Abertura de Crônicas

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Log Horizon OST 02 - Daisaigai

Magnus sentava de perna cruzada em seu recinto, ele havia mandado seus seguidores saírem do grande salão, pois desejava ficar sozinho naquele momento. Ele vira sua poltrona giratória em direção a grande janela de vidro do último andar do prédio onde ficava. Com a mão direita seus dedos tiquetaqueavam no apoio do antebraço da poltrona, com a esquerda, seus dedos apoiavam sua expressão pensativa naquele instante.

O homem olha para a cidade que lhe pertencia agora, o céu era encoberto por uma neblina cinza que era cortada por relâmpagos azulados, não existiam aves nos céus, apenas hollows que haviam tomado conta do lugar e os prédios que ali existiam estavam mal conservados ou destruídos, além disso, as pessoas que vagavam pelas ruas possuíam um olhar distante e sem vida, aquele homem havia tomado suas esperanças e agora reinava sobre eles absoluto naquele lugar.

Uma pessoa escora sem querer em outra que passa ao seu lado.

– Ei! Seu desgraçado! Não vai pedir desculpas não?

O homem de porte menor continuava a andar como se nada tivesse acontecido.

– Ei! Seu maldito eu já disse pra pedir desculpas! - Dizia o homem segurando o outro pelo ombro e virando-o forçadamente para si.

O de porte menor se vira e sua expressão estava totalmente sombria seus olhos estavam vermelhos e ele emanava uma reiatsu familiar, então se vira para o homem que havia lhe puxado e soca seu rosto.

O outro cai no chão cuspindo sangue, mas quando se levanta ele apresentava a mesma expressão que o outro.

Ambos se entreolham sorrindo diabolicamente e então começam a lutar, no final, o de porte menor retira um canivete do bolso e golpeia o coração do indivíduo à sua frente, ele por sua vez grita de dor e o eco de sua expressão faz uma silhueta semelhante a um hollow sair de seu corpo e evaporar no ar, o maior cai morto no chão.

O de porte menor guarda seu canivete, cospe mais um pouco de sangue no chão e continua a andar seu caminho normalmente como se nada tivesse acontecido, as pessoas ao seu redor também agem tranquilamente cada um em seus afazeres, todos pareciam normais, exceto por aqueles olhos não humanos que eles possuíam.

Magnus olha a pequena confusão na rua e não muda de fisionomia diante da situação.

– Que mundo entediante... - Dizia ele sem expressão.

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Bleach OST - Peaceful Afternoon

O relógio fazia um tic-tac que se tornava ensurdecedor na pequena sala de visitas, no meio de todo o silêncio batizado em desconfiança Hisana estava sentada em uma mesinha no chão com chá servido logo à sua frente, mas ela se sentia uma criminosa de alta periculosidade fortemente vigiada por olhos atenciosos a cada movimento seu, e isso já estava fazendo ela se sentir sufocada.

Urahara Kisuke olhava para ela escondendo sua expressão com o leque na cara, Yoruichi estava em sua forma felina e deitava não muito distante dela, Tessai observava suas expressões preparando-se para qualquer alarme, Ururu e Jinta estavam fora da sala prontos para algum inconveniente.

– Er... - Hisana falava com uma expressão sem graça, - Será que alguém já acordou?

–...

– O chá está muito bom! - Elogia tomando um gole.

–...

– Que gatinho bonitinho! - Dizia ela sorrindo para Yoruichi.

–...

– Alguém sabe que horas são? - Fazia uma expressão sem graça.

– O relógio está bem atrás de você mocinha. Aponta Urahara mostrando mais a cara desconfiada.

– Hehehe, já tinha me esquecido. - Responde Hisana colocando uma das mãos atrás da cabeça.

– Por que você não pára de fingir que está tudo bem e começa logo falando quem é você e principalmente: Como nos conhece?

– Bem... Eu sou... Tipo assim... Amiga de classe deles sabe? - Ela faz pose de boa moça.

–...

– Er... Não fui muito convincente né? - Fala Hisana suando frio.

– Nem passou perto. - Responde Urahara sinceramente.

– Podemos fazer um acordo?

– Que tipo de acordo?

– Quando Ichigo e os outros acordarem eu prometo contar tudo a vocês.

– O que garante que você faça isso?

– Eu não teria trazido eles aqui por nada caso eu não quisesse, teria?

– ... Tudo bem... Mas até lá você não sairá desta sala, entendeu?

