Red Motel escrita por Nayaan


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Primeiro Lemon, entãopeguem leve.

Boa leitura.



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Pov Ruki

 

Ele era um dos homens mais lindos daquele lugar. Loiro, alto - comparado a mim pelo menos - com um corpo definido, mas que sustentava sua magreza.

Reita. Era assim que o chamavam naquela boate que ele frequentemente aparecia. Todos olhavam pra ele quando chegava com aquele ar de indiferença e superioridade.

Ter a sua atenção era quase um milagre, raramente falava com alguém, a não ser aqueles dois amigos que sempre estavam com ele, Uruha e Aoi. Eles eram tão lindos quanto Reita, Uruha sendo o mais simpático, com um sorriso quase infantil nos lábios, o cabelo cor de mel, o mais alto dos três, e Aoi, moreno com cabelos negros desfiados que caiam pelos ombros, ele fazia até o ato de respirar se tornar sensual.

Corria boatos de que Uruha e Aoi eram namorados, mas nada mais que boatos, ninguém ligava muito, afinal aquela era uma boate gay mesmo.

 

 

Ah, esqueci de me apresentar, sou Matsumoto Takanori mas as pessoas em conhecem apenas por Ruki. Hoje é mais uma daquelas noites de sexta-feira em que eu fiquei tão entediado em casa que vim para uma boate gay ficar admirando varias pessoas, bebendo várias doses de whisky  e voltando pra casa sozinho. Era sempre assim, eu tinha o dom de afastar as pessoas de mim, mas também né, com essa minha cara de mal-humorado quem é que iria se aproximar?

 

Não é como se me importasse mesmo, porque nem se eu tivesse uma feição mais amigável ainda assim não seria bonito o suficiente pra ele. Afinal de contas o que a pessoa mais cobiçada daquele lugar ia querer comigo, um simples mortal que nem era tão bonito assim? Nada, com certeza.

 

Eu estava tão distraído que quase cai do banco que estava sentado quando eu vi uma silueta muito conhecida adentrar na boate com os dois amigos. Reita estava lá. Hoje seria mais uma noite das quais eu beberia e ficaria admirando de longe ele tomar seu drink favorito e ficava o resto da noite sentado sozinho enquanto Uruha e Aoi ficavam bêbados, dançavam e faziam sexo no banheiro.

 

Eu já tinha bebido quatro copos de whisky desde que ele havia chegado, e ele ainda estava sentado na mesma porcaria de sofá que eu queria malditamente estar sentado também.

 

Eu já estava cansado de ficar sentado ali, levantei e fui ao banheiro. Não tinha ninguém lá, o que era raro, já que ele era mais usado como uma espécie de quarto de motel do que como um banheiro, de fato. Entrei em um box e quando fui fechar a porta atrás de mim me sobressaltei com a figura, que eu nem mesmo vi entrar comigo no banheiro, escorado em uma das pias.

 

O que diabos ele queria dentro daquele banheiro logo agora? Ele podia esperar eu sair, ou sei lá, espera, por que eu estou tão nervoso só com a presença dele ali dentro? Era um banheiro no fim das contas, ele podia ir lá quando quisesse.

 

Pare de pensar nisso agora Ruki, desfaça essa cara de retardado e feche a porcaria da porta.

 

Era isso que a minha mente gritava mas meu corpo não respondia, e tudo piorou no momento em que ele resolveu se aproximar da cabine que eu estava com um sorriso indecifrável no canto dos lábios.

 

Eu podia matá-lo por ser tão... sensual.

 

Eu estava tão absorto em pensamentos que só percebi que ele estava muito perto quando senti sua respiração tocar de leve no meu rosto, e no segundo seguinte senti minhas pernas tremerem. Aquilo realmente não era bom, nada bom.

 

-        E...etto, o que você quer comigo? – merda, porque diabos eu tinha que gaguejar na primeira frase que eu troquei com ele? E porque diabos ele não falava nada? Aquilo estava começando a me irritar.

