Um Inferno Te Amar! escrita por Mari


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem!



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Já eram 19hrs e eu ainda caminhava em direção a minha casa, a propósito, sou Mary Venturine. Percebi que estava sendo seguida, e logo reconheci meu seguidor. Olhei em volta e notei que as lojas já estavam fechadas e não havia nenhum lugar para me refugirar. Até mesmo o ponto de taxi estava vazio, embora, com certeza nenhum motorista ficaria feliz em percorrer um trajeto tão pequeno ate meu apartamento.

- Mary!

A voz soou bem mais próxima, assustando-me. Arrisquei olhar para trás, ele acenava do outro lado da calçada, eliminando todas minhas chances de escapar naquela direção. De súbito, uma fresta de luz surgiu bem na minha frente, na calçada, era a porta do bar de um conhecido prédio de escritorios, de onde saia um casal. Já senti vontade de frequentar o lugar, mas tudo no Collins House era caro. Entretanto, tratava-se de minha unica chance de escapar no momento, pois os passos se aproximavam ainda mais. Entrei no bar, passava um pouco das sete e o local ainda estava cheio de pessoas dos escritorios e lojas. Deixei meu casaco na recepção e percebi que não conhecia ninguem ali, pelo menos havia muita gente para encobrir minha presença e já que estava ali, aproveitaria pra comer algo.

Enquanto olhava envolta procrando por uma mesa, a porta se abriu atras de mim.

 

- Mary!

Num impulso, sentei-me à mesa mais próxima, oculta por algumas palmeiras de enfeites. Senti-me mais segura, apesar de um pouco constrangida, ao lado do homem qe parecia concentrado em analisar alguns documentos.

 

- Finja que estou com você, por favor! – Pedi aflita.

Ele levantou a vista, franzindo o cenho levemente. No mesmo instante, percebi que a impressão de segurança ao seu lado não passara de uma ilusão, o homem aparentava ter uns 28 anos, e a beleza dos traços firmes em seu rosto chegavam a me pertubar. Sobrancelhas castanhas sobre um par de olhos verdes escuros que pareciam enxergar através de mim. Cabelos negros  caindo sobre a nuca, labios grossos, queixo firme... Para minha surpresa, ele não hesitou em passar o braço por minha cintura, puxando-me com firmeza para junto de si. Contive a respiração, embora agradecida com o gesto. Ele acariciou meu rosto com a ponta dos dedos e por fim, segurou com delicadeza uma mecha de cabelo que escapara do meu penteado, ele ajeitou a mecha por trás de minha orelha, então segurou meu queixo com entre o indicador e o polegar, deixando meus labios vulneráveis a sua vontade.

- Está atrasada querida – murmurou, com voz que me deixou sem rumo. – Mas eu a perdôo.

Ele mentiu, não havia nenhuma intensão de perdão no modo como os labios dele se apossaram dos meus. Tentei reagir, mas a força daquele beijo inibiu completamente minha vontade. É claro que ele não era do tipo que prestava favores de graça, e esse pensamento me fez estremesser, me deixando completamente tensa, envolta por aqueles braçaos fortes. Porém não havia nem queria negar as deliciosas sensações que aqueles labiso me provocavam. O estranho me provocava, forçando-me a corresponder ao beijo. Um calor de desejo percorreu todo meu corpo, e quando dei por mim estava correspondendo às suas caricias.

- Mary!

A voz inoportuna chegou ate meus ouvidos, fazendo-me me lembrar onde estava e o que fazia. Não quis voltar ao mundo real, queria aproveitar um pouco mais as incriveis sensações que aquele estranho me provocara com apenas um beijo.

Abri os olhos com relutencia, eu e o desconhecido nos olhamos por um momento que pareceu eterno, sem tirar os braços de minha cintura, ele abriu um sorriso maravilhoso. Desviei meu rosto no mesmo instante, eu adorara cada instante daquele beijo, e ele sabia disso. Por fim, ele tambem virou-se para o homem que nos encarava.

 

- Ela está jantando comigo, se quiser falar com ela terá que ser em outra hora.

 

Ficou claro que se tratava de um homem acostumado a ser obedecido. Porém o outro não desistia.

- Porque não volta, Mary? Sabe o quanto preciso de você. – Ele me olhou por um longo tempo – Não pense que vou desistir – Declarou ele e se retirou.

 

Voltei-me ao estranho ainda embraraçada com sua atitude anterior.

- Porque você fez aquilo? – Perguntei com a voz trêmula. - Eu não sabia ao certo o que você esperava de mim. Pensei apenas em ser conveniente –  rspondeu ele, arqueando uma sobrancelha – Acha que me sai bem?

