Mesmo que quisesse Hinata não dormiria essa noite, já passava de meia noite e sua situação não mudara muito.

A primeira hora depois de sua conversa com Naruto foi preenchida com um choro desesperado, algum tempo depois era só uma tristeza e lamento por ter chegado a esse ponto.

Agora ela se encontrava deitada na cama, mas ainda acordada, olhando pro teto e pensando no que fazer.

Naruto também refletia sobre tudo que ouviu e disse, encontrava-se sentado no sofá da sala imóvel e pensando, sabia que pegou pesado com Hinata e lamentava muito isso.

- "Se arrependimento matasse eu já teria morrido 10 vezes" – os pensamentos de Naruto não colaboravam em nada para aliviar sua culpa.

- "Mas como ela pode reconsiderar voltar para o clã Hyuuga? Por que passar por tudo aquilo de novo?"

Ao que parecia essa seria uma madrugada longa para os dois.

Hinata decidiu levantar e vestir um roupão azul. Queria andar pela casa um pouco, nem ela entendia por que fez isso, seus pés a levaram para a escada que dava para o térreo bem em frente à sala onde Naruto estava. Ela parou ainda na escada, apesar de está completamente escuro ela ainda podia enxergá-lo.

Ela o admirava exatamente como fazia na infância: escondia em algum canto sem que ele veja, ficava imaginando o que faria se o perdesse, será que ela teria forças pra continuar vivendo?

- Venha aqui Hinata.

A voz de Naruto foi como um golpe duro acordando-a de seus pensamentos, ele podia sentir sua presença? Podia vê-la? Simplesmente sabia?

Naruto não estava ordenando ou cobrando uma resposta, apenas falou seriamente quando realmente sentiu a presença dela.

Ela se colocou ao seu lado no sofá, tremia muito pensando com o que poderia acontecer em seguida, sua boca se encontrava meio aberta como se pretendesse falar embora não conseguisse.

- Esqueça o que eu disse antes – pediu Naruto colocando sua mão sobre a dela – eu jamais deveria ter lhe ameaçado

- M-mas Na-Naruto-kun, eu não devia ter começado isso – dizia ela tremendo – fui uma idiota.

- Não Hinata, apenas agiu como você mesma, seria estranho se não tivesse ao menos considerado o pedido do seu pai.

Estaria Naruto dizendo que concorda com ela? Hinata estava confusa sobre suas emoções e pensamentos.

- Eu quero que pense com cuidado sobre tudo isso – pedia Naruto – eu não quero que se sinta pressionada a escolher um lado.

- Você aceitaria se eu escolhesse o clã Hyuuga? – ela perguntou um pouco temerosa da resposta.

- Não posso afirmar com 100% de certeza que sim – respondeu Naruto sinceramente – eu cresci sem conhecer meus pais e sei como a família é importante, mas o seu clã não retribui toda a sua consideração, não merecem você lá.

- Eu sei – disse Hinata virando o rosto – eu não consigo esquece a humilhação e tristeza que me fizeram passar, mas não consigo abandoná-los completamente.

- Você não precisa decidir isso agora não é? Leve o tempo que achar melhor para pensar nisso.

- É o que farei – respondeu ela – mas não ficarei sem dar uma resposta, prometo a você que resolverei isso.

- Espero que tome essa decisão por conta própria – pediu ele – não por que eu ou seu pai pedimos, mas por que é o que quer fazer.

Hinata abraçou Naruto depois disso, ela jamais decidiria abandoná-lo e queria que ele soubesse disso.

- Que marcas são aquelas no quarto da Yukie? – perguntou Naruto casualmente.

Hinata engoliu em seco, ela tinha esquecido completamente disso e provavelmente Naruto só se lembrou de perguntar agora.

- Eu tentei fazer um desenho com o rasenga que me ensinou – mentiu Hinata – para que ficasse parecido com o seu símbolo, mas não saiu nada bom, desistir depois da segunda tentativa.

Naruto não desconfiava que Hinata estivesse mentindo, apenas achou estranha essa historia. Hinata não tinha a intenção de esconder isso do Naruto para sempre, mas ela queria aprender mais sobre sua filha antes de contar a verdade.

- Vamos continuar como era antes – começou Naruto – vamos esquecer tudo o que aconteceu e virar a pagina.

- Acho difícil esquecer, mas vou tentar – respondeu Hinata se sentindo mais aliviada.

- Então já que não vamos dormir tão cedo vamos aproveitar o escuro um pouco – sugeriu Naruto.

