I Never Told You. escrita por Samantha_B


Capítulo 16
Capítulo 16




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/90466/chapter/16

Jenna POV.

Josh parecia que ia explodir a qualquer momento.
Não consegui mais raciocinar ao vê-lo levantar a mão e trazê-la até perto de meu rosto. Fechei os olhos e esperei por seu tapa. Eu merecia. Porém não houve nada. Abri os olhos devagar, Josh estava com a mão fecha próxima a meu rosto. Abaixou a mão e fechou os olhos, tentando se controlar. Eu mereço a surra que ele tanto quer dar. Eu sei que mereço. Mas ele é perfeito demais pra dar um tapa em alguma mulher.
— Sai da minha casa — ele disse entre os dentes.
— Josh... — Eu tentei falar, porém ele me calou com um só grito.
— Sai daqui, porra! — Ele gritou. Dei um leve pulo para trás pelo susto e abaixei a cabeça.
— Eu tenho mais coisas para falar! — Murmurei. Ele me olhou.
— Eu não quero mais saber de droga nenhuma, Jenna — ele disse, chegando bem perto de mim. Naquele momento achei que ele me mataria, mas ele não fez mais nada além de voltar a falar. — Some daqui antes que eu perca a cabeça e faça uma besteira. Você sabe como sou quanto estou nervoso, Jenna. Vá logo embora.
— Por favor, Josh — supliquei. — Deixe-me contar o resto. Eu... preciso me libertar de toda esta maldita mentira!
Ele me olhou, respirou fundo e se afastou de mim, ficou o mais longe que conseguiu. Eu sabia o quão difícil era pra ele ficar perto de mim após saber de tudo isso.
— Fale — ele respondeu, seco. — Você tem dez minutos.
Eu abaixei a cabeça, suspirei e o encarei.
Ele tirou a aliança do dedo e jogou-a para mim. Eu a peguei e guardei no bolso da calça, sem protestar. Eu já sabia que meu casamento não teria volta após contar-lhe tudo. Era o fim. O nosso fim. Ou melhor, o meu fim.
— Josh... — eu comecei a falar. Sentia minhas mãos e pernas tremerem, mas segui. — Eu... Bom... Além de... Trair você — eu mordi o lábio inferior, ele me encarava impaciente — eu me... Droguei.
— Você o que?! — Ele gritou, assustado.
— Shhh... Não fale agora — pedi e ele se calou. — Eu me droguei. Dizem que quando você faz isso, esquece os problemas e realmente é verdade. Você esquece na hora, porque depois, no dia seguinte, você lembra de tudo e ainda por cima lembra do que fez. Lembra da besteira que fez. Eu sei que sou uma idiota. Eu sei que sou tudo o que há de ruim no mundo, Josh. Mas eu não estava aguentando mais ver você me traindo e não me contar nada. Tentei fazer o mesmo e você não reparou. A única coisa que reparou em mim foi que minha barriga cresceu um pouco e eu que andei estressada. E isso machucou, sabia? Machucou demais, Josh. Mas... você pareceu não se importar. Drogas eram meu refúgio.  — Soltei tudo de uma só vez. Ele apenas ficou calado, sabia que em partes, eu estava certa; ele não reparou em mim, ele me deixou de lado e etc. Mas ok, nada justifica o que eu fiz. Eu posso ter deixado meu filho doente só nessas iditices. Mas eu tentei me segurar. Porém se você usa a droga uma vez, você vai querer usar outra.

Josh POV.