 

Continuou se aproximando e por extinto eu dei passos pra trás, na tentativa – inútil, devo ressaltar – de me afastar dele. Alguns passos depois senti minhas costas se chocarem com o azulejo gelado da parede atrás de mim. Um braço de cada lado da minha cabeça e sua respiração tocando de leve a pele da minha face, quando olhei pra cima eu pude ver aquele sorriso maldito nos lábios bonitos.

 

Ele ainda sustentava aquele maldito sorriso de canto, e de perto eu podia ver que ele me comia com os olhos. Ou era aquilo ou eu estava imaginando coisas. Não vou negar que era ótimo ter ele me secando assim, mas eu não estava acostumado com isso, e a situação estava me deixando nervoso, e o foto dele não falar nada fazia tudo piorar.

 

-        Você pode, por favor, falar o que quer comigo, Reita? – o sorriso dele só aumentou quando escutou seu nome ser proferido por mim – Ou você vai continuar parado ai na porta não deixando fechá-la? Se você não percebeu eu quero usar o banheiro - ótimo, agora o meu nervosismo me deixou ignorante. Falta mais o que agora? Eu gritar com ele e partir pra cima dele com todo esse meu tamanho e força

 

 

-        Hum, então você também é arrogante... Ruki – disse chegando mais perto e me segurando pelo pulso. Eu devia estar com uma cara de surpresa muito engraçada, porque o riso de canto dele virou uma leve gargalhada.

 

-        Como você sabe o meu nome? Por acaso eu te conheço de algum lugar? – tentei me desvencilhar das mãos que ainda me seguravam com força – E será que dá pra me soltar ou tá difícil?

 

-        Te conheço daqui, de onde mais seria? Depois de ver você me observando tanto tempo, pelo menos o seu nome eu deveria saber certo? – Reita sorriu com escárnio , me puxando mais em sua direção até colocar nossos corpos. Ele não devia fazer isso, para o bem da minha sanidade ele devia parar, agora – E não, não dá pra te soltar. – Ele era um sádico, um maldito de um sádico, porque fazer aquilo que ele estava fazendo comigo, do nado, não se faz.

 

Ele me puxou até eu sair completamente da cabine em que eu estava, me virou e foi me empurrando até que eu encostasse na pia.

 

-        O que você está tentando fazer? Ficou louco? – quase berrei enquanto tentava me soltar de suas mãos, a que antes estava livre agora me segurando pela cintura.

 

-        Tentando não, eu vou fazer. Ou você acha que eu ia gastar o meu tempo vindo até aqui, tendo o trabalho de fazer esse banheiro ficar vazio só pra tentar algo? E você já é bem grandinho, deve saber o que eu vou fazer – deu outro daqueles sorrisos de lado, chegou perto do meu ouvido e sussurrou – E sim, estou louco, louco para escutar você gemer meu nome bem alto– terminou mordendo minha orelha de leve.

 

Aquilo realmente não era bom pra minha sanidade.

 

-        Reita, pare... por favor – eu disse quase em um sussurro enquanto ele continuava mordendo a minha orelha e vez ou outra meu pescoço, seus dedos apertando minha cintura com mais força. 

 

-        Você sabe que não quer realmente que eu pare, então pare de tentar me mostrar o contrário, antes que eu realmente pare e você fique se culpando por não ter ido até o fim – Ele estava certo, eu me lamentaria e ficaria com uma vontade imensa de arrancar os cabelos, mas eu não seria tão fácil e passivo assim, não seria mesmo. Eu faria perder aquele ar superior e cheio de si dele, eu o faria implorar por mais.

 

Esse seria um joguinho muito interessante.

 

-        Tá bom, não falo mais nada se é isso que você deseja. Só não reclame se não aguentar seguir o meu ritmo – disse com um sorriso de canto invertendo as posições, vendo ele dar um sorriso de canto enquanto se apoiava na pia. Cheguei bem perto dos lábios dele e parei antes de falar - Vamos ver se seu gosto é tão bom quanto parece ser – disse e finalmente encostei nossos lábios.