Antes que Hinata pudesse perguntar o que ele queria dizer foi tomada por um beijo profundo dele, em seguida ele foi deitando-a lentamente no sofá ficando sobre ela e continuando a beijá-la.

Hinata estava quase sem fôlego quando Naruto separou seus lábios do dela, ela estava ofegante e excitada pela forma inusitada como isso começou, agora fora ela a iniciar o beijo puxando o rosto dele para si enterrando sua mão nos cabelos loiros dele.

Naruto desamarrava o nó do roupão dela enquanto que com a outra mão levantava e segurava um das pernas dela para se ajeitar melhor no meio dela, quando conseguiu o que pretendia sorriu cinicamente para ela.

Ela mesma abriu o roupão revelando que por baixo vestia apenas uma calcinha branca, ele começou a apertar os seios dela e a chupá-los arrancando gemidos baixinhos dela enquanto que ela arranhava suas costas lentamente.

Quando a situação estava se aprofundando os dois ouviram um som de algo caindo, era o som de uma kunai que Mizura deixou cair quando testemunhou a cena.

Exatos 3 segundos se passaram até que todos reagiram simultaneamente, Naruto caiu do sofá quando Hinata se agitou subitamente para fechar o roupão cobrindo o corpo enquanto Mizura virava de costa tentando gaguejar uma explicação.

- E-ee-eeu sin-sin-to muito, e-eu não ti-ve intenção, eu ouvir um barulho e vim ver o que era eu não queria.....

- Tudo bem Mizura-kun – disse Naruto com a mão na cabeça, ele acabou batendo a testa num móvel que ficava ao lado do sofá – acho que deveríamos ter ido pro quarto.

Naruto olhou para Hinata que permanecia encolhida e calada, como estava escuro não sabia dizer se ela estava pálida pelo susto ou vermelha pela vergonha.

- E-e-eu vou voltar pro meu quarto – informou Mizura – podem continuar o que estava fazendo... Quer dizer... Não que eu queira que continuem... Ou melhor...

Quanto mais ele tentava falar mais se enrolava, Naruto começou a rir disso.

- Boa noite Mizura-kun – disse Naruto para fazê-lo se calar.

- B-boa noite! – respondeu ele antes de correr para o quarto.

Mais ou menos 15 segundos depois que o menino se trancou no quarto Naruto começou a gargalhar, Hinata finalmente saiu do transe que a vergonha lhe impôs e começou a rir junto com ele.

- Mais um que não vai dormi nessa casa hoje – brincou Naruto imaginando como Mizura devia está.

- Pobrezinho – apiedou-se Hinata – o coitado vai ficar traumatizado pelo resto da vida.

Naruto riu mais um pouco e depois pegou Hinata no colo.

- O que ta fazendo? – perguntou ela assustada.

- Levando você pra cima – respondeu Naruto com tranqüilidade – eu pretendo terminar o que começamos.

Enquanto ele a levava para o quarto eles se beijavam no percurso todo, nenhum dos dois estava disposto a deixar isso inacabado como aconteceu no país da garça a tempos atrás.

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O sol se levantou para o país do fogo, e todos se preparavam para mais um dia de suas rotinas.

- Bom dia Doji-san – cumprimentou Hinata sentando-se a mesa para o café da manhã.

- Bom dia Hinata-san – respondeu ela sorrindo – o Naruto-san não vai descer?

- Ele vem logo – respondeu ela meio corada – ele está... Arrumando o quarto.

 

Em seguida Naruto desceu as escadas trazendo Yukie nos ombros, a menina ria se segurando nos cabelos dele.

- Essa mocinha não queria acordar – disse Naruto podo-a numa cadeira.

E agora era a vez de Mizura se juntar a eles no café da manhã, só que ele vinha cabisbaixo e rápido.

- Bom dia – disse ele rápido e baixo.

Ao ver o menino Naruto começou a segurar o riso, mas depois de um tempo ele não agüentou e começou a rir mesmo cobrindo a boca pra abafar.

Mizura parecia um pimentão, sua mãe olhava a cena e desconfiava do que pudesse ter acontecido.

- Aconteceu algo que não estou sabendo? – perguntou ela.

Enquanto Mizura travava na mesa Naruto tentava parar de rir para explicar.

- Apenas um mal entendido, todos nos tivemos uma madrugada agitada.

 

Na verdade Doji desconfiava do que pudesse ter acontecido, eram freqüentes os casos de pessoas que entravam no quarto errado no prostíbulo onde ela trabalhava e que acabavam com essa reação do espectador.

- Vamos tomar logo nosso café – sugeriu Hinata – ou irão se atrasar para o encontro.