– Por mim tudo bem... Eu acho. - A jovem dá de ombros.

– Ótimo.

Urahara se levanta e Tessai sai junto com ele da sala, apenas Yoruichi permanece no recinto.

– Eu não sei quem é você garota, mas saiba que não vai conseguir me convencer tão facilmente. - Era Yoruichi falando com sua voz masculina irreconhecível.

– He... Hisana baixa a cabeça e fecha os olhos. – Na verdade, eu acho que você é a primeira que vai se convencer Yoruichi-san. - Hisana sorri quando olha para a felina.

–...

"Beep, beep, beep".

O comunicador chama por Hisana, ela olha pra Yoruichi que já olhava desconfiada para o pequeno aparelho, Hisana faz pose de atender celular e demonstra a Yoruichi que não é nenhuma arma, então mais tranquila ela atende ao comunicador.

– O que foi patrão? (...) – É né? Fazer o que... (...)– Eu não tive culpa eu já te falei... – Por que você está tão desesperado? (...) – Se você não me respeitar eu vou dar o comunicador pra Yoruichi-san! (...) – Agora sim, esse seu tom de voz está melhor. (...)– Claro que eu vou contar. (...)– Olha só patrão, eles ficaram mais fortes do que me lembro, pensávamos que eles eram classe cinco, mas se eu não tivesse voado naquela hora sabe que eles estariam todos mortos né? (...)– Claro que você errou, mas eu errei também. (...)– Sim vou precisar da ajuda deles. (...)– Certo. (...)– Tudo bem eu tomo cuidado. (...)– Uhum... (...)– E você pesquisou sobre o que eu disse que aconteceu no meio da batalha? (...)– Entendo, já suspeitava que fosse isso (...)– Também espero que dê tempo. (...)– Ok. (...) – Mande lembranças a todos. (...)– O que foi agora? (...)– O que tem a minha bunda? (...)– ORAS SEU FILHO DA...!

A comunicação é encerrada.

– TSC! Que ódio desse demônio tarado! - Hisana bate o botão do comunicador.

– O que pensa que está fazendo? - Yoruichi pergunta em um tom mortalmente sério.

– Desculpe Yoruichi-san, não quis fazer isso de propósito, mas é que às vezes esse desgraçado me faz perder a cabeça! - Ela voltava a levantar mais o tom da voz enquanto olhava para o comunicador.

– Você é estranha garota, mais um motivo para eu desconfiar de você.

– Desculpe... Mas eu prometo fazer vocês pararem de me olhar como se eu fosse uma criminosa.

– Acho difícil.

–... Bom de qualquer forma eu vou tentar, mas antes, Yoruichi-san se não for pedir muito, será que eu posso usar o banheiro?

– Não.

–...

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Bleach OST - Nothing can be Explained

– Ichigo... Ichigo... Acorde Ichigo...

Ichigo abre os olhos e se vê novamente em seu mundo interior.

– O-san? - Ichigo se levanta do chão.

Zangetsu estava em cima de um poste observando o jovem mestre.

– O que aconteceu? Por que você me chamou? - Ichigo sente algo estranho, uma pontada na cabeça e leva a mão à têmpora. - Por que eu tenho a sensação que estou esquecendo algo importante...?

– Você não consegue se lembrar Ichigo?– ele pergunta.

– Da garota de cabelos negros sim, mas algo mais me incomoda... Como se uma parte de mim estivesse sendo arrancada aos poucos... - Ichigo olha para Zangetsu.

– Entendo... Então isto também foi obra "dela"...

– "Dela", do que está falando O-san? - O ruivo levanta uma sobrancelha.

A zanpakutou muda de assunto.

– Ichigo você precisa tomar cuidado daqui para frente, posso sentir uma turbulência nas ondas espirituais e elas se aproximam cada vez mais de seu mundo.– A zanpakutou alerta.

– Errado. - O ruivo fica sério. - A turbulência já chegou e quase morri Zangetsu aqueles inimigos são muito poderosos, nós precisamos ficar mais fortes. - Ele aperta o punho e o encara com raiva. - Eu não pude fazer nada e meu amigos quase foram mortos... Se eu não estiver preparado, da próxima vez... Talvez não exista uma "próxima vez".

– ...

