Luz e Trevas escrita por Franflan


Capítulo 10
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Esse cap. ficou curto, mas foi por causa de pouca imaginação mesmo! Espero que gostem e quero reviws....XD



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Suspirando Luka olhou para o caminho que teria que trilhar ate a sua casa, quando chegasse la teria que enfrentar o Lucas e só de pensar isso uma dor de cabeça lhe atingia. O caminho foi mais longo do que originalmente seria, sua mente estava confusa, muita informação para pouco tempo de processamento, evitando qualquer caminho em que o irmão mais velho poderia estar lhe esperando, sorrateiramente ele foi para o seu quarto e deitou-se na cama, assim que sua cabeça atingiu o travesseiro seus olhos se fecharam, mas sua mente não parou de trabalhar sobre os últimos acontecimentos.

Luka já não sabia o que acontecia consigo ou com seus irmãos, ele quase beijara a ruivinha, brigara e feio com seu irmão mais velho, lutara com ele para defende-la, seu irmão deixara com que sua outra personalidade tomasse conta, e mesmo depois de esgotado por causa da luta ainda criara forças para ir atras dela ao invés de simplesmente deixa-la por conta própria enquanto ele recuperava suas forças, e quando a encontra simplesmente usou o colo da garota para dormir, sem contar que revelara o maior segredo de seu irmão, realmente algo de muito errado acontecia com ele.

O que esta acontecendo comigo? Eu não sou assim!”

Virando-se de lado ele olhou pela janela e com suspiro deixou que um pensamento saísse em voz alta.

–Mas espero que você esteja bem!

Seus olhos estavam pesando quando ele levantou de supetão e saiu rapidamente, correndo até a sala, onde seu pai lhe esperava impacientemente.

–Você demorou, Luka!

–Desculpe o atraso, tive que resolver alguns problemas!

–Posso saber que problemas?

–Problemas com um garota!

–A mesma garota dos seus irmãos?

–Exatamente!

–E que problemas ela tem causado para que você tenha que resolver?

–Ela despertou o Gui!

–E como você conseguiu apaga-lo desta vez?

–Achei um diário na biblioteca que continha um tipo de feitiço ou algo do gênero que poderia faze-lo regressar a seu estado de hibernação!

–De quem era esse diário?

Luka pode não perceber, mas a voz do homem se tornara mais dura e fria.

–O primeiro nome estava apagado, mas o sobrenome era bem visível e se não me engano era Lê Fey!

–Entendo, mas filho nunca mais leia diários alheios é falta de educação invadir a privacidade de alguém desta forma!

–Pai, eu provavelmente não invadi a privacidade de ninguém, afinal aquele diário estava na sua biblioteca o que indica que a pessoa nem mais viva esta!

Pela primeira vez Luka pode ver seu pai se alterar de alguma forma, ele que era sempre comedido e entediantemente calmo, se estressara com o filho.

–Por mais que a pessoa esteja morta ainda é falta de educação ler sobre sua intimidade, então filho espero que não volte a fazer isso, pois essa não foi a educação que lhe dei!

–Certo pai, eu não irei mais fazer isso, não se preocupe!

–Tenho certeza de que não fara, agora saia, já cansei de ouvir a sua voz!

–Já estou indo, mas antes, pai o senhor conhece algum Thomas?

–Não, agora saia!

Luka saiu bufando de raiva, seu pai passara dos limites ao gritar consigo, fora da sala o garoto passou a mão em frente ao rosto, frustrado, estava cansado de tudo que estava acontecendo, estava cansado de perguntas sem respostas. Quando finalmente poderia descansar em sua cama, um som alto chegara a seus ouvidos e balançava as paredes de seu quarto, irritado ele se pôs em pé e caminhou a passos duros até o quarto ao lado.

–Josh desliga essa merda logo de uma vez!

Josh olhou para o irmão irritado.

–Eu tenho que aguentar o seu violino ou a sua guitarra quase todas as noites, mas você não pode nem aguentar um pouco de musica de verdade? Se acalme e curta um pouco de rock!

–Eu não quero curtir porcaria nenhuma, Josh, eu quero dormir!

–Você dorme depois!

–Eu não quero dormir depois, eu quero dormir agora, e se não ira desligar esse som por bem eu irei faze-lo por mau!

–O que você vai fazer?

Luka não falou nada apenas correu pelo quarto até parar em frente ao som, e o desligou, tirando-lhe o cabo que liga na força e levou o radio consigo para o seu quarto, jogou o aparelho de qualquer jeito em cima da mesa e trancou a por do quarto, impedindo que sei irmão entrasse, mas não que ele esmurasse a porta furiosamente.

–Josh, vá ler um livro que é mais produtivo e saudável e me deixe dormir em paz!