E assim foi: todos esqueceram o assunto e voltaram a comer.

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Mayuri terminava de arrumar sua sacola e permanecia sentada de frente para o jardim da casa, ela tinha acordado mais cedo para se preparar melhor para hoje.

- O que você e seu time patético farão hoje? – perguntava Shinjo para sua filha.

Mayuri realmente odiava quando seu pai ofendia o seu sensei ou seus companheiros de equipe, ela nunca admitiria em publico, mas gosta de todos eles, por isso respondeu em sua defesa.

- O sensei arranjou um programa de treinamento para nos, iremos aprender com outros especialistas da vila, ele se preocupa em explorar nosso potencial.

- Em outras palavras ele passou o problema dele para outro idiota – desdenhou Shinjo.

Mayuri se levantou e encarou o pai com lagrimas nos olhos.

- Pai! Por que uma vez na vida você não pode me desejar ao menos boa sorte? Não pode gosta de mim?

- Até que faça por onde não terá o meu respeito – pronunciou ele – terá que tornar nosso clã respeitado em todo o mundo Shinobi, ai poderemos considerar o que pediu.

Agora ela trocou tristeza por ódio, Naruto e Hinata a tratavam muito melhor, quase como se fosse da família, enquanto que seus pais não a tratavam melhor que um mero criado.

- Pois eu vou começar por você – disse ela – se quer que eu derrote todos os grandes clãs de Konoha eu vou começar pelo clã Imagawa.

- Desde que esse Naruto começou a treiná-la você se tornou muito petulante – analisou ele – terei que te ensinar bons modos.

- Pois tente, vou mostrar do que sou capaz.

Os dois se puseram em posição de luta, ao que parecia pretendiam usar força total desde o inicio.

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Naruto acompanhado por Mizura se dirigia ao clã Kyoshou, pretendiam se encontrar com Saggi e depois Mayuri para irem juntos ao campo de treinamento.

- Eu acho que já estive aqui antes – pensava Naruto analisando a rua onde morava o clã Kyoshou.

- Os Kyoshou são legais – disse Mizura – eu ia adorar viver 200 anos com cara de 20 ou 30.

- Eles vivem tanto assim? – perguntou Naruto espantado.

- Nem todos, mas a maioria passa de 150 anos facilmente.

- Uau! Eu vou me tornar Hokage, vou me aposentar, escolher o próximo e não vou me livrar das piadas do Saggi-kun.

Os dois riram disso quando chegaram à casa do Saggi, quem atendeu a porta foi a mãe dele.

- Olha que surpresa! É o Naruto-kun.

- Bom dia senhora Mitsuo, o Saggi-kun já ta pronto?

- Ele vem já, o irmão foi chamá-lo. Mas como você cresceu, a ultima vez que o vi de perto era só um menininho bobo.

- Já nos vimos antes? Desculpe, eu não me lembro.

- Pouco depois que virou Gennin – lembrou ela – você tinha o habito de estourar bombinhas nas latas de lixo nas ruas, certa vez estourou uma bem na hora que eu colocava o lixo.

- E-ee-eu fiz isso? Perguntou Naruto todo encabulado, agora ele sabia que já esteve naquela rua antes.

- Sim, você fez – respondeu ela com um sorriso na cara – levei horas pra tirar aquele cheiro de lixo explodido.

Agora Mizura era quem ria, estava adorando ouvir historias constrangedoras do seu sensei.

- Me desculpe senhora Mitsuo – pedia ele se curvando – eu era muito idiota naquele tempo.

- Na verdade tirando o inconveniente eu achei você bem divertido, é difícil encontrar alguém que sabe levar a vida como você.

- Não está zangada?

- Não, mas vou pedir ao Saggi que retribua a gentileza qualquer dia desses.

- "Ótimo, tenho que me lembrar de arranjar alguém pra botar o lixo pra fora daqui pra frente" – pensou Naruto.

No momento que ele olhou pra Mizura pensou ter encontrado a pessoa certa.

- Nem olhe pra mim! – disse Mizura rapidamente – você que arranjou a encrenca você resolve.

Enquanto Naruto caia desolado Saggi chegava acompanhado pelo irmão.

- Até que enfim mocinho – reclamou Mitsuo.

- Eu to com sono – reclamou Saggi com cara de zumbi.

- Sem problema, Fujimi querido, pode ajudar seu irmão a acordar?

- Claro! – Respondeu o irmão mais velho.

Ele sacou sua espada ANBU das costa e espetou Saggi até sangrar.