 

Começamos um beijo lento, como se fosse para reconhecer o território, as línguas se encostando ainda receosas, explorando todos os cantos de cada boca. O beijo não durou mais que meros minutos, separei meus lábios dos dele e mordi seu pescoço forte o suficiente para o seu gemido sair com um prazer mesclado de dor, sorri de encontro com sua pele e pude ouvir ele suspirar enquanto eu trilhava um caminho até sua orelha.

 

-        É, não é tão mau assim no fim das contas – terminei a frase mordendo o lóbulo de sua orelha.

 

Senti sua mão afrouxar um pouco do aperto na minha cintura e descer de leve até alcançar minha bunda e apertar com vontade enquanto intercalava as mordidas e lambidas no meu pescoço. Gemi fraco para incentivar ele a continuar e pendi um pouco mais a cabeça pro lado oferecendo mais da minha pele pra ele marcar.

 

 

-        Você é bem abusado né? Tem certeza que quer me desafiar assim Ruki? – colocou uma mão em cada uma de minhas coxas e me suspendeu do chão, me colocando sentado na pia. Senti seus dedos pressionarem a parte interna da minha coxa, bem perto da minha virilha, e sua língua caminhar livre pela pele do meu pescoço – Hein Ruki? Você acha que consegue ganhar de mim nesse joguinho? – sussurrou no meu ouvido e mordeu de leve o lóbulo da minha orelha.

 

 

-        Ahhh... – a única coisa que eu consegui fazer naquele momento foi gemer baixo e contido, pude sentir ele sorrir contra a minha pele.

 

Seus beijos foram descendo em direção ao meu abdômen, deslizou uma de suas mãos pra dentro da camiseta prendendo meu mamilo direto entre as pontas dos dedos, mordendo o outro ainda por cima do pano. A mão que ainda estava sob minha coxa se juntando no processo de remover minha camisa.

 

O contato da sua mão fria com meu corpo quente fez com que eu me arrepiasse, levantei os braços para ajudá-lo a remover minha camisa, quando me vi totalmente livre daquele pedaço de pano puxei seus cabelos e dei o sorriso mais sádico que eu pude, inclinei sua cabeça pro lado e disse num tom autoritário, levemente debochado:

 

-        Você acha que é o único que vai brincar aqui é? Se enganou meu querido – desci da pia e fiz com que ele se encostasse nela de novo. Comecei a desabotoar sua camisa lambendo seu abdômen até chegar perto do cós da sua calça.

 

 

Senti seu corpo arrepiar diante do meu toque, e só pra provocar mais levei minhas mãos a parte de trás do seu corpo e apertei duas nádegas com vontade enquanto prendia o zíper da calça entre os dentes.

 

Eu percebi que ele prendeu a respiração, e eu poderia rir se eu não estivesse naquele lugar, naquele momento, e com ele ali.

 

Fui abaixando o zíper e levando minhas mãos pro cós da sua calça, eu quase pude gemer só de olhar o volume que se formava por baixo da cueca boxer preta. Puxei a calça junto com sua roupa intima, ficando a centímetros de sua ereção.

 

Olhei pra cima e vi que Reita me encarava em expectativa, quase ansioso demais pra que eu pudesse dar um pouco de atenção ao seu membro que estava esquecido. Sorri de canto, quase sacana demais até para a minha percepção, segurei seu membro e aproximei minha boca, perto o suficiente para ele se arrepiar com a minha respiração que chocou de leve com a pele sensível daquela região.

 

Lambi toda a extensão de sua ereção depois circulei a glande, ele segurou firme no meu cabelo, machucando meu couro cabelo, não que eu realmente ligasse, eu gostava das coisas mais selvagens.