– O-san. - Zangetsu volta a olhar para ele. - Aquela garota que nos ajudou, o poder dela é surpreendente, mas eu senti algo diferente perto daquela zanpakutou, não sei explicar o que foi, mas era como se nos conhecêssemos de algum lugar, você sentiu aquilo?

– ... Sim.

– O que será aquilo? - Ele fica pensativo.

– Era parte do poder dela Ichigo e que ela usou para protegê-los, mas no momento creio que há coisas que você precisa fazer e se preocupar mais do que a este detalhe.

Ele volta a si.

– Tem razão, Rukia estava muito machucada e os outros também. - Ichigo olha para Zangetsu. - Valeu O-san, mas eu preciso ver como eles estão!

O rapaz desaparece.

Zangetsu fica calado por um momento olhando para o céu.

– Aquela sensação que você teve foi a de uma zanpakutou entrando em ressonância, um poder raro que poucas possuem quando compartilham de um mesmo núcleo espiritual... Semelhante ao que acontece entre você e Kuchiki Rukia. – Ele comenta para si. – Não é mesmo minha jovem? – Zangetsu olha de soslaio.

Hiryuken sorria de volta para a zanpakutou que como uma névoa some do poste e aparece atrás dela.

– Quem é você... Como consegue entrar neste mundo sem ser notada?

– Não precisa ficar preocupado com a minha presença, eu nunca ousaria levantar a mão contra o senhor. - ela responde com afeição.

Zangetsu percebe o tom respeitoso e a observa por alguns segundo, ele olha para as vestimentas daquela a sua frente e para seus olhos diferentes, é quando ele começa a perceber as semelhanças não apenas físicas, mas espirituais.

– Sua reiatsu... Sua aparência... Como isso é possível?

– Por o senhor acreditou, por isso é possível. - Ela responde.

– Minha jovem... Como se chama?– Zangetsu pergunta.

– "Eu sou a guardiã alada das estrelas que preenchem os céus, as asas celestes protetora dos laços espirituais deste mundo, meu nome é Hiryuken e você é Zangetsu, meu pai."

Zangetsu fica calado olhando para a jovem que o fitava com serenidade, ele retira seus óculos sem saber que expressão fazer.

– Então... Então é de fato possível...

Hiryuken sorri assentindo.

– Mas no momento Kurosaki Ichigo e Kuchiki Rukia não têm conhecimento de... – Ele falava.

– Eu sei, então permita-me reformular a resposta. - A jovem zanpakutou faz uma sinal com a mão. - Meu nome é Hiryuken e eu "vou ser" a sua filha.

Zangetsu olha confuso.

– Como assim?

– Por que eu vim do futuro e estou aqui por que preciso de sua ajuda.

Desta vez a zanpakutou de Ichigo fica sério.

– Que tipo de ajuda?

– Primeiro preciso que o senhor ouça a minha história... E minha missão. - Ela responde.

– ... Conte-me.

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Ichigo acorda e está em um lugar que rapidamente reconhece.

– Novata! - Ele levanta assustado e olhando para o lado vê Rukia deitada dormindo. – Rukia! - Ichigo rasteja um pouco e sente a respiração da amiga normalizada e isso o tranquiliza. – Ufa! Ainda bem que ela está segura, ei, esse é um dos quartos do Urahara-san.

– Quem bom que já acordou Kurosaki-san.

A voz familiar parecia feliz.

– Urahara-san! - Ichigo exclama aliviado.

– Yoho! Kurosaki-kun!

– Inoue!

– Ichigo, você está bem?

– Chado!

– Você é muito barulhento quando acorda Kurosaki!

– Ishida! Vocês estão vivos! - O ruivo estava feliz.

– Claro que estamos e não graças a você! - Ishida fala em um tom bem debochado fazendo Ichigo fechar a cara.

– A Kuchiki-san já acordou? - Inoue pergunta.

–... Não. - Ichigo se volta para ela com olhar triste.

– Kurosaki-kun, você conhece a Kuchiki-san melhor do que ninguém, então não precisa ficar assim, com certeza ela vai acordar logo e não vai querer vê-lo triste não é mesmo? - fala Inoue que percebe o olhar de Ichigo e o tranquiliza, mesmo que isso lhe deixasse desconfortável.

– ... Obrigado Inoue por cuidar da gente. - Ele sorri e agradece.

– Eu não fiz nada Kurosaki-kun, foi a Hisa-san que salvou a gente.

– É mesmo, a novata! - Ichigo se lembra de tudo. - Eu tenho algumas perguntas para ela! Onde ela está?

