Perfeicão Inexistente escrita por caroltlrangel
Notas iniciais do capítulo
Mais um cap. com a narração do Kin.
Ainda pude ouvir o grito da Angel: "Não". Mas, eu já estava longe e não podia voltar atrás.
- Tarde de mais, amor. - pensei.
Ok, claro que ela não ouviria, até onde sei ela não lê pensamentos. Procurei primeiro pela cidade. Será que ele podia já estar tão longe assim? Isso era impossível - acho. Eu não queria ter que sair da cidade, mas, prometi a Catarine que o traria inteiro - não vivo, mas inteiro - , não voltaria atrás na minha palavra, isso me tornaria um moleque em seus "dezesseis" anos covarde. Respirei fundo o ar daquela cidade pacata misturado com o cheiro do sangue dos humanos que haviam por perto. Nós sabíamos nos controlar nessas situações. Eu não só sairia da cidade, como do estado e do país, aquela era a fronteira do Brasil. Me deu um vontade tremenda de desistir e me esconder pelo mundo, não veria mais Angel - fato - , mas talvez isso fosse melhor pra ela. Pet não voltaria pra casa , e eu também não.
Mas, é claro que eu não iria desistir , não deixaria Catarine na mão, nem minha Angel sofrer. Não me importaria se levaria anos para encontrá-lo, se era isso que faria o bem de todos, Pet voltaria, estando ele vivo ou morto. Voltei a correr, mais rápido que a velocidade da luz, e acabei entrando numa floresta densa, e escura. Normalmente, eu ficaria com , mas, estava mais preocupado em achar Pedro do que com um floresta boba. Isso não teria me atrapalhado a não ser pelos ruídos que eu começara a ouvir vindo em minha direção.
Parei por um instante, e mesmo sem estar andando, o barulho aumentava e aumentava. Até que distingui:
- DESGRAÇADO !
Não pude dizer ao menos um "ai", um tronco de árvore me atingiu no estômago e eu cai. Tirei rápido aquele tronco de cima de mim, e mais uma vez a voz falou:
- EU VOU MATAR VOCÊ .
- Pedro . - Pensei.
Ele avançou em mim, com as presas a mostra. Desviei vagarosamente do seu golpe, ficando em posição de ataque. Pulei em cima dele, prendendo-o no chão, e o olhei.
- Acha mesmo que tenho culpa de amá-la?
- MAS VOCÊ SABIA... Você sabia que eu a amava.
- Não nego. Sabia sim, Pet. Mas, isso não me impedia de amá-la também. Não mandamos nos nossos sentimentos, sejamos vampiros, humanos, fadas, lobos, ceifadores... Não importa, não mandamos nos nossos sentimentos. Consegue entender?
- NÃO!
Pedro se libertou de mim, a avançou de novo, a raiva tomava conta de seu corpo. Ou eu fazia algo rápido, ou ele me mataria. Tirei minha camisa, e amarrei suas mãos. Quando ele estava com as mãos impossibilitadas, eu tirei a dele e amarrei seus pés.
Coloquei-o no meu ombro e segui de volta pra casa. Ele estava inteiro, ele estava vivo, mas ainda assim ele estava mal, debatendo-se e gritando. Ele ainda não aceitara.
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Espero que gostem. Beijos :*