Fiquei mais um tempo só provocando, lambendo e dando pequenas mordidas  por toda a sua extensão e na glande, e ele já estava ficando impaciente, empurrou seu quadril fazendo a glande entrar na minha boca, como se estivesse mostrando o que queria.  Deslizei minha boca em seu membro, comecei em um ritmo lento, mas forte, e vez ou outra deixava meus dentes arranharem de leve e podia escutar seus suspirou ficaram mais altos.

 

 

Aumentei o ritmo, fazendo seu sua ereção deslizar quase que completa pra fora da minha boca, só ficando com a glande, chupei com força e pude escutar um gemido rouco e alto arranhar sua garganta. Conforme eu aumentava o ritmo seu corpo dava sinais de que logo ele chegaria ao ápice, ele tremeu um pouco e com um puxão brusco me levantou, capturando minha boca com vontade, urgência, com violência.

 

 

Sua língua explorava todos os cantos da minha boca, me fazendo gemer durante o beijo, suas mãos fortes apertavam minha cintura com uma brutalidade que fez os pelos do meu corpo se arrepiarem, ele não se importava com as marcas que viriam depois. O beijo não durou mais que alguns segundos mas a necessidade de respirar se fez presente para ambos, seus lábios se arrastaram até a minha orelha e com a voz rouca de desejo sussurrou:

 

-                    Você... ainda acaba com a minha sanidade usando a boca desse jeito, pequeno. E se você continuar gemendo assim, eu vou perder o controle... - a ponta da sua língua tocando um ponto logo atrás da minha orelha me fazendo morder seu ombro, evitando que um gemido saísse por ali, seus dentes puxaram meu lóbulo devagar... me fazendo arfar – E você acha que vai ser o único a brincar aqui? Doce engano – um sorriso sádico se desenhou nos seus lábios.

 

Em um movimento rápido trocamos de posição, ele me virou de frente pra pia e colou seu tórax na minha costa. Eu sentia sua respiração acelerada, suas mãos quase afoitas correram em direção ao cós da minha calça. Desabotoou e desceu o zíper em uma rapidez e destreza que se eu não ouvisse os boatos sobre ele até ficaria impressionado.

 

Desabotoou e desceu o zíper com rapidez e destreza, que se não fossem os boatos que corriam à seu respeito eu ficaria surpreso.

 

Sua mão deslizou por entre minhas coxas, fazendo um arrepio subir por todo minha coluna, deixando um gemido involuntário sair por entre meus lábios. Sua mão estava gelada, em contrates com todo o calor daquele momento, e até mesmo com o calor do seu corpo. Ele se afastou um pouco, tirando por completo suas roupas de baixo e voltando a se encaixar atrás de mim.

 

Roçou seu corpo no meu, deixando-me sentir seu membro ereto, precisando de um alivio que ele mesmo não deixou eu dar. Sua mão, que antes estava parada na parte interior da minha coxa direita foi subindo até tocar nos meus testículos. Minhas pernas ficaram bambas, aquele era um lugar sensível no fim das contas. Escutei um risinho baixo vindo dele, e só ai percebi que sua boca estava encostada na minha orelha.

 

-        Está sensível pequeno? Quer que eu te toque? – sua voz era malditamente sexy com um ar quase autoritário. Sua mão continuou brincando com aquela região, fazendo eu me remexer no lugar, querendo um contato mais íntimo – Se você quiser é só pedir. Mas peça com jeitinho – parou as caricias, mordendo o lóbulo da minha orelha e se esfregando mais em mim.

 

Seu membro roçava em minhas nádegas, e vez ou outra ele se afastava só pra voltar com um pouco mais força imitando o movimento da penetração. Eu só conseguia gemer e empinar meu quadril buscando mais daquele contato. Suas mãos estavam paradas na minha virilha, esperando eu implorar por algo mais.

 

Eu já estava lá, sem roupa, gemendo como um virgem só por ele estar se esfregando em mim. Eu já tinha me humilhado a tal ponto, qual o problema de pedir por mais?

