Escolhas escrita por naathy


Capítulo 13
12. A festa!


Notas iniciais do capítulo

Oi, flores!
Bom, hoje é meu primeiro dia de férias! õ.

Quero agradecer muito, todo o apoio que tenho recebido nessa fic! Obrigada flores é pra vocês e por vocês que eu escrevo.

Espero que gostem do capítulo.

Beijo e boa leitura...



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Surpreendi-me que durante todo o trajeto até o local onde ocorreria a festa, ele não pronunciou uma única palavra. Estava quieto, pensativo como se estivesse planejando algo. E, sinceramente, eu não duvidaria que fosse exatamente isto que ele fazia no momento. Assim que o táxi parou olhei pela minha janela, mas logo me dei conta que a festa ocorria do outro lado da rua. Mas algo realmente me intrigou, a festa ocorria em um bairro nobre da cidade. “Deve ser para fornecer drogas para os playboyzinhos.” Conclui em pensamento, revirando os olhos.

- Vamos princesa! – Ele disse abrindo a porta do carro e saindo, em seguida retirou a carteira do bolso, e dela, algumas notas que entregou para o taxista. Ele me olhou através da janela, respirei fundo e finalmente saí do táxi.

Ajeitei meu vestido e ele parou do meu lado e pegou minha mão, balancei minha mão para que ele a soltasse, porém ele apertou mais forte e me olhou com um sorriso malicioso.

- Acho melhor você se comportar, delícia. – Argh! Sentia ainda mais nojo dele quando ele se referia a mim dessa forma.

Atravessamos a rua e logo ele deu o seu nome na entrada para um dos seguranças e este abriu o portão permitindo nossa entrada na festa.

- O que estamos fazendo aqui? – perguntei assim que constatei que o lugar era luxuoso demais para um traficante.

- Novos clientes. – piscou para mim. – E também rever alguns velhos e bons. – sorriu. Eu virei o rosto.

Observei que todos ali estavam muito bem vestidos, todos tinham dinheiro, isso era notável, pois os presentes pareciam ter saído de alguma revista de celebridades ou da coluna social de algum jornal importante. Na sua grande maioria, eram jovens que aparentavam ter entre dezessete e vinte e poucos anos.

Não demorou muito e um rapaz loiro, de olhos castanhos, aproximou-se de nós.

- Que bom que veio! – disse apertando a mão do Eduardo e depois olhou em minha direção me analisando dos pés a cabeça e quando seus olhos focalizaram o meu rosto sorriu maliciosamente. – É realmente linda a sua esposa.

- Sim, linda, gostosa e minha. – disse me puxando pela cintura colando nossos corpos. O rapaz sorriu divertido e assentiu. Será que todos os convidados daquela festa eram tão nojentos como este?

Os dois ficaram conversando durante um tempo. Sinceramente não prestei atenção em uma única palavra que eles trocaram depois do comentário que o Eduardo fez sobre mim. Analisei mais atentamente as pessoas e notei que muitos olhavam para nós. E me perguntei internamente quantas das mulheres presentes ali haviam ido pra cama com o monstro ao meu lado? Muitas, eu aposto. Pude notar alguns olhares de cobiça de alguns homens em minha direção. Também pudera com aquela roupa eu mais parecia uma prostituta de luxo do que esposa ou namorada de alguém.

- Onde fica o toalete? – perguntei ao loiro, que acabei descobrindo ser o dono da festa.

- Entrando pela porta, passando pelo corredor é a primeira porta à esquerda.

Agradeci, e fiz um suave movimento tentando me soltar dos braços do meu algoz, porém ele não me soltou.

- Eu preciso mesmo ir. – murmurei.

- Não me faça ir atrás de você. – ele respondeu me dando um selinho e depois sorrindo perversamente. Assenti e saí dali.

Localizei facilmente o banheiro, até chegar ao local alguns garotos tentaram me parar, alguns dizendo alguma “gracinha”, outros tentaram me puxar pela mão ou pelo braço. Esquivei-me com certa dificuldade deles. Quando estava saindo do local sinto uma mão forte me puxando pelo braço. Puxei meu braço de volta com força e a voz que eu ouvi, me fez congelar.

- O que você está fazendo aqui?

Não precisava me virar para saber quem era, mas fiz apenas para olhar para aquele rosto que me passava um pouco de paz.

- Meu marido...

- Aquele monstro, você quis dizer... – disse em voz alta obrigando-me a tapar sua boca com as minhas mãos.

- Fale baixo. – murmurei, ele concordou com a cabeça retirando minhas mãos. Ele me analisou dos pés a cabeça. – Você está linda! – acariciou meu rosto. Afastei suas mãos dali e ele me olhou confuso.

- Você é louco? Sério, só pode! – olhei para os lados e vi que, estranhamente, estávamos sozinhos no curto corredor. - Primeiro: ele já sabe quem você é e da sua intenção em me ajudar, se ele nos pega aqui conversando ou se quer próximos, ele te mata. – ele bufou irritado. – Você não tem noção da gravidade e do quanto são sérias as ameaças dele, não é? – ele me olhou sério e quando ele ia falar algo completei: - E outra, linda? Pelo amor de Deus! Eu pareço uma vagabunda com essa roupa. – Ele negou com a cabeça e de repente percebi que ele estava bêbado. Não totalmente alcoolizado, mas o cheiro de álcool já podia ser sentido.

- Vamos fugir, agora!

- Você bebeu, mesmo. – disse me virando, ele me segurou pelo braço novamente.

