I Am Yours escrita por Gabriela


Capítulo 1
Oneshot




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Aula de Poções. Professor Snape. Luna Lovegood. Trapalhada. Detenção.

Tudo acontecera tão de repente que a loira simplesmente ficara sem palavras. Não havia sido sua culpa que sua dupla colocara o ingrediente errado na poção. Mas para Snape, ela, Luna, era a culpada. Culpada por ser diferente, por ser aluada.

Não que a loira realmente ligasse para o que falavam dela. Nunca ligara.

– Procure o senhor Malfoy, será ele que lhe aplicará a detenção, Lovegood. – Snape decretara ao final da aula, dando-lhe um pedaço de pergaminho, o qual teria que entregar à Draco Malfoy. – Pode ir agora!

Aquele sonserino era sua perdição. Ele a seduzira e a largara, como fizera a muitas outras. Luna que fora boba demais em acreditar nas palavras e gestos de Malfoy. Nunca deveria ter deixado aquele sonserino beijar-lhe os lábios. Apertar-lhe o corpo delicado da loira contra o dele. Não deveria ter escutado os sussurros ditos após longas horas juntos. Nunca deveria ter acreditado naquele maldito loiro.

Seus pés moviam-se sozinhos pelos corredores, indo para qualquer lugar longe das masmorras. Porém, aquele não era seu dia de sorte. Esbarrara em Malfoy, que ia em direção ao lugar de onde Luna viera.

– Snape me pediu para te entregar isto! – Rosnara a loira.

E então caminhara para longe, sem nem ao menos esperar qualquer resposta do loiro.

Draco ficara de boca aberta, segurando o pergaminho rente ao peito, onde a loira praticamente o perfurara quando lhe entregara. Fechara a boca e respirara fundo para finalmente ler o conteúdo do pergaminho.

Lera duas vezes para ter certeza.

Àquela era sua chance. Não poderia desperdiçar.

Desta vez Luna teria que lhe escutar. Não havia como ela fugir. E Draco faria de tudo para que a loira acreditasse nele novamente. Usaria todas as suas armas contra Luna.

Minha Luna!” e foi com este pensamento que Malfoy retornara para as masmorras.

Tinha muito que arrumar para esta noite.

 

Na Sala Precisa:

– Por que a detenção tem que ser nesta sala, Malfoy? – Perguntara Luna estreitando seus olhos azuis para o sonserino.

– Snape me deu total liberdade para escolher teu castigo. – Draco dera de ombros. Seu sorriso era doce. E Luna se surpreendera com ele. – Você tem de me escutar, Luna.

– Não, Malfoy, te escutar é a pior detenção que eu posso ter! Eu prefiro ter que limpar a sala de Snape a ter que escutar suas mentiras de novo! – Exclamara a loira desviando seu olhar.

Draco suspirara. Seu sorriso morrera. Seria mais difícil do que ele pensara.

Ele a havia magoado tanto. Se ele ao menos pudesse voltar no tempo. Ele teria feito tudo diferente. Teria enxotado Pansy antes da cena que a mesma fizera na frente de Luna. Sua vontade era de matar a garota. Ela acabara com sua esperança.

Esperança de que talvez ele pudesse realmente ser bom. E Draco só era bom ao lado da loira. Sua Luna.

O aroma adocicado de Luna era inebriante.

– O que você quer de mim, Malfoy? Me humilhar já não foi o bastante para você? – Luna perguntara exasperada, interrompendo os pensamentos do sonserino.

– A culpa não foi minha! – Malfoy exclamara de volta. – A Parkinson que me agarrara. Você viu!

– E você não fez nada! – Um caroço começava a se formar na garganta da loira. E Luna sabia que faltava pouco para as lágrimas caírem de seus olhos. – Até quando ia me enganar, Malfoy?

– Eu nunca te enganei, Luna. – Draco dissera.

Luna fechara os olhos e seus lábios tremeram ao escutar o tom sincero do sonserino. Mas ela não podia simplesmente acreditar. Ele já forjara esse tom antes, por que não faria isso de novo? Ele gostava de machucar os outros, ela sabia.

A loira se surpreendera quando sentiu uma das mãos do loiro em seu queixo e colara seu corpo ao dela, usando a mão livre para acariciar-lhe a cintura.

– Você tem que acreditar em mim, Luna. – Draco sussurrara, olhando-a enquanto a mesma respirava fundo, tentando manter controle sobre suas ações. – Minha intenção nunca foi te magoar.

