A Filha de Cronos escrita por NatyAiya


Capítulo 25
Capítulo 23 - Um ano na escola... Apolo


Notas iniciais do capítulo

Leiam a nota final é importante.
Nesse capítulo Apolo conta como foi um ano na escola.



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Capítulo 23 - Um ano na escola... Apolo

POV Apolo

Voltamos para o Olimpo nas férias e Samantha passou a maior parte do mês no Acampamento. Hera ainda estava brigada com Zeus e quase não vimos ela.


Voltamos para o nosso penúltimo ano na escola.

Samatha ficou falando com as meninas e eu fui falar com os meninos logo que chegamos na escola.

– E aí Apolo? Como foi as férias? - Peter perguntou.

– Normal. Quase não vi minha tia rabugenta. - falei rindo enquanto um trovão era ouvido.

– Ainda está namorando a Samantha? - Zack perguntou.

– Sim. Ainda estamos firmes e fortes. - falei meio irritado com tal pergunta.

Peter percebeu a tensão que estava entre nós e mudou o assunto rapidamente.

– Vocês viram aquele garoto novo? Ele não parece ser muito amigável. - Peter falou.

Eu encarei Peter como se ele fosse louco.

O assunto que estava em Samantha, mudou para o garoto/lestrigão. O sátiro estava louco...

– Peter, ele está desde o ano passado aqui. - Zack falou rindo.

– Eu só percebi agora. Fazer o quê? - O sátiro empalideceu um pouco.

– Vamos falar com as meninas. - eu propus antes que a conversa ficasse muito... estranha.

– Vamos. - Peter respondeu puxando Zack pelo braço.

– Oi meninas. - eu falei abraçando Samantha por trás. - Oi amor. - eu falei no ouvido dela.

Samantha colocou as mãos sobre as minhas e encostou a cabeça em meu peito.

– Estamos vendo que vocês ainda estão firme e fortes. - Lexi comentou olhando para nossas mãos.

– Claro que estamos. - eu falei.

– Fomos para a Grécia nas férias. - Samatha falou sorrindo.

– Grécia? - Mila perguntou de boca aberta.

– Fui visitar meus parentes. - Samantha falou.

– Só vocês dois? - Zack perguntou entrando na conversa.

– Minha mãe nos levou e foi nos buscar. Ficamos na casa dos tios da Samantha. - eu falei.

– Como foi lá? - Jennifer perguntou.

– Triste. - Samantha respondeu abaixando a cabeça, se lembrando da morte de um semideus no verão.

– O que aconteceu? - Lexi e Zack perguntaram juntos.

– Fomos visitar o cemitério onde os pais dela estão enterrados. - falei enquanto Samantha escondia o rosto em meu peito.

– Você ainda não superou totalmente não é Samantha? - Mila perguntou colocando a mão sobre o ombro dela.

– Voltar para a Grécia fez com eu fraquejasse um pouco, Mila. Mas é lá que a minha família está. Tenho que ir as vezes para lá. - ela falou sorrindo tristemente.

– Vamos parar com essa conversa triste? - Peter perguntou.

– Conversar sobre o quê? - Zack perguntou.

– Colocaram uma rede de vôlei no pátio, vamos jogar? - Lexi perguntou animada.

– Claro. - eu e Samantha respondemos juntos.

– Vamos precisar de mais pessoas. - Zack comentou enquanto íamos para o pátio.

Quando chegamos no pátio e começamos a nos preparar para jogar, o novo garoto/lestrigão apareceu por lá com mais cinco "amigos" lestrigões.

– Podemos jogar com vocês? - o que parecia o líder perguntou.

Samantha e Peter olharam ansiosos para mim. Eu assenti e Samantha respondeu.

– Claro. Vamos dividir os times.

Depois de um pouco de conversa, os times foram escolhidos. Samantha, Peter, Lexi, Zack e um lestrigão, ficaram comigo em um time. Mila e Jennifer ficaram no outro time com os outros lestrigões.