Eu não sabia se sentia raiva ou dó de Jenna. Ela não fez o certo, ok. Mas eu também não fui certo com ela. Eu menti, a deixei sozinha.
Ouvir tudo aquilo de sua boca foi um grande choque. Nunca imaginei que a mulher que eu dormia todos os dias, me traia e se drogava. Eu também não sou um santo. Mas não fui idiota ao ponto de me deixar levar por drogas.
Eu queria que ela fosse embora da minha vida, sei que não seria nada bom deixá-la sozinha agora. Mas não assumiria um filho que não é meu e nem ajudaria ela a se tratar. Estou errado mais uma vez, eu sei. Mas se ela se meteu nessa sozinha, que saia. E se foi por minha causa, que pense em mim para sair.  Por causa de um capricho dela, ela se tornou uma viciada e colocou uma criança no meio disso tudo. Mas, infelizmente ou felizmente, eu não posso ajudá-la.
— Jenna — eu disse, soltando um suspiro pesado —, já passou. Eu só quero que você vá embora. Quero que você suma da minha vida.
Ela se aproximou de mim e tocou meu rosto. Sabia o que ela tentaria fazer, mas não conseguiria. Não dessa vez.
— Não — eu disse firme. — Chega, acabou. Pega suas coisas e some. Não te quero aqui nem mais um dia.
— Que droga! — ela gritou. — Você também fez besteiras! E vai me pôr pra fora sem ao menos me ajudar só porque fui uma idiota?
Eu olhei dentro de seus olhos e disse:
— Esse filho — eu apontei para sua barriga —, mesmo se fosse meu, eu te colocaria para fora agora. Eu não te amo. E você é uma drogada. Entrou nessa sozinha e por minha causa, certo? Pois então que saia sozinha. Só se lembre de mim e você conseguirá fazer isso, ou não. Mas tanto faz. Não te quero aqui, Jenna. Vá para a casa de seus pais. Me deixe em paz.
Ela abaixou a cabeça.
— Tudo bem. — Ela disse colocando o cabelo atrás da orelha. — Então acabou de verdade?
— Acabou — eu respondi, seco.
Sabia que estava sendo rude demais. Mas eu simplesmente não conseguia tratá-la melhor. Ela mentiu o dobro do que eu menti.
— Tem mais alguma coisa a contar? — Eu perguntei, me aproximando dela.
— Não — ela me olhou do jeito mais frio que pôde. — Vou arrumar minhas coisas.
Eu apenas balancei a cabeça e sai do quarto.  
Me joguei no sofá e tentei raciocinar. Tentei colocar tudo em ordem. Mas não adiantou de nada. Eu estava em puro choque. Acabara de descobrir que minha (ex) esposa era uma drogada e estava grávida de outro. O único ponto bom nisso tudo é: agora eu posso voltar com Hayley. Talvez, agora, eu possa ser feliz.
Longos minutos se passaram, Jenna saiu do quarto com suas coisas — e eram muitas, de verdade.
— Só irei ligar para o meu pai e pedir para ele vir me buscar — ela disse ao ver que eu estava me levantando para ajudá-la. — Não precisa nem ter o trabalho de vir me ajudar.
Eu me sentei novamente.
Ela ligou para seu pai, depois de uns minutos ele apareceu lá em casa.
— O que aconteceu, filha? — Perguntou ao vê-la chorar.
— Nada, vamos logo, pai — ela respondeu.
O velho me olhou, pude notar o ódio em seus olhos. Mas eu não tinha culpa.
Parei para pensar: ele também não devia saber de nada. Aliás, acho que ninguém sabia além de mim.
— O que você fez com ela, rapaz? — Perguntou.
Eu ri, irônico.
— O que eu fiz? — Perguntei, debochado. — Não é mais fácil o senhor perguntar para ela o que nós fizemos?
Odiava sentir raiva. Eu sou a pior pessoa do mundo com raiva. Trato mal  todos a minha volta, sou irônico...
O pai dela me encarou, sabia que daria uma discussão. Ela, então, se meteu na frente do pai e o puxou para ir embora. Quando saíram de lá, eu me dei conta de tudo o que estava acontecendo.  Minha cabeça doía. Mas não iria descansar. Precisava colocar tudo isso para fora. Peguei minhas chaves, fechei tudo e sai.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam? Hmm, eu continuo com dó da Jenna. E juro que não gostei nem um pouco da atitude que o Josh teve OIHADSPOISAH, não sei nem como consegui escrever essa parte. Mas ok. A Jenna mereceu isso tudo, certo? Hihihi. Comentem, amores. A fic deve acabar daqui a uns três ou quatro capítulos, hehehehehe. Não sei bem ao certo. E também não garanto final feliz, tenho o sério problema de mudar finais de histórias. Por mais que eu as ame, eu sempre mudo. Então... E opa, contei o final sem querer, euri. Eeeeeeenfim, quero comentários, hein. u.u Até mais, gente. (:
E AAAAAAAA, SEIS ANOS DE PARAMORE HOJE! PARABÉNS PRA A MELHOR BANDA DO MUNDO!
We are Paramore! *-* Tive que apagar e postar de novo o capítulo porque deu uns probleminhas, haha. mas já arrumei tudo.