Was Once Two Hearts escrita por Gibs


Capítulo 16
A verdade é que...


Notas iniciais do capítulo

oi amadas, desculpe se demorei pra postar, agradeço de coração a todas pelos reviews, tô adorando! s2
espero que gostem



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A lua era vista no céu, quando voltamos para casa. Tomás me levou em casa e se despediu de mim com um beijo no rosto e um carinho na barriga. Entrei em casa e minha mãe estava na sala, me olhava furiosa. 

- Onde a senhorita esteve? - perguntou com a mão na cintura.

- Eu fui a praia com Tomás

- Quem é esse Tomás, Anya? Você só fala dele, e o Gabriel?

Parece que chegou a hora de lhe contar a verdade.

- Eu não estou mais com o Gabriel mãe. - falei e me sentei no sofá. Ela me olhou chocada e foi escorregando até se sentar no sofá a minha frente.

- Não esta? Mas como assim não está?

- A verdade é que...Gabriel me deixou.

- O que?! - gritou levantando-se do sofá.

- Calma mãe, senta ai. - ela se sentou e esperou que eu explicasse - Quando contei que estava grávida pra ele, Gabriel pensou que eu havia feito isso de propósito, sabe? Que eu...

- Ele pensou que você seria capaz de lhe aplicar o golpe da barriga?!

- É.

- Mas que cafajeste, muquirana, filho de uma boa puta! - começou a xingar, andando de um lado pro outro.

- Mãe!

- Que é? E você não me falou nada por que?

- Não queria que você ficasse assim - falei, apontando pra ela.

- Como você queria que eu ficasse? Um moleque que nem saiu das fraldas, fala essas coisas pra minha filha, a deixa grávida...! E você quer que eu não falasse nada?! Você pirou Anya?

- Tudo bem mãe, desculpe. Eu só queria esquecer o que ele me disse e o que ele me fez- falei, olhando pra minha barriga. Minha mãe se acalmou um pouco e sentou-se ao meu lado.

- Filha, você não pode criar seu filho sozinha. E de uma forma ou de outra, você não vai esquecer.

- Eu posso sim mãe, não preciso dele. E...

- O que?

- Eu tenho o Tomás.

- Esse garoto não se importa de você estar grávida?

- Não, ele é diferente. Se preocupa, acaricia minha barriga... Eu gosto dele.

- Rezo pra que seja verdade. - falou encostando-se no sofá.

- Não se preocupe ta? Eu to bem com ele.

- Deus te ouça - levantou e foi até a cozinha resmungando.

Fiquei sentada no sofá cantarolando uma musiquinha antiga de ninar. Pensar que tenho Tomás me faz acreditar que tenho chance de ser feliz. Passar o dia com Tomás hoje foi belo e especial. Estar ao lado dele foi como voltar a ver o amor de perto. Eu estou gostando dele.

Ele é diferente, não me vê como uma aberração. Não repara só em minha barriga, ele não conversa comigo encarando minha barriga. Ele me olha nos olhos. 

Fui pro meu quarto sem jantar, não estou com muita fome e meus pés doíam e minhas costas latejavam. Não parece que vou ter um bebê e sim dois. Pesa demais.

Aquela massagem que Tomás fez em meus pés foi ótima. Meus músculos relaxaram, ele é bom em massagem.

Estava deitada em minha cama quando ouço meu celular tocar.

- Alô?

- Oi

- Oi Tomás

- Tudo bem com vocês?

- Estamos. O que foi, não faz mais de 30 minutos que nos falamos.

- Senti saudade, não posso?

- Claro que pode. Se você diz, tudo bem.

- E o bebê, chutando?

- Não, ele ta quietinho. - falei, acariciando minha barriga.

- Abre a janela!

- O que?

- Abre a janela e aparece na varanda - me levantei e fui até a janela, a abri e ao olhar para baixo na varanda, me deparo com Tomás lá embaixo sorrindo ao me ver, estava com uma cesta na mão.

