Abalando Hogwarts escrita por LiaFlores


Capítulo 2
Novos Amigos e Velhos Inimigos




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          A chuva caia do lado de fora, uma garota de aparentemente 16 anos observava as pequenas gotas caírem no vidro da janela e escorregarem até sumirem de vista. Lily Evans é uma bruxa e estudava na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, esse ano começaria seu sexto e penúltimo ano, tinha olhos amendoados de um verde brilhante que combinavam perfeitamente com seus longos cabelos liso acaju, ou ruivo. É doce, mas se irrita facilmente por causa dos Marotos, uma das garotas mais inteligentes de Hogwarts. Nascida trouxa, tem uma irmã mais velha, esta sendo trouxa e má, seu pai é dono de uma pequena pizzaria no bairro onde moram e sua mãe é médica num hospital em Londres.

          Lils, como é chamada pelos amigos, havia acabado de ler a coluna de fofocas do Hognew e ficara impressionada.

          James Potter, um dos garotos mais bonitos da escola e participante de um dos grupos mais populares de Hogwarts, os Marotos, estava namorando com Raquel Lirey, líder do outro grupo mais popular da escola e considerada uma das mais bonitas do colégio. Estava nas férias de Verão, voltara para casa havia umas três semanas, todo o tempo chovendo. Aquela chuva poderia demonstrar como Lily se sentia por dentro graças ao namoro de James Potter. Aquilo não saia de sua cabeça, e isso a deixava louca. “Você sabia que um dia ele ia se cansar. Estava louca para que esse dia chegasse. O que deu em você, hem, Lily Evans?” dizia uma voz irritante, muito parecida com a de Luisa, na mente de Lily. “Eu não acredito, ai... Eu estou mesmo apaixonada pelo Potter, logo agora que ele desistiu e esta namorando.” Pensou a garota melancólica.

        Ao terminar esse pensamento, Lily escreveu uma mensagem para Luisa, contando que havia descoberto que estava realmente gostando do Potter, e começou a pensar em uma solução. Iria conquistar James Potter, custasse o que quer que fosse. 

- Esse ano vai ser bem diferente... – Lily falou para o nada, indo deitar-se na cama.

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          O resto das férias passou calmamente, sem nenhuma outra novidade. Lily ainda tentava se acostumar com sua recente descoberta, e as mensagens de “Eu te avisei” ou “Eu estava com razão”, enviadas por Luisa não ajudavam em nada. Lily também havia recebido uma carta de Hogwarts com o N.O.M.s, tirara 11 e havia sido nomeada monitora da Grifinória.

           Achava ironia do destino que a descoberta de estar apaixonada por James foi na mesma época da confirmação do namoro deste com a sua ex-melhor amiga, atual pior inimiga.]

           “Isso vai ser hilário” pensou Lily irônica, já esperando confusão.

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       Observava a parede de pedra atentamente, preocupada. Estava com medo das mudanças que essa nova descoberta e a noticia do namoro iriam causar em sua vida, medo do seu ano em Hogwarts. “Vamos lá Lily, afinal você é uma Grifinória. Tenha coragem, garota!!!” com esse pensamento e um suspiro, Lily correu em direção da parede e atravessou, chegando ao outro lado, na plataforma nove e três quartos.

       Sem nem ter tempo de respirar, a ruiva foi envolvida por dois braços e quase sufocada por sua melhor amiga, Luisa Engues.

       Luisa Engues é uma garota, extrovertida e amiga de Lily desde que nasceu. Tem os cabelo liso castanho-escuro com mexas roxas e olhos da mesma castanhos. É bem feminista e escandalosa, mas, às vezes, escuta seu lado maroto. Sua mãe é bruxa, trabalha como jornalista para uma revista trouxa, e seu pai é militar e trouxa, morava desde que nasceu na mesma rua que Lily e por isso as duas são melhores amigas dede pequenas. Ao descobrir que Lily também era bruxa, Luisa ficou tão animada que planejou tudo que elas iriam fazer em Hogwarts e praticamente todo dia se encontravam em uma das casas para conversarem, mas com doze anos Luisa se mudou por causa do novo emprego de seu pai, que foi transferido de batalhão. A amizade das duas nunca mudou, mesmo com a distância.

