Mudando a História escrita por LiaFlores


Capítulo 3
Sabendo mais do que se pode




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N/A: O Olivaras não foi sequestrado, ele ainda trabalha no Beco Diagonal.

- Será que a gente conseguiu? – perguntou uma voz de garota.

- Só tem um jeito de descobrir. – uma voz, dessa vez de um menino, respondeu e pouco tempo depois a porta da sala estava sendo aberta por ele.

Todos que estavam na mesa haviam se levantado ao ouvirem os murmúrios do lado de fora. Alvo e Rose postaram-se na frente de seus respectivos irmãos, o primeiro apertou firme o pulso de Lily nervoso. Enquanto os adultos faziam o mesmo formando uma barreira que impedia os mais jovens de se quer olhar a porta por onde os estranhos entraram.

Um garoto com cabelo verde e olhos roxos foi o primeiro a aparecer acompanhado de uma linda garota de cabelos loiro-avermelhado com olhos azuis e de um terceiro, que parecia ser o mais novo, com cabelos ruivo-bagunçados e olhos castanhos. Estavam os três, com a varinha em punho. Os novos estranhos se entreolharam e depois olharam para as outras pessoas ali presentes.

- É. – disse o mais novo, completando logo depois. - Parece que funcionou!

- Porco-espinho? – perguntou Lily tentando ver alguma coisa. – É você? - Lilian soltou seu pulso do aperto de Alvo e se movimentou um pouco para o lado, permitindo-lhe ver quem havia entrado no local. Antes que qualquer pessoa fosse capaz de impedir, a ruivinha foi correndo para onde James estava e lhe deu um abraço digno de Molly Weasley, de tão apertado que foi.

- O que vocês estão fazendo aqui? – questionou Alvo, se aproximando do irmão e dos primos.

- Vocês os conhecem? – perguntou Lupin, antes que respondessem a Alvo.

- James é meu irmão. – respondeu Lily apontando para o garoto em questão.

- Victoire é filha do tio Gui e da tia Fleur. – continuou Hugo. - E o Teddy é filho do tio Remus e da tia Tonks.

Remus empalideceu ficando quase translucido. A idéia de que teria um filho e que este poderia ter herdado seu carma, deixou o lobisomem aterrorizado. Lupin nunca havia pensado sobre o fato de que a licantropia poderia ser passada aos seus descendentes, afinal, nunca imaginara sequer que um dia iria se casar.

- Eu acho que ele não ta legal... – comentou Hugo, observando a reação de Remus.

- É claro que ele não esta bem! – exclamou Lily. – Você estaria se descobrisse que o Teddy era seu filho?

- Não. – respondeu Hugo. – Ele é estranho.

- Hahaha! Muito engraçado vocês dois. – disse Teddy com ironia.

- Ele esta assim por causa da licantropia. – explicou Victoire, prendendo o riso da cara de raiva do metamorfo ao seu lado.

- Licaque? – questionou Lily com olhos esbugalhados.

- Licantropia. Se transformar em lobisomem. – traduziu James.

- Olha pelo lado bom. – começou Lily. – Pelo menos, se ele fosse um lobisomem, você não teria como saber.

- Lils! – exclamou James, chamando a atenção da irmã. Alvo bateu a mão na testa fazendo sinais negativos com a cabeça. Enquanto Rose e Victoire dirigiram olhares reprovadores para Lily que mordia o lábio inferior olhando para todos os lugares possíveis.

O resto das pessoas estava em um estado pensativo, sem entender o que aquela frase significava. A presença de supostos novos viajantes do tempo foi esquecida e a desconfiança posta no fundo dos pensamentos. Dois minutos haviam passado nessa situação, até que Hermione arregalou os olhos.

- Vocês querem dizer que o professor Lupin vai morrer? – Hermione exclamou mais do que perguntou.

- Ahh! – expressou Hugo. – Então era sobre isso que você falou.

- Eu vou morrer? – questionou Lupin.

