Um Detetive e Um Dedo escrita por TsukiyamaNaru


Capítulo 1
Capítulo Único




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O segredo por trás de um dedo Estava eu, sentado em meu escritório, entediado, já que nenhum caso havia batido em minha porta nestes dias. Até que em um breve momento eu ouvi umas batidas na porta. Uma senhorita de fisionomia atraente entrou em meu escritório.- Você é o Dr. Michael? – Ela perguntou.- Sim, sou eu mesmo. Precisa do trabalho de um detetive?- Sim. Estou intrigada com um fato que ocorreu há alguns dias.- Relate o fato.- Eu estava andando na praia, como sempre faço, e resolvi entrar no mar. Ao chegar perto da maré... – Ela parou de falar, me olhando á escrever tudo em um bloquinho de papel.- Não se incomode com isso. Continue...- Ah! Claro! Bem, ao chegar perto da maré, eu pisei em algo. E quando vi, havia pisado em um dedo!- Um dedo? – Perguntei, achando ter ouvido errado.- Exatamente. Um dedo. Mas o que me intrigou não tinha sido isto. Mas sim, o anel de esmeralda que havia preso ao dedo. Aquela pedra, de alguma forma, me enfeitiçou, encantou. E desde aquele dia, não tenho conseguido dormir direito. Quase todos os dias penso: A quem pertence o dedo? A quem pertence o anel?- Entendo. E você gostaria que eu descobrisse de quem é o dedo, o anel?- Exato!- Seu nome e idade.- Bruna Armstrong, 23 anos.- Moradia.- Bairro das Estrelas, Rua Lune, casa 1458.- E onde encontrou o dedo/anel, exatamente?- Foi na praia da cidade. Eu peguei e guardei em uma caixinha em casa. Gostaria de dar uma olhada?- Sim, claro. Seria possível irmos agora?- Ah sim! Venha comigo!E assim, eu e minha mais nova cliente fomos a casa dela. Ela me pediu para esperar no sofá da sala, e assim eu o fiz. Enquanto ela procurava a caixinha com o dedo/anel, eu pensava comigo mesmo... “Essa mulher só pode ser maluca! Procurar-me para descobrir de quem pertencia um dedo! Mas como ela paga bem, não tenho nada a perder!”. Alguns minutos depois, ela voltou com uma caixinha de papelão pequena, onde se encontrava o dedo, tão pálido e sensível. A unha pintada levemente de vermelho, pelo o que notei. E o anel... Ah! Este sim enfeitiçava! Realmente enfeitiçava! Pedi permissão para verificar o anel... Ela, com a cabeça, indicou que sim, e eu olhei atentamente todos os detalhes da jóia... Não parecia falsa... Contudo, nada de pistas... Mas em um momento meu de distração, minha cliente apontou para uma escrita no anel. Quando vi, era o nome da loja que havia vendido o anel!- Loja Gold? Onde é isso – Me perguntei, sem querer, em voz alta.- É simples! Fica a uns 10 quarteirões daqui!- Vou lá então! Se importa se eu levar o anel?- Pode levar. Esperarei notícias. Até maisE eu fui, em direção à loja. Ao chegar lá, vi um vendedor idoso. Deveria trabalhar lá a muito tempo! A pessoa perfeita para perguntar quem havia comprado o anel!- Com licença. Sou o Dr. Michael, detetive particular, e procuro informações sobre o dono deste anel. Sabe me dizer quem o comprou? – Perguntei ao senhor- Oh sim! Lembro-me perfeitamente deste anel! Uma das nossas mais valiosas peças! Se eu não me engano, quem o comprou foi o senhor Rui, há vinte anos atrás, aproximadamente. O Senhor Rui estava prestes a se casar com sua noiva Gracilene, mas se suicidou no dia de seu casório, no dia que acenderia a lâmpada nupcial. Como esquecer aquele dia? Ele era o homem mais rico da cidade!- Entendo... Sabe me dizer se algum parente dele, ainda vivo, mora aqui?- Parente, não... Mas há os antigos mordomos da mansão onde este morava. Os ex-mordomos moram ali naquela casa – Completou o idoso, apontando para um sobrado de cor acinzentada. – Isto é tudo o que sei.- Obrigado – Agradeci e fui em direção ao sobrado, esperando encontrar alguém.Andei, andei, andei... E finalmente cheguei ao portão principal. Toquei a campainha. Uma, duas, três, seis vezes, mas ninguém atendia. Resolvi esperar. Umas duas horas depois, uma idosa apareceu, carregando umas sacolas de supermercado.- Precisa de algo, senhor? – Ela me perguntou.- A senhora por acaso, já trabalhou na mansão do Falecido senhor Rui? – Perguntei diretamente.- O senhor Rui? Ex-noivo da senhorita Gracilene? – Ela respondeu, intrigada com a minha visita.- Exatamente. Você trabalhava lá, não é?- Sim, eu e meu marido Aluisio trabalhávamos lá como mordomos. No dia em que o senhor Rui se suicidou, minutos antes, a senhorita Gracilene havia sido assassinada. Todos suspeitaram de mim e de meu marido, já que éramos os únicos ali na mansão. Mas o que realmente havia acontecido... Eu e meu marido vimos! Meu marido perdeu a voz, desde aquele dia, de tão forte que foi o choque. O Senhor Rui berrava com a Senhorita Gracilene, a chamando de biscate, vadia... E ela apenas chorava, dizendo que não havia sido culpa dela... E eu sabia exatamente do que estavam falando. Senhorita Gracilene tinha um caso com um morador da cidade... Mas se Rui descobrisse, ela perderia o futuro marido e o dinheiro que este tinha. Então manteve segredo e me obrigou a não falar nada... Fiquei insegura, mas não abri a boca. No dia do casório, o Senhor Rui viu a senhorita Gracilene beijando o morador. Ele ficou chocado e trouxe-a para o quarto, onde começou a xingá-la e maltrata-la. Arrancou o dedo do meio dela, onde ela sempre usava seu anel de esmeralda favorito, que havia ganhado do Senhor Rui. Logo depois de arrancar o dedo, ele a matou. Guardou o dedo no bolso de seu palitó e se suicidou. Nós, quando vimos este acontecimento, tratamos de dar um enterro digno a senhorita, já que esta sempre quis ter seu corpo cremado quando morresse, e ao senhor Rui, que queria ter seu corpo jogado ao mar. Senhor Rui foi jogado com a roupa do casório e consequentemente, com o dedo no bolso.- Nossa, que história! – Afirmei, impressionado, terminando de anotar todo o depoimento da idosa – Poderia me dizer seu nome?- Sou Muriel, mas não cite meu nome neste caso. Já sofri demais por ser suspeita, e agora quero viver o resto de minha vida, tranqüila...- Seu nome não será citado... Pode ficar tranqüila. – Terminei, me despedindo e indo de volta para a casa de minha cliente.Fiquei realmente impressionado... Mas, agora a história não é prioridade! Preciso levar logo a solução do mistério para a senhorita Bruna e receber meu dinheiro. Há dias que não recebo nada!

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