Sem Barreiras escrita por Arlequina


Capítulo 12
De volta ao lar


Notas iniciais do capítulo

Meu bem deu uma revisada, ele não gostou do capítulo (pensem numa pessoa chata XDD) bom, está aqui, depois de séculos o cap. 12
espero que gostem e boa leitura XDD



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O dia mal havia começado e eu estava ansiosa pela ligação que receberia do hospital que sendo ou não positiva, me deixava inquieta. A possibilidade de ver George fora daquele lugar para estar ao meu lado me deixava eufórica, e a outra opção, de ele ter de ficar mais um tempo, me deixava aflita. Andava de um lado para o outro na sala, olhando sempre para o telefone, no meu pensamento o tempo não passava, cada segundo corria como uma longa hora.

- Menina se acalme, essa sua impaciência vai deixar tudo mais lento, sente-se e acalme-se.
Não dei ouvidos à Cassandra quanto a isso, me veio em mente a ida dela à delegacia.

- Cassandra, como foi com o delegado, na delegacia?
- Não me escuta, não é... Bem, registrei a queixa, e o delegado pediu pra mantermos a calma e ficarmos atentas, todo movimento suspeito deve ser observado. Senti-me até em um daqueles filmes policiais, deu até frio na espinha...
- Certo, temos que ser precavidas mesmo, todo cuidado é pouco... E esse hospital que não me liga...

No hospital

Acordei bem cedo, e em jejum, fui encaminhado para o laboratório, onde seriam feitos os exames finais.
A sala era pouco maior que o quarto, e como não poderia deixar de ser era branca, tinha algumas bancadas, aparelhos de diversos tipos (desde um simples termômetro até uma maquina de ressonância magnética), alguns tubos cilíndricos para colher sangue, armários etiquetados, uma máquina estranha, que se assemelhava a uma pequena geladeira, só que era cilíndrica.

- George, achou o ambiente estranho?
- De certa forma sim, nunca havia freqüentado salas de exames antes...
- Entendo bem, mas não precisa se assustar, se tudo der certo, essa será a primeira e única vez que vê uma dessas.
O doutor deu um riso amistoso.
- É essa a minha maior vontade, sair daqui pra não mais voltar.
- Bem, já está tudo pronto, vejamos você vai realizar um eletrocardiograma, eco cardiograma, exame de sangue e urina.
- E isso tudo fica pronto em quanto tempo?
- Dependemos da análise do laboratório, mas até o fim do dia teremos os resultados.
- Poxa, e terei de ficar todo esse tempo preso aqui?
- Não, vou autorizá-lo a voltar pra casa, mas você deve ficar ciente que se os exames mostrarem qualquer complicação deverá voltar imediatamente. É para seu próprio bem.
- Tudo bem, trato feito.
- Certo depois dessa bateria de exames você vai assinar um documento com essas informações que acabei de te passar, faz parte do protocolo.
- Tudo bem, eu assino, e, por favor, vamos logo com esses exames.

Os exames foram sendo realizados, numa ordem específica de forma que não prejudicasse o exame seguinte, o paciente em jejum e o médico concentrado cumpriam seus papeis.
Cerca de mais ou menos duas horas depois, tudo estava pronto, restava agora encaminhar o material para o laboratório.

- George, acabou, vamos até minha sala e em seguida ligaremos para sua esposa.
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- Phillip, tem certeza de que isso é mesmo seguro?
- Não seja covarde, a vida é feita de riscos, e se quisermos nos dar bem temos que corrê-los.
- Não me chame de covarde, temo por minha vida! Não entende que elas já devem ter acionado a polícia?
- Que acionem o que quiserem, mas se tivermos a peça certa nem a polícia irá nos parar.
- Droga! Nikolai sabe disso?
- Ora Andrei, o velho Niko já está quase fora de movimentação. Logo será também uma peça a menos.
- Você também pensa em... Matá-lo?
- A essa altura quem não me for útil, infelizmente terá esse fim...
- E-eu me enquadro nesse grupo?
- Só depende de você e da qualidade de seu serviço. Sabe bem como sou exigente, e gosto de trabalhos bem feitos.
- Sei sim senhor, mais até do que o velho Niko...
- Bem, está avisado. Agora para me provar sua eficiência e lealdade; quero que faça uma visita a um certo amigo...
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Os materiais coletados foram levados para o laboratório, e em seguida o médico trouxe em mãos os documentos de que havia falado com George. Após a assinatura dos papéis, o médico ligou para Eugenee. Cassandra atendeu de pronto.

