You Belong To Me escrita por TeTe_Kaulitz


Capítulo 1
Only -


Notas iniciais do capítulo

Assim, eu realmente acho essa fanfic estranha, mas o Takkie gostou, betou, e disse pra eu postar, to postando ♥ q
Ah, Takkie, brigada por betar tua filha te ama qqq

Enfim, boa leitura.

PS: No caso de alguém não entender, no número um, é terceira pessoa, no número dois, é POV do Yuu, e no número três é POV do Kouyou, ok?



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Number one ~

 

 

 

   -Kaa-chan? É você mamãe? – A criança travessa de apenas nove anos espiava a cozinha, seus fios negros caindo sobre seu rosto e um sorriso sapeca no rosto – Kaa-chan, o Kou me bateu... – O pequeno corria para a barra da saia da mãe, que apenas sorriu enquanto lhe afagava a cabeça, pensando que de fato teria que conversar com a mãe do amiguinho de seu filho, sua vizinha.

   -Ele lhe bateu foi? Depois, kaa-chan vai lá falar com a kaa-chan do Kouyou, ta bom? – A mulher se agachava, ficando quase da altura do seu filho.

   -Vai mesmo mamãe? – Um brilho, muito, mas muito encantador atravessou seus olhos. Pra que tanta felicidade afinal?

   -Vou sim. Agora deixa a mamãe cozinhar... – A mulher mais uma vez lhe sorriu, voltando a se levantar e voltando toda sua atenção para o fogão.

   -Ok mamãe! – E o pequeno saiu correndo dali, parando no portão de casa, encarnado o outro pequenininho que brincava ali.

 

   Correndo, sentou do lado do maior, mas só dois meses hn? O pequeno Yuu fazia questão de lembrar isso. Kouyou, que usava um short pequeno e já todo sujo, olhou pro outro, sua expressão já levemente chorosa.

 

   – Kouyooou, mamãe disse que vai contar pra sua mãe que você me bateu, bléé. – O menor mostrava língua, enquanto o outro apenas o encarava.

   -Mas... Mas a mamãe vai brigar comigo Yuu... – O mais delicado esfregava os olhos, tentando conter o choro que teimava em tentar sair diante da possibilidade de ficar sem seus brinquedos.

   -Ahh Kou, mas você me bateu! Olha só a marca que ficou! – O moreno apontava insistentemente uma marca levíssima vermelha na sua bochecha, enquanto o maior olhava, um bico de proporções gigantescas se formando em seu rosto.

   -Yuu... Gomen nee... – Ele falava baixinho, enquanto se aproximava da outra criança.

   -Nee, e não tinha nenhum mosquito Kou, nenhum! E ta doendo até agora e... – O menor se calou abruptamente ao sentir os lábios quentinhos do outro na sua bochecha. – Etto...

   -Pronto, agora vai passar. – O maior sorria, sem nem ao menos perceber o constrangimento do outro.

   -É, eu acho que agora vai passar... – O menor sorriu, abraçando o outro pelo pescoço bem apertado, suas bochechas coladas uma na outra - Kou, baka, muito baka!

   -Baka é você Yuu! – O maior se desvencilhou do outro, que saiu correndo, sua risada alta e gostosa fazendo o maior rir junto.

   -Você não me pega, bléé!

 

 

 

Number two. ~

 

 

 

   -Mãe, eu vou sair com o Kouyou ok? Mais tarde eu volto, eu juro. – Falei, já gritando da porta, e antes de qualquer protesto eu saí correndo para o outro lado da rua, onde um loiro impaciente de quinze anos me esperava.

   -Demorou em? – Ouvi o timbre de voz irritado, mas apenas ri daquilo.

   -Eu tive que esperar a mamãe ir tomar banho pra poder sair Kou, não enche meu saco. – Falei, e antes que ele tivesse tempo de responder alguma coisa, peguei sua mão e saí o puxando. – Hoje nós vamos para...?