- Er... Mais ou menos... Tipo... Sabe? – Lily desconversou mais só fez confirmar os medos do licantrorpo.

- E lá foi a nossa missão por água abaixo! – comentou Teddy, decepcionado.

- Parabéns Lil. Você acaba de alterar o futuro permanentemente. - ironizou Victoire. Lily simplesmente deu língua para a prima e cruzou os braços emburrada.

- A gente vai ter que ficar aqui então. – falou James, sentando-se na bancada da cozinha.

- COMO? – exclamou Hugo, olhando para o primo.

- O plano era o seguinte: nós vínhamos ao passado com Colare Portare, achávamos vocês e os lavávamos para casa sem maiores problemas. –
explicou James.

- O que é um Colare Portare? – perguntou Jorge.

- É parecido com um vira-tempo, mas pode nos levar a meses ou até anos no passado e é ativado com uma promessa lá, meio-complicadinha... – respondeu Lilian.

- Como assim "complicadinha"? – questionou Fred.

- Você tem que possuir intenções puras, como impedir que algo de errado aconteça por intervenção de algo ou alguém fora de seu tempo normal, se você não cumprir essa missão poderá ficar preso naquela época para sempre. – explicou Victoire.

- A nossa missão era impedir que eles falassem mais do que deviam. – James continuou a narração. – Mas como a Lily falou sobre a morte do Tio Lupin, nossa missão falhou.

- Pelo menos ela não disse que a Tia Tonks morria também. – comentou Hugo inocentemente, fazendo todos olharem rapidamente para Tonks, que ficou com os cabelos ainda mais brancos.

- Eta! inteligência rara! – exclamou Alvo. – Quem quer dizer mais alguma coisa do futuro para a situação ficar balanceada? Quatro burrices em um dia é melhor que três.

- Três? – James olhou confuso para o irmão.

- Horcruxes. – Alvo disse deixando James com olhos arregalados.

- Em menos de 24 horas? Dessa vez vocês se superaram. – comentou Teddy olhando para os mais novos.

- O lado bom é que o futuro foi alterado. Vocês podem estar vivos agora. – disse Victoire, deixando todos mais calmos.

- Agente vai ter que ficar aqui até acharmos outro jeito de voltar, não é? – perguntou Lily tristonha.

- Acho que sim, Lils. – respondeu Rose, olhando para prima com pena.

O fato das crianças estarem presas nesse tempo fez com que as possíveis mortes e a chegada dos novos viajantes virassem um assunto futuro.

- Temos que achar um jeito de voltarmos. – exclamou Hugo.

- Isso vai ser difícil, não temos tempo para nos preocuparmos com uma maneira de vocês voltarem para casa, agora. – Kingsley pensou um pouco antes de prosseguir – Não existe outro jeito, terão que ficar aqui durante esse tempo.

- Mas isso é inaceitável. Nós estamos em plena guerra e as crianças nem ao menos possuem varinhas. - protestou a Sra.Weasley.

- É o único jeito. – comentou Kingsley.

A sala caiu num total silêncio, todos pensando em uma possível solução para o problema. Manter crianças, que possuem informações do futuro, em plena guerra seria muito arriscado. Caso Voldemort descobrisse, ele não reduziria esforços para capturá-las.

Gina olhava para os pequenos, que diziam ser da sua futura família com ternura, sem saber quais mudanças no futuro poderiam ter ocorrido.

- Não se preocupe com as mudanças do futuro. – a voz de Lily chamou a atenção de todos. A garota olhava para Gina com um sorriso leve no rosto.

- O destino já foi alterado. Um novo futuro já existe e aquele que nós conhecíamos, ficará somente em nossas lembranças. Não vale apena se preocupar por uma coisa que já esta feita e realizada. – completou a pequena, deixando todos abismados. Era impressionante uma garotinha daquela idade falando aquele tipo de coisa assim tão espontaneamente. Mas para Lily era apenas o coração e o amor dando uma explicação para algo inexplicável.

- Então, Está resolvido pessoal. Vamos ficar para o Natal. – comentou Hugo animado, fazendo as pessoas rirem.

