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Mayuri voltava para casa depois do teste aplicado por naruto, ainda estava digerindo o que passou nessa manhã e refletia sobre o que naruto lhe ensinou sobre companheirismo.

— “eu não entendo como depender dos outros pode me tornar mais forte” – era o pensamento que dominava sua mente.

Após entrar no território reservado ao seu clã ela estava diante da porta de sua casa, e olhava-a como se fosse algo ameaçador.

Entrou em casa e percorreu o corredor que ligava a entrada com a sala da casa e foi onde encontrou seus pais.

— eu estou de volta – anunciou respeitosamente – e fui aprovada como gennin.

Seu pai era o líder do clã imagawa, mas diferente dos outros clãs a liderança não é passada a cada geração, a liderança era entregue sempre ao mais forte do clã.

— isso já era esperado – respondeu ele indiferente.

— esperamos que se torne chuunin o mais rápido possível – dessa vez fora sua mãe que exigia.

Ela se sentia vazia no momento, quando os times foram formados ela pode ver que muitos pais sentiam orgulho de seus filhos terem conseguido esse façanha, mas para o clã imagawa isso era quase irrelevante.

— como anda seu domínio do katon? – perguntou o pai.

— está perfeito pai, e já comecei a usar o fuuton.

— ótimo, está dispensada.

Para mayuri nada do que ela fizesse parecia ter algum valor perante seus pais, era sempre assim: quando ela conseguia uma conquista seus pais não viam nada mais como uma obrigação e que ela deveria passar para o próximo degrau na escada do poder.

— antes que volte ao treino me diga: quem é seu sensei?

— é o jounin uzumaki naruto – respondeu ela antes de sair.

— “uzumaki naruto?” – pensou ele preocupado – “terei que cuidar disso logo”.

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Depois de almoçar com seu sensei mizura voltava para casa, estava ansioso para contar a sua mãe que tinha sido aprovado como gennin, para ele isso significava que estava mais perto de realizar seu sonho.

Sua casa ficava afastada da parte principal da vila, na verdade não era bem uma casa e sim um barraco que ele e sua mãe construíram com esforço próprio e um mínimo de ajuda dos vizinhos, parou em frente a porta e por alguns segundos ficou pensando.

— “em breve” – pensava ele com satisfação.

Depois de entrar viu sua mãe sentada em uma cadeira descascando alguns legumes.

— estou de volta mãe, e olha o que eu consegui – disse ele segurando o hitaiate da folha.

— meus parabéns meu filho – disse ela com alegria sincera – eu sabia que conseguiria, nunca duvidei disso.

Ela o abraçou e tinha os olhos cheios de lagrimas, mizura ao ver isso também chorou de alegria.

— pode esperar mamãe – disse ele serio – vou me tornar um ótimo ninja e serei chamado pra varias missões, e com o dinheiro que conseguir vou tornar nossas vidas muito melhores.

Mizura nunca se conformou com a vida que ele e sua mãe levava, plantavam legumes e verduras para vender na vila e viviam naquele barraco desde que se mudaram para konoha a 8 anos, sonhava em poder dar uma vida digna para ele e sua mãe que o criou sozinha.

— você não deve se preocupar tanto com isso – pediu ele carinhosamente – continue seguindo em frente e dê o seu melhor, mas agora eu preciso de sua ajuda com isso – disse ela apontando pra cesta de legumes.

Mizura suspirou ao ver a cesta cheia, por um lado era bom já que poderia vender bastante, por outro lado era péssimo quando pensava no trabalho que teria pra lavar e limpar tudo.

Sua mãe sorriu de sua expressão de cansaço antecipado.

— vai dizer que é mais difícil do que ser ninja?

— infelizmente eu não posso bater nos legumes – respondeu ele decepcionado.

Enquanto voltavam ao trabalho outra coisa passava pela cabeça de mizura: a única coisa que ele sabia sobre seu pai era que ele era um ninja da vila da nuvem e era um pouco mais jovem que sua mãe.

— “será que agora eu encontrarei alguma pista sobre ele?”.

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O clã kyoshou era pequeno, ocupava apenas uma rua em toda konoha e não tinha a mesma influencia que os outros clãs.

Mesmo assim os poucos membros que eram conhecidos deixavam sua marca na historia, porquê tinham muito tempo pra isso.

