Era meio difícil responder algumas perguntas que o “Dan” fazia, porque era só olhar para ele, e tudo parecia sumir, era como se você entrasse em transe. Ele era lindo, tinha um sorriso perfeito e branco, parecia que tudo tinha sido feito em total perfeição, tudo em seu rosto e corpo eram proporcionais! Alyce era espetacular ficou mais quatro horas, para me ensinar onde estava tudo, e como o “Dan” gostava das coisas! Realmente a adorei no instante em que a vi, ela foi embora e em meu coração já estava batendo uma saudade imensa! Peguei minhas coisas e fui arrumá-las em meu novo quarto como era estranho, ontem eu estava organizando meu antigo quarto para não ficar muito bagunçado. O meu quarto era pequeno, porém muito aconchegante. Eu estava tirando minhas roupas da mala, quando dei conta o Daniel estava parado na porta, olhando eu arrumar minhas coisas. Olhei para ele meio sem jeito e disse:

- Ah, oi Senhor Daniel, o senhor deseja alguma coisa?

- Não, vim ver se você não estava precisando de nada, e fiquei aqui olhando sem querer! Desculpa.

- Não precisa se desculpar, não tem nenhum problema. E por enquanto eu não preciso de nada muito obrigada, senhor Daniel.

- Ora Laurha, eu devo ser dois ou três anos mais velho que você, então, por favor, pare de me chamar de Senhor, já não gosto que me chamem de Daniel, fica muito sério, imagina de senhor! Ele deu uma risadinha.

- Ah, mas é por educação, que eu te chamo de senhor. Não fica bem eu chegar aqui hoje já com essa intimidade toda com o senhor. – eu disse e ele fez uma careta.

- Ta tudo bem, mas você vai morar aqui tanto quanto eu, talvez ate mais do que eu, e não quero ficar ouvindo senhor para lá e senhor para cá.

 - Prometo que vou tentar parar. Está bom assim?

-Esta melhorando, agora vou deixar você terminar de arrumar as suas coisas e preparar alguma coisa para eu comer. - ele estava virando para ir embora, quando eu perguntei:

- Você não quer que eu faça, as minhas coisas podem ficar para amanha.

 - Não pode deixar eu mesmo faço, amanha você já vai começar a conhecer a casa toda, os lugares certos, provavelmente sozinha. Porque talvez eu vá sair.

Eu assenti e terminei de arrumar meu quarto. Fui à sala, perguntar se ele ia precisar de mim. E fui dormir. Acordei já era quase oito horas da manhã, levantei tomei meu banho e coloquei o uniforme, fui até a cozinha preparei o café da manhã, e arrumei a cozinha. Assim que comecei a tomar café o Daniel veio ate a cozinha tomar o seu café, ele olhou para a mesa, que tinha frutas, pães, café e sucos, e deu uma risada maravilhosa.

- Bom dia, Laurha. Pra que isso tudo?- ele me disse

 - Bom dia, Daniel. Ah como eu não sabia o que você iria querer comer então, decidi fazer um pouco de cada. Por quê? Eu exagerei?

- Acho que sim, só moramos eu e você, e provavelmente você não vai comer isso tudo, não é!

- Eu não como tudo isso, e nem você!- eu disse e dei uma risadinha

Ele terminou de tomar o seu café e saiu. O Dan mal ficava em casa, ele sempre estava viajando, sempre resolvendo uma coisa ali outra aqui, e eu sem saber no que ele trabalhava! Até que um dia, ele estava no sofá passando os canais, sem a menor intenção. Olhei para ele e dei um sorriso tímido.

 -Daniel, posso te fazer uma pergunta?- perguntei a ele. Ele olhou para mim com um ar de interrogação. E respondeu que sim

-No que é que você trabalha? Perguntei, ficando um pouco constrangida com a minha pergunta.

- Eu?- ele parou por um tempo, deu uma risada pra si mesmo. Levantou e veio em minha direção.

 - Eu sou ator, eu já fiz vários filmes... Mas, porque essa pergunta, Laurha?

- Desculpe, se fui intrometida, mas e que às vezes você sai e volta horas da noite, ás vezes fica fora por dias, e eu não pude deixar de ficar curiosa... - respondi meio sem graça. Já estava voltando para a cozinha quando ele parou em minha frente! Meu Deus, o que era aquele homem! Ele era perfeito, tinha mais ou menos 1,85 de altura, uma barriga bem definida, que deixaria qualquer mulher aos seus pés! Ele me olhou com se estivesse pedindo desculpas.

- Laurha, me desculpe! Não quis ser indelicado! Só achei estranho, seu interesse por meu trabalho!- ele falou com uma voz tão mansa.

 - Daniel, não o que é isso. Eu é que tenho que pedir desculpas. Eu fui errada em ficar perguntando coisas que não me interessam!- falei.

- Laurha, você já está trabalhando comigo, há quase dois meses, certo?- ele falou e eu assenti.