– Eu queria acreditar em você, Malfoy. Mas eu não consigo. – Luna sussurrara em resposta. Sua voz estava falha e lágrimas escorriam livres por seu rosto. – Bem que me avisaram sobre você... Não que eu realmente não soubesse quem você era. Você me desapontou demais.

– E-eu... eu amo você, Luna! – A loira, mesmo que estivesse muito próxima de Draco, tivera de se esforçar para ouvir o que o sonserino lhe dissera.

– Não, Draco, você não me ama! Você não ama ninguém além de si próprio. – Luna juntara todas as suas forças pra lhe dizer isto. Ela não podia negar que ele ainda mexia com ela. – Você gosta é de me machucar...

– Não Luna, eu não gosto de te machucar. – Draco suspirou derrotado, acariciando o rosto da loira, que soluçava em seus braços, chorando silenciosamente. – Eu me odeio por fazer você chorar... Eu te amo tanto que chega a me machucar. Você é a primeira e a última coisa que eu penso antes de dormir. Seu cheiro e seu gosto estão fixados em minha mente. Ver você todo dia e não poder te beijar, ou simplesmente te tocar, me mata aos poucos.

Luna nada dissera, apenas abraçara o loiro de volta. Derrotada.

No fundo, Luna sempre sentira que Draco nunca mentira para ela. E agora, depois destas palavras, este sentimento crescera, sobrepondo qualquer outro. Draco a amava e era só dela. Assim como ela era dele.

– Você é um idiota, Malfoy! – Luna sussurrara antes de selar seus lábios nos lábios finos do sonserino, que sorrira.

Draco puxara o corpo esguio de Luna para mais perto do seu, aprofundando o beijo. Suas línguas bailavam em sintonia. As mãos de Luna percorriam a extensão das costas do loiro, enquanto as dele permaneciam nos mesmo lugares; uma em sua cintura e outra no seu rosto. Este era um beijo cheio de saudades e uma ternura infinita.

Eles se amavam isto era óbvio.

O pior cego é aquele que não quer ver. E Draco demorara a perceber seus sentimentos. Mas agora que ele tinha seu amor nas mãos, não o deixaria partir nunca mais. Não suportaria viver longe de Luna por tanto tempo novamente. Ela havia se tornado o seu sol, sem ela, sua vida não tinha sentido. Não que ele fosse se matar se a perdesse. Não, ele não faria isto. Porém, sem ela tudo perderia a graça. Ele seria infeliz e faria as pessoas à sua volta infelizes, pois nunca mais amaria alguém. Apenas Luna. Aquela maluquinha que lhe roubara o coração. Que lhe inebriava os sentidos.

– Eu te amo, minha Luna! – Draco sussurra entre selinhos, quando separa sua boca da de Luna, buscando por ar. – Nunca mais me deixe.

– Nunca mais, Draco... – Luna sorriu roubando um rápido beijo do loiro. – Eu também te amo. Você será sempre meu. E eu sempre serei sua. Nada mais importa!

– Eu te farei a mulher mais feliz do mundo, Luna! – Draco exclamara rindo.

Um riso bonito e natural, que ele só dava quando estava com ela.

E Luna rira junto, afundando seu rosto no vão entre o pescoço de Draco.

 

Eles não sabiam se seria para sempre. Mas não importa se for intenso enquanto durar. E eles tinham certeza que seria. O amor sempre é intenso, em todas as suas formas. E nunca deixaria de ser. Nem se passasse mil anos. Nada mudaria.

Eles sempre pertenceriam um ao outro.

Draco era dela, assim como Luna; dele.

 

Fim


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Notas finais do capítulo

Nota da Autora: Oi gente! Escrevi essa oneshot em pouco mais de duas horas, é. Então não me culpem se estiver ruim, ok? E eu, particularmente, adoro este shipper, mais até que Harry/Luna. Vamos aos agradecimentos então. Primeiro à tia JK, que criou este mundo fantástico e estas personagens perfeitas. Segundo a Lo Dionísio, que me deu o shipper (dentre as quatro opções que eu dei) e me dera à idéia sobre o que escrever. Terceiro, mas não menos importante, a você querido(a) leitor(a) que disponibilizara um pouco de seu tempo para ler esta minha oneshot. Beijos & Queijos. Bee.