Paris Japão escrita por pedersv


Capítulo 1
Paris


Notas iniciais do capítulo

Primeiro capítulo queridos leitores, espero reviews para que posas sempre melhorar as histórias pra vocês. Obrigado por ler!

pedersv


Fanfic dedicada á todos que gostem de asiáticos. A todos que amem o mundo, e principalmente admirem outras culturas.
Eu gosto. Muito.

Casal Sakura e Sasuke.
Fanfic inspirada no filme Moulin Rouge.



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Afinal, eu era um visionário. Meu pai me dissera aquilo milhões de vezes até eu finalmente criar coragem pra fugir pra Paris. Não, Paris não. Paris, onde tudo estava acontecendo. Onde uma revolução cultural acontecia. Onde eu, Sasuke Uchiha, iria conhecer o amor. Onde eu ia conhecer a dor, e o pesar. Aonde o mundo ia me conhecer, e ouvir meu nome por aí.

Vou começar esta história falando de um pequeno hotel próximo ao famoso bordel Moulin Rouge, o único hotel que eu pudera pagar, afinal minha herança tinha sido deserdada. O hotel era pequeno, os quartos eram decorados com toda a classe da cidade, e apesar de longe, da janela eu ainda conseguia ver a magnífica e inspirante torre Eiffel.

- Serviço de quarto! – uma mulher gritou. Eu me apressei em abrir a porta, a mulher entrou e eu observei (do lado de fora) ela demorar menos de 10 minutos pra arrumar toda a minha bagunça. Ao sair, eu elogiei.

- Profissional, hein?

- Eu faço mais coisas garotão... – e então ela me empurrou pra dentro do quarto. Eu me assustei quando sua boca enorme e iluminada por um batom vermelho tocou a minha, fazendo meus olhos se arregalarem. Ela então (após deixar a área envolta da minha boca toda borrada de batom) desceu pra minha camisa, abrindo os botões e beijando terrivelmente aquela área nada agradável (pelo menos pra mim). Quando um senhor de estatura média e um bigode enorme entrou no quarto, estendendo a mão. Eu arregalei os olhos e dei uma olhada pra mulher abaixo, tentando mostrar pra ele que não tinha como cumprimentá-lo.

- Incrível essa recepção parisiense, não é garoto? – ele sorriu, retraindo o braço.

Eu não respondi.

- Ouvi falar que és um escritor. – ele esperou eu responder, mas ainda estava horrorizado com a mulher que se aproximava de áreas mais desconfortáveis.

- Responda! – ele gritou – Não tenho tempo! Sou um homem importante menino!

- Faço! – respondi assustado – Escrevo sim! Mas porque o interesse?

Ele deu uma risada ritmada.

- Vejam rapazes – ele bateu com o jornal que segurava na outra mão no sujeito mais alto atrás – Está perguntando o porquê! – ele riu novamente.

Eu fiquei com cara de bobo, depois de afastar a mulher, que me encarou com uma cara de vadia, lambendo os lábios e saindo rebolando.

- Me diga, por um acaso você é gay? – ele perguntou, inclinando sua cara e virando ela um pouco, para que ouvisse melhor.

- Não! – eu respondi exaltado.

- Como recusa uma de minhas dançarinas assim sem mais nem menos?! – ele cruzou os braços, apertando os olhos.

- Não estou no clima senhor, se é que me entende! – eu respondi, ajeitando minha roupa e limpando o rosto.

- Revolução sexual não! Não, não e não! Está me ouvindo!? – ele gritava, apesar de eu estar perto. Seu rosto corava por inteiro quando gritava e soltava ar de mais, engraçado.

Eu assenti com a cabeça e ele continuou.

- Escreverá um roteiro para o Moulin Rouge. Você sabe o que é o Moulin Rouge?

Eu fiz que não.

- Ora mais! Como não! – ele se irritou de novo, vermelho. – É meu bordel! Já deveria ter ouvido falar dele desde que nasceu! Me acompanhe meu filho! – e então ele adentrou meu quarto, e quando vi estava me puxando pela camisa. Nos levou até a janela, onde apontou pra algum lugar ao lado da maravilhosa torre.

