Apostas, Amores e Blábláblá escrita por Nathália


Capítulo 22
Formatura


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem, e bem, acho que este é o penúltimo capítulo. Quero terminar de postar os últimos capítulos até o final de semana.
Mais uma vez, espero que se divirtam lendo...



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P.V. Anna

Uma semana havia se passado, e o dia da formatura chego.

A colação de grau aconteceria as 18h00min e o baile as 22h30min.

Eu já havia feito planos com Jacob. Nós jantaríamos depois da colação e iríamos ao baile.

Estava ansiosa, para a chegada da noite, não pelo fato de ser minha formatura, mas pelo fato de que talvez visse Lucas depois de algum tempo.

Eu queria vê-lo, ver se estava bem, se durante as duas semanas que ele havia passado ele esteve bem.

Não, eu não iria falar com ele, mas eu podia perceber tudo isso apenas por seu olhar.

Eu queria poder ver seu sorriso, seus lindos olhos verdes mais uma vez. Afinal, nos formaríamos, cada um seguiria um caminho diferente, talvez nós nunca mais nos víssemos, ou talvez sim. Quem poderia saber?

Tinha que aproveitar as chances que tinha.

Tudo bem, eu realmente queria esquecê-lo, mesmo achando que era impossível, mas ainda o amava e não podia fazer nada contra isso.

Mesmo namorando Jacob e tendo todos os meus caprichos realizados por ele, era como se cada pedaço do meu corpo implorasse pelo Lucas, como se minha boca chamasse pela sua. E não era só isso, era mais do que desejo, era mais do que apenas corpos. Somente de olhar para seus olhos, de ver seu sorriso, somente por saber que ele estava ali, me sentia bem, completa.

Jacob podia ser o melhor namorado do mundo, o mais carinhoso, amoroso, o mais cavalheiro, mas não era ele que eu queria que naquela noite dançasse comigo no baile, a música lenta que o DJ dedicaria a todos os casais, bem n0 fim da festa, quando eu já estaria com os pés descalços e as sandálias encostadas em um canto. Quando meu par estaria com a gravata afrouxada e sem seu blazer, com o cabelo todo bagunçado.

Eu queria dançar com Lucas, e queria que mesmo cansados, um sorriso estampasse nossos rostos. Eu queria poder encostar minha cabeça em seu ombro e deixar ele me guiar, no ritmo da música.

Não precisava de muita coisa. Bastava Lucas, uma música lenta e romântica e eu.

Sonho? Sim, com toda certeza. Mas certa vez ouvi dizer que se podemos sonhar, também podemos tornar nosso sonho realidade. Quem sabe um dia, não é mesmo...

Isso não aconteceria, eu sabia. Mas não deixava de acreditar.

Eu sonhava e imaginava tudo isso sentada no jardim de casa. Ah, aquele jardim! Quantas coisas já presenciou...

Lembranças de momentos, palavras, beijos, preencheram minha mente. Eu só esperava que no próximo inverno, quando todas as folhas das árvores secassem e morressem, morressem com ela todas as minhas lembranças.

Fui tirada de meus devaneios por meu pai. Ele se sentou ao meu lado no balanço. Tomou minha mão na sua, e sorriu.

_Preocupada com o futuro?- ele perguntou.

_Em partes- respondi- eu não sei o que está para acontecer. Eu não sei o que me espera.

Eu também pensava nisso tudo. Afinal, querendo ou não, em minha mente, em meus sonhos e pensamentos eu sonhava com ele ao meu lado, me dizendo que ele estaria lá para sempre. E que jamais me deixaria.

_Mas não é só isso. É?- ele continuou.

_Não. Na verdade acho que isso é o de menos, agora.

_Você quer conversar sobre isso, querida?

Mexi a cabeça negativamente.

_Então está bem. Porque não entra para se arrumar? Já está ficando tarde.

Ele depositou um beijo em minha bochecha e saiu.

Segui seu conselho. Subi até meu quarto e logo depois fui até meu banheiro. Tomei um banho demorado, arrumei meu cabelo, fiz uma maquiagem e voltei ao um closet.

Ainda de roupão, tirei de lá um vestido que havia comprado especialmente para esta ocasião.

Era preto, com rendas e pouco acima dos joelhos.

Vesti-o e calcei uma sandália, cujo salto era um tanto alto demais.

Olhei-me no espelho e gostei do que vi. Eu estava muito bonita.

Olhei para o relógio que ficava em meu criado mudo e notei que eram 17h15min.