Era de conhecimento de poucos que os membros do clã kyoshou tinham vida longa, seus membros só envelhecem até chegar a idade adulta e depois disso permanecem como estão. Também eram extremamente resistentes, sua capacidade de cura era 100x mais rápido que o normal e mesmo ferimentos fatais podiam ser curados como perda de membros ou órgãos.

E por terem vidas assim que eles lutavam constantemente para encontrar um sentido em suas existências, algo que preenchesse os seus sentimentos e lhes desse animo para encarar o futuro.

Saggi acredita ter conseguido isso ao entrar para o time 7.

— cheguei papai e mamãe – anunciou ele alegre.

Sua mãe tinha 50 anos mas parecia que tinha acabado de completar 20, ao perceber a chegada do caçula sua alegria voltou.

—seja bem vindo! Como foi o seu dia?

— no mínimo interessante – respondeu ele sorrindo – no meu time tem uma garota rabugenta e um garotinho simpático.

— como água e óleo – comparou sua mãe achando isso divertido.

Membros do clã kyoshou tem um senso de humor bem engraçado, dizem que é preciso muito para irrita-los e estão sempre vendo graça em tudo causando confusão as vezes, mas também é verdade que são vingativos e nunca esquecem alguém que os tenha ofendido, “agora você ganhou um inimigo por 100 anos” é o que eles dizem para alguém que tenha lhe irritado.

— e o meu sensei é um tipo bem interessante – continuou ele – é aquele cara que carrega a kyuubi e vive dizendo a todos que vai ser o próximo hokage.

— o naruto-kun! – lembrou-se ela – eu o conheci quando ele ainda era um pirralho, ele ficou bem bonito agora.

— de quem você está falando Mitsuo? – perguntou um senhor que acabara de chegar na sala.

— do sensei do saggi – respondeu ela – mas não precisa ficar com ciúmes que ele já tem dona, certo takuro querido?

Takuro era o pai de saggi, diferente de Mitsuo ele não tinha a linhagem do clã e por isso envelhecia naturalmente.

Ambos se amavam muito e isso dava esperanças a saggi que encontraria alguém para ficar ao seu lado pelo resto da vida.

— você tem que se esforçar para merecer essa oportunidade – disse takuro para seu filho – tenho certeza que esse naruto fará coisas grandiosas no futuro e você estará lá para testemunhar ou mesmo participar.

— pode contar com isso velhote – respondeu saggi brincando com o pai.

Takuro aplicou um fortíssimo cascudo em saggi.

— e também tenha mais respeito com os idosos – reclamou ele fazendo Mitsuo rir muito.

***********************************

— tsunade-sama – disse shizune na porta – alguém deseja falar com você.

— e quem seria? – perguntou ela se desviar a atenção dos documentos.

— é o imagawa shinjo tsunade-sama.

Ao ouvir esse nome tsunade olhou diretamente para shizune que ficou apreensiva com o olhar.

— mande-o entrar.

Shizune rapidamente obedeceu e logo em seguida shinjo entrou na sala.

— quero falar sobre o sensei da minha filha – disse ele direto ao ponto.

Tsunade revirou uma gaveta fingindo não se incomodar com a falta de educação dele, puxou um papel e olhou como se não fosse nada.

— imagawa mayuri certo? Aqui diz que ela está no time 7 e seu responsável é uzumaki naruto, algum problema nisso?

— quero que ela seja remanejada para outro time – pediu ele como se fosse normal.

— nos não mudamos a formação de um time a menos que haja um bom motivo para isso, até agora não vi nenhum motivo para atender seu pedido.

— tsunade-sama, sabe muito bem o que o clã imagawa está destinado a fazer, não podemos permitir que nada impeça minha filha de cumprir com seu destino.

— ainda pensando nessa bobagem? – perguntou ela com raiva – vai passar para sua filha uma responsabilidade que nada tem haver com ela? Porque vocês não podem esquecer isso?

— esquecer isso significa esquecer o motivo pelo qual o clã imagawa é leal a konoha, você gostaria que jogássemos fora nossa lealdade?

Tsunade sabia bem do que ele falava, era arriscado provocar um clã como o clã imagawa e sabia que ele estava irredutível quanto a sua decisão.