       Luisa soltou Lily e as duas logo foram entrar no trem, procuraram um vagão vazio para viajarem e arrumaram seus malões no compartimento do vagão, sentando-se logo em seguida. Lily sentou-se próxima a janela e começou a observar a paisagem lá fora, Luisa se sentou no outro banco, de frente para a amiga e ficou esperando que a outra falasse algo.

- É verdade o que você me disse por e-mail?  - perguntou Luisa, ao perceber que Lily não iria falar nada.

       A ruiva limitou-se apenas a balançar sua cabeça, confirmando.

- Ai! Não acredito que você finalmente percebeu! – exclamou Luisa, super alegre, ao mesmo tempo em que o trem começou a andar.

- É e infelizmente tarde demais. – concordou Lily com um suspiro.

- Não tema, pois Luisa resolve seu problema. – Luisa fez uma mini-dançinha ridícula antes de continuar. – Eu andei pensando sobre o caso e achei várias soluções...

- E lá vamos nós. – comentou Lily sendo ignorada pela amiga

- Nós poderíamos jogá-la num poço bem fundo e trancá-la lá dentro, ou jogar um balde de tinta grudenta, uma que não saia, nela para que a Raquel tenha que voltar para casa e você conquistá-lo nesse tempo. – começou Luisa com suas idéias malucas. – Também poderíamos usar um feitiço que a deixasse muito feia, assim o James terminaria com ela e você ia consolá-lo...

- Lu, é sério. – interrompeu Lily.

- Ta, vamos para o básico. Você diz tudo o que sente enquanto a Raquel estiver na enfermaria por algo, como envenenamento. – disse a morena como se comentasse sobre o tempo.

- Luisa!!! – bronqueou Lily.

- Brincadeirinha. – falou Luisa com um sorriso maroto.

Lily sorriu de leve para a amiga, aquele seria um ano e tanto.

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    Raquel Lirey é uma garota de 15 anos, com cabelo preto, cortado em camadas, liso em cima ondulando nas pontas e olhos azuis. Como eu havia dito anteriormente, ela é considerada uma das garotas mais bonitas de seu colégio, é doce e alegre, é amiga dos marotos desde os cinco anos, por causa de sua família, que é sangue-puro. Mora com os avós, donos das maiores empresas do mundo bruxo e algumas trouxas, pois seus pais morreram quando  garota era pequena. Existem vários boatos na escola sobre o que teria acontecido com os pais da garota, mas poucas pessoas sabem o que realmente aconteceu. Tem duas melhores amigas inseparáveis, Lira Teries e Victoria Gimes, as três são sempre vistas andando juntas.

        A primeira, Lira, é uma garota chinesa, possuí olhos negros bem escuros e cabelos muito lisos da mesma cor. Nasceu na China, mas seus pais e ela haviam se mudado para a Inglaterra quando a garota tinha apenas 9 anos, seu pai era dono de uma loja de roupas no centro de Londres e sua mão ajudava na administração. Logo que entrou em Hogwarts virou amiga de Victoria. Sua mãe é trouxa e seu pai um aborto, foi uma maravilhosa surpresa ao descobrirem que sua filha era bruxa esta sendo um pouco mais baixa que as outras.

      Victoria Gimes é considerada o bebê do grupo, por ser a mais meiga entre todas, tem cabelos loiros quase castanhos ondulados e olhos castanho-claros. Tem uma irmã no segundo ano e seus pais são bruxos e separados há dois anos, mora com a mãe, que é arquiteta e visita o pai, que é engenheiro, nos feriados. Tornou-se amiga de Lira no primeiro ano e junto com esta, no terceiro ano, tornou-se amiga de Raquel. Formando o grupo mais popular da escola.

         Mas deixando as notórias explicações de lado e continuando a história... As três garotas apresentadas acima andavam pelo corredor, procurando por uma cabine onde poderiam passar a viagem. Já que todas as cabines estavam lotadas, como era de se esperar, afinal, todos queriam conversar e principalmente fofocar sobre as novidades desse ano.

           Haviam chegado quase no final do trem quando viram uma cabine com somente duas pessoas, estas em questão estavam tão avoadas, que somente viram as pessoas paradas na porta da cabine quando uma delas pigarreou, chamando a atenção.