– Quais são os nomes de vocês? - Samantha perguntou antes que o jogo começasse.

– Zé Mané. - o que estava em meu time e o que parecia o líder respondeu. - Aqueles são Chupa-Cabra, Come-Crânios, Chupa-Tutano, Devorador-de-Línguas, Lambe-Bosta. (N/A: Alguns como Chupa- Tutano, Come-Crânios e Zé Mané eu peguei do livro mesmo.)

Eu e Samantha trocamos olhares significativos com Peter.

– Que tipo de gente tem esses nomes ridículos? - Jenniler perguntou rindo.

– A minha Fofinha gosta. - Zé Mané falou fuzilando a Jennifer.

– Tá bom. Legal pra sua Fofinha. Agora vamos para o jogo? - Samantha perguntou antes que a Jennifer acabasse virando o alvo dos lestrigões ao invés do Zack.

No começo do jogo, tudo estava indo bem, os lestrigões ainda não estavam querendo matar o Zack. Depois eles começaram a tentar tirar eu e a Samantha do jogo, assim eles teriam o campo livre para pegar o Zack.

– Samantha, eles querem se livrar da gente.– eu falei quando conseguimos marcar um ponto.

– Eu sei, mas não podemos fazer nada. Só podemos continuar jogando.– ela respondeu enquanto rebatia. - Temos que tirar o tal do Zé Mané desse time.– ela falou ofegante quando não conseguiu defender uma bola e caiu no chão.

– Samantha, você está bem? - Mila perguntou chegando perto da rede.

– Estou, mas vou parar um pouco. - ela respondeu lançando um olhar para mim enquanto saia do meio do campo improvisado.

Notei que os lestrigões deram sorrisos sarcásticos na direção dela.

– Apolo, não pare de jogar. Dê o seu melhor para proteger o Zack.– escutei ela falando em minha mente.

Lancei um rápido olhar para ela e assenti. Alguns minutos depois, Mila, Jennifer e Lexi sairam do jogo e disseram e iriam para os quartos. Acredito que a Samantha que tenha induzido elas a isso. Logo depois que as três saíram, Samantha voltou a jogar.

– Agora vai ser o seguinte, vamos ter que proteger o Zack que qualquer jeito. - ela falou para mim e para Peter. - Só estamos nós e os lestrigões. Eles estão aqui para matá-lo ou melhor almoçá-lo. Depois disso o Zack vai ter que ir para o Acampamento, então vamos protegê-lo, porque os lestrigões já estão prontos para uma refeição de herói. - ela falou fria e seus olhos lampejaram um vermelho. Teria que perguntar para ela depois as cores que os olhos dela poderiam assumir.

Voltamos a jogar e os lestrigões passaram a jogar bolas de fogo contra nós. Zack só se protegia, sabia que a Samantha conseguiria se livrar facilmente das bolas de fogo, mas do mesmo jeito me coloquei em sua frente a protegendo sobre seus protestos. Peter, foi tirado de cena logo que as bolas começaram a ser lançadas. Ele foi rapidamente atingido. (N/A: Eu odeio vôlei. Odeio com todas as minhas forças. A única coisa que eu sei é sacar. Não sei as regras, NADA! Então, não vou ficar aqui narrando, vou pular logo pra parte que tudo acaba ok?)

– Apolo, já chega! Eu vou acabar com esses lestrigões desgraçados! - Samantha gritou me empurrando para o lado.

Segundos antes de uma bola flamejante acertar seu rosto, ela a pegou fazendo o fogo apagar, para logo depois jogar a bola na cabeça do filho de Hefesto, que caiu desacordado com o impacto.

– Samantha, ficou louca? - eu gritei sem entender o que ela estava fazendo.

– Tira o Zack do meio da quadra, antes que eu mande ele para o Tártaro junto com esse idiotas. - ela gritou pra mim fechando as mãos com força. Conhecendo a Samantha como eu conheço, sabia que era melhor obedecê-la e tomar cuidado.

