Dianna caminhava pelas ruas bem asfaltadas de seu bairro, até encontrar quem ela queria, caminhou até a frente dele. Ele estava com muitos amigos a sua volta, conversando sobre banalidades, ela se aproximou com um lindo sorriso no rosto, mas com más intenções nos olhos.

-Oi Dylan! Podemos conversar?

Ele estranhou a forma dela ter vindo falar com ele, já que ela nunca fez isso antes.

-Claro, pode falar. Decidiu mudar de idéia e ficar comigo?

-Não mudei de idéia Dylan, mas é que eu lembrei algo bem curioso da nossa infância junto, seu medroso desgraçado, mentiroso do inferno!

Dianna tinha se exaltado muito, sua raiva agora era palpável no ar, Dylan ficou assustado com a reação da garota, mas também ficou bravo.

-Eu não sou medroso e muito menos mentiroso do inferno!

-Sim você é, pois fazer graça para poder ficar com uma garoto, brincar com os sentimentos dela, e mentir sobre os fatos que ela não lembra direito, para eu, isso é um ato de COVARDIA!

-Onde eu fiz graça para ficar com você? Onde eu brinquei com os seus sentimentos? E onde foi que eu menti sobre fatos que você não lembrava?

-Quando você pediu pra ficar comigo, você disse que se divertia comigo quando éramos crianças, mas isso era uma puta mentira! Você brincou com os meus sentimentos quando disse que se divertia as minhas custas tentando me proteger quando eu arranjava encrenca! Você mentiu falando que era você que me protegia, quando que na verdade quem te protegia era eu!

Dianna falava tudo de cabeça erguida, nada que ela dissera era mentira, fora ela que sempre teve que proteger aquele pirralho, ela que sempre se ferrava por causa dele, agora ele teria que ouvi-la até o ultimo.

Dylan estava pasmo por tudo que escutou, seus amigos estavam dando gargalhadas as suas costas, ele com muita raiva segurou o pulo dela com força e falou entre dentes.

-Quem você pensa que é pra falar assim comigo? Eu nunca te dei o direito de me insultar!

Dianna segurou o pulso da mão que lhe estava a segurando, seus olhos já estavam mudando de cor por causa de sua raiva, seu sangue começava a correr mais rápido, lhe direcionando mais pode, algo que antes estava preso por algo se soltou, lhe dando todo o seu poder, ela serrou os dentes e com muita raiva apenas sussurrou de uma forma fria e defensiva.

-Solte o meu braço Dylan, eu não pretendo te machucar na frente dos seus amigos, não quero te humilhar na frente deles!

-Cala a sua boca vadia!

Ele ergueu sua outra mão e desferiu um tapa servido na cara da menina. Dianna ao sentir o tapa em sua cara, olhou fundo nos olhos do Dylan, tudo a sua volta estava se transformando, ela podia ouvir as risadas dos amigos do Dylan, estavam rindo por que o garoto havia lhe batido, sua raiva já podia ser sentida por qualquer um, o que antes era palpável, agora se tornou pesado, ela se sentiu humilhada pelo garoto a sua frente, portanto ela começou a apertar o braço dele com muita força, até ele lhe soltou, um sorriso demoníaco surgiu em seu rosto angelical, sua voz soara fria, como se nenhum sentimento lhe atingisse.

-Esse foi o seu pior erro Dylan!- Ela lhe olhou no fundo dos olhos, e pode perceber o terror do garoto.-Suas ultimas palavras?

-Por favor não me mate!

-E quem disse que eu vou te matar? Não perderia o meu tempo matando uma escória como você! Mas vou te dar um aviso. Nunca mais se aproxime de mim, eu tenho nojo de você, mas caso se aproxime, eu te juro, que te deixo incapaz de produzir criaturas asquerosas como você!

