And All I Wanted Was You escrita por JustMe


Capítulo 11
Capítulo 11 - Aniversário


Notas iniciais do capítulo

:D Aqui ta o cap.



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Quando o taxi finalmente chegou na minha casa, o motorista começou a me encarar quando eu falei que era para ele parar um pouco a frente, pois eu não iria chamar um taxi para andar 20 metros, certo?

No momento em que eu parei na frente, eram exatamente 11 horas da manhã, como o combinado. Eu estava nervoso, mesmo tentando enfiar na minha cabeça que ficar nervoso agora era idiotice, não tinha motivo para ficar nervoso.

Pedi para o motorista buzinar uma única vez, para ela ver que eu cheguei. No momento em que ele buzinou, ela passou pela porta.

Não poderia estar mais perfeita.

Ela não estava vestida ?bem?, estava usando roupas casuais, uma calça jeans e uma camisa xadrez fechada. Seus cabelos mais ou menos cacheados estava soltos, balançando levemente enquanto ela andava. Exatamente do jeito que ela ia para a escola, nada de exagerado. E isso me deixou feliz.

Quando ela estava a meio caminho até o taxi, eu sai do banco de trás e dei uma pequena corridinha e peguei ela em um abraço.

- Parabéns! ? eu disse, levantando-a um pouco..

- Obrigada! ? ela disse, sorrindo.

Eu a soltei, e então indiquei ao taxi.

- Vamos? ? eu disse.

- Claro! ? ela disse, entusiasmada.

Enquanto caminhávamos, ela colocou seu braço por meu ombro, e eu fiquei um pouco sem graça.

- Onde estamos indo? ? ela perguntou.

- Surpresa. Você só saberá quando estivermos chegando. ? eu disse, fazendo suspense.

- Ah, por favor, me conta! ? ela disse, quicando no banco de trás, ao meu lado.

- Não.

Eu tapei os ouvidos dela, por tempo suficiente para eu dizer para onde o taxista deveria nos levar.

- Bom, para fazer parte da surpresa... ? eu disse, tapando os olhos dela com uma venda.

- Não! Assim não dá! ? ela disse, reclamando. Porém, ela não retirou a venda.

Eu sabia que eu estava sendo um pouco exagerado de mais, mas eu queria que ela ficasse surpresa. Afinal, aquilo era uma surpresa.

Ela ficou tentando me fazer dizer aonde iríamos até chegarmos no local. E era bem longe, e isso só a deixou mais curiosa.

Quando finalmente chegamos, eu terminei de pagar o taxi, e então descemos.

- Preparada? ? eu disse, fazendo mais suspense.

- Tira logo essa venda! ? ela disse, impaciente.

- Tudo bem, tudo bem.

E então, eu tirei a venda.

Ela olhou, por um momento, e então seu queixo caiu um pouco. Nós estávamos olhando para o Central Park.

- Em nenhum momento da minha imaginação eu cogitei que nós iríamos vir para cá. ? ela disse, ainda incrédula.

- Você gostou?

- Mas é claro! ? ela disse, e então se virou para mim e me abraçou.

- Obrigada! ? ela disse, ainda me abraçando.

- Mas como? Você nunca tinha vindo ao Central Park ainda? E você mora em Nova York? ? eu disse, fitando-a incrédulo.

- Mas não se esqueça que eu moro aqui há uma semana, eu não tive tempo de vir aqui, ainda mais que é bem longe de casa.

- Pois é, tinha me esquecido. Bom, vamos! ? eu disse, pegando a mão dela e correndo.

- O que você quer fazer? ? perguntei.

- Bom... Eu queria conhecer primeiro. ? ela respondeu.

- Então vamos dar uma volta?

- Claro!

Então começamos a caminhar, contornando todo o Central Park, e depois passando por dentro, até que vimos uma banca de cachorro-quente.

- Você quer almoçar? ? eu perguntei, apontando para a banca.

- Pode ser!

Durante toda a nossa caminhada nós ficamos conversando, e rindo. Parecia que havíamos voltado ao que era antes, bom, somente parecia.

Não sabia por que, mas eu me sentia mal. A dor estava forte dentro de mim, durante todo o tempo que eu estava com ela. Porém, eu conseguia disfarçar, e ela não via que eu estava sofrendo, e nem queria que ela visse. Eu não iria arruinar o seu aniversário.

Caminhamos em direção a banca de cachorro-quente e entramos na fila. Afinal, era domingo, com sol, então muito gente estava no Central Park. Quando o homem finalmente nos atendeu, pegamos nossos cachorros-quentes e sentamos em um banco, com nossos refrigerantes do lado.

- Só sei que amanhã estarei 3kgs mais gorda. ? ela disse.