O local onde aconteceria a colação de grau ficava um pouco longe, então logo saímos de casa.

Encontraria-me com Jacob lá.

Chegamos por volta das 17h45min. Meus pais foram até a área dos convidados e eu caminhava até o local onde organizavam os formandos quando o vi.

Estava lindo. Vestia roupa social, ao invés de terno, usava um colete cinza, assim como sua calça.

Seu cabelo estava penteado e sua gravata verde deixava seus olhos ainda mais verdes.

Lucas também me viu. Sua expressão? Uma mistura de surpresa, constrangimento e aparente alegria.

P.V. Lucas

A sexta-feira da semana seguinte havia chego. Era dia da formatura. Eu estava ansioso, em partes, mas em outras, me sentia com medo, eu confesso.

Medo do que eu teria que enfrentar daqui para frente, medo de que a escolha que eu havia tomado tenha sido precipitada, errada.

Mas eu já a havia tomado e não tinha como voltar atrás.

Estava ansioso por vê-la. Eu sabia que ela estaria com Jacob, sei também que eu queria esquecê-la, e não tinha desistido de assim pensar. Mas nós nos formaríamos, cada um seguiria seu rumo, e talvez nós nunca mais nos víssemos.

Eu queria vê-la, mesmo que fosse pela última vez. Somente olhá-la. Ver seus olhos doces e serenos, seus lábios em um sorriso.

Eu queria ter a certeza de que ela estava bem, de que estava feliz de verdade. Eu queria sentir seu cheiro mais uma vez.

Tudo bem, ela tinha um namorado. E era bom, muito bom que este fosse bom o suficiente para ela.

Nesta noite, bastava ver que Anna estava bem. Eu não precisava falar com ela, batava poder deixá-la sem me preocupar. Sentia sua falta. Falta de cada pedaço do seu corpo, dos seus beijos, falta do seu perfume.

Mas era mais do que só isso. Eu sentia falta de ouvir sua linda voz.

Tudo o que eu queria era poder tomá-la em meus braços e embalá-la no ritmo de uma música romântica qualquer, no fim do baile, onde só restaríamos nós dois, girando e girando, no meio do salão.

Sem ninguém para nos dizer o que era certo, muito menos o que era errado. Sem ninguém para dizer o que deveríamos e não deveríamos fazer.

Sem ninguém que nos dissesse que não havíamos sido feitos um para o outro.

Afinal, isso era a mais pura mentira. Ou ao menos era o que eu queria acreditar.

Eu podia não ser perfeito para ela, mas todos não dizem que os opostos se atraem?

Bem, isso já não importava mais.

Eu iria somente à colação de grau. Não teria tempo para o baile. E eu também não fazia questão de ir já que ela não estaria comigo.

Passei o dia todo dentro de casa, assistindo TV.

Era aproximadamente 16h00min quando me dispus a tomar banho e me arrumar.

Subi até meu banheiro, despi-me, e liguei o chuveiro. Meu corpo estava frio, e a água quente, o que me proporcionou uma ótima sensação.

Saí do banheiro enrolado em uma toalha, e parei em frente ao meu guarda-roupa e de lá tirei uma calça social cinza, um colete da mesma cor, uma camisa branca e uma gravata verde.

Vesti-me, penteei o cabelo, e desci.

Saí de casa com meus pais por volta das 17h10min.

Chegamos ao local da cerimônia por volta das 17h35min.

Meus pais foram para a área dos convidados, e eu fui até o lugar onde organizavam os formandos.

Encontrei Hector lá.

_E aí, cara? Até que enfim apareceu!- ele me cumprimentou e riu.

_Pois é. Estava meio cansado.

Uma professora se aproximou e começou a nos mudar de lugar, dizendo que  a fila teria que ser por ordem alfabética, coisa e tal.

Mas antes de sair do meu lado, Hector me disse rindo:

__Cansado, ou com dor de cotovelo?

Dei uma risada cínica para ele, e este foi para seu lugar.

Virei, pois ouvi que alguém chegava. E lá estava ela.

Vestida com um vestido preto, com rendas e um pouco acima do joelho. Ela estava linda.

Parecia que quanto mais o tempo passava, mais ela ficava linda. Cada vez mais mulher, cada vez mais sexy.

Ela também me viu, com aqueles seus olhos amendoados, de mel, que me deixavam louco.

Eu estava surpreso, feliz, espantada...

Sua expressão era confusa. Talvez ansiosa. Quem saberia? Ela era um mistério.


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Notas finais do capítulo

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