Dito aquelas palavras, fora como proferir uma magica, o mais novo parara de esmurrar a porta e voltara para o seu quarto, assim deixando o irmão poder descansar na mais pura paz.

Novamente ele estava tendo sonhos estranhos, desta vez ele estava no coração da floresta, quando ele é surpreendido por alguém que pulou em suas costas, sua primeira reação fora a de jogar a pessoa no chão, mas ao ver quem era um sorriso se formou em seus lábios e seu coração disparou, era uma garota linda, possuidora de uma beleza impar, que lhe lembrava muito a um anjo, assim que ela descera de suas costas ele a enlaçou pela cintura e lhe beijou profundamente, lhe beijou como se não houvesse um amanha.

E la estava Luka acordando assustado, seus sonhos estavam se tornando cada vez mais vividos, ele ainda podia sentir os lábios da garota sobre si, sentir o cheiro da pele dela, podia sentir até seu gosto e aquilo já o estava enlouquecendo.

Dianna estava sentada em frente a uma escrivaninha francesa, trabalhada em nogueira, que provavelmente provinha do século dezoito, ela revistava as gavetas a procura de algo interessante que poderia lhe entreter por algum tempo e que lhe desse alguma dica de como era a antiga moradora. Em uma gaveta ela acabara por encontrar uma porta falsa, um sorriso se formou, rapidamente ela abriu essa portinha e encontrou ali dentro um antigo diário e em sua capa estava escrito em uma letra delicada o nome de sua antiga dona, Yara Lê Fey, sem muita paciência a garota abrira o diário em uma pagina qualquer e se pôs a ler.

Realmente, ontem eu consegui me superar, ontem consegui me perder novamente, em minha defesa eu jogo a culpa na chuva torrencial que caia e que impedia minha visão de enxergar o caminho e meu péssimo senso de direção, por causa disso eu acabei bem em frente a divisa dos mundo, o lugar possuía um enorme portal de pedra que por toda a sua extensão possuía letras estranhas gravadas, os antigos dizem que essas letras formam um antigo feitiço de proteção que impedem que os do lado negra pudessem invadir o nosso lado, mas que não impede que nós passemos para o outro. Minha mãe me avisara sobre esse portal, que eu jamais deveria me aproximar dele e coisas do tipo, mas eu não entendo o porque de tanta preocupação caso eu fosse la.

Apesar dos avisos de todos a curiosidade me matava, eu queria ir la, saber o que tinha e que todos temiam e eu realmente não aguentei e entrei, mesmo que depois eu receberia uma bronca de horas e depois um castigo de semanas, eu realmente enfrentaria isso se eu pusesse meus pés la, e foi o que eu fiz, entrei no lado que todos temem.

O ambiente era totalmente diferente do qual eu já estava habituada, eram arvores mortas espalhadas por todos os cantos, a escuridão era predominante, nem um feixe de luz se podia ver, ali a chuva continuava a cair, mas parecia mais assustadora, afinal a chuva que era torrencial havia se tornado um diluvio ali.

Logo eu me cansei de andar, a lama dificultava minha caminhada, parecia que ela me puxava para baixo, me impedindo de continuar a explorar, meus pés acabaram me enganando e eu tropecei, minhas pernas não aguentaram o meu peso e eu me vi indo em direção ao chão enlameado.

Eu não deveria ficar assustada, afinal possuía meu dom ao meu lado e saberia como usa-lo, mas estava, por causa da minha maldita curiosidade, em um lugar desconhecido, em baixo de um diluvio e eu continuava a ser uma garota, e continuava a ter medo. Ao longe pude ver uma silhueta se aproximando e meu pavor aumentou ao poder constar que a silhueta pertencia a um monstro e ele vinha a toda velocidade a minha frente, eu não consegui me conter e gritei, gritei com toda a minha força e instintivamente me encolhi de medo, o mostro pareceu se importar com meu grito de terror e eu fechei meus olhos esperando pelo pior, mas ele nunca veio, o golpe que ceifaria minha vida nunca chegou.