- Será que poderíamos nos sentar aqui? – perguntou Lira displicente. – As outras cabines estão lotadas.

- Ta bem... – concordou Lily agindo estranhamente.

         As três (Lira, Victoria e Raquel) se sentaram. Raquel sentou-se entre Lily e Victoria, Lira sentou-se ao lado de Luisa. Após esse acontecimento nada importante, a cabine caiu em um silêncio constrangedor. Havia se passado muito tempo desde que as cinco haviam ficado sozinhas em uma cabine, ressentimentos passados e acontecimentos recentes atormentavam todas as garotas, tornando o ambiente da cabine muito tenso.

        Lily pensara em tantas formas de acabar com o namoro de James e Raquel durante as férias, mas todos os planos foram por água abaixo ao ver a garota mais popular de toda a escola entrar com uma expressão séria e com os olhos tristes. 

- Soube do seu namoro com James. Parabéns. – Lily tentou puxar assunto.

- Brigada. – agradeceu Raquel. – Estaria surpresa se não soubesse, a vaca da Skeeter fez o favor de contar para toda Hogwarts.

- Eu sei, ela é horrível. Uma vez disse que eu pintava meu cabelo desde sete anos de idade. – concordou a ruiva.

- Aquela coisa, disse que eu era uma cientista maluca. – reclamou Lira.

- A parte da cientista é uma besteira. – comentou Victoria. – Agora, a da maluca eu não tenho nada a comentar...

- Hilário. – disse Lira com ironia, dando tapas no braço de Victoria.

 - Evans, você gosta do James? – Raquel perguntou de repente, virando-se para Lily.

- Bem... Ahm... – Lily se enrolava para responder. – Porque você quer saber isso?

- Nada não. – Raquel virou-se novamente para frente. – Só que se você gostasse dele, já seria tarde demais. Porque agora, Evans querida, o Jayjay é MEU. – completou a garota dando ênfase no meu e fazendo Lily ficar roxa de raiva.

- Evans, soube que foi nomeada Monitora da Grifinória. – comentou Lira, tentando mudar de assunto.

- Os Marotos que se cuidem. – disse Victoria risonha.

- Como você soube disso? – Luisa perguntou.

- Nada nos escapa. – respondeu Victoria.

        Um clima estranho tomou conta do ambiente, Lily e Raquel eram inimigas desde o terceiro ano. A história é longa e muito confusa ninguém sabe realmente o que aconteceu entre as duas, num dia eram melhores amigas e no outro piores inimigas, uma total confusão. Alguns dizem que Raquel acabou sua amizade com Lily por causa de James, que começou a dar em cima da ruiva, já outros dizem que Raquel tinha ciúmes de Lily por causa de Luisa. Não importa, de fato, todos acham que Raquel foi a culpada.

        Depois daquele dia no terceiro ano, Raquel e Lily nunca mais se falaram, a não ser para se xingarem. Por isso as outras três estavam estranhando a conversa que as duas garotas tiveram.

        Mas...  Voltando a história. Lira e Victoria começaram a jogar xadrez bruxo, enquanto Luisa e Lily conversavam sobre coisas banais. Raquel olhava para o nada pensativa, dede que começara a namorar o James muitas coisas estavam entre eles e várias duvidas com relação aos seus sentimentos faziam-na se sentir estranha.

         As garotas estavam tão entretidas em suas ações que nem notaram três garotos ridiculamente lindos na porta da cabine.  Eles eram Sirius, James e Remus, mais conhecidos como Os Marotos.

         Almofadinhas, vulgo Sirius Black, é a ovelha branca da família, por isso foi deserdado. Possui 16 anos, olhos azuis e cabelo castanho-claro lhe caindo nos olhos. Maroto e Grifinório convicto, mora com a família Potter desde os 15 anos. É um dos garotos mais bonitos e galinha de Hogwarts, adora aprontar com primeranistas e, principalmente, com sonserinos. Odeia a família em que nasceu, por eles serem partidários de Voldemort, tem um irmão mais novo, que odeia, de 14 anos, Regulus Black.