Dianna o empurrou, fazendo que ele caísse de bunda no chão, e seus amigos começaram a tirar com  a cara do garoto. Ela saiu soltando fogo pelas ventas, Dianna não quis ir para casa, não queria ficar daquele lado, esse lado não lhe trazia felicidade, marchou direto para o portão do lado negro, o empurrou e por ele passou. Foi caminhando por entre a escuridão, até achar aquela pequena cabana que se abrigara na ultima vez que foi para aqueles lados, ela andou pela casa por um tempo, viu os quartos, a sala, a cozinha, parecia que tudo naquele lugar tinha sido imobiliada, ela ficou um tempo deitada no sofá até que pode ouvir o som de água caindo, se levantou rapidamente e foi direto para onde saia aquele som. A cachoeira era linda, mesmo estando escuro, a luz da lua iluminava aquele lugar, dando um aspecto lindo, Dianna rapidamente tirou suas roupas, ficou apenas com as roupas intimas, e entrou no lago, a água fria lhe relaxava seus músculos, e acabava a acalmando. Ela estava tão entretida em seus pensamentos que não pode ouvir alguém se aproximando.

Ele a observava desde que tinha entrado na floresta, não queria se aproximar, pois se  fizesse, com certeza ia gerar uma incrível discussão, onde ele com certeza ia acabar fazendo algo que não queria. Ele a viu tirar suas roupas e entrar na cachoeira, um sorriso apareceu em seu rosto, ele tirou a sua roupa, ficando apenas de cueca, e entrou sem que ela o notasse, se aproximou silenciosamente dela, e lhe agarrou por trás a assustando.

Dianna se debatia nos braços da pessoa que a agarrara, mas de uma forma muito estranha, aqueles braços lhe traziam segurança, uma segurança assustadora.

Enquanto ela se debatia , ele se divertia, até que ele se aproximou da orelha da garota e lhe sussurrou sedutoramente.

-Calma, sou apenas eu, seu príncipe encantado!

-Que de príncipe não tem nada, e tem menos ainda de encantado!

-A então assume que eu sou seu, não é?

-Eu não disse isso!

Dianna ficou completamente vermelha, ela estava abraçada com um cara, mesmo ele sendo conhecido, aquilo era constrangedor para ela, já que ela estava semi nua, e ele estava só de cueca também, e ainda dizendo que era seu, com certeza ele a queria deixar, roxa de tanta vergonha.

-Mas foi o que você deu a entender!

-Não enche Luka!

Luka deu risada, a garota havia parado de se debater, e tinha cruzado os braços, mostrando que estava irritada, só para pirraçar a pobre coitada, ele começou a distribuir pequenos beijinhos por sua orelha e pescoço, a fazendo ficar arrepiada dos pés a cabeça, e sussurrou em seu ouvido.

-Não fique tão brava com esse pobre coitado que caiu de amores por uma iluminada!

Ele logo voltou a beijar a orelha e o pescoço da garota, lhe desarmando completamente, ele finalmente a soltou, e ela ficou de frente para ele.

-Por que você faz isso?

Ela estava com uma cara de triste, e ele não entendia o porque, ele tinha acabado de se declarar para ela, e ela reagia daquela forma, ele ficou intrigado.

-Faço o que?

-Isso, tenta me seduzir!

Ele se aproximou dela com uma calma delicada, colocou sua mão no rosto dela, se aproximou perigosamente dela e lhe disse logo.

-Por que eu me apaixonei por você, você conseguiu o que nenhuma outra consegui, me tirou do serio, me deixou louco, e esse tempo que ficou longe, me deixou com saudades!

Dianna não sabia o que fazer e muito menos o que dizer, ela também estava com saudades dele, o tempo em que ela ficou longe dele, de certa forma a havia machucado, ela não deteve a aproximação dele.

A mão dele, do rosto dela foi para a nuca a aproximando cada vez mais, e por fim ele a beijou, e foi correspondido.

O casal ficou ali naquele beijo por um bom tempo, eles eram abençoados pela a lua, e abraçados pela água. Eles param de se beijar, ele a abraça fortemente, e ela suspira em seu peito e lhe fala.

-E agora o que será de nós?