– Não adianta se afobar Ichigo, ela está na sala de visitas e já deixou bem claro que só vai responder nossas perguntas quando todos estiverem acordados. - Responde Ishida.

– Como você sabe que ela não vai me responder?

– Por que já estamos acordados há três horas, tentamos fazer algumas perguntas e foi isso que ela nos respondeu.

– Kurosaki-san, você acredita que podemos confiar nela? - Pergunta Urahara.

– Não sei te responder, mas... - O rapaz fica pensativo olhando para Rukia.

– Eu acredito que podemos confiar na Hisa-san. - Diz Inoue toda sorridente.

– Inoue-san não é bem assim, tá certo que ela nos salvou naquele momento, mas ela não disse quem realmente é e talvez Matsuda Hisa nem seja seu verdadeiro nome. - Lembra Ishida.

– Mas Ishida-kun ela salvou as nossas vidas!

– Se eu fosse um inimigo que quisesse obter informações para ter êxito em alguma missão mais importante, eu construiria um laço de confiança com meus inimigos primeiro. - Comenta Ishida sendo lógico.

(- Eu vou proteger o futuro de vocês!).

Ichigo se lembra da jovem dizendo estas palavras enquanto olhava em seus olhos e lembra a determinação e sinceridade naqueles orbes vermelhos.

– Eu... - Todos olham para Ichigo. – Eu acho que Inoue tem razão, eu não sei explicar, mas... Eu acho que podemos confiar nas palavras dela. - Ele também olha para os amigos.

– Eu também concordo com você Ichigo... - A voz familiar cansada soa do lado esquerdo de Ichigo.

– RUKIA! - Ele grita surpreso e aliviado.

– Kuchiki-san! - Inoue também vibra ao ver a amiga acordando.

Rukia sorri.

– Você está bem Rukia? - Pergunta Ichigo.

– Vou sobreviver. - Ela Responde levantando com um pouquinho de dificuldades, Inoue a auxilia neste momento e ela responde sorrindo para a amiga. – Urahara, onde ela está? - Pergunta Rukia.

– Ela nos aguarda na sala de visitas. - Ele responde.

– Eu quero ouvir o que ela tem a dizer.

– Tudo bem, vamos todos, creio que ninguém quer esperar mais, certo? - Diz Ichigo perguntando aos amigos.

Todos concordam assentindo a cabeça.

Eles se dirigem até a sala de visitas onde estão Yoruichi e Hisana, devido à fraqueza por terem perdido muito sangue, Ichigo anda sendo apoiado por Sado e Rukia por Inoue.

E enquanto se dirigem até a sala, Rukia se lembra da pequena conversa que teve em seu mundo interior minutos atrás antes de acordar.

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Bleach OST - SUIT~1st Mov. Going Home

– Rukia-sama, acorde Rukia-sama.

Rukia abre os olhos e está em uma planície cercada de neve, além disso, Sode no Shirayuki a fitava com olhos preocupados.

– Você está bem Rukia-sama?

– Sim, o que aconteceu Sode no Shirayuki, por que me trouxe aqui? - Pergunta a pequena com a mão na cabeça.

– Não sei explicar, mas agora a pouco eu tive um sonho estranho...

– Sonho? Que sonho? - Rukia pergunta não entendendo o que sua zanpakutou queria lhe dizer.

A mulher de cabelos prateados parecia confusa.

– Mestra a senhora não se lembra?

– Lembrar... Lembrar do que? - A shinigami parecia perdida.

– O menino Rukia-sama, aquele que corria pelas planícies brancas ao meu lado.

– Menino? - A shinigami levanta uma sobrancelha.

Sode no Shirayuki fica em silêncio observando sua mestra.

– Entendo... Então a senhora esqueceu...– Ela ajuda Rukia a levantar.

– Sode no Shirayuki eu não estou entendendo do que você está falando, será que poderia me esclarecer o que lhe preocupa tanto a ponto de me chamar aqui tão repentinamente? - Sua mestra pergunta.

– Rukia-sama eu tive um sonho em que um garotinho de cabelos prateados se dizia meu filho.– Ela aponta para o horizonte branco e sem fim. – Ele me acompanhava pelas planícies brancas como se fizesse parte deste mundo... A senhora não se lembra?– Shirayuki olha de volta.

