Solitary Girl escrita por MilaaMartins


Capítulo 5
O filho do velhinho da esquina.


Notas iniciais do capítulo

Eu demorei pra postar esse capítulo porque eu estava com preguiça (--') e porque eu estava sem criatividade.



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Sentei-me à mesa, e, quase imediatamente, comuniquei a decisão que havia tomado na noite anterior.

- Vou embora - disse, desejando que a xícara de café ficasse grande o suficiente pra que eu pudesse me afogar ali. - Quero dizer... eu gosto muito de vocês, e a recepção também foi muito boa, mas...

- Você tem que tocar sua vida, não? - concluiu Jeniffer, com ar decepcionado. - Mas eu quero ouvi-la tocar!

- Só se você cantar.

Ela sorriu.

- Você não vai querer ouvir... - mas o resto da frase foi interrompida por um estampido que algo ou alguém produzira ali perto.

Maria correu para a cozinha, deu um grito lá dentro e voltou puxando a orelha de um garoto mais ou menos da minha idade, que usava óculos redondos e tinha cabelos castanho-claro. De certa forma, ele era feio, mas o seu sorriso produziu em mim uma reação estranha, até insana.

- Calma, calma aí... AI! Tá doendo, tiazinha... calma... - dizia ele.

- Isso - exclamou ela, soltando a orelha do garoto, que agora ficara vermelha - é pra você aprender a não ficar pulando a janela dos outros!

- Eu não estava pulando a sua janela! - discordou ele, com fingida indignação. - Foi uma nave espacial que me abduziu e e, por coincidência, me jogou aqui, na sua janela!

Maria riu. Jeniffer e eu fizemos a mesma coisa.

- Só falta você dizer que eles te libertaram porque seu sangue é doce demais!

- Como você adivinhou?!

- Ei - interrompeu-os Jeniffer - essa daqui é a Needy, Sammy. E Needy, este é o Sammy, filho do Vinícius, o velhinho do bazar da esquina.

- Então... - disse Sammy, vindo na minha direção e estendendo a mão - Você é a famosa Needy?

- Hmmm... famosa? - perguntei, com a mão a meio caminho da dele.

- É, as meninas falam muito de você. - disse ele, e olhou para minha mão paralisada no ar. Aí eu me toquei que devia estar igual a uma idiota e apertei sua mão. Era quente, um toque totalmente humano, diferente dos meus antigos relacionamentos,  e eu não queria mais largar a mão dele. - Er... - gaguejou ele, e eu soltei sua mão somente um segundo depois de ele tentar soltar a minha.

Sinceramente, eu devia estar parecendo uma pirada pra ele. E eu era.

Dei um sorriso amarelo, e ele me encarou, depois sorriu, fazendo de novo em mim aquela sensação estranha e insana. Procurei na minha mente algum assunto decente, que diminuísse o meu nível de retardadice aos olhos dele, mas seu olhar penetrante me causava um torpor mental e eu tive que fazer força pra lembrar de que ele era feio e de que eu nem o conhecia.

- Hum... er... que... hum, meninas?

- Ah... aquelas meninas que você encontrou aqui, sabe, e brincou com elas - ele fez uma pausa para sorrir - são minhas irmãs.

A compreensão inundou minha mente. Eles tinham os mesmos olhos. Era uma pena que as crianças fossem dez vezes mais bonitas que ele. Mas agora parecia a mim que a beleza já não importava.

- Sabe, Sam - disse Jeniffer, quando Maria foi ver o estrago que ele tinha feito na cozinha. - a Needy vai embora. 

- Mas camoãnsim? - disse ele, olhando abismado para mim.

- Eu... hum... sabe, aqui é muito perto de casa e... eu preciso tocar a vida, tentar ganhar um dinheirinho... - ele riu alto.

- Eu sei, ninguém consegue nada nesse fim de mundo.

- Não é isso! Quero dizer... aqui é legal e...

- Aposto o que você quiser que sua casa é maior. - disse ele, um meio sorriso maldoso no rosto.

O pior que era verdade.

Mas ele mesmo me salvou de uma situação embaraçosa e mudou de assunto:

- Vai lá em casa hoje? Tipo... pra gente conversar...? Quem sabe você conhece meu pai, o tal velhinho do bazar... - ele lançou um olhar furtivo à Jeniffer.

- Hum... claro... eu tenho mesmo que... - eu não sabia explicar, só sentia que precisava ir.

Ele ergueu uma sobrancelha, o que foi meio gay da parte dele.

- Tem que o que?

- Nada. Esquece. Eu tava distraída.

Maria passou pela porta, com uma pazinha que estava com uns cacos de vidro dentro.

- Eu vou pegar um vaso do bazar - disse ela, sem pestanejar - já que você quebrou o meu.

- Eu já disse que não fui eu! Foram os aliens!

Mais tarde eu já estava caminhando para a casa do Sam, que me acompanhava chutando o ar.

Paramos em frente à uma casa meio velha, cheia de objetos antigos, meio usados, e com cara de ser a casa de muitos bichos.

- Bom... - disse Sammy - é aqui.

E, antes que pudéssemos bater, a porta abriu e um velhinho enrugado sorriu para nós.


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Notas finais do capítulo

Eu estava super inspirada até chegar a hora em que a Jeniffer apresenta o Sammy pra Needy, aí eu não sabia que nome dar pra ele e esqueci todo o rumo que eu ia dar pra história. Por isso o texto foi totalmente tapa-buraco.
;*