- Alô, quem fala?
- Aqui é do Hospital San Kosova, tenho um aviso para a senhora Eugenee.
- Certo, vou chamá-la, aguarde um momento.
- Sim, eu espero.

Cassandra veio me chamar, eu continuava andando de um lado para o outro na ante sala, e ao saber de quem se tratava na linha, corri. 

- Obrigada Cassandra!
- De nada menina...

- Alô?!
- Senhora Eugenee?
- Sim, sou eu, pode falar.
- Quero que venha ao hospital buscar seu marido, o médico vai dar mais detalhes da situação assim que a senhora chegar.
- Tudo bem já estou indo até aí. Obrigada.
- Aguardamos, até mais.
- Até.

- O que disseram menina?
- George vai voltar hoje para casa! Vou buscá-lo agora mesmo!
- Eugenee, lembre-se do que o senhor delegado disse, temos que tomar todo o cuidado possível.
- Certo, pode deixar, estarei atenta.
- Vai em paz, e que o Senhor guarde a você e seu marido.
- Amém.

- É agora Andrei, ela certamente está indo para o hospital, veja a expressão de alegria que carrega no rosto...
- Phillip, vamos agir agora, ou a seguiremos primeiro até o hospital?
- Pertinente essa sua pergunta, mas vamos ‘atacar’ somente quando e se George sair pela porta do hospital, quero aquele inútil morto a qualquer custo.
- Entendido...
- Veja, ela já se encontra um pouco distante, vamos segui-la.

Cassandra ficou em casa, sempre atenta e temerosa, fazia suas preces para George e eu.
E no caminho, o motorista, assim como eu, se mostrava animado pela volta de George.

- Poxa senhora, não sabe como também estou feliz pela volta do senhor George, ele faz muita falta.
- Faz sim Antony, muita falta. E teremos mais surpresa do que apenas a volta de George pra casa, prepare-se.
- Oh que maravilha, se for algo bom esperarei de bom grado!

Nunca tinha trocado muitas palavras com Antony, sempre fui muito reservada, e assustada, ele parecia compreender, e não me fazia muitas perguntas.

- Só mais alguns minutos e chegaremos lá, o engarrafamento está complicado hoje...
- Céus, estou vendo... Isso me deixa ainda mais nervosa...
- Não se preocupe, vamos chegar logo.

Dito e feito. Parece que o engarrafamento sabia de minha pressa, e logo cedeu espaço não só para o meu, como também para os outros automóveis.
Minutos depois estávamos no hospital.

Sem me demorar, saí correndo do carro, e entrei na recepção.

- Bom dia, sou Eugenee, esposa de George; o médico disse que hoje daria alta ao meu marido.
- Sim, aguarde um minuto, vou chamar o doutor.

Pouco tempo depois, o médico aparece, sorrindo, e ao lado dele estava George, já com roupas normais.
Ele estava lindo, parecia completamente recuperado de qualquer seqüela, ou trauma; era um verdadeiro lorde.

- Eugenee meu amor, não sabe como senti sua falta, preciso muito de você... Disse George me abraçando.
- Querido, eu também senti muito sua falta, nem parece que nos vimos ontem; mas não temos mais motivos pra isso, hoje você volta pra casa, não sabe como estou feliz!
- Não sei mesmo, mas posso imaginar. E eu também não posso me conter de alegria e alívio, não agüento mais ver quarto branco, roupa branca...
- Entendo meu bem, mas acabou, acabou...
- Hm deixe-me interromper os dois pombinhos.
- Céus, desculpe doutor e...
- Não precisa se desculpar, vamos ao que interessa, certo?
- Certo. Concordamos George e eu em uníssono.
- Os resultados dos exames de George só vão estar prontos amanhã pela manhã, e como o quadro clínico dele está estável, ele não corre mais nenhum risco e me torrou a paciência durante o dia inteiro ontem; decidi liberá-lo pra voltar pra casa, mas com uma condição; se houver alguma anormalidade nos resultados ele deverá voltar pro hospital o quanto antes. Ele até assinou um termo de responsabilidade, e já está ciente de tudo, quero que a senhora também esteja.