– Eh?! Filho? Como assim Shirayuki zanpakutous não podem ter filhos, elas são a personificação da vontade e do coração de um shinigami, não é como se vocês tivessem...! - Rukia percebe que iria falar besteira e engole as últimas palavras.

– Vida...?– Sode no Shirayuki sussurra virando o rosto.

– Me... Me perdoe não era isso que eu ia dizer. - Sua mestra parecia arrependida.

Ela sorri com a borda dos lábios parecendo entristecida.

– Eu entendo Rukia-sama, uma zanpakutou não possui um coração pois ela é uma arma e toda arma só existe para destruir, não é como se eu não entendesse o significado de minha existência.

– Sode no Shirayuki... - Agora Rukia não estava nem um pouco feliz com a besteira que tinha falado.

A mulher de cabelos prateados anda um pouco e fita o horizonte branco onde o sol começava a se pôr.

– Eu só...– Ela fica em silêncio pensando nas palavras que iria escolher. – Eu só me senti diferente naquele momento, como se tivesse algo escondido dentro de mim que tinha acabado de ser descoberto... Como se aquele garotinho tivesse despertado um lado meu que eu não sabia que existia e que não precisava se preocupar em destruir... Rukia-sama por um momento eu fiquei... Fiquei...

– Feliz. - Sua mestra responde por ela. - A palavra que você queria dizer é "feliz" Sode no Shirayuki.

A zanpakutou se vira para a pequena shinigami.

– Então isso é o que vocês chamam de felicidade?– Ela pergunta.

Rukia assente, mas fica pensativa.

– Shirayuki, eu sinceramente não sei que sonho é esse que você está falando, mas fico surpresa em descobrir que zanpakutous também podem sonhar e ter esperanças... - Ela sorri. - Você disse que era uma arma de destruição sem coração, porém acabou de provar que isso não é verdade.

– Eh?– A mulher pisca curiosa.

Rukia sorri e se aproxima dela tocando em seu peito.

– Você tem um coração Sode no Shirayuki, sentimentos e sonhos, você é mais próxima de um humano do que imagina... Do que eu imagino, querer ter alguém ao seu lado para compartilhar tudo isso o que sente é algo natural e fico feliz por você. - Sua mestra sorri com ternura.

– Rukia-sama...– Sode no Shirayuki responde com igual sorriso. – Obrigada.

– Eu sinceramente nunca ouvi falar de filhos de zanpakutous, mas existem muitas coisas que eu não entendo, quem sabe um milagre aconteça não é mesmo? - Rukia comenta com ela. - E se acontecer, eu ficarei feliz em vê-lo correndo por aqui, como você disse que ele fez em seu sonho.

Sode no Shirayuki assente.

– Bem... Acho que você já deve estar se sentindo melhor, eu preciso voltar, há uma coisa muito importante que preciso fazer, Ichigo precisa de mim e eu sei que ele deve estar culpando até a última célula de seu corpo por não ter me protegido. - Ela lamenta fazendo careta.

A zanpakutou ri.

– A senhora gosta muito dele não?– Ela pergunta.

– Claro que eu.. - Rukia engasga e olha revoltada para ela. - Ei do que você pensa que está falando?! - Exclama envergonhada.

Shirayuki coloca a mão sobre a boca para esconder o riso.

– Obrigada por me ouvir Rukia-sama, espero que possamos nos ver em breve.

– Tá certo... Qualquer coisa pode falar comigo, terei prazer em te ouvir afinal...

– Nós somos uma.– Sode no Shirayuki responde.

Com um sorriso de aprovação Rukia fecha os olhos e desaparece de seu mundo interior.

– Ufa! Pensei que ela não ia sair nunca daqui!

Sode no Shirayuki se assusta e pula para trás invocando sua espada.

– Quem..?!

Um enorme tigre branco de pelugem azulada flamejante estava sentado olhando a mulher de quimono branco.

– Quem é você, como entrou neste mundo sem ser percebido?! - Ela parecia assustada, porém cautelosa diante da criatura.

– Ué? Como assim "eu entrei" aqui sem ser percebido? Por que eu precisaria bater na porta para entrar em minha própria casa?

– Sua casa? – a mulher da neve fica confusa.

O enorme felino sorri e seu corpo começa a se transformar, suas patas traseiras começam a dar lugar a pernas humanas assim como as dianteiras a braços, sua pelugem se molda ao seu corpo ajustando-se como uma blusa e calça simples, quase tribais, as marcas da pele felina diminuem de tamanho, mas continuam como tatuagens, seu rosto feroz se torna o de um rapaz bonito com olhos dourados penetrantes.

