Capítulo 26 - Acertando as coisas

POV Apolo

Não consegui dormir na noite passada, simplesmente não consegui. O rosto de Samantha não saia da minha cabeça e todas as vezes que eu fechava os olhos, eu via ela. A dor e mágoa em seu olhar. Finalmente cansei de ficar deitado e fui para a praia do Acampamento. Ainda eram cinco horas da manhã, mas eu não me importava. Eu apenas queria ficar com Samantha. Queria que tudo voltasse a ser como era há cinco meses atrás.

Queria que ela me perdoasse por todas as idiotices que eu fiz. Era a única coisa que eu precisava naquele momento.

– Já acordado, Apolo? - alguém perguntou atrás de mim. A pessoa com quem eu mais precisava conversar estava parada atrás de mim.

– Não consegui dormir. - eu falei me levantando. - Eu preciso falar com você.

– Estou escutando. - ela falou sem olhar para mim.

– Samantha, eu te amo. Quero que você me perdoe por todas as idiotices que eu já fiz. Quero que você fale que também me ama. Quero que você fale que é capaz de esquecer todas as idiotices que eu já fiz e me perdoar, deixar eu tentar recomeçar. - eu falei segurando o rosto dela e a forçando olhar em meus olhos.

– Você não deveria ter falado as coisas que falou ontem para mim, Apolo. - ela falou segurando minhas mãos.

– Eu sei. Me perdoe. Por favor. - eu pedi, implorei.

– Não vou pedir para você prometer que nunca mais irá fazer aquilo, porque nós também erramos, assim como os humanos. Não vou pedir nada para você, Apolo. Só quero que você entenda, que eu não te trai. Eu nunca iria te trair. - ela falou olhando em meus olhos e eu não consegui sustentar o olhar dela. - Olhe para mim. - ela pediu erguendo meu queixo. - Eu estou aqui, pedindo a sua autorização para pedir para Roberta sair em uma missão atrás da minha filha. - ela falou.

– Pode falar com Roberta. Mas o que eu preciso agora é escutar que você me perdoa e ainda me ama. - eu falei.

– Eu te perdôo e eu te amo. Mesmo que você seja um chato e idiota as vezes. - ela falou rindo.

Não sei se o que eu fiz depois a agradou, mas eu não pude evitar.

Peguei ela no colo e comecei a girar. Depois de várias voltas, eu caí no chão com ela por cima. Girei ficando por cima e a beijei, como eu queria fazer a semanas. Para a minha surpresa, ela retribuiu com a mesma intensidade.

– Eu te amo. - eu falei em seu ouvido. - Senti sua falta.

– Eu também. - ela falou me empurrando para cima e se sentando.

O sol começava a nascer naquela hora. Eu a abracei por trás e ficamos ali, até a concha soar.