       Aluado, vulgo Remus Lupin, é o mais responsável dos Marotos. Tem 16 anos, os olhos cor de mel e o cabelo castanho bem clarinho. É doce e inteligente, conquistou um lugar como um dos mais bonitos de Hogwarts e o mais romântico. Infelizmente, Greyback, um lobisomem que é Comensal da Morte, mordeu o garoto quando este ainda era pequeno, assim toda noite de lua cheia, Remus se transforma em uma criatura. Esse “probleminha peludo”, como diz James, não permiti que o garoto se relacionasse com ninguém ou tenha uma vida normal, tornando-o infeliz. Sua mãe era psicóloga, mas ficou louca ao descobrir que seu filho tinha licantropia e morreu dois anos depois de ser internada no sanatório. Desde então, o maroto mora com o seu pai, que é técnico de manutenção de plataformas de petróleo, e por isso não fica muito tempo em casa, rejeitando o filho. Descobriu a amizade verdadeira com Sirius e James, que o ajudam em tudo que podem.

      Pontas, vulgo James Potter, namora Raquel Lirey. Possui 16 anos, cabelo preto despenteado e olhos castanho-esverdeados. Apronta bastante junto de Sirius e é galinha. Até esse ano dizia ser totalmente apaixonado por Lily Evans e vivia chamando a garota para sair, mas sempre recebia um não e procurava outra garota para passar a noite. Um dos garotos mais bonitos de Hogwarts, é muito inteligente e esta sempre sorrindo. É filho único, pois sua mãe possuía problemas para engravidar e somente pode ter filhos já numa idade muito avançada. Sua mãe e seu pai são bruxos, trabalham como Inomináveis. A família Potter é muito respeitada e conhecida família sangue-puro, possui muito dinheiro vindo dos antepassados.

        - Nossa! – exclamou Sirius impressionado. - Lily Evans e Raquel Lirey no mesmo lugar e sem brigar? Vou ligar para a minha mãe, pois o mundo acaba hoje.

- Por que não foi para a minha cabine? – perguntou James a Raquel, dando um selinho na garota sentando-se do seu lado, entre a garota e Lily.

- Não achamos vocês.

- Estávamos procurando os alunos novos. – explicou Sirius esparramando-se no banco do lado de Luisa.

- Olha a falta de educação, Black! – exclamou a lufa-lufa.

- E os acharam? – perguntou Victoria curiosa.

- Não. – respondeu Remus, sentando-se ao lado de Lira. – Procuramos em todo o trem, cabine por cabine, e nenhum sinal.

- Estranho. – comentou Lira. – Como será que eles são?

- Eu ouvi disser que eles sempre estudaram em casa e tem um grande poder. – fofocou Lily.

- E que são lindos. – completou Luisa.

- Então, eles devem ser iguais as pessoas dessa cabine. – resumiu Raquel. – Poderosos e magníficos.

       Quem passasse por ali acharia estranho, pessoas totalmente diferentes e consideradas inimigas, conversando e rindo como se fossem velhos amigos. Mas, quem realmente se importa?

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       A viagem passava normalmente, entre conversas e risadas. Muitas pessoas estranharam o acontecimento, mas resolveram não comentar nada.

- Onde esta o Peter? – perguntou Lira de repente.

- E é? – Sirius franziu as sobrancelhas em dúvida. – Acho que o perdemos enquanto procurávamos os alunos novos.

- Como vocês perdem uma pessoa? – perguntou Lily decrescente.

 - É sempre assim, Lírio! – disse James distraído, causando várias reações.

       Remus tampou os ouvidos com as mãos, Victoria se encolheu, Lira arregalou os olhos, Luisa fechou os olhos fortemente encostando-se no banco e Sirius olhava de James para Lily e depois para Raquel, que mordia o lábio inferior. Mas ninguém fez nada, Lily não berrou e James não moveu nenhum músculo.

       A cabine ficou desse mesmo jeito até que a moça do carrinho de doces parou na porta do compartimento e perguntou.

- Alguém vai querer alguma coisa?

- Quatro caixas de feijõezinhos de todos os sabores, vinte sapos de chocolate e mais dez coisas de tudo que você tiver. – respondeu Raquel, com os olhinhos azuis brilhando e levantando do banco em um pulo para pagar a compra.

- TUDO ISSO!? – gritou/perguntou Luisa.

- Como é que você não engorda? – questionou Lily.

