A Filha de Cronos escrita por NatyAiya


Capítulo 39
Capítulo 36 - O primeiro dos piores problemas


Notas iniciais do capítulo

Meus amores. Eu não estava tendo inspiração para escrever.
O capítulo já estava pronto há uma semana, mas eu tive alguns problemas pessoais que me impediram de postar.
Sinto muito mesmo.
As coisas estão entrando no rumo de O Ladrão de Raios agora.
Vou tentar ser leal ao livro.
Espero que meus leitores/minhas leitoras ainda estejam me acompanhando.
Boa leitura.



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Capítulo 36 - O primeiro dos piores problemas

POV Samantha

As coisas não estavam corretas. Eu sabia que tinha alguma errada mas não sabia dizer o que era. Minhas suspeitas começaram a ficar mais concretas com o passar dos dias, mas tudo fez sentido para mim naquela noite.

Eu e Apolo já estavámos na cama conversando, nada fora da rotina que tínhamos estabelecido nos últimos 6 anos, depois que Alana nasceu. Minha punição por causa do nascimento dela tinha sido simples, duas semanas no Tártaro. Ela tinha só dois anos quando o pai dela, James Watson morreu em um acidente de carro. A família dele não quis aceitá-la e depois de muito discução com Zeus, Poseidon, Hades e Apolo eles aceitaram que ela deveria ser criada junto com Alexia no Acampamento, já que as duas eram minhas filhas e ambas possuíam poderes semelhantes com os meus, o que as tornavam tão perigosas quanto Thalia e Percy.

Mas voltando ao assunto, dormi mais uma vez nos braços de Apolo. Já iria fazer vinte anos desde àquela aposta ridícula que acabou nos unindo novamente.

Até então, tudo estava normal. Apenas a sensação que algo estava errado. Entrei no mundo dos sonhos e foi então que aconteceu.

Eu me vi em um lugar escuro, frio e conhecido. O precipício a minha frente não deixava nenhuma dúvida: o Tártaro.

Fazia um pouco mais de duas semanas que eu não ia até lá em uma das minhas visitas. Ao contrário de duas semanas atrás, eu sentia o mal se mexendo naquela escuridão sem fim. Sentia que vários dos muitos monstros que deveriam estar quietos, estavam agitados como se eles pudessem finalmente sair dali.

Então a conhecida fria e cortante voz que eu já não escutava a quase dois mil e quinhentos anos falou:

- As coisas não podem continuar assim por muito tempo, minha querida... Em breve eu irei me reerguer e o Olimpo cairá.

- Não se eu puder evitar, pai. - eu respondi.

- Sempre se colocando entre mim e seus irmãos. Ficaria no meu caminho se eu tivesse uma de suas filhas? - ele perguntou rindo. A risada que faria o sangue de qualquer mortal e a maioria dos deuses gelar.

Não pude responder.

- Como eu pensei. Eu vou voltar ao poder querida Samantha. Então iremos ter uma conversa que decidirá se você ficará viva ou não...

- Não vou permitir tal coisa. 

- Meus planos já estão em ação... As coisas não vão continuar assim por muito tempo....

Acordei assustada me sentei na cama com um gesto brusco que acordou Apolo.

- Samantha? O que houve? - ele perguntou passando a mão pelo rosto.

Estava molhada de suor e tremia. Ele percebeu isso e se sentou na cama passando os braços ao meu redor.

- O que aconteceu? Com o que você sonhou? - ele perguntou preocupado.

- Eu... eu... eu sonhei com o Tártaro. - eu consegui encontrar a minha voz que tinha se perdido quando eu acordei. Ele não falou nada, esperou paciente. - Meu pai, Cronos....

Sem que eu percebesse, as lágrimas de desespero começaram a escorrer pelo meu rosto. Desespero por saber que meu pai estava tentando destruir o Olimpo e por não poder fazer nada. Uma nova guerra entre Olimpianos e Titãs não era necessária, não agora. Isso significava que teríamos muitas baixas tanto na questão de semideuses quanto na questão de mortais, já que tudo está interligado.

Apolo me abraçou sem compreender muita coisa, mas com o intuito de me acalmar. Palavras de consolo eram murmuradas em meu ouvido, mas eu não as aceitava. Levou minutos ou talvez horas para que eu conseguisse me acalmar.