 

Empinei um pouco mais o quadril, rebolando quando ele encostou em mim, deixei um som obsceno arranhar minha garganta, segurei sua mão que ainda estava parada, levei-a até meu membro que estava dolorido pela falta de toques, pulsando para obter um alívio logo.

 

-        Me toca – disse com a voz rouca – Vamos ver se você consegue me fazer gozar – desafiei com um sorriso sínico dançando em meus lábios.

 

 

Sua mão envolveu a base do meu membro com uma pressão maravilhosa e eu gemi, alto, só pelo fato de estar sendo tocado daquela forma mais intima. Ele me masturbava devagar, em um ritmo lento e torturante fazendo, como se quisesse que eu gritasse por mais, pra ele ir mais rápido, mas eu não faria isso. Enquanto ele movia sua mãos sobre meu sexo, eu comecei a rebolar sobre seu membro, ouvindo um gemido baixo, quase tímido, escapar entre seus lábios.

 

-        É só isso que você sabe fazer Reita? Eu sinto mais prazer sozinho do que com a sua mão – provoquei, ainda movendo meu quadril.

 

-        Você é realmente bem abusado, chibi – minha provocação deve ter surtido efeito, pois no momento seguinte suas mãos se moviam mais rápido sobre meu membro, fazendo mais pressão na glande. Eu sabia que mexer com o ego dele seria assim, e se eu quisesse por mais sem ter que pedir essa seria a forma.

 

Seus dedos habilidosos me envolviam, gemidos obscenos escapam involuntariamente da minha boca. Sua mão esquerda passeou pelo meu rosto e logo depois eu tinha dois de seus dedos dentro da minha boca. Eu entendi o sinal e comecei a lambê-los, lubrificando-os com a minha saliva enquanto sua mão ainda me masturbava.

 

Eu sentia minha perna tremer, meu abdômen se contrair, claro sinal de que eu estava chegando no orgasmo. Reita pareceu perceber isso, mas não deu sinais de que pararia a masturbação, pelo contrario, começou a mover sua mão com mais rapidez, enquanto um de seus dedos abria caminho em meu corpo,  adentrando em um lugar mais intimo, fazendo um gemido levemente dolorido escapar por entre meus lábios.

 

Continuou movendo as duas mãos, agora na mesma velocidade, quando percebeu que meu corpo já estava acostumado com aquele volume inseriu mais um dedo em meu interior, fazendo meu corpo sentir aquele desconforto conhecido.  Sua mão direita envolveu minha glande, apertando-a com uma pressão maravilhosa, e quando dei por mim suas mãos já estavam sujas com meu sêmen.

 

Os dedos da sua mão esquerda se moviam rápido, vez ou outra ele abria e fechava os dedos, como o movimento de uma tesoura, para poder me preparar melhor para o que viria.  Quando meu corpo já estava desfrutando daquele contato um terceiro dedo me invadiu, um gemido de dor escapou dos meus lábios e meu corpo foi tomado por um desconforto maior. Eu sabia que seria assim, mas nada muda o fato de ser doloroso.

 

Ele movia os dedos de modo ritmado, nem tão lento, nem tão rápido. Meu corpo começou a dar sinais de que estava se acostumando com aquele volume, alguns dos meus gemidos já não eram mais de dor, a sensação de prazer já corria por todo meu corpo como ondas de eletricidade.  Eu desfrutei daquela sensação, mas não por muito tempo. Quando ele percebeu que eu já estava pronto retirou seus dedos do meu interior, segurou no meu pulso e me puxou pra dentro de um box.

 

Meu cérebro não conseguiu processar a informação tão rápido, desculpe sou lento as vezes. Enfim, eu não acompanhei a rapidez dos movimentos dele, quando dei por mim ele estava sentado na tampa do vaso sanitário, que eu nem mesmo o vi abaixar, já tinha me virado de frente pra ele e estava um puxando pra sentar em seu colo.