Era chamativo, afinal. Tinha luzes enormes, e o nome MOULIN ROUGE estava em cima do podre, chamando todos os homens solteiros ou não da cidade que desejassem uma noite de diversão.

- Pois agora que entende – ele continuou – Que o Moulin Rouge é um lugar tão magnífico que chega perto de ofuscar a torre Eiffel – eu dei uma tossida reprovativa – escreva um roteiro bom o bastante! Dança, música e teatro! Duas semanas meu caro! Duas semanas!

E eles desaparecem me deixando boquiaberto. Somente duas semanas pra escrever um roteiro com música, dança e teatro! Enlouqueceria, de certeza! Mas afinal, quão famoso poderia ficar?

Eu então me sentei, e comecei a escrever o digno roteiro para o Moulin Rouge. Lugar que não ofuscava todo o brilho da Torre Eiffel.

 

 

Duas semanas se passaram. Eu estava com o roteiro pronto em mãos. Fui, então, pessoalmente fazer uma visita ao Moulin Rouge.

Um lugar lindo, mas não quanto a Torre Eiffel, mas eu ainda não vira o espetáculo: a noite, a beleza do lugar, era acrescentada pela beleza das garotas. O homem, que se chamava Conde de Pappazar me recebeu muito bem. Deus três olhadas no roteiro e disse que estava perfeito.

Também me informo que os ensaios se iniciariam no dia seguinte, se iniciariam após o almoço e terminariam ao pôr-do-sol. Me brigou, umas três vezes, dizendo que eu não deveria cansá-las, afinal tinha show á noite, e que eu não deveria fazer uma revolução sexual, tsc.

 E no outro dia lá estava eu. Vesti uma calça cáqui com sapatos pretos, uma camiseta branca com prendedores e um chapéu cinza com fita preta.

Esperei por pelo menos vinte minutos antes que as dançarinas chegassem do almoço delas. Na verdade, estiveram elas se produzindo, para o ensaio. Maus costumes.

Foi nesse dia que eu a vi pela primeira vez.

Era chamada por todos de Diamante Rosa, a mais bela moça do Moulin Rouge. E agora, a moça que encantava meu coração.

Primeiro entrou Alicia, era negra e tinha um corpo e rosto provocantes, seria uma das antagonistas. Depois Anne, ruiva, Mary de cabelos verdes, Thaya de cabelos negros como a noite e uma pele branca, Madelleine de cabelos loiros e curtos e profundos olhos azuis, Sato, a única oriental do grupo, de rosto e boca marcantes, cabelos longos.

Eu realmente não consigo responder, se me perguntarem, é claro, se ela foi a última ou a sétima. Isso não importava, afinal ela era única.

Seus longos e lindos cabelos cor-de-rosa pendiam sobre seus ombros na proporção certa. Seus olhos eram vividamente verdes, e sua boca era perfeita, o bastante para que eu pudesse beijar.

Ela, nem me encarou quando entrou no salão, mas eu não consegui parar de assistir o espetáculo. Seu caminhar, seu olhar, sua pele, seu toque, seu gosto. Como eu podia dizer tudo isso?

Eu não sei, meus leitores, ela me trazia tantas sensações. Até que ela se fixou na fileira de meninas e seus olhos me fitaram. Foram os segundos de minha vida, meus caros. Seus perfeitos olhos verdes me olharam e me secaram, e eu respondi, sem perceber minha boca aberta ou meu gaguejar.

As meninas todas riram de mim, e então eu pude ver o sorriso dela. Era como estar no céu, e um anjo sorria pra você, dizendo que você era digno de todos os prazeres do paraíso. Eu finalmente, com uma força sobre-humana, consegui me largar de seus lindos olhos.

Pela tarde todos nós passamos o roteiro, e eu nem ousei olhá-los de novo, aqueles lindos e verdes olhos que me faziam paralisar. As meninas eram boas em tudo afinal, dançam bem, eram boas memorizadoras e tinham belas vozes.

O teste de Sakura, como se chamava a encantadora moça, foi o melhor. Sua voz era doce e magnífica, encantava os ouvidos de quem fosse. Sua atuação era exímia, ela interpretava qualquer papel pedido, e ela era a coisa mais graciosa dançando. Por isso a escolhera pra ser Asako, a principal de meu roteiro.