 

- Aaaaaiiiiii seu maníaco! Ta pensando que sou a bainha da sua espada por acaso?

- Pronto! Já tá acordado.

- Anda logo menino, seu sensei ta te esperando.

Saggi apanhou a mochila enquanto coçava o lugar ferido, Naruto estava com cara de quem pensava "mas que tipo de família é essa?"

- Vamos embora daqui antes que ela invente outra coisa – disse Saggi acompanhando o grupo.

À medida que se afastavam a mãe de Saggi acenava, agora era hora de buscar Mayuri.

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O trio chegou aos domínios do clã Imagawa, era um belo bairro como todos os clãs gostavam de mostrar.

- Eu geralmente não venho aqui – disse Naruto sentindo os olhares do clã sobre si.

- Eu só venho aqui quando quero falar com a Mayuri-chan – disse Saggi sem se importar.

Quando eles chegaram aos portões da casa de Mayuri puderam ver uma fina fumaça subindo, sem cerimônia os três adentraram os portões e viram o que parecia ser um campo de batalha.

Naruto viu Mayuri estendida no chão e logo atrás dela seu pai sentado e bufando de cansaço e raiva, nem levou um segundo para chegar até ela e apoiar a cabeça dela em suas pernas.

- Mas o que aconteceu aqui? – perguntava ele aflito – vocês foram atacados? Por que não a levou ao hospital?

- Cale a boca idiota! – ordenou Shinjo – eu só estava ensinando boas maneiras pra minha filha ingrata.

- Você fez isso a sua própria filha? Ela ta toda machucada!

Nesse momento ela começou a recobrar a consciência, os ferimentos eram superficiais.

- Você está bem Mayuri-chan?

Ela respondeu positivamente, embora gemesse de dor.

 

- Como ousar fazer isso com ela? – Naruto demonstrava nítida raiva nos olhos.

- Faço o mesmo com você – disse Shinjo se levantando – para você ver com seus próprios olhos o poder do nosso clã.

Naruto se levantou no momento que Mizura segurou Mayuri, ele pretendia enfrentar mesmo Shinjo para no mínimo obrigá-lo a pedir desculpas para a filha, mas Saggi tomou a frente na situação.

- O sensei não pode desafiar o clã Imagawa, correria o risco de perder o cargo – disse ele serio – Mas um Gennin como eu não teria problema.

- Vai me desafiar menino? – zombou Shinjo – confia tanto assim na sua linhagem para sobreviver?

- confio na minha força – respondeu Saggi – a mesma que força que Mayuri-chan tinha e que pôs você de joelhos.

Quando uma luta se iniciaria Mayuri interferiu.

- Parem os dois! – disse ela seria – não preciso que me defendam!

- Mas Mayuri-chan... – começou Naruto.

- Isso é um assunto pessoal – continuou ela – eu o desafiei e perdi, da próxima eu acabo com ele.

- Como se fosse possível – zombou Shinjo – você é fraca, uma incompetente.

- Talvez agora – respondeu ela – mas eu vou me tornar mais forte, vou me tornar jounin e vou derrotá-lo.

Agora Mayuri estabeleceu uma meta para sua vida: se tornar jounin e derrotar o próprio pai para provar sua força.

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- Tem certeza que não quer ir pro hospital? – perguntou Naruto – você pode está mais machucada do que pensa.

- Eu falei serio sensei – disse ela – me cansei de ser um instrumento do meu clã, se eles querem sair das sombras que façam isso por conta própria.

- Mas como fica você e sua família? – perguntou Mizura – vai continuar lá depois disso?

- Se eles me expulsarem será mais vergonhoso do que me aturarem todo dia – brincou ela.

Naruto aliviou-se, ele estava extremamente preocupado por ser o responsável indireto do problema, mas agora ele estava orgulhoso de ver Mayuri firme diante dessa crise. Por isso ele decidiu que não importasse o que acontecesse ele continuaria ao lado de Hinata para sempre.

Quando chegaram ao local marcado para o encontro Kakashi, Gai e Tenten já os esperavam.

- Está atrasado – reclamou Kakashi sem tirar os olhos do livrinho novo.

- Me recuso a ouvir isso de você – respondeu Naruto com olhar mortal.

Naruto apresentou cada um de seus alunos aos seus respectivos senseis temporários.

- É isso ai Saggi-kun! – gritou Gai empolgado – vamos mostrar a força da nossa juventude!

- Hehe, esse daí é bem doido! – disse Saggi rindo – gostei dele!

Naruto apresentou Mizura para Tenten.