- Sim, realmente eu bebi um pouco. Porém tenho plena consciência das minhas ações e das minhas palavras.

- Gabriel? – chamou uma garota loira muito bonita que se aproximou de nós. Abraçou-o por trás. Olhei para seus braços em volta da cintura dele e ele me olhava um pouco surpreso. – Quem é ela? – ela perguntou.

Ele retirou delicadamente os braços da garota de sua cintura e virou-se para dizer algo a ela, aproveitei a deixa e saí dali, quando cheguei ao gramado percebi que Eduardo olhava para todos os lados impaciente e irritado. Assim que me viu parou e ficou apenas me olhando em seus olhos era possível ver a raiva que ele sentia pela minha demora.

- Você demorou. – ele disse assim que parei ao seu lado.\t\t

- Tinha fila. – menti dando de ombros e ele não pareceu acreditar nisso.

[...]

Depois dele conversar com praticamente metade da festa, para alguns ele entregou alguns pacotes muito pequenos, certamente contendo alguma droga. Nós estávamos encostados em uma parede próxima ao bar improvisado da festa. Em uma de suas mãos havia uma garrafa pequena de cerveja enquanto a outra me segurava possessivamente pela cintura, pressionando minhas costas contra o seu peito. Sua boca distribuía beijos por meu pescoço, enquanto alguns convidados ainda nos observavam. Outros dançavam. Estes, em sua maioria, estavam bêbados, e outra parcela, que estava no grande salão, bebia e conversava.

- Se eu não fizesse questão da exclusividade sobre o seu corpo, poderia ganhar um bom dinheiro oferecendo o que você faz de melhor, princesa. – fiquei incrédula ao escutar o que ele acabara de sussurrar ao meu ouvido. Ele cogitou a hipótese de me transformar em uma prostituta? Virei meu rosto em direção ao seu e ele sorriu apertando mais meu corpo contra o dele fazendo com que eu senti-se sua ereção. – Me excita saber que estou com a mulher mais desejada da festa. – dizendo isso me beijou nos lábios. Quando ele tentou aprofundar o beijo eu não deixei. Ele forçou novamente a passagem e acabei cedendo.

A cerveja que ele segurava, ele acabou deixando em algum lugar. Suas mãos percorreram o meu corpo, tentei impedir e quando eu menos esperava, ele diminuiu a intensidade de seus toques.

- O primeiro para quem eu ofereceria os seus serviços seria pro seu "anjo da guarda" que não para de olhar pra nós. – ele sussurrou e puxou meu quadril contra o seu. Escondi meu rosto na curvatura de seu pescoço, estava envergonhada demais, por saber que o Gabriel observava todo aquele exibicionismo que o Eduardo fazia me usando para tal. – Sabe, fico me perguntando qual teria sido a reação do moleque quando te viu assim, vestida desse jeito?

Finalmente havia compreendido o que ele queria naquela festa, não era vender drogas nem se encontrar com seus clientes ou fazer novos consumidores e sim me humilhar na frente do Gabriel. Mostrar que ele era meu dono, que eu pertencia a ele e ele nada poderia fazer para me ajudar.

- Você sabia que ele estaria aqui, não é? – disse tentando empurrá-lo, mas ele por ser bem mais forte que eu, continuou me segurando, comecei a me debater e por um instante olhei para trás. O meu anjo conversava com um grupo de garotos, mas não parecia prestar muita atenção na conversa. Porém, logo seu rosto virou em minha direção e assim que ele viu que eu estava tentando me soltar do Eduardo veio até nós, juntamente com o homem.

- SOLTA ELA!

- Quem você pensa que é moleque?

- Alguém que ainda te colocará atrás das grades.

Eduardo começou a gargalhar.

- O mocinho que salvará a mocinha do vilão? – riu – Tá bom. Seus pais ainda lêem contos de fadas antes de você dormir, moleque? Ou você acha que a vida é um conto clichê qualquer? – voltou a gargalhar.

- Vai embora! – supliquei.

- Gabi, eu...

- Vou ficar bem, é sério.

- Mas...

- Ah, que lindo esse momento clichê de vocês! Agora você vai dizer que ama ela? – perguntou com sarcasmo. Mas logo sua expressão de divertimento, passou para de pura raiva e sua ameaça não tardou a vir: – Acredito que seja melhor você sair daqui antes que eu perca minha paciência e acabe com a sua raça. Anda...

O garoto estava sério, como jamais havia visto antes. Seu olhar passou de Eduardo para mim, e assim que ele me olhou eu murmurei mais uma vez “Vá embora, por favor!”, uma lágrima teimou em sair dos meus olhos, minha expressão, acredito que demonstrava o quanto eu estava desesperada com aquela situação. Pois após fuzilar com os olhos, mais uma vez, o monstro que me segurava, ele virou-se e saiu.

- Covarde! Você não sabe o quanto eu gostaria de ter quebrado cada osso do corpo dele. Iria ser divertido. – riu, me virando contra a parede e beijando o meu pescoço.

Foi quando eu vi o meu anjo voltando. Sua expressão era de puro ódio e a garrafa quebrada que ele trazia em suas mãos, me fez tremer, eu apenas movi meus lábios em um não silencioso...

Continua...


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Não?

Quero agradecer a Juh_banana, linda, por estar me ajudando com a fiC, Minha beta. Obrigada flor!

Na verdade, eu tenho que agradecer a cada uma de vocês tbm. Obrigada!

Bom, responderei a todos os reviews, finalmente! =D

Beijo ;*
Naathy



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