Amor e Guerra escrita por Razi


Capítulo 2
I - Antes


Notas iniciais do capítulo

Lhes apresento primeiramente Misaki Ayuzawa.



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Era uma bela manhã para um dia comum de Ayuzawa Misaki.

Uma mulher de 22 anos, cabelo um pouco longo, castanho e liso, olhos amendoados expressivos, meramente alta e um tanto magra.

Vivi sozinha em uma rústica casa na aldeia.

Misaki gosta da vida que leva, sutil e pacata.

Tolo engano.

Ela agradece a vida que tem, mas sente que lhe falta algo.

Algo que não sabe o que é, mas sabe que existe.

Coloca um vestido qualquer e sai de casa indo para seu trabalho numa floricultura.

Caminha então pela rua onde trabalha quando nota dois cavaleiros usando o símbolo da Lótus branca em suas mangas, entrando numa casa qualquer.

Passa por ela tendo um arrepio.

Mal sinal.

Entra na loja onde encontra a dona.

Uma mulher de 30 anos, pequena, feições delicadas e sonhadora.

Ela arrumava um buquê de lírios ao ver Misaki diz:

-Olá, Misaki.

Misaki retribui o cumprimento com um sorriso.

Nisso ouvem um grito estridente.

Elas saem da loja encontrando um rapaz que nem fizera 16 anos ainda ser levado pelos dois cavaleiros.

A mãe chorava e implorava que não o levassem.

Tudo em vão.

Misaki sem pensar muito fica ao lado da mulher a amparando.

Olha com desprezo os dois homens.

-Não deves fazer tal cara – um dos cavaleiros a repreende

Misaki limita-se apenas a suavizar seu olhar.

-Se quer seu filho fora disso, vá no lugar dele – diz o outro cavaleiro – Ah, me perdoe, mulheres não entram no exercito.

-Pare com isso! – berra Misaki seria – Não vês que a entristecem mais?

Os dois a olham com aversão.

-Se quer mudar isso, entre para o exercito – desafia o primeiro cavaleiro – Só que também não pode, não é?

Misaki trinca os dentes, os olhando seria.

Porcos.

Porcos imundos.

-O que pensam estar fazendo? – pergunta se aproximando o capitão Victor.

O homem de rosto e coração gélido.

Todos fazem uma contida reverencia á ele que focaliza seu olhar nos dois cavaleiros.

-E então? – indaga Victor – O que esperam para me responder?

-Estamos recrutando novos membros, senhor – responde o segundo cavaleiro solene.

-O certo seria que estão capturando este garoto – os corrige Victor friamente.

Os dois cavaleiros enrijecem.

O pior e mais severo capitão os vira numa situação imprópria.

-Digam-me – diz Victor – Este menino conseguira empunhar e baixá-la contra nossos inimigos?

Os dois cavaleiros olham para o menino franzino e meneiam a cabeça negativamente.

-E mesmo assim o levariam ao campo de batalha para ser um fardo inútil – continua Victor com a mesma expressão, como a mesma voz.

Os dois cavaleiros tentam se explicar, mas Victor os impede:

-Deixem o menino e me acompanhem.

Os cavaleiros soltam o menino, Victor olha para Misaki, sente certa impressão nela, o que não sentia há muito tempo.

Ele caminha se afastando dela com os cavaleiros em seu encalço.

A mãe abraça seu filho.

Misaki olha-os e suspira se afastando.

O dia inteiro sua mente martelava sobre uma única frase: “Se quiser mudar isso, entre pro exercito”.

A guerra tinha se iniciado apenas uma semana atrás e recrutavam jovens capazes de enfiar uma espada ou corta o inimigo.

A luta travava-se entre dois clãs, duas aldeias.

Lótus e Lupus.

Dois exércitos querendo expandir suas terras.

Muitos homens já tinham saído de casa levando consigo seus filhos maiores.

Tantos foram e o vento carrega as noticias deles.

Mortos. Feridos. Vivos.

Uma hora tudo acaba, ficando apenas as lembranças.

Misaki para seu pensamento olhando para o céu estrelado que transmitia mistério.

Ao entrar em casa, tira o vestido indo tomar um banho.

Logo em seguida digere uma simples refeição.

Seu pensamento retorna á frase:

“Se quer mudar isso, entre para o exercito”.

Vá para guerra, ajude seus companheiros á ganhar e tudo acaba.

Por que não?

Mais não pode, é uma mulher.

Mulheres não são permitidas no exercito.

Se entrasse, acabaria tendo a cabeça decepada.

Ela trinca os dentes e pega uma tesoura.

Ruma para o espelho oval que havia em seu quarto.

Começa então a cortar seu cabelo.

“Entre para o exercito e vá para a guerra”.

 


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Notas finais do capítulo

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