A Filha de Cronos escrita por NatyAiya


Capítulo 42
Capítulo 39 - Problemas


Notas iniciais do capítulo

Desculpa pela demora, meus amores.
Boa leitura e, por favor, leiam as notas finais. E não queiram matar a autora, ok?



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Capítulo 39 - Problemas

POV Samantha

Eu continuei no Acampamento até que todos os campistas estivessem em seus respectivos chalés dormindo. Ou melhor, quase todos, já que Percy se mudaria para o chalé 3 - chalé de Poseidon - apenas pela manhã.

– O que devemos fazer agora? - Quíron perguntou enquanto observávamos os campos de morango da varanda da Casa Grande.

– Percy vai precisar de uma profecia, uma missão. - respondi me apoiando na grade da varanda.

– Acha que isso acabará bem, lady Samantha? - ele perguntou visivelmente preocupado.

– Eu, sinceramente, não sei Quíron. - ele me encarou surpreso.

– Pensei que já saberia sobre o futuro dele. - tudo nele transmitia incredulidade.

– Em quatro anos, ele estará completando dezesseis anos e já estava na hora de ter uma base do que aconteceria com ele, mas ao contrário disso, eu vejo apenas um futuro tão nublado quanto via logo que ele nasceu.

– E o que isso significa, senhora?

– Significa que ele é o semideus que, provavelmente, possui o futuro do Olimpo nas mãos. - eu respondi sem encará-lo.

– Como devo treiná-lo? - ele pediu.

– A escolha de salvar ou destruir o Olimpo será dele e apenas dele, Quíron. Nada do que eu, você ou os outros deuses façam poderá mudar isso.

– Temos, então, um grande problema nas mãos. - eu concordei com ele.

– Mas algo me diz que Percy Jackson fará as escolhas certas. - eu me virei para a praia do Acampamento. - Isso vai dar muita confusão. - falei vendo as nuvens carregadas que pairavam sobre o mar e se aproximava cada vez mais do Acampamento.

Quíron se virou para a praia quando um trovão ecoou pelo Acampamento.

– Isso não trás bons pressentimentos. - ele disse vendo as nuvens.

– Não mesmo. - eu concordei. - Acho melhor eu voltar para o Olimpo. Estou vendo outra grande discussão entre Poseidon e Zeus. - suspirei cansada. - Tentarei voltar amanhã. - falei antes de descer a varanda e ir para a colina, indo dali para o Olimpo.

Como era de se esperar, aquilo estava um verdadeiro caos. Trovões sem relâmpagos ecoavam por todo Olimpo, o clima se guerra tomava conta do ar e nuvens carregada pairavam sobre o Olimpo.

– Alguma melhora nas coisas por aqui, Aghata? - perguntei para minha filha encontrando-a nas ruas.

– Não. Na verdade, eu diria que piorou. - ela respondeu olhando apreensiva para as nuvens.

– Conte-me. - pedi sentando ao seu lado.

– Depois que Poseidon reconheceu o filho, ninguém mais entrou na Sala dos Tronos. Poseidon e Zeus estão lá discutindo há horas. - ela me informou.

– Vou dar um jeito naqueles dois. - falei me levantando e seguindo para a Sala dos Tronos.

Um punhado de deuses, sátiros e ninfas estavam às portas da Sala dos Tronos.

– Samantha, ainda bem que voltou. - Apolo veio ao meu encontro.

– O que exatamente está acontecendo aqui? - eu perguntei olhando para a porta.

– Poseidon e Zeus desejam se matar. - ele respondeu sério. - É a única explicação plausível para isso. - ele falou apontando para a porta.

– Eles não são mais crianças. - disse fazendo minha arma, minha foice, aparecer em minhas mãos fazendo com que todos se afastassem.

Assumi minha forma de quatro metros antes de dar um chute na porta da Sala dos Tronos abrindo-a. Poseidon e Zeus pararam de brigar na mesma hora.

– Samantha! - os dois exclamaram surpresos.

– Mais de dois mil anos e vocês ainda agem como duas crianças birrentas! - disse irritada. - Sentem-se! - não era um pedido.

Com um simples gesto, a porta voltou a se fechar dando privacidade para nós três. Afinal, não era sempre que eu colocava meus poderes contra os dois.

– Agora eu posso saber o que exatamente estava acontecendo aqui? - eu pedi fuzilando-os.

– Quero meu raio de volta. - Zeus falou. - Aquele bastardo o roubou e eu quero de volta.