   -Nós vamos para... – Vi o loiro puxar com a mão livre um papel do bolso, lendo o endereço – Nós vamos para o parque Yuu! – Vi a insatisfação dele, mas depois de anos planejando lugares diferentes pra nós sairmos – sim, eu faço isso, é meu passatempo, eu gosto e ponto - simplesmente minha criatividade foi para a casa da mãe joana.

   -Ah, mas esse é um parque abandonado Kou! Ninguém vai pra lá, é simplesmente maravilhoso! – E eu não mentia no que dizia, já havia ido lá algumas semanas atrás e me parecia perfeito para passar à tarde com meu melhor amigo.

   -Hn, quero só ver... – Ouvi mais uma vez o loiro resmungar, e tiver que conter a vontade de socar meu all star no meio da cara dele.

   -Cala a boca e vem.

 

   Andei com ele por algumas ruas estreitas, chegando em uma parte mais vazia do bairro. Dobrei algumas esquinas, e lá estava a praça abandonada. Nunca entendi o porque de a terem abandonado, mas eu realmente gostava dali.

 

   -Mato Yuu... – O loiro choramingou do meu lado, e eu fiz questão de ignorá-lo veementemente.

 

   Entramos, andando no meio do capim mesmo – que já devia bater nos meio das minhas canelas – até chegar aos balanços. Estavam todos limpos, ou pelo menos quase isso, eu os havia limpado da ultima vez que estive ali, exatamente por que sei como o loiro é com sujeira.

 

   -Ahh Yuu... Aqui é... Lindo... – Ele falava, seus olhos varrendo o local. Não era porque era uma praça abandonada que deveria ser feio, havia várias espécies de flores, e as árvores impediam que a luz entrasse excessivamente ali.

   -É... – Falei, somente. Sentei em um balanço esperando o loiro sentar no outro.

   -Sabe... Isso não está limpo e... – Eu me negava a me estressar com isso. O interrompi, o puxando para sentar no meu colo. – É bem melhor assim. – Ouvi a risada gostosa dele, enquanto passava meus braços por sua cintura, o apertando levemente contra mim, e deitava minha cabeça sobre suas costas.

   -Seu fresco... – Falei, vendo-o rir baixinho.

   -Eu sou, você é, o mundo todo é, wee. – Olhei pra ele, em um misto de espanto pela alegria repentina dele, e porque simplesmente eu queria olhá-lo.

   -Daqui de baixo, você é bem bonito, sabia? – Falei, sem nem mesmo perceber que falava, vendo-o parar de rir.

   -Yuu... – Ouvi sua voz me chamar, e eu, que já havia voltado a olhar pro chão por pura vergonha, olhei-o de volta. – Você sabe que eu nunca beijei nee, e você já... – Ele se virou no meu colo, ficando de frente pra mim. Meu coração acelerou, e nem mesmo sei por quê. – Então, como um ótimo melhor amigo que você é, você que vai me ensinar.

 

   E antes mesmo que eu falasse alguma coisa, e pos suas mãos no meu rosto e me puxou, selando meus lábios com os seus. Um friozinho bom se fez na minha barriga, e instintivamente eu abri meus lábios, sentindo a língua atrapalhada do outro vasculhar, mesmo que timidamente, cada canto dali. Bom, pelo menos em comparação a ele, o experiente ali era eu, vamos tomar conta da situação então, Yuu! Pus as mãos na sua cintura, o puxando delicadamente mais pra mim, deixei minha língua entrar por seus lábios e encontrar a dele, uma corrente elétrica estranha subindo minha coluna. Mas não demorou muito, nos separamos, não por falta de ar ou algo parecido, apenas não queríamos estragar aquele momento tão...  Único.

 

   -Yuu... – Levantei meus olhos, que na mesma hora encontraram os deles. Como eu nuca havia visto que eram tão bonitos assim? – Eu gostei disso, baka.

   -Eu também, e você que é baaaaaaaka. – Ri, levando um beliscão no braço, seguido de um selinho.

