Será que é realmente ele? Mas ele cresceu tanto, mas o sorriso parece não ter mudado. Faz tanto tempo que não o vejo...

  -Elliott....

  -Eu entendo... você já se lembrou certo?

  Eu não consegui dizer nada, como se as palavras não saissem da minha boca, estavam lá porém não conseguiam sair. Eu queria falar com ele como eu conversava antigamente, mas não conseguia.

  Lewis já voltava, e segurou meu pulço e me levou para fora da mansão. Elliott não disse nada apenas ficou lá dentro, com o sorriso que eu conhecia bem.

  -Sophie, vamos embora.

  -Ãh? Porque?

  -Você se lembrou não foi?

  Eu não respondi.

  -Ele quer você aqui não é?

  Ficamos em silêncio, e logo ele continuou.

  -Vamos embora.

  Ele se saiu e eu logo depois. Olhei para a mansão antes de ir e lá estava Elliott na porta com um sorriso vitorioso no rosto. De repente senti uma dor na cabeça, talvez por causa de todas aquelas lembranças ou talvez por causa do frio.

  Nós fomos para casa, e Lewis se sentou no sofá.

  -Você vai ficar aqui.

  -Eu tinha feito uma troca não tinha?

  Eu subi as escadas, indo para meu quarto. Me deitei na cama, minha cabeça estava doendo desde que tinha chego em casa. É só descançar, talvez amanhã eu já esteja melhor. Então assim dormi, no outro dia minha cabeça ainda estava doendo e eu estava com muito frio. Eu não estava aguentando de dor, parecia que minha cabeça poderia explodir a qualquer momento. Porque estou tão mal?

  Achei melhor ficar na cama, não iria chamar Lewis de jeito nenhum. Eu dormi novamente, e quando acordei já estava ficando tarde. Eu tinha que me levantar, mas meu corpo também não se mexia.

  Ouvi o barulho da porta e de lá apareceu Lewis. Ele se sentou na poltrona e ficou me observando.

  -Porque não disse nada?

  -Eu.... não posso... acreditar em você.

  -Você prefere ficar passando mal? Eu podia chamar um médico, mas agora não vou chamar. Pode se dizer que isso é um tipo de punição.

  Eu não podia acreditar nisso, porque ele sempre tem que fazer as coisas se tornarem mais complicadas? Nem quando eu estou doente ele pode agir com um pouco de compaixão?

  -Lewis...

  -Eu mesmo irei fazer isso...

  Ele sorriu e saiu do quarto, e alguns minutos depois já estava de volta com rémedios, toalhas, uma bacia com água e um termômetro.

  Ele molhou um pouco a toalha e colocou na minha testa, mediu minha temperatura e deu algum remédio.

  -Era assim que Christine fazia...

  Ele se sentou na cama e tirou a toalha e com uma seca, secou a minha testa, e logo começou a tocar em meu cabelo e depois fazendo carinho na minha cabeça. Eu não conseguia me mexer então não pude fazer nada, mas aquilo era muito bom. Eu fechei meus olhos por um momento e senti algo em minha testa, era quente, abri meus olhos e fique surpresa, Lewis estava dando um beijo na minha testa. Ele se afastou e sorriu.

  Eu estava sendo enganada de novo? Eu já não sei diferenciar a verdade da mentira, Lewis consegue agir como se fosse verdade, porém ele também consegue dizer a verdade. Porque meu coração acelera? Porque ele tem que me fazer sofrer?

  -Lewis...

  -Eu não quero você perto de Elliott ou Anthony, eles querem você longe de mim. Não vou deixar ninguém se aproximar de você.

  -Isso é mentira? Tudo isso que você está fazendo...

  Ele pareceu surpreso, acho que ficou com um pouco de raiva, aquilo era verdade? Ele se levantou e se sentou na poltrona, e ficou olhando para a janela. Meus olhos começaram a se fechar, e logo começou a surgir um sonho.

  Dessa vez era Christine, ela estava sentada em uma mesa, ela olhou para mim e sorriu. A expressão dela era calma, porém eu pude perceber que ela estava preocupada.

  -Eu estive te esperando.

  -Porque?

  -Sente-se, assim podemos conversar.

  Eu me aproximei dela e me sentei, ela era como Lewis havia dito. Ela deixava uma presença marcante.

  -Não fique com raiva de Lewis. Ele ainda está confuso, e além disso, não entende os sentimentos dele.

  -Mas ele quer me matar certo?

  -Ele não consegue, por causa do sentimento que ele não entende. Esse sentimento não deixa que ele mate você. Ele te vê como ele me via.

  -Mas eu não sou você.

  -Eu sei, mas ele sente algo, ele tenta demostrar mas você também não sabe quando. Então ele diz algo rude para tentar calar esse sentimento que ele não entende. Então por favor, o ajude.

  Assim eu acordei, meus sonhos estavam ficando cada vez mais estranhos. Mas como posso acreditar neles?...