- Essa daí pode comer um elefante por dia que não engorda. – comentou Victoria. – Oh sangue ruim!

- Pelo menos eu posso comer tudo sem engordar. – rebateu Raquel, dando língua para a amiga. – E, além disso, não é só para mim. Esqueceu que o Sirius também esta nessa cabine?

- Ei! – exclamou o maroto em questão.

 

       Tudo mundo da cabine riu, deixando o clima mais leve. Raquel parecia nem estar ligando para o fato de James ter chamado Lily de Lírio. Todos voltaram a conversar normalmente e comiam as guloseimas compradas pela Raquel. E assim passou-se o resto da viagem...

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       O expresso de Hogwarts havia parado há tempos na estação de Hogsmead, os últimos alunos estavam descendo do trem, enquanto os alunos do primeiro ano já estavam quase chegando a Hogwarts e todos do segundo ano já tinham pegado as carruagens e iam em direção ao castelo. As oito pessoinhas, que formavam um grupo bem estranho, foram as últimas pessoas a descerem do trem e iam conversando tranquilamente na direção das carruagens.

- Mas blusa verde berrante de manguinha é muito brega, parece... – A frase de Raquel ficou no ar. A garota olhava atentamente para um ponto alem da floresta próxima da estação, os olhos estreitos a procura de algo.

- Raquel! – chamou Victoria, estranhando a atitude da amiga. – Ta viva?

- Infelizmente. –comentou Lily monotamente.

- Animador! – comentou Luisa com ironia.

-Acho que vi algo na floresta! – comentou Raquel alienada.

- Deve ser só impressão. – disse James continuando a andar. – Vamos!

        Todos, menos Raquel, recomeçaram a andar. Só havia agora alunos do sétimo e do sexto ano na estação, todos embarcando nas carruagens, mas Raquel continuava a olhar para um ponto na floresta. Aquilo a intrigava tinha quase completa certeza de ter visto algo. Estava prestes a esquecer o acontecimento, quando percebeu o que realmente tinha visto.

- Com... Comensais! – exclamou Raquel quase gritando e com os olhos arregalados.

As pessoas que estavam por perto mal tiveram tempo de associar a frase quando Comensais da Morte chegaram por todo lugar aparatando, lançavam feitiços e riam ao verem os alunos sendo atingidos. Eram mais do que cinqüenta, todos usando mascaras. Os maiores, que pareciam ser mais velhos, usavam uma máscara dourada como a capa, já os mais novos usavam uma máscara prateada. Duas carruagens saíram em disparada, levando alguns alunos do sexto ano.

- Celeríferes*. –pronunciou um comensal dourado, fazendo uma das carruagens, a que estava na frente, perder as rodar e derrapar.

         Consequentemente, a carruagem que vinha atrás se chocou causando um tremendo acidente. Comensais se dirigiam para local do acidente lançando vários feitiços. Enquanto isso, os alunos do sétimo e do sexto ano duelavam contra os comensais.

          Lily atirava quase todos os feitiços que conhecia, tentando acertar o máximo de comensais, já havia conseguido aprisionar dois com o feitiço Chordas* e o Rictusempra quando um feitiço atordoante a atingiu. Lily começou a girar em círculos e por centímetros não foi atingida por mais dois feitiços, James, que acabara de aprisionar um comensal, afastou-se dos outros e foi ajudar Lily, que recobrara a consciência e voltara a lutar. Sirius e Remus duelavam contra três comensais cada um.

- Cardius*. - pronunciou Sirius fazendo um de seus adversários desmaiar e ser aprisionado logo em seguida.

- Parece que o garotinho sabe brincar! – comentou um dos comensais, lançando em seguida um Fertuo*, que por acidente atingiu o outro comensal que duelava com Remus, sendo desacordado por este.

       O comensal que duelava com Sirius se distraiu por um segundo e pagou bem caro por isso. Sirius lançou um Estupefaça, jogando a vitima desacordada para longe.

- Pena que você nunca aprendeu a “jogar” de verdade. – sussurrou Sirius para o cara desacordado.

         Após a eliminação de um de seus oponentes, Remus usou um Everte Statum lançando outro oponente para longe, deixando-o desacordado ao cair no chão. Já o terceiro foi mais dificíl de se livrar, duelou durante um bom tempo com o comensal antes de finalmente vence-lo com um Furnunculus e um Estuperfaça.