– Não fale assim de meu filho! Percy não roubou nada! - Poseidon retrucou.

Revirei os olhos impaciente com a criancice daqueles dois, mas antes que eu pudesse mandá-los calar a boca, eu me vi em outro lugar: o abismo do Tártaro.

A risada fria, cortante e conhecida ecoou em meus ouvidos.

– O que quer comigo? - eu perguntei fechando os punhos com raiva.

– Não é divertido ver os dois se destruindo sozinhos? - Cronos perguntou rindo mais. - Ainda ficará no meu caminho?

– Sempre. - eu respondi firme.

– Então eu aconselho que se prepare, minha querida Samantha. Porque o que aconteceu essa noite, foi apenas o começo.

Antes que eu pudesse responder, estava de volta à Sala dos Tronos com Poseidon e Zeus discutindo na minha frente.

– Calem a boca! - eu bati a foice no chão causando um estrondo e fazendo-os me olharem confusos e surpresos.

– O que pensa...?

– Me poupe Zeus! - eu o cortei. - O problema do desaparecimento do raio-mestre é mínimo se comparado com o que está por vir. - eu falei.

– O que quer dizer? - ambos perguntaram.

– Por que não pensam mais sobre isso ao invés de ficarem discutindo e perdendo tempo? - eu abri a porta com um empurrão.

Ignorei todos que se encontravam em frente à porta e fui para o palácio de Apolo.

– Não precisa quebrar a porta, amor. - ele disse sorrindo para mim quando eu abri a porta com força exagerada. - O que houve? - o sorriso sumiu de seus lábios dando lugar a preocupação.

Eu não respondi. Apenas passei os braços ao redor seu corpo buscando conforto.

– O que houve? - ele repetiu estreitando os braços ao meu redor.

– Apolo, meu pai está se recuperando as forças rápido demais.

– O que quer dizer, Samantha? - ele me levou para o sofá.

– Quando eu estava na Sala dos Tronos, Cronos me levou até o Tártaro.

– Apenas sua mente? - eu assenti.

– Sabe o que isso significa, certo? - foi a vez dele assentir. - Poseidon e Zeus não deveriam ficar discutindo por causa do raio-mestre, eles deveriam começar a discutir formas para combater Cronos juntando as forças e não se separando como fazem agora.

– Samantha... - Apolo começou puxando meu rosto. - Sabe que isso é fácil em teoria mas da hora da prática, isso já é outra história meu amor. - ele beijou a ponta de meu nariz.

– Eu sei Apolo. - me aconcheguei melhor em seus braços. - Assim como sei também que os dois não abrirão os olhos para o verdadeiro problema enquanto o raio-mestre estiver desaparecido.

– Qual seria a solução, querida?

– Uma missão. - ele me olhou incrédulo.

– Isso significaria, uma profecia do oráculo. - eu concordei.

– Zeus culpa Percy e Poseidon pelo roubo do raio, mas acontece que nenhum dos dois nem sequer chegaram perto dele.

– Aonde quer chegar?

– Zeus não abrirá os olhos para a verdade enquanto não estiver com Percy e o raio-mestre juntos na sua frente.

– O que quer dizer que, independente de qual seja a verdade, quem terá de devolver o raio-mestre é Percy, filho de Poseidon?

– Sim. Enquanto Percy não fosse reconhecido como filho de Poseidon, ele não poderia receber uma missão.

– O que foi? - ele pediu.

– Sinceramente, eu não sei o que esperar dele, Apolo.

Ele me apertou contra seu corpo e beijou o topo de minha cabeça.

– Esqueça isso um pouco. - ele puxou meu rosto para ele. - Vamos para a cama. - ele me pegou com facilidade no colo.

Apoiei a cabeça em seu ombro fechando os olhos enquanto ele subia as escadas para o quarto.

– Boa noite, querida. - ele me colocou na cama e se deitou ao meu lado me puxando para seu peito.

– Boa noite. - eu sussurrei me aconchegando em seu corpo.




O tempo tinha melhorado na manhã seguinte. Pelo visto a minha bronca tinha surtido efeito em Poseidon e Zeus, eu só queria saber até quando aquele tempo continuaria.

Duvidava que fosse durar uma semana.

Fui para o Acampamento logo depois do café da manhã. Percy estava mudando de chalé naquele momento.

– As coisas não serão mais as mesmas, Perseu. - eu falei entrando no chalé três.

– O que quer dizer, Sama... senhora? - ele se interrompeu.

– Você é filho de um dos Três Grandes. - eu falei. - A vida para semideuses como você nunca foi fácil.

