Acordou com os raios de sol batendo contra seu rosto, virou o rosto para a direção oposta, o cobrindo logo em seguida. Não adiantou. Os raios solares continuaram a bater contra seu rosto.

- Maldito seja...

Continuou a reclamar apenas para si, já que não havia ninguém no quarto. Caminhou lentamente até o banheiro, olhando-se no espelho logo em seguida, as olheiras insistiam em continuar na face, não se importou.
Deu mais alguns passos até chegar a banheira, despindo-se antes de sua pele entrar em contato com a água gelada. Tomou um banho rápido, até porquê já estava atrasado para se encontrar com o seu novo "conselheiro".

-Mais quem se importa com "conselheiros"? Futuramente serei o Rei daqui, não preciso de supostos conselhos...

Continuava a reclamar enquanto se enxugava. Não demorou e se vestiu, indo novamente ao encontro do espelho. Se maquiou com cuidado para esconder as olheiras, penteou o cabelo e logo em seguida o bagunçou levemente.
Desceu as escadas sem preocupação alguma, afinal, não queria nenhum conselheiro fofocando no pé do ouvido, dia e noite. Quando estava perto de terminar o percurso olhou para as pessoas a sua frente.

-Matsumoto! Venha, está atrasado!

-Desculpe o atraso. Acordei tarde.

-Não tem problema. Bem, deixe-me apresentar. Esse é Suzuki Akira. Seu novo conselheiro.

Olhou para o homem de cima a baixo, bem vestido, os cabelos levemente arrepiados e descoloridos, alto. Tinha que admitir, o suposto conselheiro era realmente bonito.

-Matsumoto Takanori. Prazer em conhecê-lo.

-Suzuki Akira. O prazer é todo meu.

Sorriu forçado, algo que não passou despercebido por Akira que apenas piscou algumas vezes consecutivas.

-Bem, já que já foram apresentados, creio que minha função aqui acabou. Estarei lá fora, caso precisem de mim.

-Certo.

Disse Akira com voz firme. Ruki ao ver o homem se afastar apenas virou as costas. Não precisava de conselheiro, subia as escadas calmamente.

-Hey! Podemos conversar mais?

-Não. Não preciso de conselheiros.

-Mais seu pai...

-Meu pai não manda em me. Entendeu?

-Faça como quiser, my lord.

Se curvou com todo respeito e orgulho que tinha de si mesmo. Vendo o pequeno logo caminhar em sua direção, levantou um pouco a cabeça para visualizar o rosto do menor, mais logo um tapa foi sentido na sua cabeça.

-Idiota! Não levante a cabeça, eu ainda não decidir se quero você como meu conselheiro...

Apenas riu baixo, contagiado também o pequeno.

-Então... Já tem a resposta?

-Creio que sim. Porque não lhe dar uma chance? Se falhar... Já era.

O nervosismo subiu o corpo do maior, os olhos piscando simuntaneamente, as palavras fugindo da boca. Se falhasse... Seria morto?

-Serei... Morto?

-O quê? Idiota! Estou falando que, você passará a ser conselheiro do meu irmão. Matsumoto Ken.

-Mat...Sumoto... Ken?

-O conhece não é?

-Sim.

Ruki estreitou os olhos, os lábios sem que menos percebesse se curvava em um bico. Akira não deixou o clima se tornar tenso, logo levantou a cabeça e sorriu abertamente para o menor.

-Está tudo bem?

-Es-Está. Só não quero... Por favor... Não me compare com Ken.

-Certo. Vocês são pessoas diferentes, apesar de terem o mesmo sobrenome e morar no mesmo local.

-É, somos diferentes afinal.

~.~.~.~.~.~.~.~.~.~

-Não.

-Ken, querido, você precisa compreender, seu irmão é o mais adequado para herdar o trono. Pelo menos por enquanto.

-Mãe, você sabe que, o filho mais velho tem direito de herdar o trono primeiro, não é?

-Ken! Já decidimos, Takanori irá herdar o trono, pelo menos por enquanto. Sabemos que a Yazuka planeja nos atacar brevemente. Devemos estar preparados. Você entende, certo, Ken?

A raiva subia a sua cabeça, olhou com nojo para a mãe e em seguida para o pai.

-Entendo... Mais ainda, irei herdar esse trono.

-Tente o quanto quiser... Matsumoto Ken.

Saiu a passos fundos da grande sala bem decorada, bateu a porta com força, antes mesmo dela vim ao encontro da sua mão, que estava despreparada.

-Mais que droga!

Segurou o choro, sem sucesso. Tentou limpar as lágrimas incomodas ali quando sentiu alguém se aproximar rapidamente. Olhou para o seu campo de visão logo notando o baixinho.

-Ken! O que aconteceu?

-Nada que realmente te enteresse, Takanori.

O menor deu os ombros e continuou andando, sendo seguido por um loiro de faixa, que o olhava com desprezo. Continuou a olhar para os dois, até que por completamente sumiram do seu campo de visão.