        Luisa, Lira e Victoria lutavam juntas, usando feitiços protetores e atacando de vez em quando. Conseguiram aprisionar cinco comensais e por pouco Lira não ficou desacordada.

         Por sorte aurores começaram a aparatar na estação naquele momento, junto dos professores e de Dumbledore. As marcas dos comensais brilharam e de um em um todos foram sumindo, deixando a desgraça e as mortes para trás.

        Raquel estava na floresta, tinha acabado de aprisionar um comensal prateado e outro dourado. Correra para aquele local atrás desses dois comensais fugitivos e depois de alguns minutos e muitos machucados, finalmente prendera os dois. Estava começando a voltar para a estação, quando um vento frio e um cheiro de jasmim a fizeram parar. A garota ficou muito pálida e gelada, estava com muito medo, reconhecia aquele cheiro e isso a deixava desesperada.

- Ora, vejamos o que temos aqui. – disse uma voz rouca e grave de homem, vindo detrás da garota. – Quanto tempo que não nos vemos. Senti saudades, anjinho.

       Agora ela tinha certeza, ele estava ali.

- Sabe, - continuou o homem. – não gosto de te ver assim, tão tensa.

       Com um movimento bem rapido, ele a puxou pelo pulso, virando-a em sua direção. O homem em questão não parecia ter mais do que vinte e sete anos, era branco como a neve, seus cabelos negros como a noite sem luar lhe caiam no rosto tampando parcialmente os olhos vermelhos de sangue. Usava uma roupa verde escuro, com uma camisa de corte V que caia ao longo do corpo desenhado e musculoso.

- Me solta seu verme! – berrou Raquel, tentando soltar seu pulso.

- Hahaha. – ele riu ironicamente, mostrando seus grandes caninos de vampiro. – Pensava que sua linda mamãezinha tivesse lhe dado pelo menos um pouco de educação.

- O pouco que ela me deu, eu nunca vou usar com você, Cabayba.*

- Veremos. – disse ele agarrando a garota pela cintura.

- Ahhhhhh... – Raquel tentou berrar, mas foi calada por um beijo de Cabayba.

         O homem agarrou a cabeça de Raquel e a precionou contra a sua, obrigando a garota  a abrir sua boca. A lingua dele invadiu selvagemente a boca da garota, machucando-a, e a outra mão deslizava nas costas dela, precionando-a de vez enquando contra seu corpo. Raquel tentava sair do aperto, dando socos e chutes, mas o homem era bem mais forte que ela e todas as suas tentativas fracassavam.

          Quando a mão de Cabayba achou uma abertura na blusa de Raquel e começou a acariciar a pele da garota, uma luz muito forte vinda de um ponto ali próximo atingiu o homem em cheio, o atirando para longe e livrando a morena.

         Um leão estava encarando o vampiro, no chão, os olhos prateados do animal pareciam faiscar. Era lindo, a pele de um loiro quase dourado e a juba gigante de um vermelho vivo eram encantadoras, as patas do animal pareciam ter desenhos de chamas em prateado e o leão emitia uma brilhante luz, iluminando a floresta. Uma criatura maravilhosa e inacreditável.

         Cabayba ainda estava no chão, gemendo de dor e ofegando. O leão ia se aproximando, feitiços saiam de sua pele e atingiam o homem, o torturando. Os berros podiam ser ouvidos de longes e a dor era alucinante, pior até que milhares de cruciatos. Raquel olhava para a cena e não sentia pena do que estava acontecendo, pelo contrário, achava bem justo.

         Por mim e talvez por alguns de vocês, Cabayba teria morrido ali. Mas não foi isso que aconteceu. Uma luz forte começou a brilhar no pulso do vampiro, e no mesmo instante os ataques cessaram. O leão recuou e Cabayba evaporou no ar, desaparatando.

         Raquel olhava a cena confusa, porque o leão deixou Cabayba escapar? A garota não entendia.

- Ei! – Raquel chamou o leão. – Quem é você?

O leão apenas rugiu fortemente e correu para dentro da floresta, deixando a garota sozinha.