– então já passou da hora de parar de me chamar de Daniel! Por favor, me chame de Dan, é tão estranho quando você me chama assim, ainda mais dentro da minha própria casa. - ele continuou.

-ah, mas sou diferente, eu sou sua empregada, e não uma amiga sua!- exclamei.

- enganou seu! Você já não é só minha empregada, você é sim minha amiga, aliás, depois da minha irmã. Você é a única!- ele falou. Fiquei tão sem jeito nessa hora, que apenas concordei.

- Esta bem, já que está falando!- falei e dei um sorriso - agora vou terminar de guardar a louça, e vou para o meu quarto, e eu acho que você também deveria já está ficando tarde! E pelo que sei amanhã, a Alyce chega por volta das sete. E você tem que ir buscá-la!

-É verdade, mas ainda não passam das oito horas! Vou ficar mais um pouco, assim posso te encher mais o saco, antes de você ir deitar!- ele começou a dar risadas e voltou para assistir televisão! Terminei de guardar a louça, e fui deitar. Deitei em minha cama, e acabei dormindo. Tive um sonho estranho! Estava num quarto escuro, e pedia socorro para alguém, mas ninguém aparecia. E quanto mais gritava mais escuro o quarto ficava! Acordei assustada, e fui beber água, e percebi que o “Dan” estava todo desajeitado dormindo no sofá. Cheguei perto dele, e dei uns cutucões e o chamei, mas nada daquele menino acordar! Chamei algumas vezes e nada, de repente ele abriu os olhos e deu um sorriso.

 - argh! Reclamou ele - acho que acabei dormindo no sofá!

- Você acha?- eu respondi Ele deu muita risada e eu que sempre estou séria, dei risada! Ele parou de repente, me olhou e disse:

 - Nossa Laurha você é tão linda, você deveria sorrir mais.

 - ih, Você ainda está dormindo, né? – eu disse fazendo pouco caso.

- Não estou dormindo não. - disse-me ele sério – é verdade, você nunca se olhou no espelho?

- Já me olhei no espelho várias vezes! E vamos pra cama que você daqui a pouco tem que ir buscar a Alyce.

- Não ela, não vem agora cedo. Ligou-me dizendo que perdeu o vôo!- ele me disse dando de ombros!

- e outra agora vendo você assim tão perto e sem aquele uniforme ridículo, que a louca da minha irmã te deu. Prefiro ficar acordado!

- Ah, esta bem! Vamos parar de gracinha!- eu disse

 - Não é gracinha não, é verdade! Você é linda, por dentro e por fora!- ele riu da minha expressão!

Ele continuou ali parado me encarando, eu levantei para ir a cozinha! Ele levantou e veio até cozinha comigo. Eu me virei e lá estava aquele monumento bem em minha frente, sem camisa, apenas com um short curto, que mostravam as suas longas pernas torneadas.

- Dan, você quer alguma coisa?- perguntei

- Não, só ficar te admirando! – ele respondeu

- ah, Dan, para de graça! Eu vou fazer um chá, você quer? Perguntei cansada daquela brincadeira, não porque só podia ser brincadeira!

-sim, eu quero! E vou te falar mais uma vez, eu não estou com graça!

 Coloquei Água na chaleira para fazer o chá, e me sentei à mesa junto com ele, olhei para ele, e lá estava ele me encarando novamente.

 - Laurha, posso te fazer uma pergunta? – ele me disse.

- Pode - eu respondi.

- Você veio para cá, só para trabalhar de empregada? Não tem um sonho? – ele me perguntou.

- É claro que tenho um sonho, por que não teria?

- Ah sei lá, você já está aqui há mais de dois meses, e vejo você em casa todos os dias, pensei que gostaria de fazer um curso, ou coisa assim?

- Querer fazer um curso, eu quero mais é que ainda não encontrei um lugar que tenha o curso que eu quero fazer!

- ah entendi. Mas não sendo tão abusado, que curso seria?

- Bom, não queria falar nesse assunto, acho que você poderia achar que é só porque você é ator, mas queria fazer um curso de Teatro, ou coisa do gênero.

 - Laurha, nunca iria pensar assim, até porque até duas horas atrás você nem sabia, qual era minha profissão!- ele me disse e caiu na risada.

-que bom que você pensa assim, tenho medo de fazer as coisas e você pensar que estou abusando!

- Não tenha medo de nada, Lalá, posso te chamar assim?

- Claro que pode!

- Não quero que você tenha medo, de fazer ou de falar qualquer coisa para mim. Quero que você me veja como um amigo. sei que as coisas estão sendo difíceis para você, não tem ninguém que conheça aqui, não tem nenhum amigo, não tem nenhum namorado, que eu saiba. – ele disse isso, e me olhou com olhar de interrogação.

- É verdade aqui eu não tenho nenhum parente, ou coisa assim. – eu respondi e me levantei para pegar a água que já estava fervendo.