- O que você esta fazendo aqui?

- Tem alguma coisa pra puxar a cesta? - perguntou ao telefone me mostrando a cesta.

- Acho que sim. - procurei alguma coisa que pudesse servir de corda. Achei vários tecidos no fundo do armário. Minha mãe os usava pra costurar antigamente. Amarrei um a um, e joguei pela varanda.

- Tá ótimo. - falou ele.

- O que vai fazer? - nisso ele amarra a cesta na corda improvisada de tecidos.

- Puxa. - joguei o telefone na cama e puxei a corda. Peguei a cesta e a coloquei no chão. Voltei a pegar meu celular.

- O que tem aqui? - apareci novamente na varanda mas não vi Tomás, o procurei em todo lugar... O achei subindo na árvore que em frente ao meu quarto.

Meu quarto era o de frente da casa, então ele continha um pequena varandinha. Não é como uma varanda normal, mas é uma parte do meu quarto que mais gosto de ficar. As vezes sento na cadeira de balanço que tem ali e fico vendo as estrelas. Um galho da árvore que sobe frente a minha varanda, dá perfeitamente para pular dali para minha varanda.

Tomás subia na árvore de um jeito, parecia como se aquilo, para ele, fosse fácil até demais. Ele se embrenhou entre os galhos e quando notei, ele pulou pra dentro da varanda, parando da minha frente.

Eu fiquei estática no lugar, com o telefone na mão olhando pra ele pasma. Ele apenas sorria da minha expressão.

- O-o que...o que você... - tentei falar.

- Entrega especial para Anya Samirs - falou, me dando um beijo na testa e entrando em meu quarto. Fui atrás dele, tendo de volta meus movimentos.

- Mas, o que você está fazendo aqui?

- Vim jantar com você - falou, pegando a cesta que coloquei no chão.

Abriu-a e tirou de dentro dela uma toalha. Aquelas que a gente leva pro piquenique.

- Minha mãe está em casa Tomás - falei, andando até ele.

- Ela não precisa saber que estive aqui.

- E o seu pai?

- Tá em casa. - tirou de dentro do cesto água, um rocambole de morango, perfeitamente embalado, sanduíches... Copos de plástico e prato. Eu apenas o fitava chocada por tudo aquilo.

- Ele sabe que você esta aqui?

- Não. - me olhou e viu minha expressão de incredulidade - Se quiser eu vou embora.

- Não! - falei alto até demais.

- Anya? - ouvi a voz da minha mãe me chamando. - Você está bem?

- Estou.

- O que foi esse grito?

- Nada mãe, estou bem, não se preocupe.

- Tudo bem. - falou se afastando.

- Se quiser eu vou, não tem problema - falou ele, olhando da porta, para mim.

- Não, eu quero que fique. - falei. Ele sorriu e voltou a arrumar a toalha para nosso jantar.

O observei arrumar tudo. Depois veio até mim e me ajudou a sentar no chão, depois sentou-se ao meu lado.

- Então, o que você trouxe? - perguntei, olhando a comida. Sim, estou com fome.

- Hm, acho que tudo que você gosta - sorriu - Ah, e mais uma coisa - pegou a cesta, e de la tirou um saquinho de castanhas. - Caso você tenha desejo.

Peguei o saquinho o olhando, sorri e lágrimas brotaram em meus olhos. Eu não merecia tanta compaixão.

- Obrigada Tomás.

- Por que está chorando? - perguntou se aproximando. Sentou-se de frente para mim de pernas cruzadas, como eu estava.

- Por que eu mal te conheço e você... Você faz isso tudo. Você me protegeu do Gabriel, você toca minha barriga, não fica só encarando minha barriga.. E o bebê chuta quando você está perto. - falei, deixando minhas lágrimas rolarem.

- Ei, shii... Não precisa chorar amor. Quer saber por que eu faço isso tudo? - falou, limpando minhas lágrimas.


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Notas finais do capítulo

e ai tão gostando? reviews ein