Sode no Shirayuki vê toda a transformação quase perdendo o fôlego, quando o rapaz fica em silêncio lhe fitando ela fica perplexa ao imediatamente notar a semelhança, os olhos frios e penetrantes, a pele pálida, os cabelos prateados e a reiatsu inconfundível, embora um pouco diferente ainda se parecia muito com a dela.

– Não pode ser... Você é real... Você é real...– O pulso se Sode no Shirayuki relaxa e sua espada cai no chão.

Ele sorri.

– É bom vê-la outra vez... Mamãe...

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Bleach OST - #4 Pray that you always understand me

Hisana já estava ficando com sono, a espera estava fazendo ela se sentir entediada, mas quando pensava em tirar um cochilo sente a reiatsu de Ichigo e Rukia.

– Nossa, finalmente acordaram, já não era sem tempo, a gente já estava no maior tédio aqui né Yoruichi-san? - Ela fala com tanta intimidade que faz Yoruichi se irritar e deixar algumas unhas à mostra.

– Garota, esse seu ar cheio de intimidade comigo já tá me irritando, ou você me respeita ou eu juro que...

– Desculpa novamente Yoruichi-san, mas é força de hábito! - Hisana faz uma cara preocupada e assustada diante do felino.

– Já chega! - Yoruichi mia alto o suficiente para fazer Hisana saltar de susto.

– Ferrou-se ela está no cio! - Hisana faz uma cara de horror quando vê uma bola de pêlos negros pulando em sua direção. Yoruichi pula em cima de Hisana e ela usa um passo rápido para se pendurar na lâmpada do teto. Nessa hora Ichigo e os outros entram na sala e presenciam uma cena bizarra.

– Sai daí bichano eu não fiz nada! Passa, passa! Xô! E não me olha com essa cara que eu sei que você não foi vacinada! - Hisana abanava um pedaço de papel tentando espantar Yoruichi que pulava irritada tentando alcançá-la com suas garras.

– Intimidade com o inimigo heim, Ishida-kun? - Inoue olhava Ishida com uma sobrancelha levantada e sorrindo.

Ishida por sua vez ouvia calado e olhava para a jovem de cabelos negros que tentava desesperadamente espantar Yoruichi que tentava arrancar-lhe um pedaço de tecido do traseiro.

– Yoruichi-san olha o seu leitinho! - Urahara entra cantarolando com um pires e uma caixinha de leite, ele coloca no chão e Yoruichi de repente esquece Hisana.

Ela por sua vez suspira suando frio e descendo da lâmpada.

– Obrigada Urahara-san. (- Agora eu sei por que ele tem tanto medo dela...)– Pensava Hisana olhando Yoruichi que tomava o leite abanando o rabinho de alegria e esquecendo o mundo.

– Já estamos todos aqui como você queria Hisa-san. - Inoue fala por todos.

Hisana senta aliviada por estar livre de Yoruichi, ela olha para os jovens.

– Então acho que podemos começar de verdade né? Recomendo que sentem também, pois o que eu tenho para contar vai demorar o dia todo, além do mais, sei que vocês estão cheios de perguntas para me fazer, mas apenas peço que ouçam minha história primeiro.

Ichigo olha pra Rukia com olhar de desconfiança, eles em seguida concordam um com o outro e sentam.

– Escuta Hisa... Se é que este é realmente seu nome, não sei o que você tem para nos contar, mas antes de tudo. - Ichigo se levanta e faz algo que deixa todos realmente surpresos, ele cumprimenta Hisana com a cabeça. – Muito obrigado por ter salvado meus amigos.

Hisana fica encabulada e corada com a sinceridade do pai.

– Er... Bom... De nada eu acho... - Ela coloca a mão atrás da cabeça demonstrando vergonha.

– Eu também agradeço você por ter salvado a minha vida naquele momento novata. - Rukia fala olhando para Hisana e fazendo-a corar um pouco novamente.

– De nada Rukia-san.

– Do que vocês estão falando? - Pergunta Ichigo.

– Bem... - Rukia tenta puxar sua memória. - Ichigo lembra daquela hora quando as bombas quase me pegaram.

Ichigo lembrava muito bem por que fica corado.

– Mais ou menos... - Ele parece esquivo.

