Insecurity Pain escrita por yuki_kai


Capítulo 2
Impure Ilusion


Notas iniciais do capítulo

A demora foi causada devido a minha falta de tempo. O tempo é o mesmo para todos, é engraçado dizer que alguns tem mais e outros menos, não acham? Deveria dizer "tempo livre" então não é? Ok, a demora foi causada devido a minha falta de tempo livre.



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Dentro dos dias cheios, no inverno

A brisa fria corta o meu rosto

Já não sou mais capaz sequer de conter minhas palavras

Meus pensamentos, involuntários, tendem a ser inconveniêntes

Existem às vezes, uma ou duas palavras o qual não posso pronunciar

Minha alma sangra,

E o cheiro fétido vindo dela te atraí.

Você realmente sabe os princípios que me trazem até esse sussurro?

Caso fosse pouco, ainda tenho um pouco mais de horror para grudar na sua pele.

-

O vento soprava forte.

O último dos Phantomhive estava sentado na escadaria de entrada de sua bela mansão.

O olhar perdido vagava débilmente, encarando o nada.

Usava uma das mãos para apoiar a cabeça, tomando finalmente um rumo, passando a admirar as flores azuis que se dispunham no jardim.

Com um suspiro, tornou mais uma vez o olhar agressivo, como se finalmente voltasse a si, questionando-se mentalmente o que estava fazendo.

Era quase hora do chá. Não precisou se lembrar para que o mordomo já estivesse disposto ao seu lado, fitando-o com o olhar audacioso harmônico ao sorriso, que indicava malícia.

            -É quase hora do chá, bocchan. - disse simplesmente - Vamos entrando.

O garoto não se moveu e o mordomo, alargando imperceptívelmente o sorriso, tratou de, num lapso de segundo, carregá-lo nos braços para seu quarto.

-

Qual o significado da palavra segurança?

Guardar-me da morte faz de mim uma pessoa privilegiada?

No fim, toda essa espera só aumenta a expectativa com relação ao espetáculo

Aproveite, mas, não se delibere demais...

Do contrário, vai acabar apodrecendo pela própria obcessão

-

Pouquíssimos segundos depois, ressoou a voz do pequeno líder no quarto, como sempre, direta e imutável.

            -Sebastian, minhas costas doem. Faça-me uma massagem.

O mordomo arqueou a sobrancelha mínimamente, encarando o menor com o mesmo sorriso estampado nos lábios.

Permanecia ao pé da cama, numa reverência mútua, a mão se encontrava no peito em sinal de devoção.

            -Yes, my lord.

Se levantou, e passou a despir o menor, desabotoando botão por botão, enquanto o pequeno Conde o encarava com o olhar numa mescla de tédio e impaciência.

            -Huh, algum problema, bocchan?

            -Do que está falando Sebastian?

            -Nada. Apenas pensei tê-lo visto um tanto incomodado.

            -Estou com dores nas costas, já falei.

Ao terminar de despí-lo, deitou-o na cama mais propriamente para o feito de uma massagem.

Com um sorriso eficiente, Sebastian realizou o primeiro toque na superfície branca e imaculada da sua pele. Uma exclamação escapou aos lábios do joven Conde com uma mescla de dor e prazer que lhe fora proporcionado, de qualquer forma o entre contato das luvas parecia lhe incomodar.

            -Sebastian, tire as luvas.

            -Huh.

De imediato o mordomo colocou a ponta do dedo indicador entre os lábios puchando o fino tecido entre os dentes para então removê-lo.

Mais uma vez voltou as mãos as costas alheias.

Pressionava as mãos de forma sublime, fazendo-as caminhar pelas costas menores podendo eliminar quaisquer tensões.

Sebastian se aproximou do menor, seu peito ficando rente as costas menores, num sussuro direto a sua orelha, lhe perguntou:

            -A massagem está de seu agrado, Bocchan?

Não houvera resposta. O menor entrara em um sonho direto e ao que parecia, lúcido*. Após alguns longos segundos, apenas sussurrou:

            -Continue. - mesmo o sussurro soava ordenativo e imutável.

Com um sorriso aberto exuberante nos lábios Sebastian voltou a massagear o menor, e se já não estivesse digna de um demônio, ele colocara ainda mais empenho.

-

Dá mesmo pra sentir a intensidade como as coisas acontecem de forma patética?

Dentro das sensações que fui desprovido por ter perdido uma importante parte do meu coração.

Ainda me restam as sensações carnais.

Num desejo mudo e inevitável.

Me deixe sentir sua frieza envolver o meu corpo esta noite.

-

*De acordo com o livro dos sonhos, existem os chamados sonhos lúcidos. Sonhos que acontecem apenas em nossas mentes, sem que tenhamos controle de sonhá-los, mas neles uma porção maior de realidade é requisitada, e diferente dos demais sonhos que "assistimos de cima", nos sonhos lúcidos, os vivemos, tendo controle de nosso corpo e decisões, apesar, é claro, de não passarem de um mero sonho.

Notas: É realmente incrível a distorção que temos da realidade quando somos banhados por ela própria. Nos cegamos, desacreditando na realidade acessível. Sim, aquela é a felicidade. O que não vemos, sonhamos, nos iludimos... não passa de prazer momentâneo... e é muito importante saber dividir essas coisas. Mesmo que a felicidade em si não seja algo tão feliz, surpreendente. Jamais saberemos o quanto é doloroso viver sem ela, enquanto não passarmos por um sofrimento irreversível. A felicidade, por mais intensa e plena que seja, não deixa marcas, tampouco as apaga. Ao contrário da dor, que se crava, se estabelece e plenamente nos suja, o mesmo posso dizer do pecado. Nenhum ser humano é limpo, assim como também nenhum ser humano é desencubido de sua natureza. É tão natural sermos imundos, que nos cobrimos com demasiados conceitos de moralidade e hipocrisia para nos tornarmos mais belos.


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Notas finais do capítulo

Esse fiction não tem tempo real no anime ou mangá do Kuroshitsuji, ou seja, não está relacionado ao término de nenhuma das temporadas, nem com o seu enredo. Agradeço a quem lê e agradeço imensamente a quem me dá sua opnião em review, mas, só para constar, para mim o que é importa é o conteúdo da mesma, e não o número delas que tenho em cada capítulo. Mais claramente, comentários sem "contúdo" me são irrelevantes. Até o próximo capítulo (que será postado muito em breve).



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