( Diana )

Era uma noite normal, como muitas outras. Estava esperando ansiosamente por um sonho, por isso brilhei o máximo que pude. Já estavam começando os tiroteios... Há dias eu não saía de lá e via uma noite tranquila e bonita...

Olhei para a Terra a meu redor. Já não era mais madrugada. E essa era a hora mais comum dos sonhos acontecerem. Brilhei o máximo que pude para ver se talvez, em troca, eu recebesse uma recompensa por isso. Daria tudo para não precisar passar mais uma noite no céu. Nunca fui muito apegada a ele.

De repente não enxergava mais nada. Só sentia uma grande luz me iluminando. De uma coisa eu tinha certeza, eu estava caindo. Tinha a breve sensação de não estar sozinha, mas não me forcei a descobrir se estava certa.

Mas aquilo seria mesmo um sonho? Eu nunca presenciara um tão forte e tão real...

Abri os olhos e encontrei minhas duas irmãs, ambas ainda não haviam acordado. Olhei ao redor e estávamos numa praia deserta. Fui até o mar, pois quase nunca tivera a sensação de tocar a água. Ainda sentia que tudo era real, mas ignorei isso de novo.

– Oi Diana. - ouvi bem atrás de mim. Quando me virei era Crystal, minha irmã.

– Oi Crys. - eu disse, mas ao fitá-la de novo, sua expressão estava pasma. Tentei entender por que, mas não sou tão esperta.

– Isso não é um sonho! - ela disse e apontou para as pessoas que estavam chegando na praia. E eu sei muito bem que não existem pessoas nos sonhos.

Eu estava delirando. Como posso ver humanos em sonhos de estrelas? Porque isso nunca aconteceu, então sei que é impossível! Eu sonho, sim, com minhas irmãs, mas é só porque elas são estrelas também...

Alice, minha outra irmã parecia bem alegre. Ela sempre foi assim, mas dessa vez foi diferente... Ela estava feliz por supostamente estar na Terra. Não que eu não estivesse, mas estou estranhando tudo... E Crystal, ah, ela estava realmente triste. Ela sempre foi a mais séria de nós três, e pelo que sei, ela ama de paixão ver o mundo no céu.

Mas aquele silêncio mortal já estava me deixando assustada. Eu precisava mesmo fazer alguma coisa, já que estávamos na Terra, não podíamos ficar paradas.