– Foi naquela hora que antes de desmaiar eu me lembro de ter visto alguém me salvando.

– Uhm... - Ichigo não lembrava por que estava muito ocupado de cabeça baixa e chorando naquela hora, logicamente ele nunca ia dizer esse detalhe a ninguém.

Rukia ri quando vê Ichigo vermelho por que tinha sido a única a ver a cena dele chorando desesperadamente, fato que o deixava definitivamente envergonhado.

Rukia e Hisana se entreolham e ambas se lembram ao mesmo tempo como tudo aconteceu.

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Flash.

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Bleach OST - Fade To Black A05a

Quando Rukia sente que esta perdendo a consciência e que logo também perderia a vida ela vagamente vê alguns insetos vindos em sua direção e como se a vida começasse a passar em câmera lenta diante e si, ela pensa:

– Então esse é o fim... Eu não queria morrer agora... Ichigo... (alguns flashes de sua vida ao lado do amigo passam pela sua cabeça muito rápido) ela tenta conseguir forças para sorrir... Adeus... e... Obrigada por tudo...

Nesse momento ela sente alguma coisa segurando firmemente pegando-a no colo e carregando-a, ela olha por reflexo para seu salvador antes de fechar os olhos e vê uma jovem encapuzada que também a olha por reflexo e sorri com ternura.

Hisana por sua vez corria e esquivava.

(– Se eu tivesse chegado mais cedo... A senhora nunca estaria assim... Nunca... Me perdoe mamãe... Mais uma vez eu não fui uma boa filha...). – Pensava.

Hisana pula saindo da fumaça das explosões e quando percebe que uma bomba havia escapado indo em sua direção ela rapidamente olha para sua mãe:

(– Eles não encostarão em mais nenhum fio de cabelo seu sem que se arrependam, eu prometo).

Hisana vira-se de costas e recebe a explosão para proteger sua mãe.

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End of Flash.

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– Então era você mesmo... - Rukia comenta.

– Sim, tudo foi muito rápido, nem sabia que você ainda podia me ver naquela hora, mas sorri para tranquilizá-la de qualquer jeito. - Hisana responde sem graça.

– Para ser sincera só quando ouvi meus amigos conversando minutos atrás que percebi realmente se tratar de você.

– Entendo. Fico feliz em conseguir ajudá-la naquela hora Rukia-san. - Hisana sorri satisfeita. - Mas em fim pessoal, creio que vocês queiram ouvir a minha história, certo?

– Ah sim, por favor! - Inoue diz empolgada como se estivesse participando de um filme.

Todos os presentes no recinto se acomodam da melhor maneira que podem, exceto Tessai que se retira junto a Jinta e Ururu que se dirigem até a cozinha.

– Bom como eu começo... - Hisana olha para o teto da loja, não ia ser nem um pouco fácil escolher as palavras para começar.

– Creio que a melhor forma de começar é se apresentando primeiro não? - Sugere Ishida.

Ela olha para o rapaz de óculos e por um instante analisa e concorda com a sugestão.

– Tem razão.

Seus amigos ficam a esperar enquanto Hisana faz posição de cumprimento para se apresentar.

– Muito prazer, me chamo Matsuda Hisa e venho do futuro.

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No futuro Urahara digitava rapidamente no seu computador enquanto vigiava ao mesmo tempo vários outros monitores, inclusive um conectado ao pulso do relógio no braço de Hisana.

– Espero que essa menina não faça besteira até eu terminar de...

De repente o sinal de alerta de intrusos soa espalhando-se por todos os lugares.

– Eles estão aqui! - Entra um jovem de cabelos loiros e olhos cor de mel com expressão preocupada na sala dos computadores.

– Não se preocupe meu filho, estamos seguros aqui.

– Mas, pai! Temos que tirar as pessoas daqui! - Ele alerta o cientista.

Urahara se dirige para uma câmera de monitoramento e vê alguém não humano invadindo o esconderijo.

– Uhm... Não precisa fazer alarde, nós não estamos sendo invadidos por nenhum inimigo.

O rapaz se dirige para ver o que seu pai via no monitor com ar de curiosidade.

– Mas esse é o...!

– Sim... Kaliver. - Sussurra Urahara com olhar cauteloso.

Kaliver caminhava calmamente por túneis escuros sem nenhuma dificuldade sabendo exatamente onde iria parar e exatamente com quem deveria falar.

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Continua...

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