- Ai que graçinha! – disse Tenten abraçando o menino – vou pegar ele pra mim!

Sem ter entendido em que sentido ele quis dizer isso tanto Naruto quanto Mizura ficaram imaginando besteiras.

- Pode deixar que eu já conheço o Hatake Kakashi – pronunciou-se Mayuri.

- Ela é sempre simpática assim Naruto?

- Você agüentou o Sasuke, vai sobreviver a ela também.

Kakashi olhou a menina de cima a baixo.

- Porque ta me olhando desse jeito seu pervertido?!! – gritou Mayuri percebendo o olhar dele.

- N-não é nada disso menina! – disse Kakashi tentando se explicar – eu só tinha reparado que você ta em péssimo estado.

- Discussão familiar – respondeu ela – mas deixa isso de lado e me ensine às técnicas Raiton de uma vez, e pode começar pelo tal de Chidori de que tanto falam.

Kakashi suspirou derrotado, ele amaldiçoava a hora que aceitou a proposta do seu ex-aluno.

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- Pois não senhorita?

Após ouvir a campainha tocar Doji abriu a porta e a sua frente estava Hanabi sozinha.

- Eu procuro minha irmã – pronunciou-se Hanabi.

- Deve está falando de Hinata-san não é? Ela não se encontra no momento, mas se quiser eu posso avisar que veio aqui.

- Tenho um assunto para tratar com ela – continuou Hanabi com arrogância – então eu prefiro esperar por ela.

Doji pensou sobre o assunto por um instante, não sabia se deveria deixá-la entrar, mas provavelmente Hinata gostaria de conversar com a irmã, então ela optou por permitir sua entrada.

- Se prefere assim... Fique a vontade pra esperar, eu prepararei um chá.

Ela abriu caminho e Hanabi entrou com certo ar altivo, olhava o interior da casa como se avaliasse a qualidade do lugar.

- "E pensar que ela largou a gente pra morar aqui" – pensava Hanabi.

- Como é mesmo seu nome senhorita?

- Hyuuga Hanabi – respondeu ela com desdém – e você quem é?

- Hiruma Doji, sou a empregada da casa e amiga da família.

Hanabi parecia não da muita importância pra isso, sentou-se no sofá e olhava em volta.

- Onde minha irmã foi?

Doji entendia agora por que Naruto não gostava do clã Hyuuga.

- Pelo que sei ela foi tratar de assuntos com seus companheiros de equipe, e depois iria buscar a filha na escola, talvez ela demore um pouco.

Quando Doji serviu o chá informou que tinha que cuidar das tarefas da casa e não poderia dar-lhe muita atenção.

E assim Doji voltou aos seus afazeres enquanto que Hanabi esperava Hinata pacientemente.

E depois de duas horas Hinata retornou com a filha.

- Hanabi? – perguntou Hinata surpresa – por que está aqui? Aconteceu alguma coisa?

- Mais ou menos – respondeu ela – mas eu me lembro que você disse que eu poderia ver minha sobrinha quando eu quisesse não é?

Hinata sorriu e colocou Yukie no chão.

- Cumprimente sua tia Hanabi, Yukie-chan – pediu Hinata para sua filha.

A menina não desgrudou da perna de Hinata, parecia ter medo de Hanabi.

- O que é isso? – disse Hanabi rindo – você puxou a sua mãe em tudo é?

- Parece que ela não se familiarizou com você Hanabi – respondeu Hinata rindo também.

Nesse instante Doji chegou à sala e Yukie correu pros braços dela.

- Hunf! Mas dela sua filha gosta – reclamou Hanabi contrariada.

- Doji-san, pode levar Yukie-chan pra comer alguma coisa? Ela herdou muito apetite do pai.

Doji acompanhou Yukie pra cozinha deixando as duas a sós.

 

- Agora pode dizer o que veio fazer aqui.

Realmente Hanabi estava esperando ficar sozinha com sua irmã para tratar desse assunto, então sentou-se ao lado dela no sofá para conversar.

- No dia do velório do nosso pai Neji nii-san me entregou uma carta, uma carta escrita por nosso pai alguns dias antes de falecer.

- Eu sei disso – disse Hinata – também recebi uma do Neji, e talvez eu saiba o que tinha escrito na sua.

- Ele me pedia para aceita-la de volta no clã, e que lhe desse a liderança.

- Ele me pediu para voltar, e que tentasse corrigir os erros do nosso clã.

- E o que você decidiu? – perguntou Hanabi sem tirar os olhos da irmã.

Hinata respirou fundo e olhou diretamente nos olhos de sua irmã antes de responder.

continua