— se você faz questão de lembrar disso eu faço questão que lembre que seu clã deve seguir as regras da vila, a menos que naruto peça para mudar o time eu não farei nada.

— eu não esperava chegar a isso – disse shinjo se levantando da cadeira – mas depois que ele me ouvir será o primeiro a querer se livrar dela.

Quando shinjo saiu pela porta tsunade esboçou um de seus característicos sorrisos cínicos.

— “veremos se será como você quer, shinjo” – pensou ela pouco antes de voltar ao trabalho.

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Depois de almoçar com seus alunos naruto passara na academia, conversou um pouco com hiruka seu antigo sensei e pegou uma pasta contendo a ficha dos seus três alunos para conhecer suas habilidades, voltou para casa para ler tranquilamente.

— “imagawa mayuri: ótimas notas, inteligente e boa com ninjutsus, mas tem deficiência com taijutsu. Possui linhagem avançada, sem mais detalhes.”

Passou para a ficha seguinte.

— “kyoshou saggi: boas habilidades físicas, nota media em ninjutsus e baixa em genjutsu. Possui a linhagem avançada fujimi daioh.

Depois de ficar impressionado com as duas primeiras fichas passou para a ultima.

— “hiruma mizura: notas excelentes em todas as provas, ótimos resultados com ninjutsus básicos, habilidades físicas na media. Não possui características especiais.

Naruto chegou a conclusão que era um time equilibrado e também havia semelhanças entre o novo time 7 e o antigo.

— posso dar uma olhada? – pediu hinata sentando-se ao lado dele.

Depois que ele lhe passou a pasta hinata folheou o conteúdo e viu a ficha dos três gennins, uma em especial lhe chamou a atenção.

— essa imagawa mayuri será um problema para você – avisou hinata.

— você a conhece?

— não pessoalmente – respondeu ela – mas conheço o clã dela, eles são um problema para todos os grandes clãs de konoha e mais de uma vez causaram problemas aos hokages.

Naruto ficou assustado ao ouvir isso.

— eles não são de confiança? – perguntou naruto.

— longe disso. Sua lealdade não pode ser questionada, mas eles têm uma richa antiga que vem do passado deles.

Naruto estava preste a perguntar do que se trata quando alguém bateu a porta.

Depois de abrir a porta viu um senhor que não conhecia.

— eu posso ajuda-lo?

— uzumaki naruto certo? Eu sou imagawa shinjo, pai da mayuri.

— que coincidência! Estávamos falando dela agora mesmo, por favor entre.

— o assunto que vim tratar é rápido: quero que desista de treinar minha filha.

**************************************

Mayuri tinha terminado seus treinos da tarde, como estava livres de obrigações pela ausência do pai foi até a casa do seu sensei para pedir por um treino especial.

— “acho que ele pode me ajudar com o domínio do fuuton” – pensava ela.

Depois de pedir algumas indicações chegou até a rua onde ficava a casa do naruto e viu algo que a deixou muito assustada: seu pai na porta da casa conversado com seu sensei.

Chegou o mais perto possível sem ser notada e tentou ouvir o que diziam.

— por que esse pedido? Eu acabei de conhecê-la e sentir que podemos nos dar bem, algum problema com ela?

— o problema é você uzumaki naruto – respondeu ele indiferente – não está qualificado para ensiná-la.

— e por que acha isso? – perguntou com raiva.

— minha filha está destinada a cumprir um objetivo, você não pode ajudá-la nisso.

Naruto se sentiu muito ofendido nesse momento, enquanto isso mayuri que permanecia escondida ouvia tudo revoltada por seu pai controlar tudo em sua vida.

— se você acha que não sirvo para ser sensei da sua filha então provarei que sou qualificado sim!

Hinata aproximou-se de naruto fazendo questão de ser vista por shinjo.

— ela é muita responsabilidade para você – continuou shinjo olhando para hinata.

— esse não é o único motivo não é? – disse hinata se intrometendo na conversa.

Shinjo encarou hinata com um olhar ameaçador, naruto percebeu que os ânimos estavam esquentando ali e decidiu por fim a isso logo.

— eu não vou desistir de sua filha senhor imagawa, vou levar o treinamento dela até o fim e farei o que for preciso para ajudá-la nesse tal destino dela.

Ao ouvir isso shinjo sorriu.

— mesmo que ela esteja destinada a matar sua esposa?

continua