No mesmo segundo que tirei o Zack do meio da quadra, tive a sensação de que o chão abaixo de meus pés estava desaparecendo. Me virei para trás e vi um buraco negro de gelar o sangue e uma força gélida puxando os lestrigões para baixo na direção do buraco. Samantha estava flutuando sobre o buraco de olhos fechados e com a mão direita fechada e a esquerda aberta em forma de uma garra.

– Samantha! - eu gritei. - Não podemos interferir nisso. Era para o Zack acabar com isso. - eu gritei, ainda segurando Zack.

– Você não pode. Eu posso. - ela respondeu finalmente abrindo os olhos.

Me lembrei de um acordo de mais de mil anos que ela tinha com os Três Grandes. Ela poderia sim, interferir nas lutas dos semideuses apenas nas horas realmente críticas. Só assim.

– Senhora, temos que tirar o Zack daqui. - Peter falou chegando perto de mim e vendo ela ainda flutuando sobre o buraco se encolheu um pouco.

Ela murmurou alguma coisa e o buraco se fechou, ela voltou a tocar o chão e se dirigiu para onde nós três estávamos.

– Levem-no para o Acampamento, eu vou cuidar das coisas por aqui e até o final da tarde eu estarei lá. - ela falou se virando e deixando eu e Peter sozinhos com o Zack que dava sinais de começar a acordar.

– O que vamos fazer Lorde Apolo? - Peter perguntou sem saber o que fazer.

– Vamos fazer o que ela falou, ela sabe o que fazer. - eu falei me levantando. - Vou arrumar um carro. Me espere na porta da escola com ele.

Ele assentiu e eu me teletransportei para fora da escola procurando por um carro.

– Precisando de um carro papai? - William perguntou atrás de mim rodando a chave de uma Ferrari.

– O quê faz aqui? - eu perguntei tirando a chave da mão dele.

– Todos no Olimpo estavam assistindo o showzinho de vocês. A Lyra e a Aghata falaram que era melhor nós darmos uma... mãozinha. A Aghata falou que nunca viu a mamãe daquele jeito. - ele respondeu rindo.

– E esse carro? - um antigo presente da mamãe para mim. - Acho que posso te emprestar por uma horas. - ele falou rindo.

– William...

– Sim?

– Use sua forma de 30 anos, vá até a porta da escola, pegue o Peter e o Zack e volte aqui para me pegar. - eu mandei.

– Tudo bem. - ele falou já assumindo a forma de um homem de 30 anos, no meio da rua mesmo. Às vezes eu me pergunto, o que seria de nós se a Névoa não existisse. - O que o senhor vai fazer?

– Vou voltar para a escola e ajudar a Samantha. Estarei aqui até você voltar. - avisei já me teletransportando de volta para a escola.

– Apolo! O que faz aqui? - escutei ela gritando assim que apareci na escola.

– Samantha, já conseguiu "cuidar das coisas"? - eu perguntei.

– Sim. Estava indo para a saída ver se vocês já estavam fora. - ela falou rindo.

– O Zack e o Peter devem estar saindo agora. Você vem conosco?

– Não. Vou juntar nossas coisas e me encontro com vocês em Long Island. - ela respondeu me dando um rápido beijo e se virando para ir para o nosso quarto.

– Não demore. - gritei para ela antes de sumir em uma névoa de calor e voltar para o lugar que estava com o William na rua.

Segundos depois, já estava no carro, com William dirigindo enquanto eu e Peter tentávamos explicar o que estava acontecendo para Zack.

