é.A voz apareceu novamente, mas agora ela não se assustou. Eu devo estar ouvindo vozes acordada agora.Consolou-se, levantando e indo até a janela, quando viu um vulto branco passar logo abaixo no gramado pensou por alguns instante que pudesse ser a gata correndo da tempestade que estava se formando. Apresse-se.Sussurrou a voz novamente, e pensando melhor, não era Cicy com certeza, pois agora a via dormindo profundamente no banquinho de sua penteadeira, o que seria então? Aquilo atiçou sua curiosidade, afastou-se da janela saindo do quarto, desceu as escadas rapidamente chegando à varanda, seus lhos correram por todo o jardim a procura do que seria aquilo, não viu nada, o vento agitava seus cabelos e o vestido, colocou as mãos para trás e começou a andar pelo jardim indo para os fundos. Não acredito que pensei que fosse aquela gata preguiçosa!Falou de nariz empinado, olhando para cima, não prestando atenção tropeçou em algo que nem vira no meio da grama um pouco mais alta naquela parte. Mas que coisa!Praguejou ainda caída, apoiou as mãos no chão, mas antes de se levantar assustou-se com um vulto branco que passara rapidamente a sua frente, prontamente se pôs de pé procurando o que era, quando avistou a silhueta de um animal branco movendo-se rapidamente por entre a relva que se tornava mais alta adiante. Animal maldito, então era você...Disse a si mesma enquanto olhava a direção em que havia ido, estava no meio da grama alta, se afastando, e ela sem saber o porque foi atrás, as árvores do jardim deixam tudo escuro quase como a noite, então na pouca luz ela só podia ver as longas orelhas brancas do coelho, ele estava indo a se afastar, até quando saíram das sombras das arvores Alice pode ver a aparência do coelho e teve de cobrir a boca para não gritar, engoliu o grito, com uma sensação horrível ao que vira. O pelo branco do coelho estava manchado de sangue e sujeira, algumas partes de sua pele haviam sido arrancadas e sua orelha direita havia estava dobrada, torta de uma forma nenhum pouco natural, era horrível, mas ela percebeu que este vestia um casaco também, este estava rasgado e sujo da mesma forma que ele, e que um dia deveria ter sido azul, ficou intrigada, imaginando que tipo de pessoa colocaria roupas em um coelho, e que poderia ter sido essa mesma pessoa a feri-lo dessa forma, Dinah muito menos Cicy nunca deixaram, ela sentiu tristeza ao ver seu estado, queria alcançá-lo, talvez se pudesse pega-lo, se conseguisse, poderia cuidar dele, logo adiante ele parou levantando-se sobre as patas traseiras, era sua chance, correu mais rápido, para parar logo depois, o qual não foi o surpresa dela ao vê-lo tirar um relógio dourado do bolso e apontar para o mesmo. Apresse-se, siga-me!A voz parecia irritada, Alice ficou chocada, o animal havia falado?Estamos atrasados!Falou de novo, era isso mesmo, ele havia falado? E agora dizia que ela estava atrasada? Ficou estática por algum tempo antes de perceber que ele voltava a correr novamente. Eu acho que não ouvi nem vi isso, mas essa é nova.Falava um tanto assustada. Parece que está ficando cada vez pior. Não vá, não vá, não vá! Isso é só coisa de sua cabeça não se deixe levar. Isso provavelmente o que os médicos diriam! Mas o que eu estaria querendo em não segui-lo, no fim das contas sou louca mesmo que não quisesse...embora as vezes esconda isso eu tenho que fazer jus a minha loucura as vezes, e também só para tirar conclusões, uma olhada só não faz mal...Ela foi atrás dele, primeiro andando, depois apressou o passo quando ele se embrenhou em meio as folhagens do jardim, ela o seguiu e quando percebeu já estava correndo, tentando seguir o animal, o coelho passou ligeiro por debaixo de uma cerca ela fez o mesmo, claro que não com a mesma habilidade nem da mesma forma, havia um campo seguido de um bosque depois dos limites da casa, mas ela não estava prestando atenção onde ia e passou a parte mais fechada do