 

Preferi ignorar sua pergunta, ele já sabia a resposta. Então limitei-me a dizer.

 

- Sua presença teria sido suficiente.

- É mesmo? – Fitou-me com o olhar risonho – Deveria ter avisado antes. - Você não me conhece. – Protestei, recobrando o controle de minha voz.

 

- Sinto se não correspondi a sua expectativa de “gentil cavalheiro”, mas não é um papel que desempenho com frequência. - Você não se assemelha a nenhuma descrição literária de cavalheiro – Me arrependi assim que falei – Desculpe, não devia ter disto isso, estou realmente muito grata por sua ajuda.

Notei que sua mão ainda estava em minha cintura, dei-le um sorriso frio, e acrescentei.

 

- Obrigada por.. – Engoli seco quando ele arqueou as sombracelhas - ...por sua ajuda – completei rapido – Desculpa por have-lo aborrecido, mas é que...

- Não precisa se explicar – ele me interrompeu com um sorriso gentil – Foi um prazer. - Sim – Concordei, mas logo me dei conta  e enrubesci pelo que disse – Bom, não quis dizer... - Não? – O sorriso charmoso me atingiu como uma provocação. – Se quiser dizer que o prazer foi todo meu, não acredito que esteja sendo sincera.

Desviei o olhar para o papel que ele estava lendo quando chegara.

- Estava trabalhando quando cheguei e eu o pertubei – mudei de assunto, embaraçada. - Profundamente. Porém confesso que não tenho nenhuma reclamação a fazer – fitou-me nos olhos intensamente.

Voltei a encara-lo, e vi um brilho de diversão em seus olhos, com certeza ele agora zombava de mim.

- Preciso ir – Disse me levantando - Não, Mary. Se for embroa agora passarei por metiroso, não será nada educado de sua parte e além do mais, seu...amigo pode estar esperando lá fora, ele me pareceu muito determinado. – Disse me puxando para sentar-me novamente. - Tenho certeza de que já foi. - Então acontece com frequência? – ele nem esperou pela minha resposta – É seu marido?

- Não – empalideci, respondendo com ênfase – Ele não é meu marido.

- Apenas um pobre apaixonado sem esperanças – acrescentou ele – Neste caso, já que o afastei, poderá ficar e jantar comigo

Ele mal esperou terminar de dizer e uma jovem garçonete se aproximou, ele pediu duas porçoes de alguma pois eu mal estava prestando atenção, e vinho. Depois que a garçonete saiu ele voltou-se para mim, tirando a mão de minha cintura.

- Talvez seja uma boa hora para nos apresentarmos melhor. Raphael Collins. É um prazer conhece-la.

Perdi-me por um momento em seus olhos verdes que me olhavam de uma forma tão intensa e misteriosa. E aquele sorriso com aqueles labios grossos que a pouco me beijara agora ofereciam um sorriso sedutor. Repreendi-me e tratei de afastar os pensamentos de minha cabeça.

- Muito prazer Raphael, Mary Venturine.

O olhar dele desviou-se para meus labios por um instante, logo depois ele lançou um olhar para a porta.

- Talvez seja bom resistir a eles de vez em quando, Mary. Assim terá menos chance de se meter em situações perigosas.

 - Ele não é... - Quem disse que me referi a ele? – Mas antes que pudesse falar algo o vinho chegou.

 

Eu sabia que era ridiculo tudo isso, me jogara para cima de Raphael embora nao esperasse que ele aceitasse comprir o papel à risca. Sob essas circunstancia, ele tinha todo o direito de pensar o pior, e ele podia pensar o que quisesse, afinal de contas eu nunca mais o veria.

Logo depois os pedidos chegaram, e eles mudaram de assunto.

 

- Trabalha perto daqui? – Raphael indagou - Na mesma rua. E você? - Meu escritorio fica muito próximo.

 

Algo no modo como ele disse, me fez levantar a vista, mas sua expressão estava inalterada.

- O que você faz? – ele quis saber.

- Sou secretaria – Na verdade eu tinha uma pequena empresa com minha socia e melhor amiga. Uma agência de secretariado e informatica, mas secretaria era tudo o que ele precisava saber.

- Melhor do que a que datilografou isso, espero – disse ele e apontou para a folha que estava lendo quando cheguei.

- Provavelmente – Sorri – Se precisar posso conseguir alguem pra você.

- Você? – Raphael interessou-se.


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Notas finais do capítulo

Ficou um pouco grande, vou tentar postar sempre bastante.



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