- Vamos precisar de varinhas novas. – falou Alvo.

- Vocês não podem fazer magia, são menores de idade! – exclamou Hermione.

- Podemos sim, a partir de oito anos todas as crianças começam a aprender feitiços defensivos, tem suas próprias varinhas e podem usar magia em locais bruxos ou trouxas. – contestou Lily.

- Só no nosso tempo. – comentou Teddy.

- Porque o ministério permitiu isso? – perguntou Rony.

- Depois da guerra, o ministério e a comunidade bruxa ficaram muito preocupados. Por isso se permitiu o uso de magia a maiores de oito anos. – explicou Victore.

- Mas nesse tempo vocês não podem praticar magia. São considerados menores de idade. – comentou Harry.

- Você estava aqui? Estava tão calado. – perguntou Lily fazendo todos rirem.

- Se eu te botar de castigo você me obedece? – Harry questionou Lily.

- Ela não obedece nem o seu eu futuro, quanto mais você. - disse James, deixando todos gargalhando.

- Está rindo de que? Ela também é sua filha. – Harry falou se dirigindo a Gina.

- Pelo menos, a mamãe ela obedece! – exclamou Alvo, zoando o pai.

- Pai, o que é sexo? – Lily questionou o futuro pai "inocentemente".

- Quando eles vão poder voltar para casa mesmo? – perguntou Harry a Kingsley.

- Quando encontrarmos uma solução. – respondeu o auror risonho.

- A situação vai piorar quando ela tiver varinha. – comentou Hugo.

- É o sangue maroto. – disse James, sorrindo orgulhoso.

- Vocês não podem fazer magia nesse tempo. – contestou Harry. – Estou salvo!

- Se bem que... – disse Lupin pensativo – Tecnicamente falando, por serem de um tempo diferente do nosso as crianças não existem atualmente, são consideradas fantasmas.

- Mais é claro! – exclamou Gui animado.

- Como assim? Do que exatamente vocês estão falando? – perguntou Harry, assustado.

- O fato, Harry, é que como as crianças vieram de outro tempo, elas não são registradas no Ministério, portanto não existem. Ao praticarem magia, não podem ser rastreadas ou punidas por isso. – explicou Lupin.

- Ou seja, nós podemos praticar magia livremente – concluiu Rose

- 'Tô ferrado... – reclamou Harry, com pena de si mesmo.

– Mas isso só pode ocorrer em locais bruxos, não? – perguntou Victoire.

- Quase. Em locais trouxas o Ministério vai saber que ocorreu o uso de magia, mas não poderá descobrir quem usou. – disse Gui.

- Então iremos ao Beco Diagonal comprar varinhas para as crianças. - falou o animado.

- Teremos que avaliar o nível dos feitiços que vocês conhecem e ensiná-las feitiços que podem ser úteis no tempo em que estiverem aqui. – disse Lupin.

- E como é que eu fico? Todo mundo aqui vai poder treinar magia, até vocês, menos eu. – Gina reclamou indignada.

- Quanto a isso, nós não podemos fazer nada. – Disse Fred risonho.

- A culpa não é de ninguém você ser uma pirralha. – completou Jorge, ganhando um olhar mortífero da irmã.

- Uma pulseira prisioneira resolve isso. – comentou Rose, sendo alvo de olhares curiosos.

- Pulseira Prisioneira? – perguntou Gina curiosa.

- Permite que menores de idade façam magia sem serem pegos, é como se a magia não pudesse ser rastreada. – explicou Victoire. A ruiva procurou um pouco na bolsa que carregava e tirou de lá um bracelete prata com pedras azuis e verdes cravadas alternamente.


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Notas finais do capítulo

N/A: O terceiro capítulo postado!

Demorshortfics.ei um pouco mais do que o normal, mas postei.

Estou escrevendo outra fic, com os marotos e isso esta ocupando muito o meu tempo, mas não vou abandonar essa fic e vou postar com frequência.

Vou postar também várias onefics ou



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