– EU DESISTO! - gritei depois de vários minutos, assustando todos. - Moleque, você é um semideus. Você conhece as histórias dos deuses gregos, que eu sei. Estudou na Ancient Greece, não tem como não saber. Eu, a Samantha e ele - falei apontando para William que estava com as mãos no volante. - somos deuses olimpianos. Sou Apolo, deus do sol, das profecias, líder das musas e etc... Samantha é a primeira deusa Olimpiana, nunca foi citada na história e é a deusa mais poderosa do Olimpo. Ele, é meu filho com ela. Deus dos arqueiros. Agora se você quer acreditar ou não, o problema é seu. - eu gritei realmente irritado.

– Pai, é melhor você se acalmar. Não quero meu carro destruido. - William falou rindo.

– Desculpa.

O resto da viagem foi calma. Peter e Zack ficaram quietos cada um em seu canto. Eu fiquei olhando pela janela, William dirigiu pelo resto do caminho cantarolando uma música qualquer.

Chegamos na colina do Acampamento, Samantha estava no topo com uma roupa totalmente diferente (N/A: Ela está com um vestido branco de frente única de amarrar no pescoço.), ao lado de Quíron nos esperando. Zack desceu do carro e foi até ela correndo eu apenas observei a cena.

– Samantha, seu namorado está louco! Ele disse que é um deus olimpiano e você também. Além de dizer que eu sou um semideus. - ele falou sem olhar para Quíron que estava em sua cadeira de rodas.

– Ele não falou nenhum absurdo Zack. - Samantha falou calmamente. - Eu e ele somos sim, deuses olimpianos.

– Vocês estão loucos.

– Vai ter que ser da forma mais difícil. - Samantha falou rindo. Ela ergueu as mãos e o ar ao redor dela ficou denso, depois do nada começou a trovejar mesmo com sol, depois ela fechou as mãos e uma bola d'água grande o suficiente para engolir uma pessoa adulta ali dentro surgiu em sua mão, por último ela fechou os olhos e um buraco negro abriu entre Quíron, Samantha e Zack e nós, eu, Peter e William que ainda não tínhamos subido a colina.

– Como fez isso? - Zack perguntou para ela de olhos arregalados enquanto ela sorria.

– Ela é uma deusa se lembra. - eu falei me materializando ao lado dela.

– Co-co-como você...? - ele gaguejou olhando para mim e depois para trás.

– Eu também sou um deus se lembra? - perguntei sarcástico.

– Isso não existe. Você acredita nisso? - ele perguntou finalmente se virando para Quíron.

– É claro meu caro. Eu faço parte desse mundo. Muito prazer sou Quíron. - Quíron falou estendendo a mão se levantando da cadeira e tomando a forma de um centauro.

– Isso não está acontecendo. Eu estou sonhando. Quando eu abrir os olhos, ainda vou estar na cama e vou arrumar minhas coisas para ir para aquela escola. - ele murmurou isso três vezes e abriu os olhos. - I-isso é real? - ele perguntou vendo que tudo o que estava acontecendo era real.

– Sim, Zack. Os deuses ainda vivem. Eles ainda descem à terra e têm casos com humanos, daí, nascem os semideuses como você e como todos os que vêem para este lugar. - Samantha explicou apontando para o Acampamento atrás dela.

– Lady Samantha, poderia fechar esse buraco? - Peter gritou ao lado de William, do outro lado do buraco negro que Samantha tinha aberto.

Com um aceno, ela fechou o buraco, fez a bola de água evaporar e o ar deixou de ser denso, consequetemente, também parou de trovejar. (N/A: Sim, ainda estava trovejando.)

Minutos depois, Peter e William estavam ao nosso lado. Samantha abraçou William e deu um beijo estalado em sua bochecha.

– Mãe... - ele reclamou mas sorriu do mesmo jeito.

– Ele... ele realmente é seu filho? - Zack perguntou com os olhos arregalados.

– Tudo o que nós falamos até agora, era tudo verdade Zack. E sim, ele realmente é meu filho com o Apolo. - ela falou bagunçando levemente os cabelos do William.

– E o Peter? Ele também é um deus? - Zack perguntou olhando para o amigo.