 

Atacou minha boca com a sua. Um beijo erótico, sensual, era esse o tipo de beijo que você dividiria com ele caso estivesse no meu lugar. Suas mãos me seguraram pela cintura, me erguendo. Eu entendi o recado, apoiando uma das mãos na parede do cubículo, deixando a outra apoiada em seu ombro. Uma de suas mãos soltou minha cintura e segurou seu membro, posicionando-o na minha entrada.

 

O contato me fez estremecer, pensando só agora em como ele realmente era grande. Lembrei que ele estava sem camisinha e tentei falar.

 

- Reita, espera! Você não colocou camis... – antes mesmo de terminar a frase ele me penetrou de uma vez. Lagrimas escorreram pelo canto dos meus olhos, um grito de dor cortou minha garganta. A dor era enorme, parecia que eu estava sendo partido ao meio. Eu sabia que iria doer, mas não doeria tanto se ele fosse um pouco mais gentil.

 

 

Eu sei que é pedir demais, mas venha você aqui e veja como é bom.

 

Ele nem mesmo esperou meu corpo se acostumar com o volume que me invadia e começou a se mover lentamente, seu membro saindo quase completamente do meu corpo e entrando novamente tão devagar quanto saia. Meu corpo estava se acostumando com aquilo e logo meus gemidos de dor se transformaram em uivos de prazer. A velocidade das penetrações aumentou, ele me segurava pelo quadril e eu tinha os dois braças envolta de seu pescoço. Eu mordia seu ombro e seu pescoço, tentando de alguma forma aliviar a tensão.

 

Ele me levantou, saindo completamente de mim, só pra um segundo depois me penetrar tão fundo que tocou um ponto sensível dentro de mim. Ele passou a acertar o mesmo lugar, fazendo eu gritar seu nome enquanto ele me invadia freneticamente. Eu levei uma de minhas mãos ao meu membro negligenciado que pedia por alivio, mas antes mesmo de conseguir começar a me masturbar ele tirou minha mão dali e segurou-a, impossibilitando-me de me tocar.

 

-        Está tão  necessitado assim pequeno? Quer alivio? – sua voz rouca de prazer se chocou com meu ouvido, fazendo uma corrente elétrica subir por toda a extensão da minha coluna e um gemido escapar, involuntário, dos meus lábios. – Se quiser é só pedir que eu te dou – mordeu meu pescoço com força o suficiente pra deixar uma marca no dia seguinte. A velocidade da penetração só aumentava, chegava a ser algo quase desesperado, frenético, um ritmo louco. Ele deixava seu membro sair quase completamente de mim pra voltar com força, deixando nossos quadris se chocarem, fazendo um barulho molhado alto. Ele m acertava no ponto sensível e eu sentia que podia chegar ao orgasmo sem mesmo ser tocado.

 

Engano.

 

Quando ele percebeu isso segurou meu membro e apertou, impedindo que eu chegasse ao ápice. Soltei um resmungo dolorido, mas entendi o que ele queria com isso.

 

Eu só iria gozar se pedisse pra ele me tocar.

 

Não é como se fosse ruim, e eu já estava ali, sentado no colo dele, não seria tão difícil pedir para ele me tocar.

 

Deslizei minha mão por suas costas, arranhando de leve com a unha curta, colei a boca em sua orelha e, em um tom rouco, falei:

 

-        Me toca Reita, me faça gozar, vamos ver se você consegue – eu adorava ser desafiador assim, mesmo estando em uma posição “vulnerável”. Mordi o lóbulo de sua orelha e contrai minha entrado, fazendo ele gemer alto o suficiente para que pessoas de fora do banheiro o escutarem.

 

Não foi preciso falar duas vezes, ele segurou meu membro que já estava dolorido e começou a me masturbar, no mesmo ritmo da penetração. Eu não sabia a quanto tempo estávamos ali, só sabia que logo chagaria ao ápice. Meu abdômen contraiu, senti ondas passarem por todo meu corpo e então cheguei ao ápice, sujando sua mão e minha barriga com um líquido viscoso.

