Azul Profundo escrita por minsantana


Capítulo 1
Capítulo 1 Onde Tudo Começa


Notas iniciais do capítulo

Eu escrevi essa história em poucos dias e a princípio não ia publicá-la aqui. A intenção da minha amiga Karina era que eu a usasse para lançar meu tão aguardado livro, porém ainda não tenho coragem de ficar plantada na frente de todo mundo dando autógrafos.. rsrsrsrs
Prefiro ler os comentários de vocês e saber o que acham. Por isso comentem bastante nesse cap senão eu nem posto o resto! =P



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Eu nunca imaginei que a minha vida pudesse mudar tanto. É claro, eu ia amadurecer, a idade cedo ou tarde ia chegar, essas coisas que todo adolescente pensa. Mas nunca imaginei que fosse mudar tanto por amor. Eu estava enganada, pois foi justamente isso que aconteceu.

Tenho 17 anos, me chamo Lara, e namoro Paul, que tem 21 anos. Namoramos há quase 2 anos, e estamos muito felizes juntos – ou pelo menos eu acho que estamos. Hoje é dia dos namorados e estamos passeando de mãos dadas pela orla da praia. Em minhas mãos, um buquê de rosas amarelas que ele me deu de presente. E antes que você se pergunte, esse foi o meu único presente.
Estamos tendo aquela conversa de novo. A que eu detesto e sempre que ela surge algo nada bom acontece entre nós.
- Lara, você precisa perder esse medo. Eu já te disse que não é nada de mais essa coisa toda de virgindade. Você já tem 17 anos...
- Paul, eu já te disse que não. Ainda não.
- Mas por quê? Me dê apenas um bom motivo pra você não querer, e não um motivo besta desses de que você tem medo.
- Mas eu tenho medo. E não quero que seja assim. Eu não me sinto segura e...
- Não se sente segura... comigo? Se quer fazer sexo com outro é só dizer. Não precisa ficar me enrolando. A gente acaba com essa história de uma vez e pronto.
- Não, Paul! Não é nada disso. Eu amo você, e você sabe que só quero você. Mas...
- Ainda não é hora e blabláblá. Está bem, você que sabe. Eu tô indo pra casa. Tchau.

Ele se vira e anda depressa, de costas pra mim, me ignorando por completo. A boba aqui estragou tudo mais uma vez. E tudo por causa do meu medo idiota.

O tempo está frio e já é tarde. A praia está vazia por causa do vento frio e não há mais ninguém há minha volta, ou pelo menos eu acho que não já que não consigo ver mais nada através das lágrimas que embaçam meus olhos. Seguro as rosas amarelas junto ao peito e ando mais depressa em direção à minha casa.

Talvez tenha sido as lágrimas ou até mesmo o meu enorme senso de distração, mas não reparo no que está prestes a acontecer. Atravesso a rua sem olhar e apenas tenho tempo de sentir alguém caindo por cima de mim, me jogando ao chão. O empurrão foi tão forte que as rosas se espalharam pelo chão da orla, criando um cenário bizarro e pintado de amarelo. De um lado, eu caída e esfregando o joelho arranhado. De outro, um garoto também caído que parece atordoado atrás de alguma coisa. Logo depois percebo que ele estava buscando o objeto causador do estrago: seu skate.

Me levanto depressa, furiosa e ao mesmo tempo sem reação. As rosas estão espalhadas e o vento está levando algumas pétalas para longe. As que restam ainda estão espalhadas pelo chão.
Fico olhando para elas até que sinto a mão do rapaz tocar meu ombro.
- Você deveria prestar mais atenção ao atravessar. – Ele diz.
Me viro bruscamente desviando de seu toque. A cara que faço não é nada boa e acho que ele também percebe isso.
- O quê? – Exclamo revoltada. Quem ele pensa que é?
- Você... deveria prestar mais ate...
- Eu ouvi o que você disse.
- Então por que perguntou?
Fico olhando pra ele tentando perceber algum sinal de que ele tenha alguma deficiência mental. Não é possível que ele seja normal e tão imbecil.
- Você me deve desculpas. – Digo firme.
- Eu?? Foi você que entrou na minha frente. Eu não tive tempo de desviar.

Por um segundo, paro e percebo que os olhos dele são azuis. De um azul que eu nunca tinha visto na vida. Balanço a cabeça tentando me livrar desses pensamentos absurdos e o encaro novamente. Percebo que não terei forças para continuar discutindo. Isso não irá nos levar a nada mesmo. Além disso, a noite foi muito longa e eu só preciso ir pra casa e chorar no meu travesseiro por tudo o que aconteceu. Acho que ele percebe que meus olhos estão se enchendo de lágrimas e fica sem graça.
- Me desculpas, tá legal? Eu não tinha a intenção de te machucar. Você está bem?
- Sim.
- Posso ver esse corte? – Ele aponta pro meu joelho que já nem dói mais. Agora a dor é em outro lugar.
- Não, não precisa. – Respondo assim mesmo, no tom de grosseria.
- Mas está sangrando.
- Vou pra casa.
Viro as costas e saio andando, imaginando como Paul estava se sentindo quando fez a mesma coisa comigo alguns minutos antes.

Quando chego em casa, meus pais já estão dormindo, o que é um alívio. Detestaria ter que explicar as lágrimas e o sangue em minha perna. Tomo um banho rápido, passo remédio no arranhão e deito em minha cama. O sono custa a chegar e quando finalmente ele chega, não consigo sonhar.

 

Personagens (Depois vou postando os outros que forem surgindo):


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Notas finais do capítulo

E aí, continuo?