bosque quase perdendo o coelho de vista a chuva começou a cair fina e devagar enquanto o coelho surgia novamente em uma espécie de clareira cercada a frente, e abaixo de uma dessas cercas havia um buraco, talvez uma toca, só que grande e ele entrou lá. Ela parou quando chegou à entrada era bem menor que sua altura precisou ajoelhar-se e abaixando um pouco o corpo e olhou para dentro tudo estava escuro logicamente. Não acredito que estou fazendo isso, acabei de correr atrás de um animal ferido, um coelho falante e de casaco, acho que minha pouca sanidade está falhando de vez. Dizia, mas deu de ombros e não hesitou em engatinhar para poder passar pela entrada, percebendo que à medida que andava mais para dentro a toca inclinava para baixo enquanto se alargava e ficava mais alta, até uma hora em que podia ficar quase totalmente em pé lá dentro, o vulto do coelho corria logo adiante, resolveu ficar em pé, raízes pendiam do teto de terra parecendo cortinas, voltou a correr atrás dele novamente, um buraco muito comprido ao que parecia, pois corria por ele livremente, Alice pensava que se estivesse indo a enlouquecer novamente ela poderia ao menos se comprometer a ela, sua própria loucura, estava começando a ficar mais escuro a cada passo que dava, também porque já devia ser quase noite lá fora, embora houvesse passado menos de um minuto, quando percebeu já estava tudo escuro à frente e sem que pudesse ver ou perceber aquele túnel então se aprofundava repentinamente. E o chão sumiu sob seus pés de forma tão inesperada que Alice não teve sequer um momento para pensar antes de se encontrar caindo no vazio escuro, um buraco no meio do caminho, ela gritou de surpresa quando começou a cair agitando os braços como se assim pudesse evitar a queda, e quando pode se agarrou as raízes nas paredes, seu corpo bateu contra a parede de terra do túnel, estava pendurada, seus pés não pareciam alcançar algum chão, quando olhou para baixo só havia breu, sentiu medo quase pânico as mãos já doíam com o peso do corpo quando tentou subir, apoiando os pés nas paredes, não conseguia, suas mãos escorregaram quase machucando e ela caiu, só conseguiu proteger o rosto com os braços esperando o momento do choque de seu corpo contra o solo, ela esperou, mas para sua surpresa isso não aconteceu, e começou a estranhar que não parasse de cair, que realmente o buraco parecia ser bastante fundo, não era normal, não parecia real. Afastou as mãos abrindo os olhos, estava caindo de costas e mesmo assim acima não podia ver nada nem sequer um vestígio de onde caiu, com dificuldade devido à velocidade que caia conseguiu girar o corpo, embora ainda estivesse escuro aos poucos começava a se acostumar com a pouca luz, tentou olhar para baixo e saber para onde estava indo, estava escuro demais para ver alguma coisa, então olhou para os lados assim podendo ver as coisas a volta, ao seu redor desejando saber o que iria acontecer a seguir, ela já tivera alucinações antes, mas nunca completamente acordada.Essa vai ser uma noite longa, eu sei...Pensava no momento, talvez fosse um sonho mesmo. Quando tinha sete anos havia caído de uma arvore do quintal de sua casa, estava subindo para pegar Dinah que estava sob um galho escondida entre os ramos, ainda se lembrava da sensação de medo que teve quando estava caindo, o frio no estomago como se houvesse um buraco nele, até podia sentir a dor que estava por vir, e o tempo parecia ter parado por um momento, depois do impacto. Havia machucado o braço quando caiu e seu pai a levou para o hospital, e durante todo o caminho tentou acalmá-la dizendo que tudo ficaria bem. Era uma das lembranças que tinha de seus pais antes de morrerem, até mesmo estas memórias estavam associadas com a dor.

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Até porque estou meio sem incentivo...>—> como é que vou saber se está indo bem...ou mal assim...um coment de vez em quando faria bem...