O médico me entregou em mãos os papéis que George havia assinado, fiquei receosa de levá-lo para casa, não sabia se poderia acontecer algo grave longe dos cuidados médicos. Tirei meu foco do documento e olhei para George, que como uma criança com medo de agulha me pedia pra concordar com o termo. Mesmo com toda a preocupação decidi concordar, no fundo sabia que nada mais aconteceria a ele, faria o possível e o impossível pra isso.

- Já estou ciente de todos os riscos doutor, e pensei muito, mas vou concordar, e não se preocupe qualquer reação, dor ou qualquer outro sintoma, George volta pro hospital sem contestar.
- Certo, está decidido, assine aqui e pode levar seu marido para casa.

Pela fisionomia de George, ele parecia dar altos pulos em seu interior, tamanha era a felicidade.

- Doutor; sou muito grato pelo que fez por minha vida, mas agora é hora de ir, e deixo logo um adeus, pois não volto nunca mais!
- George, que grosseria, não fale assim!
- Estou empolgado querida, preciso respirar o ar de uma cidade, ver a claridade, essas coisas...
- Não ligue doutor, depois de maduro age como criança...
- Todo homem vira uma criança quando se trata de hospitais, as mulheres são bem mais fortes (risos)
- Muito obrigada doutor, pelo cuidado que teve com George, peço que mande a conta com as despesas diretamente para minha residência.
- Não precisa agradecer senhora. Tudo bem será feito como quiser.
- Doutor, obrigado mesmo, o senhor salvou minha vida.
- George tome cuidado e se mantenha vivo.
- Certo doutor, farei o possível (risos)

Após a despedida formal, nos dirigimos até o veículo que nos esperava já com o motor ligado e um Antony radiante por ver seu estimado patrão de volta à vida.

- E então vamos embora?
- Sem dúvida doutor George, de volta pra casa!

Animados, voltamos para casa rindo e conversando, George está vivo, está bem e está comigo.

Poucos minutos depois chegamos em casa, dessa vez o percurso de volta não teve o mesmo engarrafamento que o primeiro.
Descemos do veículo, George e eu saímos rapidamente, enquanto isso, Antony levava nosso automóvel para a garagem.

Ao ouvir o som do motor, Cassandra correu até o portão, e quando viu George se ajoelhou, levantou as mãos para o alto em um gesto de agradecimento e chorou. Estava também muito feliz.

- George! Você está bem, isso é ótimo! Você literalmente teve uma segunda chance.
- É sim Cassandra, nova vida e um novo começo; esse vai ser o meu lema a partir do momento que colocar os pés do lado de dentro de nossa casa.

Estávamos abraçados e assim permanecemos até adentrar a casa, e como tudo tomava um ar de mudança, algo novo... Até as flores pareciam perceber...  Lindas e mais coloridas do que antes.

- Eugenee, eu preciso muito falar com você, é algo realmente importante, e você está envolvida.
- Querido, deixemos esses assuntos pra outra hora, agora você vai tomar um banho, fazer uma refeição e descansar, amanhã conversamos sobre o que você quiser, eu estarei aqui.

George me abraçou mais uma vez, e chorando me beijou.

- Eu não vou mais deixar que te façam mal, prometo.
- Nem eu, prometo.

E assim transcorreu o dia, com o repouso normal de meu marido, o amanhã seria agitado, e prometia muitas novidades.


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Notas finais do capítulo

Weee
Depois de muuito tempo e contratempos aqui está o 12!
O que acharam? Comentem e deixem uma pseudo-autora feliz ^^