- Não se preocupe tanto, pelo menos hoje! É seu aniversário. E, olha, você pode ser qualquer outra coisa, menos gorda. ? respondi.

O corpo dela não era anoréxico,  era bonito. Não tinha nada exagerado, como se via em algumas garotas do colégio, uma das coisas que eu gostava na Mirna. Ela não era exagerada em nada.

- Aham, vai nessa. ? ela disse.

Mesmo dizendo que engordaria se comesse, Mirna comeu seu cachorro quente ? demorando bem mais que eu, obviamente ?, mas comeu.

- Como que você consegue comer tão rápido? ? ela perguntou, olhando para mim com uma expressão de medo.

- Simplesmente consigo, agora como eu consigo, dessa parte eu não sei. ? eu disse, sorrindo. Ela também riu um pouco.

Quando olhei para o relógio, vi que já era 13 horas. O tempo passava muito rápido quando eu estava com ela.

Olhei ao meu redor. O Central Park estava lindo, estava um dia ensolarado, um dia típico de Primavera. Porém, não estava calor. Estava uma temperatura agradável.

- Tive uma idéia. Você não quer patinar? ? perguntei.

- Como assim? ? ela perguntou.

- Tem o ringue de patinação no gelo, e eu acho que está aberto. Quer patinar?

- Se você prometer não rir quando eu cair... Eu quero.

- Bom, vou me segurar então. ? eu disse, sorrindo. Ela me deu um tapa, de brincadeira, no braço, e depois sorriu.

Fomos caminhando, terminando de tomar nossos refrigerantes. Conversando e rindo, como sempre.

Quando chegamos, alugamos os patins e entramos no ringue. Patinar era difícil exigia muita coordenação, o que é uma coisa que eu realmente não tenho. Porém, como eu já havia patinado algumas vezes em outras visitas ao Central Park, porém Mirna não.

- Por favor, me segure se você ver que eu vou cair. ? ela pediu, suplicante.

- Não vou deixar você se machucar. ? eu disse, sorrindo.

- Tudo bem, e espero que cumpra sua promessa.

Eu entrei primeiro, e ajudei Mirna a se equilibrar nos patins. Ela não parecia ter dificuldade, ela conseguiu ficar de pé por um bom tempo, e consegui andar também.

- Viu, não é tão difícil. ? eu disse.

- É, pensei que fosse pior. ? Mirna respondeu.

- Você quer apostar uma corrida? ? desafiei.

- Como é que é?

- Quem dar uma volta na pista primeiro, ganha.

- Bom, e o que eu ganho se eu ganhar?

- O que perder pode fazer qualquer coisa que o outro quiser.

- Qualquer coisa?

- Somente coisas que envolvam dor que estão proibidas. O resto vale.

- Tudo bem, eu aceito. ? ela disse, sorrindo.

- Ok, começamos no três. Um... Dois... E... Três!

Começamos a correr. Eu larguei na frente, e ela ficou a poucos metros atrás. Comecei a patinar com mais força, eu não podia perder. Ou podia?

Eu estava rindo distraidamente quando eu não vi uma criança de ? no máximo ? 10 anos querendo passar pela minha frente. Como eu não queria bater e matar a criança, eu tentei desviar, mas como eu estava rápido de mais, eu perdi o controle sobre os meus pés e cai, deslizando no gelo até bater contra o pequeno muro que cercava a pista. Logo percebi que bati minha cabeça, e já estava percebendo o volume se formando.

Logo que eu cai, Mirna veio em minha direção.

- Você está bem? ? ela perguntou, preocupada.

- Sim. ? respondi. E então comecei a rir.

Nós dois começamos a rir, tivemos um ataque de risos, e eu não entendi direito o motivo, e as pessoas estavam nos encarando. Mas não ligávamos, continuamos a rir. Mirna também caiu no chão, e rolamos de rir no chão, e eu continuava a me perguntar o porquê de estarmos rindo.

Depois de alguns minutos, começamos a nos controlar até parar de rir. Eu me levantei e ajudei Mirna a se levantar.

- Por que nós estávamos rindo? ? perguntei.

- Realmente, eu não faço a mínima idéia. Foi muito engraçado. ? Mirna respondeu.

Saímos do ringue e começamos a caminhar novamente.

- Sua cabeça não esta doendo? ? ela perguntou.

- Um pouco, nada que eu não possa suportar. ? respondi.

- Coitadinho! ? ela disse, sarcasticamente. Afagando meus ombros.

Caminhamos mais um pouco, em silêncio.

- Você não quer ir no lago? ? perguntei.

- Pode ser. Nós não passamos por lá ainda, não é? ? ela disse.

- Sim. Vamos!


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Notas finais do capítulo

O que acharam?
Ainda quero matar vocês de curiosidade, ou não haha
Mereço reviews?



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