 

Enlacei meus braços em seu pescoço para ter mais apoio e comecei a me lançar contra seu quadril, contraindo mais minha entrada para lhe dar mais prazer. Eu estava exausto, nossos corpos estavam suados, produzindo um som obsceno quando se chocavam, o ar estava pesado eu estava ficando sem forças. Uma, duas, três vezes mais ele arremeteu contra mim e então se desfez, preenchendo meu interior com seu sêmen.

 

Ele ainda se moveu mais algumas vezes, prolongando nosso prazer, até que já não tínhamos mais forças. Encostei minha cabeça em seu peito, e ele encostou a cabeça em meu ombro. Estávamos ofegantes, sujos, cansados, mas satisfeitos, pelo menos eu. Quando minha respiração se regularizou, levantei do seu colo, procurando minhas roupas de baixo. Sai do box e encontrei minha cueca e minha calça embaixo da pia, vesti minha roupa minha roupa em silêncio, silêncio esse que estava me deixando irritado.

 

Não é como se eu quisesse que ele falasse algo como “ Gostou meu amor?”, porque eu não era amor dele, eu nem conhecia ele direito, aquilo só foi sexo, puro e simplesmente. Também não queria ouvir ele falar “ Foi bom pra você?”, que pessoa idiota falaria algo assim? Eu nunca sairia dali mais broxado com qualquer frase. Mesmo que eu nem saiba o que gostaria de escutar aquele silêncio me deixava sufocado, era incomodo.

 

Terminei de arrumar minhas roupas, tentando desamassar do melhor jeito possível nas atuais condições. Virei pro espelho e fui arrumar o cabelo, afinal de contas eu não sairia dali parecendo um louco que fugiu de um hospício e rolou na por horas na grama, meu cabelo estava simplesmente horrível. Pelo reflexo do espelho vi que ele já tinha colocado a roupa e estava escorado na porta me olhando com um sorriso de escárnio, bem típico pelo que pude reparar.

 

-        Vai ficar me olhando até quando? – falei, terminando de me arrumar e virando de frente pra ele.

 

-        Só estava esperando a princesa terminar de se arrumar – riu, com um deboche tão palpável que quase se poderia segura-lo com as mãos.

 

-        Muito engraçado, Reita – disse seco, olhando pra ele com uma sobrancelha erguida – Bom, como você não quer falar nada eu vou sair – me virei e fui em direção a porta, antes que encostasse na maçaneta pra abri-la uma mão segurou meu pulso.

 

-        Não precisa ficar nervoso Ruki, só estava esperando, tem algo de tão ruim nisso? – suas palavras pareciam tão sinceras que eu me permiti relaxar um pouco mais – Bom, não é porque foi sexo casual que vamos nos vestir e ir embora, certo? – meneei a cabeça em sinal de afirmativa. Ele colocou uma de suas mãos na maçaneta, e com a outra continuou me segurando e olhando fundo nos meus olhos.

 

-        Reita, você poderia me sol.. – antes mesmo de terminar a frase seus lábios estavam colados aos meus, me silenciando. Foi um beijo rápido, quase inocente e quando dei por mim ele estava com a porta aberta e meu pulso estava livre.

 

-        Nos vemos por ai, chibi – disse, antes de fechar a porta e me deixar no banheiro sozinhos, com cara de bobo sem entender o que foi aquilo.

 

Dois segundos depois a porta já era aberta e varias pessoas iam entrando, só ai me dei conta de que por todo aquele tempo ninguém entrou ali.  Esbocei um sorriso de canto, sai do banheiro e confirmei minhas suspeitas. Reita realmente tinha pago alguém para cuidar do banheiro. Voltei para o bar, paguei meu último drink e sai da boate.

 

“Nos vemos por ai, chibi”.

 

 

É, realmente não seria ruim se isso acontecesse outra vez.

 


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Notas finais do capítulo

E ae? Como ficou? Quem gostou? Reviews? T-T