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         Os aurores ainda estavam prendendo os comensais capturados quando Raquel voltou a estação. Dumbledore e Alastor Moody conversavam em um canto mais afastado, seriamente. Muitos corpos de adolescentes jaziam mortos no chão, rostos conhecidos e alguns outros familiares, faziam uma sensação de tristeza e ódio tomar conta da garota.

          Passando seus olhos entre os sobreviventes, Raquel avistou suas amigas e os Marotos, acompanhados de Lily e Luisa. Sirius e Remus conversavam com  Lira, Victoria e Luisa, enquanto James abraçava Lily, que chorava. Um alivio tomou conta de Raquel, seus amigos estavam salvos. A garota começou a se aproximar do grupo, que estava tão entretido que ninguém percebeu sua chegada.

- Quantos morreram? – Raquel questionou diretamente.

- Você esta bem? – perguntou James, soltando Lily e se aproximando.

- Se machucou? – interrogou Sirius, enquanto James abraçava Raquel e beijava a garota na testa.

- Porque sua blusa esta aberta? – Luisa perguntou.

- Primeiro: Sim, James, eu estou bem. – Raquel começou a responder. – Segundo: Não, eu não me machuquei seriamente e Terceiro: Não te interessa.

- Estava se agarrando com algum garoto enquanto agente lutava? – Lily implicou com a morena.

- Não sou igual a você, queridinha.  – retrucou Raquel. – Digamos que eu... encontrei um velho amigo.

- Cabayba?! – perguntou James mesmo que soubesse a resposta.

- Foi. – ela confirmou.

- Como ele te encontrou? – questionou Victoria, sendo completamente ignorada por todos.

- Preciso falar com Dumbledore amanhã, e queria que vocês estivessem presentes. – disse Raquel. – Lira, avisa aos aurores que tem dois comensais na floresta.

- Pode deixar. – falou a chinesinha indo em direção de Alastor.

- Quantos morreram? – novamente a pergunta foi feita por Raquel.

- Aproximadamente vinte alunos e três comensais. – respondeu Remus.

- Isso tem que acabar. – comentou a  garota.

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        Os aurores tinham controlado a situação e, depois de serem examinados pelos médicos e trocarem de roupa, os alunos que estavam bem foram mandados para Hogwarts. A viagem foi feita em silêncio, num clima melancólico, ninguém sabia o que dizer ou o que fazer. Todo mundo pensava no ataque e principalmente nas mortes. A guerra e Voldemort não eram mais um pesadelo distante, mas sim uma difícil realidade. Tudo iria mudar a partir de agora.

          Mas as péssimas sensações mudaram quando a carruagem chegou ao castelo, uma sensação de felicidade e familiaridade dominou todos, mesmo depois dos acontecimentos de Hogsmead. Era bom estar em casa, novamente.

          A Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts era linda e imponente, gigante, as altas torres pareciam alcançar o céu de tão altas. O castelo reluzia ao esplendor, encantando até aqueles que já o tinham visto milhares de vezes. Uma paz avassaladora tomava conta de todos. Era uma coisa única.

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        O clima já tinha voltado quase ao normal quando o grupo entrou no castelo. Todos os outros alunos já sentados olhavam curiosos, mas eram ignorados. O salão principal continuava encantador, Luisa se despediu do resto e foi se sentar-se à mesa da Lufa-Lufa. O resto do povinho sentou-se bem na frente da mesa da Grifinória.

         A seleção dos alunos aconteceu como sempre. Pequenas crianças entraram no salão impressionadas com tudo, principalmente com o teto. (N/A: Não sei por quê.) Eram selecionadas para suas casas e recebidas por calorosos aplausos. Mas na verdade todos queriam que a seleção acabasse logo para servirem o banquete, por isso foi uma grande e estranha (N/A: Notaram como as coisas tão estranhas. Estranho...) surpresa quando o diretor pediu a atenção de todos.

- Alunos, sejam bem vindos a Hogwarts! – Dumbledore começou dizendo. – Bem... Queria dar os avisos de sempre como: A Floresta Negra é proibida, então não entrem lá; Os objetos proibidos estão em uma lista na porta da sala do Filch, esses objetos não podem ser usados, mesmo que alguns de vocês pensem ao contrário. – Dumbledore disse olhando para os Marotos, que agiam como se não fosse com eles.