– Não, eu sou um sátiro. - Peter respondeu tirando as calças e o tênis, mostrando a parte 'peluda' dele para Zack. Ele só faltou desmaiar quando viu a parte bode de Zack.

– Muito bem, chega de conversa. Vamos. Venha conhecer o Acampamento. - Samantha falou passando a barreira que tinha no Acampamento.

Vou esclarecer uma coisa. Os deuses, tirando Samantha e Dionísio, podem entrar no Acampamento apenas se teletransportando do Olimpo para cá. Se estiver em outro lugar, as barreiras funcionam normalmente como se nós fossêmos humanos. Mas... podemos entrar se a deusa dos semideuses, no caso a Samantha, nos convidar a entrar. Mas esse convite só vale para uma vez.

Quíron seguiu ela, assim como Zack e Peter. Eu olhei para meu filho e juntos chamamos a Samantha.

– Samantha/Mãe. - gritamos em uníssono. - Dá para ajudar aqui? - eu perguntei.

– Desculpa, tinha até esquecido desse detalhe. - ela falou rindo. - Estão convidados a entrar. - ela falou e foi como se a barreira se dissolvesse.

– Você deveria falar sobre isso no próximo Conselho. - eu resmunguei para ela. - Peça para tirarem essa "barreira contra os deuses". - eu expliquei quando ela fez uma expressão de "Não entendi nada.".

– Isso já foi assunto do Conselho de 1970, e acho que você se lembra do resultado. - ela me lembrou.

– Sim. Pelo visto essa barreira vai continuar existindo. - eu comentei rindo. - Mas mudando de assunto, o que você falou na escola? - eu perguntei curioso.

– Manupulei a Névoa e os humanos estão pensando que sua mãe, foi nos buscar por causa de um acidente que aconteceu na Grécia e deixou um primo meu em estado grave, senão em estado de quase-morte. - ela explicou séria mas logo depois começou a rir.

– Quanto tempo nós temos para ficar aqui?

– Um mês e meio. Mas talvez conseguimos ficar dois meses. - ela falou rindo. - Olá D.

Estávamos na Casa Grande agora.

– Samantha, Apolo, o quê...? - ele deixou a pergunta morrer quando viu o Zack. - Ah. Outro pirralho para me atormentar. Ele que é o Zair?

– Meu nome é Zack. - o filho de Hefesto corrigiu.

– Tanto faz. - Dionísio falou fazendo um gesto qualquer com a mão.

– Mas... - Zack começou.

– Deixa quieto, Zack. Não vai querer discutir com o Sr. D. - Peter falou quase se curvando totalmente.

– Peter levante-se. - Samantha falou vendo o sátiro quase com a cabeça no chão. - Mostre o Acampamento para o Zack. Nos encontramos no refeitório mais tarde. - ela falou irradiando poder sobre todos nós.

– Sim senhora. Lady Samantha. Lorde Apolo. Lorde William. Sr. D. - ele fez uma reverência para cada um de nós ao falar nossos nomes, antes de sair da Casa Grande puxando Zack pelo Acampamento.

– Muito bem. Quais são as novidades daqui? - ela perguntou se sentando e indicando as outras cadeiras para mim e para William.

– Não muitas senhora. - Quíron falou. - Lorde Hefesto reconheceu os três filhos que ainda estavam sem serem reconhecidos. Ontem chegou uma garota que desconfiamos que é filha de Ares.

– Nome. - Samantha pediu.

– Alicia Striker. - Quíron respondeu. - E alguns dias atrás chegou uma menina que achamos que é filha de Deméter.

– Katlyn Gardie, não é? - Samantha perguntou, Quíron assentiu. - Ela é filha da Deméter. Eu não venho aqui à três semanas, mas só fiquei hoje na escola. Sei das coisas, Quíron. - ela falou piscando no final.

Nesse momento, um trovão soou e Samantha olhou para o céu entediada.