No final do ensaio, eu comecei a recolher minhas coisas e quando finalmente parei de ouvir murmúrios, eu achei que todas tinham ido.

Mas não. Sakura tinha permanecido lá. Ela estava sentada, lendo o roteiro de novo, atentamente. Eu pensei em me aproximar, mas tive medo de acabar com qualquer possibilidade de aproximação entre nós.

Mesmo assim, arrisquei.

- Sakura, eu já as liberei, você tem o show à noite.

Ela pareceu não perceber que eu falara, continuou lendo o texto como ininterrupta. Eu preferi, guardei o roteiro principal dentro da minha mochila, o resto das minhas coisas e me direcionei á porta, quando uma doce voz chamou meu nome.

- Sasuke. – ela chamou.

Eu me virei, e encarei seus incríveis olhos em mim. Eu quase tive um espasmo, até me recompor e responder:

- Sim, Sakura.

- Eu gosto muito do seu roteiro. Achei seu trabalho incrível. – eu sorri, ao saber que ela me elogiava. – Espero que saiba como dirigi-la. – e se levantou indo embora.

Eu fiquei boquiaberto, claro. Então ela me chamou de mau diretor? Quem ela pensa que ela é?

Ah, só a menina mais linda do mundo.

...

Nem tanto. Que arrogante. Estou até pensando em tirá-la do papel principal, Asako é doce. Não arrogante. Vadia. Vá fazer seu show pros bem pagantes. Vadia.

E então eu fui embora.

Cheguei em casa 30 minutos depois e tomei uma ducha, deitei e tentei dormir. Nada. Eu não conseguia tirar o rosto dela da minha cabeça. Aqueles lindos olhos, aqueles longos cabelos cor-de-rosa. Porque ela me marcara tanto? Vai saber.

Eu me inclinei e olhei no relógio. Dez e dez, fazia dez minutos que eu tinha deitado. Droga, droga e mais droga.

Mas, opa, o show ainda deve estar acontecendo. Ela estará lá, de certeza.

E foi esse pensamento que me conduziu ao Moulin Rouge aquela noite. Eu vesti uma roupa de gala e peguei todo o dinheiro que tinha, me movimentando pelas estreitas ruas de Paris. Chegando ao bordel, eu tive que pagar muito, e ainda ser maltratado na entrada. Quando entrei, dezenas de centenas de homens se agrupavam, gritando e oferecendo dinheiro ás dançarinas.

E foi a coisa mais fácil do mundo achá-la.

Era só, a mais bonita entre todas as lindas meninas. A mais chamativa, o único diamante rosa. O único brilho que sobrevivia entre os demais, o único sorriso que mostrava sinceridade, os únicos olhos que hipnotizavam e petrificavam quem ousasse. E ela era assim, perfeita.

Eu até me esquecera do mau comportamento dela á tarde. Era impossível ter mágoas com um anjo, e eu sou a prova de disto.

Eu me movi entre as dezenas de centenas de homens e em pouco tempo estava em frente ao palco central. E lá estava ela, linda, perfeita, magnífica.

Eu movia o dinheiro pra frente. Todo o que eu tinha, eu ia apostar no amor.

E então o meu sonho se realizou. Sakura finalmente mirou seu belo olhar em mim, eu fui hipnotizado e logo após petrificado, e só o que fazia era empurrar o dinheiro, cada vez mais alto.

Mas quando Sakura me viu, ela mudou o semblante. Se aproximou da beira do palco, se abaixou, pegou o meu dinheiro e fez uma cara de irritada pra mim.

Ela me ama! Ah meu deus! Ela me ama!

Ela me ama?

Não, ela não me ama.

Então eu deixei o mar de homens me consumir, mas quando acordei na madrugada já estava em casa. E só no que eu pensava, era no anjo que quebrou meu coração.

 

 

 pedersv

 


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado deste novo capítulo. Assinem a história como favorita e quando o capítulo dois sair serão avisados. Eu espero que seja logo, afinal estou muito atarefado!



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