– Não pode...

– Saber? - eu perguntei o interrompendo. - Percy, eu sou a deusa dos semideuses e do tempo, sou também a deusa olimpiana mais velha. Conheço a vida de cada deus ou deusa do Olimpo, e também conheço cada semideus do mundo. Posso ver algumas coisas do que podem acontecer no futuro e o que aconteceu no passado de cada semideus, meu jovem. Acha mesmo que não eu não sei?

– O que vai acontecer comigo agora?

– Por que não faz essa pergunta para mim daqui umas semanas? - eu sorri para ele. - É difícil dizer como vai ficar o seu futuro quando você tem tantos inimigos, tantos deuses que querem vê-lo morto.

– Não tenho nenhuma chance contra nenhum deus.

– Acho que é aí onde você se engana, meu jovem sobrinho. - pisquei para ele. - Meus queridos irmãos vão querer me matar, não que eu me importe. - dei de ombros. - Mas nós, deuses, não somos muita coisa sem os semideuses. O que nós não podemos fazer, o que não somos capazes de fazer, vocês semideuses são.

– Não sei aonde você quer chegar, senhora. - ele falou com a confusão estampada em seu rosto.

– Talvez ainda não entenda, mas vai compreender com o passar dos anos no meio dos olimpianos. - ele deu de ombros. - Vamos, você precisa treinar muito ainda, semideus.

Eu continuei de olho no Percy por mais alguns dias conforme o céu fechava cada vez mais, o tempo estava se esgotando. Fiquei de olho nos sonhos dele também. Estava bem claro para mim que meu pai estava fazendo de tudo para conseguir levar Percy para o seu lado.

Uma reunião de emergência foi convocada no Olimpo em uma manhã realmente terrível.

– Samantha. - Apolo me chamou encostado na porta.

– Eu vou para o Acampamento. - falei me virando para ele.

– Querida, só você consegue controlar Zeus e Poseidon quando eles começam a discutir.

– Terão que dar um jeito nos dois enquanto eu não estiver por aqui.

– É uma reunião onde todos os deuses devem estar presentes, Samantha.

– Eu dou o meu jeito depois. - falei dando um beijo em seu rosto antes de me tele transportar para o Acampamento.

Cheguei lá a tempo de ver Dionísio indo para o Olimpo.

– Milady! Não devia estar na reunião? - Quíron perguntou surpreso ao meu ver.

– Sim, deveria. - um trovão foi ouvido. - Me poupe, Zeus! - eu falei para o céu. - Vamos terminar logo com isso. - falei me virando para Quíron.

– Sente-se, Percy. Grover, você também. - Quíron falou com um ar cansado e tenso.

Me sentei na cadeira que estava sendo ocupada por Dionísio há alguns minutos atrás.

– Diga-me, Percy. - ele começou. - O que você fez com o cão infernal?

Percy estremeceu.

– Ele me apavorou. - Percy respondeu. - Se vocês não o tivessem acertado, eu estaria morto.

– Você vai enfrentar coisas piores, Percy. Muito piores, antes de terminar. - Quíron falou.

– Terminar... o quê?

– Sua missão, é claro. Você vai aceitá-la?

Percy olhou para Grover, que cruzava os dedos.

– Ahn, senhor, ainda não me contou qual será.

Quíron fez uma careta.

– Bem, essa é parte mais difícil, os detalhes. - eu falei.


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Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam?
É o seguinte, meus amados leitores.
Como eu acho que vocês sabem, eu moro no Japão e estudo em escola japonesa. E nesse ano (na verdade ano que vem, já que o ano letivo termina em março e começa em abril.), é o meu último ano no que equivale ao nono ano.
E para entrar no Colegial, ou Ensino Médio (não sei como se fala agora), eu preciso passar em umas provas e é por isso que eu ando demorando para postar.
Parando de enrolar agora.
Eu acho que provavelmente vou demorar para postar os capítulos das fics até que eu passe nas provas e consiga entrar em uma escola.
Achei que eu tinha a obrigação de explicar a minha demora.
Vou tentar colocar uma explicação um pouco mais detalhada no meu perfil ainda essa semana.
Espero que vocês não me abandonem. E não queiram me matar, já que eu voltei a postar essa fic recentemente.
Mas está sendo meio complicado encaixar os estudos da escola, os estudo para a prova que eu acabei de explicar e o tempo para escrever as fics.
Espero sinceramente que vocês compreendam...
E espero reviews.
Beijos, NatyAiya.



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