“Muitos de vocês, ou todos, tenho certeza que já sabem sobre os novos alunos... Mas mesmo assim, vou explicar. Este ano o sexto ano terá o prazer de receber mais dois novos alunos, Marcelle Derpy e Bernard Riddle. Eles nunca estudaram em uma escola de magia antes, mas tenho certeza de que eles vão se dar bem com a matéria. Espero que os recebam bem!”

       Assim que Dumbledore acabou o discurso, McGonagall abriu um pergaminho e anunciou:

- Marcelle Derpy.

       As portas do salão abriram fazendo todos olharem para a entrada. Uma garota de uns 16 anos com cabelos castanho-escuros encaracolados e olhos da mesma cor que o cabelo, entrara no salão. A cada passo que dava a garota corava mais, os olhos pretos observavam tudo atentamente.

- Hum...Eu pegaria! – exclamou James, recebendo uma livrada na cabeça de Raquel. – Au!!

- Da próxima, eu uso Hogwarts: Uma História. – disse Raquel com uma expressão mortífera.

-Precisa não, mas se tiver um folheto de duas paginas sobre as aulas, ai pode bater. - James disse dando um sorrisinho amarelo para Raquel, que lhe deu a língua e um tapa no braço.

- Ei, Raquel! – disse Lira chamando a atenção da amiga. –Ela poderia virar nossa amiga. Até que é bonitinha!  

 

- E se for inteligente eu posso enganá-la para fazer minha lição de casa. – acrescentou Victoria.

 

- Nossa que horror garota! - Sirius exclamou - E isso, você não vai conseguir. Ela vai estar

ocupada demais comigo! - ele fez sinal para si, levando um tapa de James.

 

- EI! Como assim com você? - James disse levando uma 2ª livrada de Raquel - AI! Isso dói!

 

- É pra deixar de ser cafajeste; no momento você é MEU! - Raquel disse com olhos vermelhos de raiva.

       

         Deixando a discussão de lado... Marcelle sentou-se no banquinho ao mesmo tempo em que um silêncio constrangedor tomou conta do salão, que pouco tempo depois foi quebrado pelo chapéu, que anunciou.

 

- Grifinória!

 

          A garota se levantou, indo em direção da mesa da casa em questão, mas o silêncio continuava. Todos a olhavam estranhamente e de boca aberta, quando de repente... Aplausos e assovios são escutados e a Grifinória esta em comemoração. A garota se aproximou de Raquel e perguntou.

- Posso me sentar aqui?

Raquel não respondeu e ficou mordendo o lábio inferior pensativa, todo Hogwarts olhava para a situação esperando, queriam saber se a garota nova iria ser aceita ou ignorada.

- Claro! – finalmente Raquel respondeu, sorrindo de leve.

     Marcelle sorriu levemente e sentou-se entre Raquel e Lira.

     Após Marcelle sentar-se na mesa, McGonagall anuncia novamente.

- Bernard Riddle.

      As portas do salão se abrem novamente, fazendo todas as garotas suspirarem diante do garoto na entrada.


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Notas finais do capítulo

----------------------------------------------------------N/A--------------------------------------------------------------
Cardius. – feitiço que afeta o coração, o fazendo diminuir as contrações e desacelerar o ritmo, fazendo a pessoa ficar bem cansada e sem energia. Obs.: O efeito ocorre rapidamente e é acompanhado de cordas mágicas para prender o alvo.
Celeríferes. – faz o alvo desaparecer, ou seja, vaporiza o objeto. Obs.: Não pode ser usado em pessoas.
Chordas. – faz correntes saírem das varinhas e aprisionar uma pessoa magicamente.
Fertuo. – aprisiona a pessoa em uma jaula.
Cabayba. – Vespa ruim, venenosa.

N/A: Postei!!! Minha fic James e Lily.
Demorei uma semana para escrever essa fic, mas acho que o resultado foi bom, o primeiro capitulo foi meio que uma explicação, então a história vai melhorar conforme o tempo.
Muitos obrigadas as minhas amigas Luisa, Lira, Marcelle e Victoria que estão me ajudando a escrever a fic. Por isso essa fic é em homenagem a ela. Adoro vocês!!!
Espero que gostem!!
E REVIEW!!!!!!!!



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