Quando a curiosidade me venceu novamente eu abri meus olhos para ver o que havia acontecido e o monstro estava ali caída, morto, e quem o matou estava a minha frente com um sorriso de canto, me observando, esperando por alguma reação, como se eu fosse seu maior divertimento no momento, seu experimento, tomada pela exaustão mental, física e por meu terror mental eu cai no choro, foi ai que eu senti um par de braços me rodear e me abraçar, ele me abraçou e me consolou, me dizendo que estava tudo bem, que o piro já havia passado, por mais estranheza que a situação passasse eu acabei por me segurar nele e a chorar mais ainda. Assim que eu me acalmei ele começou a me interrogar perguntado o que eu estava fazendo ali e eu acabei por responde-lo que havia me perdido e por pura curiosidade acabei entrando ali. Ele sorriu para mim e eu acabei corando, pois o sorriso dele era tao lindo, tao fofo, que eu acabei me derretendo, quando ele me soltou e se levantou, tudo o que eu mais queria era voltar para os seus braços, que me passavam tanto calor e tanta segurança que eu queria me manter ali para sempre. O homem me ajudou a me levantar e eu pude perceber que ele estava atento a sua volta, vigiando o local para que ninguém visse algo, o que era eu não faço ideia. Ele me levou até o portão e me disse para nunca mais voltar la, pois se caso eu voltasse eu ele poderia não estar, durante o caminho eu pude ver o quanto era lindo, cabelos negros e olhos verdes, sua pele era pálida, ele era minha visão da perfeição, tao diferente de mim, uma garota loira, de olhos castanhos com raias vermelhas que definiam meu dom e minha sina, e pele rosada, quando chegamos ao portão não me aguentei e perguntei seu nome e se o veria novamente, mas ele apenas sorriu e disse que para minha proteção era melhor não saber seu nome e que ele sentia que um dia talvez voltaríamos a nos encontrar, aquele sorriso quase fez com que me derretesse novamente. Eu voltei para casa pulando de felicidade, mas esta morreu assim que meus olhos se encontraram com os olhos de minha mãe, seu olhar poderia fazer o inferno congelar e eu tive que aguentar seu sermão por duas horas para enfim saber seu veredito, e ele foi que ficaria um mês sem poder sair de casa, um mês presa naquele inferno sem poder sair por nada, minha irmã também não colaborava e apenas colocava mais fogo na lenha, por ela eu ficaria presa em casa o resto da minha vida.

Dianna parou de ler para poder segurar a risada, sua tia era o desastre em pessoa, primeiro se perde no caminho de casa, depois entra no lugar mais proibido da face da terra, depois cai, se suja inteira, encontra um monstro e é salva por um desconhecido. Dianna não aguentou e caiu na risada, mas aos poucos tentava se conter, afinal se alguém a pegasse ali rindo por causa de algo que leu em um diário de outra pessoa seria bronca na certa, por isso rapidamente ela guardou o pequeno caderno junto a suas coisas, onde sabia que ninguém iria se atrever a mexer.

Dianna saiu de seu quarto e foi para o quintal dos fundos, mais a frente um enorme lago artificial se fazia presente envolto de arvores, mais atras ela podia ver uma velha cerca e ela poderia até estar errada, mas aquela cerca dividia os dois lados, a garota sentia-se ser observada e seu olhos varreram o local em busca de seu observador e o encontrou bem ali, na divisa, mas no segundo seguinte a garota já não podia vê-lo.

Uma antiga arvore possuía um velho balanço, onde a garota deixou-se sentar e começou a balançar-se lentamente, a sensação de estar sendo observada voltara, mas desta vez ela decidiu não olhar para quem a observava.

Seu olhar se virou para o céu, já estava cansada de ficar naquela casa, o que era para ser só o final de semana se tornara praticamente a semana inteira, faziam cinco entediantes dias que ela estava presa aquela mansão.

–Já não aguento mais, não quero ficar aqui, quero voltar para casa, quero voltar a vê-lo, eu preciso vê-lo, preciso saber como você esta... - Em seu rosto se podia ver a tristeza que sentia e uma lagrima solitária escorreu por sua bochecha. - Droga, porque eu tenho que sentir sua falta? Porque você tem que ser assim? Não queria sentir tanta falta do seu cheiro, do seu calor, de saber que você esta bem, que você se preocupa comigo, como eu gostaria de poder falar o que estou sentindo, de deixar de ser infantil e me largar em seus braços, dizendo que serei sua e somente sua, como eu gostaria de fazer isso!

Por alguma razão a tristeza que ela sentia deu lugar a raiva de si mesma, e sentindo essa raiva ela deixou o gramado e voltou para dentro da casa, deixando assim a tristeza que sentia naquele lugar, sem nem ao menos que a muitos anos uma outra garota fizera o mesmo e ali deixou seus sentimentos mais profundos e a tristeza que vinha junto deles, onde ela havia finalmente conseguido ser sincera consigo mesma. Dianna já não aguentava mais aquela casa e por isso fora atras de seu pai e como primeiro palpite partiu para a biblioteca, rezando que ele estivesse ali. Felizmente o homem estava ali, na biblioteca, sentado em uma poltrona, com seus óculos de leitura quase na ponta do nariz enquanto lia um grosso livro de alquimia avançado, na visão da garota ele estando daquela forma lhe parecia ser tao velho, mesmo sendo tao jovem, de mansinho ela se aproximou do homem e tocou-lhe no ombro.

–Pai eu quero voltar imediatamente para casa!


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