Completamente Minha escrita por SMening
Notas iniciais do capítulo
Arigatou a Catherine pelos comentários.
(- Está bem, eu prometo-te.)
Jessica desligou o telefone e massajou as têmporas. Sabia que as promessas do seu irmão não valiam de nada. Sabia que o seu irmão era sincero naqueles momentos, que realmente queria deixar o jogo, mas uma coisa era querer a outra era poder.
Nesse momento, abriu-se a porta do escritório de Rubens e o seu chefe saiu com o irmão. Jessica teve vontade de dizer-lhe que deixava o trabalho e ia sair dali a correr, mas, em vez disso, ficou a ouvir a conversa.
Denis estava a dizer ao irmão que tinha terminado o design do Vallerio Roadster e que o esboço do novo motor estava em cima da sua mesa.
- Jessica, poderias vir ao meu escritório, por favor? – pediu-lhe Rubens depois do irmão se ir embora.
- Sim, levo o bloco?
- Não.
Jessica levantou-se e Rubens deixou-a passar primeiro. Uma vez no seu escritório, sentou-se enquanto o seu chefe fechava a porta. A seguir, ficou a olhar para ela e Jessica teve a sensação que tinha sido apanhada.
Rubens descobrira que tinha andado a roubar informações secretas e a entregá-las a ESP Motors. Embora não achasse piada à ideia de ir para a prisão, sentia-se aliviada, pois não tinha nascido para roubar e já o fazia há um ano.
- Chamei-te porque quero que me ajudes a preparar uma armadilha.
Jessica ficou pálida.
- Uma armadilha?
- Mandei que me fizessem duas cópias do novo motor e quero que mandes uma ao Luis e outra ao Alexandre.
- E não seria melhor chamá-los ao escritório e falar com eles? – sugeriu Jessica.
Não queria que Rubens suspeitasse daqueles dois directores, pois eram os dois bons homens e tinham família.
Rubens negou com a cabeça.
- Contratei uma empresa de investigadores privados e disseram-me que temos que apanhar o espião com a mão na massa. Caso contrario, não poderemos provar que foi ele. Não quero que esse homem se fique a rir de mim depois de me ter roubado.
Jessica assentiu, apercebendo-se que o momento da verdade estava muito perto.
Evidentemente, mais tarde ou mais cedo iam descobri-la.
No dia seguinte à tarde, Rubens estava muito satisfeito. Estava tudo em marcha para apanhar o espião. Tinha contratado Ian Stark, da Stark Security, um companheiro da universidade que se tinha encarregado, da mesma forma que ele, da empresa da família.
A Stark Security protegia ricos e famosos há mais de 100 anos, não através da contratação de guarda-costas, mas protegendo a propriedade intelectual, e faziam-no muito bem.
Tinham-no contratado para que apanhasse o espião infiltrado na empresa e estava naquela momento a ir para lá, motivo mais que suficiente para comemoração.
Os seus irmãos estavam ocupados e, embora tivesse o jantar com os pais naquela noite, queria celebrar imediatamente.
Ou será que estava à procura de uma desculpa para convidar a sua lindíssima secretária para beber um copo?
Sim, era isso.
Rubens saiu do escritório e viu que a secretária de Jessica estava vazia. Tinha-se sentado na sua cadeira e estava a deixar-lhe um recado quando ela voltou.
- Ah, estás aqui – disse.
- Sim, precisa de alguma coisa? – respondeu ela.
- Sim, que vistas um casaco porque vamos beber um copo para celebrar.
Jessica sorriu com aquele seu sorriso tão tímido que fazia com que Rubens tivesse as fantasias mais eróticas.
- E o que vamos celebrar?
- O facto de tudo ter corrido bem.
- Excelente.
Ao pôr-se de pé, Rubens percebeu como a sua secretária era pequena e feminina. Naquele dia levava um vestido justo de decote aberto. Tinha o cabelo encaracolado, cortado à altura dos ombros, portanto, quando se movimentava, este ondulava à volta do seu rosto de porcelana.
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