Naruto: Sasuke, gomen, mas acho que é melhor ires com a Tsunade. E é melhor ficares em casa a descansar. Vamos andar de bicicleta noutro dia.

Sasuke levantou-se, calmo, virou as costas ao Naruto e a rosada e saiu da sala com a Tsunade atrás dele.

Rapidamente chegaram ao gabinete da directora.

Tsunade: Sasuke? Está tudo bem em casa? Há alguma coisa que queiras contar? Sabes que podes desabafar comigo, se quiseres. Não sei se te poderei ajudar, mas tenho a certeza que posso te ouvir.

Sasuke: Ouça, directora, porque é que ninguém pára com esta estúpida brincadeira? Pode dizer à Sakura para parar! Não percebi…

Tsunade: Sakura?

Sasuke: Já sei que me vai dizer que não sabe quem é a Sakura e…

Tsunade : Não sei de quem estás a falar. Essa tal de Sakura é parecida com a Sakiko? A Sakura era importante para ti, Sasuke?

Quando Sasuke ia responder alguém bateu na porta e entrou. Era Itachi, o seu irmão.

Tsunade: Sr. Itachi, ainda bem que chegou rapidamente.

Sasuke: Itachi?! Que estás aqui a fazer? Que aconteceu?

Itachi (dirigiu-se para Sasuke, serio e preocupado): Isso pergunto eu! Que aconteceu Sasuke? A directora Tsunade ligou-me e pediu-me para vir cá o mais rápido possível!

Tsundade: É verdade, Sasuke. Digamos que os colegas contaram-me que ele não está muito bem. Ele atacou uma aluna nova. Atacou-a do nada, Sr. Itachi.

Itachi (estava espantando, surpreso.): Lamento imenso o que se passou. Não me preocupo se ele se mete em brigas com outros míudos, mas uma rapriga? Sasuke, isso é covardia!

Sasuke (já meio irritado): Não foi isso que aconteceu! É verdade que a ataquei, mas não foi para lhe bater  nem nada do género!

Itachi: Falamos em casa Sasuke. Directora Tsunade, se não se importar, vou levá-lo para casa e saberei o que aconteceu. Este rapaz não me consegue mentir!

Assim, Sasuke foi com o seu irmão. Mas antes passou na sala, para arrumar o seu material. Não falou com ninguém, não olhou para ninguém, não queria ver os olhares acusadores dos amigos. Quando saiu, bateu com a porta da sala com toda a força que teve.

No carro, Itachi esperava-o.

Itachi: Agora que estamos sozinhos podes dizer-me o que aconteceu?

Sasuke: Podes apenas arrancar com o carro e deixar-me em casa? Quero esquecer que este dia alguma vez existiu.

Itachi viu na cara do Sasuke que não queria ser chateado. Por isso não insistiu mais.

Itachi: Muito bem. Quero só perguntar-te uma coisa.

Sasuke: o que é?

Itachi: Confias em mim, não confias?

Sasuke não respondeu. Olhava a estrada, as pessoas quando disse: Neste momento, és o único em quem confio.

A conversa não continuou. Itachi por um lado ficou feliz por saber isso, mas por outro lado preocupado. “E o Naruto?” perguntou-se para si mesmo.

Quando chegaram a casa do sasuke este saiu sem dizer nada.

Subiu as escadas até ao 5º andar. Podia ter ido pelo elevador, mas não lhe apeteceu.

Entrou em casa, atirou as chaves para uma mesa pequena e foi tomar banho. Depois do banho vestiu apenas umas calças de fato-de-treino pretas, foi ao frigorífico e abriu uma cerveja. A sua cama estava encostada a uma parede, ao sentar-se pôs as suas costas na parede que estava fria. Começou a pensar em tudo o que aconteceu. Mas acabou por adormecer.

Acordou com o telefone a tocar.

“Sasuke? Já está tudo bem?

Sasuke: Naruto?! O que é que tu queres? Gozar com a minha cara?

“Ouve teme, eu não sei que te deu, mas amanhã….

Sasuke: Não vou amanhã. Nem depois. Pensando melhor, não vou esta semana. Nem na próxima!

“Quê? Sasuke, estamos todos preocupados contigo. Não andas a drogar-te, pois não?

Sasuke: Aqui o drogado não sou eu! São vocês. Naruto deixa-me em paz. O dia já correu mal, não me estragues a noite!

Não deu tempo para Naruto lhe responder. Desligou o telefone. Viu a garrafa de cerveja vazia. Levantou-se e foi deitá-la ao lixo. O saco do lixo estava cheio. Por isso decidiu pô-lo no contentor do prédio. Desceu e subiu no elevador, mas quando ia a abrir a porta foi surpreendido por um rapaz ruivo, alto que tinha um sorriso malicioso.

Vizinho: És o Sasuke Uchiha, não é verdade?

Sasuke: Quem quer saber?

Sasori: Sou o Sasori. Prazer! (estendeu-lhe a mão)

Sasuke permaneceu quieto, desconfiado.

Sasori: Talvez não tenha assim muito prazer em conhecer-te, Sasuke. (encostou-se a uma parede e pôs a mão no bolso)

Sasuke: Mas que merda é que tu queres? O meu irmão mandou-te vigiar-me?

Sasori: O teu irmão? Oh… Não. Nada disso. Diz-me uma coisa, as aulas hoje correram-te mal, para estares assim tão irritado?

Sasuke (já irritado com aquele rapaz estranho e com o rumo que a conversa ia tomar): Primeiro, não te conheço de lado nenhum para te dar explicaçoes da minha vida, segundo, diz ao meu irmão que não preciso de vigias!

Sasori: Tudo bem. Tens razão. Não me conheces de lado nenhum para me dar explicações, e também não deves precisar de vigias, mas deves precisar de ajuda.

Sasuke: Ajuda? Podes dizer ao meu irmão que não estou maluco!

Sasori: Quem falou em maluquice?

Sasuke estava furioso. Aquele rapaz estava a pô-lo fora de si. Virou-lhe costas e ia para dentro de casa, mas o rapaz disse uma coisa que lhe interessou.

Sasori: Sakura Haruno. Diz-te alguma coisa?

Sasuke, voltou-se para ele: É uma maluca qualquer da minha escola. Porquê? Estás metido na brincadeira dela?

Sasori: Maluca? Brincadeira? (riu-se na cara de Sasuke, deixando furioso e ao mesmo tempo intrigado) Sasuke, o que aconteceu hoje, não é brincadeira nenhuma.

Sasuke: Então? O que é? O que sabes disso?

Sasori: Sei muita coisa sobre isso. Infelizmente, não posso contar-te tudo o que sei. Com o tempo, contar-te-ei todos os pormenores.

Sasuke: Que raio é que estás para aí a dizer?

“Mas quem é este gajo? O que raio sabe ele sobre o que aconteceu? Será que ele tem alguma coisa a ver com o que aconteceu? E agora é meu vizinho! Mas…”

Sasori: Sasuke…

Sasuke: Quem és…

Sasori (interrompeu Sasuke): Não fales de mim a ninguém.

Sasuke: porquê? Que raio é que é que estás a dizer?

Sasori (voltou-lhe as costas e ao entrar no apartamento que fica em frente ao de Sasuke disse): Porque isto, Sasuke, é a nova realidade.