“Sa…Sakura?!”

SEXTA-FEIRA:

Sakura estava decidida. Hoje ia confessar os seus sentimentos por Sasuke. Ela sabia que não era correspondida. Era sempre ela que queria alguma coisa dele, era sempre ela que queria ir com ele e nunca o contrário. Mas, independentemente do que ela sabia, queria que ele soubesse os seus sentimentos. O som da campainha que anunciava o intervalo soou.

Rapidamente ela se levantou e virou-se para trás.

Sakura: SASUKE!!! Espera!!

Sasuke: Que queres? (disse impacientemente e friamente)

Sakura: Eu… Eu preciso de falar contigo!

Sasuke, já cansado das tretas e das coisas que Sakura lhe dizia, coisas das quais ele não estava minimamente interessado, disse: Então fala duma vez, caralho! Já estou farto das coisas que me dizes!

Sakura ficou surpreendida com o que ele disse, principalmente pelo tom como ele lhe falou. Não era a primeira vez que ele falava daquele maneira, mas naquele momento tirou-lhe alguma da coragem que tinha reunido.

Sakura: Sa…Sasuke, eu…

Sasuke: Ouve és muito irritante! Irritas-me quando gaguejas, irritas-me quando falas coisas que não têm o mais minimo interesse, irritas-me quando vens atrás de mim, irritas-me quando falas comigo durante as aulas, irritas-me, irritas-me, irritas-me quando me chamas. Pára! Vai chatear ou irritar outro que tenha mais paciência para te aturar! Foda-se.

Era demais. Já sabia que ele a achava irritante, mas aquilo magoou-lhe o coração. Aguentara muitas vezes aqueles ataques do Sasuke, já a magoara muito. E ela queria que aquele momento fosse especial. Mas ele estragara o momento. Já perdera a coragem para lhe dizer. Não. Era muito mais que isso. Sentia-se humilhada.

As lágrimas queriam sair pelos seus olhos. Mas não ia permitir que ele as visse. Ele não merecia aquelas lágrimas, na realidade, não merecia nenhuma das lágrimas que já tinham caído por causa dele.

Sakura (tom frio): Sabes que mais, Sasuke?

O rapaz arqueou uma sobrancelha.

Sakura (tom frio e com um pouco de ironia): Esquece. Não era nada. De certeza não irias achar interessante!

Virou-lhe as costas e começou a arrumar os livros. Era a primeira vez que Sakura lhe virava as costas. Perguntou-se porque é que ela estaria a arrumar as coisas na mochila pois iam ter aula a seguir. Mas não lhe perguntou.

Sasuke: Então, se sabias que não me ia interessar porque é que me ias chatear com isso. Foda-se, é a única coisa que sabes fazer?

Sakura não lhe respondeu, só lhe apetecia chorar. Ouviu a porta bater. Ficou sozinha na sala. As lágrimas escorriam-lhe pela cara. Chorava em silêncio.

Naruto: Sakura-chan?!

Rapidamente limpou as lágrimas e disse: Naruto…

Naruto: Sakura, vamos ter aula de Inglês.

Sakura: Naruto, gomen, mas eu preciso ir embora. Não estou com disposição para ficar aqui.

Naruto: Sentes-te bem, Sakura-chan?

Sakura: Não. Não me sinto nada bem. Só quero ir para casa.

As lagrimas recomeçaram a cair, pegou na sua mochila tentando esconder a cara. Passou pelo Naruto, baixando ao máximo a cabeça. Mesmo assim, Naruto reparou que ela estava a chorar. Mas quando se virou para chama-la ela já tinha saido da sala.

Pegou no telemovel e tentou ligar-lhe. Mas ela não atendia. Foi até a janela para ver se a via, mas reparou que Hinata estava no portão da escola. Ligou-lhe.

Hinata: Naruto-kun?

“Hinata, eu não sei o que se passa com a Sakura-chan, mas ela vai-se embora. Hinata! Ela estava a chorar”

Desligou o telefone.

Hinata viu Sakura.

Hinata: Sakura-chan?! Que se passa? Porque é que estás a chorar?

Sakura (com as lágrimas as escorrerem): Hinata, desculpa, mas… Mas não quero falar sobre isso!

E dito isto, saiu correndo.

Hinata ficou visivelmente preocupada. Mas respeitou o pedido da amiga e não foi atrás dela.

Naruto: HINATA! A Sakura-chan? Onde está? (apareceu ofegante)

Hinata (com a preocupação perdeu a timidez): Naruto-kun, gomen. Ela disse que não queria falar e eu não pude ir atrás dela.

A campainha soou.

Naruto: Hinata, não te preocupes. Ela vai ficar bem! Agora vamos para aula dizer à stora que ela teve que ir para casa.

Quando chegou a casa, subiu as escadas, deixando a mãe preocupada.

Mãe da Sakura: Sakura? Que se passa, querida? Não devias estar na escola?

Sakura fechou  a porta do quarto à chave. Deitou-se na cama, agarrou-se a almofada e chorou.

A mãe estava à porta, a tentar a abri-la. Gritava pela Sakura, claramente preocupada.

A noite chegou. Sakura ainda não tinha saido do quarto, ainda não tinha largado a almofada. Já lá tinha estado a mãe e o pai. Mas decidiram deixar que ela contasse o que se tinha passado quando quisesse.

Sakura, abriu a janela que estava ao lado da cama e olhou para as estrelas, deixando que as ultimas lágrimas caissem.

Sakura: Vou-te esquecer Sasuke. Odeio-te! Odeio-te! Quero esquecer-te Sasuke. Quero desaparecer deste mundo! (esta última frase  gritou)

E nessa noite Sakura Haruno foi apagada da memória de todos. Da mãe. Do pai. Dos seus professores. Dos seus colegas. Da Hinata. Do Naruto. E de todos os outros. Excepto de Uchiha Sasuke.

SEGUNDA-FEIRA (Na segunda aula)

Tsunade: Meus queridos alunos (ironia), hoje terão uma nova aluna. Vá! Entra.

Entrou uma pessoa que vestia umas calças de ganga largas uma camisola azul clara de manga comprida larga e com capuz e um gorro de pintor azul. Estava de cabeça baixa, de modo que não era possível ver-lhe o rosto.

Tsunade: Meninos, esta é a Sakiko. Sakiko Harukane

A rapariga retira o gorro azul e os seus cabelos cor de rosa caem pelo seus ombros. Levanta a cabeça  e os seus olhos verdes brilham com o seu sorriso.

“Sa…Sakura?!”

Sakiko (Sakura): Prazer em conhecer-vos! O meu nome é Sakiko.