Agonia.

É isso o que eu sinto.

Sinto-me despedaçada pela minha própria dor, acabada e destruída.

E eu não sei o que aconteceu, o que me levou a sentir isso.

Procuro respostas, mas não acho.

Foi porque você me deixou? Porque me traiu? Porque disse que o nosso amor não significou absolutamente nada pra você?

É eu acho que foi isso.

Mas como você pode? Como pode dizer àquelas palavras que você sabia que iriam me despedaçar. Me arruinar.

E por mais que você tenha me machucado tanto, eu ainda te amo. Isso é patético. É ridículo.

Eu devia te odiar. Sentir nojo de você, por ter me ferido sem se importar com meus sentimentos.

Mas eu não posso. Simplesmente não posso. Porque eu te amo. Mais do que minha própria vida.

E eu sei que se você quiser voltar pra mim, eu vou aceitar sem pestanejar. Não precisara pedir perdão, apenas dizer que me quer e eu abrirei meus braços e esquecerei todas aquelas palavras amargas.

E é isso que me torna patética.

Eu me odeio por isso. Por ser tão fraca perante você.

E eu me encolho tentando juntar meus pedaços, tentando me manter respirando.

Mas a dor é tanta, que eu mal consigo respirar. Meu coração vacila cada vez que eu penso em você. Ele ameaça parar, porque ele também não suporta a dor.

E o que devo fazer? Minha vida sem você é um nada. Eu sou um nada.

Sou só uma carcaça vazia, abandonada.

Toda vez que alguém diz seu nome eu afundo mais, sinto as lágrimas escorrerem por minha face e os soluços saltarem da minha garganta. E eu não consigo conte-las.

Procuro maneiras de evitar a dor. Corro, fujo, tento escapar. Mas não consigo.

Por isso só continuo sentada aqui. Parada. Tentando de alguma forma apreciar a dor. Apreciar a agonia.