   -Seu estúpido idiota. – Antes que eu respondesse, mais uma vez ele me puxou para si, mas dessa vez em um abraço apertado. Seus dedos longos entrando nos meus fios de cabelo em uma carícia delicada – Seu imbecil cego...

 

 

 

Number three. ~

 

 

 

   Arrumei pela nonagésima vez meu terno, passando nervoso as mãos pelo cabelo. Mas que cacete! Era o casamento do Yuu – que por sinal, havia insistido que fosse a moda ocidental, não faço idéia do porque - não tinha porque eu ficar tão nervoso assim! Ah, claro, eu esqueci, eu sou completamente apaixonado por ele, e ele não assume nem sobre ameaça de morte que gosta de homem, mesmo que toda sexta-feira ele saia mais tarde do trabalho e me procure.

 

   As imensas portas se abriram, e no instante que eu vi Korihime - a noiva dele- entrando na igreja, seu vestido impecável e aquele sorriso lindo que fazia todos suspirarem, até a mim, eu simplesmente desisti. Na verdade, nem sei porque me iludi por tanto tempo que um dia ele seria de fato só meu, hn?

 

   O casamento começou, e por algum motivo estranho, o sorriso no rosto do moreno não me parecia natural, e a todo instante ele olhava em volta. Devia ser nervoso né? Normal, eu acho.

 

   Depois de alguns minutos com o padre falando, era a vez do temido “sim”. Quer dizer, temido pra mim, hn.

 

   -Yamada Korihime, você aceita Shiroyama Yuu como seu legítimo esposo? Para amá-lo e respeitá-lo, na saúde e na doença, até que a morte os separe? – Ouvi ao longe a voz do padre, e meu coração parecia ficar cada vez mais rápido. Ela me conhecia, ela gostava de mim, ela havia me convidado pra ser o padrinho, e ainda assim eu desejava com toda as minhas forças que o noivo dissesse “não”!

 

   -Aceito. – Eu vi as lágrimas brotarem dos seus olhos enquanto o moreno pegava a aliança e sua mão esquerda, pronto para colocá-la no seu dedo. Mas ele parou... Por algum motivo, ele parou, seus olhos se fixaram em mim, e foi ai que eu percebi as grossas lágrimas que caíam de meus olhos. Para qualquer um era apenas comoção, mas apenas ele entenderia.

 

   Se passaram minutos, tempo demais para todos ali, eu via as lágrimas de felicidade dela em instantes se tornarem de tristeza, ela sabia o que viria a seguir, e eu também.

 

   -Eu não posso fazer isso, Hime-chan, gomen. – Ele disse, e entregou a aliança na mão aberta da noiva de olhos mortos e rosto sem vida. Eu sabia o quão doloroso era para ela, infelizmente. –Kou...

 

   Eu vi seus olhos voltarem para mim, e na mesma hora um sorriso imenso se abriu, era impossível que eu não ficasse feliz. Ele correu pra minha frente, e quando meus olhos encontraram os seus, meu Deus, ele não precisava falar nada. Puxei seu rosto pro meu, e, esquecendo todo o resto, o beijei.

 

   Foi o melhor beijo da minha vida, com o gosto salgado das nossas lágrimas misturadas a nossa saliva, e eu tive certeza, que ainda havia sim, possibilidades de eu ser feliz...

 

   -Meu Kouyou... – Ouvi sua voz fraca, nossas testas coladas uma a outra, e abrindo meus olhos lentamente, pude ver os seus fechados. Por Deus, ele é perfeito...

   -Meu Yuu... – Nós ouvíamos as vozes exasperadas no fundo, o padre se benzendo, o choro da Kori-chan, mas nada mais importava ali, somente nós dois. – Aishiteiru...

 

 

 


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Notas finais do capítulo

ok,ok. Uma das minhas poucas fanfics que não se resumem a sexo sexo e sexo, então, por favor, relevem se estiver chata -q
reviews?