Estava deitada com a cabeça apoiada em seu peito, uma mão dele acariciava meus cabelos e a outra se mantinha firme na minha cintura me mantendo grudada a ele.

- Se acalmou? - ele perguntou baixo sem se mexer.

- Acho que sim.

- Pode me contar agora exatamente com o que você sonhou? - ele perguntou se sentando e me puxando junto, fazendo com que eu me sentasse entre suas pernas e continuasse com a cabeça em seu peito.

- Com Cronos. Ele disse que as coisas não podiam continuar assim por muito tempo, que logo ele iria se reerguer e então o Olimpo cairia. - eu falei.

- A profecia. - ele falou e eu assenti.

- Ele disse que seus planos já estavam em ação. Eu não sei o que isso significa Apolo, mas ele falou que eu sempre ficava entre ele e os meus irmãos, mas queria saber se eu faria isso se ele tivesse uma de minhas filhas. O que você acha que isso quer dizer? - eu perguntei me virando para ele.

- Não sei. Fique de olho na Alana e na Alexia. Elas são o seu ponto mais vulnerável. Teremos que conversar sobre isso no Conselho amanhã. - ele falou me abraçando.

O caos se instalou no Olimpo depois do Conselho. O raio mestre de Zeus tinha sido roubado. E o principal acusado era o filho de Poseidon, Percy.

Todos tinham sido avisados sobre meu sonho e sobre as palavras de Cronos, mas mesmo assim eles seriam crianças brigando eternamente.

Naquela noite, ele voltou a falar comigo.

- O meu plano já começou, Samantha. Agora... O que você fará para me parar? - ele falou.

Não respondi. Forcei minha mente a acordar, não poderia continuar dormindo, não naquela noite.

Fui até a biblioteca de meu palácio, se eu tinha que passar as próximas cinco horas acordada, eu faria isso lendo. Selecionei alguns livros e voltei para o quarto onde Apolo dormia sem nada para perturbá-lo.

Me sentei em uma das poltronas, acendi o abajur ao lado e comecei a ler o primeiro livro. Duas horas se passaram já tinha lido três dos sete livros que eu tinha selecionado.

- O que faz acordada? - a voz de Apolo chegou até meus ouvidos.

- Tive outro sonho. - eu respondi sem tirar os olhos do livro.

- Seu pai novamente? - ele perguntou.

- Sim.

Escutei ele suspirar e se levantar. Ele veio até onde eu estava e tirou o livro de minhas mãos.

- Me conte. - ele pediu se sentando ao meu lado e segurando minha mão. - Samantha, você está bem? - ele perguntou olhando para meu rosto e depois para minha mão.

- Me sinto bem, só com um pouco de frio. - eu respondi.

- Sua mão está congelando. - ele falou balançando a cabeça. Com um estalar de dedos, a lareira do quarto foi acesa e ele me carregou até o tapete em frente a ela. - Agora, me conte. - ele pediu depois de colocar um cobertor fofo sobre o tapete e de me enrolar em outro e me puxar para seu peito.

- Ele só disse que o plano estava começando. - eu falei olhando o fogo que crepitava na lareira.

- Acha que tem a ver com o roubo do raio mestre? - ele perguntou.

- Acho possível, mas seja qual for o motivo, Poseidon não está nem de longe envolvido nisso.

- Zeus colocou os filhos dele na busca do raio mestre. Amanhã eu e Ártemis vamos começar a procurar pelo raio mestre e pelo ladrão. - ele contou me apertando mais forte contra seu corpo.

- Me mantenha informada. - eu pedi.

- Algum pressentimento?

- As respostas estão no Acampamento, disso eu tenho quase certeza. Preciso saber mais sobre o que meu pai está planejando, por isso vou fazer umas visitas ao Tartáro. Não sei se isso vai ajudar em alguma coisa, mas não posso ignorar. Além do mais preciso ficar de olho na Alana e na Alexia. Elas podem não ser a chave para isso, mas elas podem estar ligadas.

- Não se arrisque. - ele pediu.

Sorri em resposta.

Ali, em frente a lareira sendo abraçada pelo deus do sol, eu me senti segura, mas a segurança não continuaria por muito tempo e eu sabia disso.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?
Mais uma vez, eu peço desculpas pela demora.
Já estou escrevendo o próximo capítulo.



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