– Acho que vou ter que ir ao Olimpo. Meu querido irmão está me chamando. - ela falou rindo. - Voltarei amanhã. - ela falou para Quíron e Dionísio. - Vocês virão comigo? - ela perguntou para mim e para William.

Confirmamos e seguimos ela até o topo da colina, afinal o carro de William ainda estava ali. Outro trovão soou.

– Vocês dois voltam de carro. Eu vou para lá agora antes que Zeus decida matar a humanidade. - ela falou séria e nem esperou nossa resposta e se teletransportou para o Olimpo.

– Tio Zeus está bravo não é? - William perguntou para mim enquanto acelerava o carro em direção ao Empire.

– Sim. Estou com medo pela Samantha. - sussurei.

Minutos depois, já estávamos no Olimpo. Fui direto para a Sala dos Tronos. Samantha estava estava com problemas e eu podia sentir isso. Entrei na Sala. Samantha estava no meio, em sua forma de 4 metros de altura, assim como meu pai. Mas ele estava sentado em seu trono.

– Ele poderia se defender sozinho Samantha! - meu pai gritou com ela. - Ele é filho de Hefesto!

– Não importa! Ele poderia se defender, mas não conseguiria matar 6 lestrigões sozinho apenas com bolas de vôlei flamejantes. - ela gritou de volta enquanto começava a brilhar um pouco.

– Ele poderia se virar. Você não deveria ter interferido. Tem a permissão para interferir apenas em momentos de extrema necessidade. - Vi ela fechar os olhos e sua boca se mover enquanto ela contava mentalmente para não explodir o Olimpo. - Aquele moleque conseguiria, em algum momento, matar aqueles lestrigões.

– Você sabe Zeus, que eu como deusa dos semideuses, posso ver o futuro de cada um deles. Mesmo que seja um futuro incerto. - ela estava falando de olhos fechados. - Eu sei o futuro que a Thalia terá. - ela finalmente abriu os olhos, a esclera (parte branca do olho) não existia mais. Seus olhos estavam completamente vermelhos. - Quando ela estiver precisando da minha ajuda, então eu não devo ajudar. Afinal de contas, para você os momentos de extrema necessidade é apenas aquele momento em que o meio-sangue já está com a espada quase cortando sua garganta.

A cada palavra ela dava um pequeno passo na direção do trono de Zeus, e a cada palavra meu pai de contorcia como se estivesse sendo torturado no Tártaro.

– Não se esqueça disso Zeus. Todos os semideuses possuem o direito de serem ajudados, pelo menos, antes de conhecerem o Acampamento. - ela falou apoiando suas mãos no Trono de Zeus e ficando próxima o suficiente para seus narizes se encostarem. - Lembre-se disso. - ela falou fechando os olhos e os abrindo novamente. Se virou e passou por mim como se não estivesse me vendo ali.

– Samantha. - eu a segui. - O que foi aquilo? - eu indaguei quando ela entrou em meu palácio e deixou a porta aberta. Segui ela até nosso quarto onde ela abriu a porta com violência e se jogou na cama. - Samantha. - eu a chamei novamente.

– Diga Apolo. - ela falou.

– O que foi aquilo? - eu perguntei.

– O quê, exatamente?

– Seus olhos, sobre a Thalia, a tortura, TUDO! - eu gritei a última palavra realmente assustado. Em meus quase 3.500 anos eu nunca tinha visto ela da forma que eu vi.

– Venha cá. - ela apenas esticou a mão na minha direção.

Eu fui até ela, peguei sua mão e me sentei ao seu lado. Ela se sentou e me encarou. Seus olhos ainda estavam vermelhos, mas agora era apenas a íris.

– Eu realmente te assustei não é? - ela perguntou tocando meu rosto.

– Sim. Eu nunca vi você daquela forma. Não era você! - eu falei.

– Sim Apolo, era eu. É como eu era quando vivia com meu pai. - ela contou abaixando a cabeça e fechando os olhos.

– Samantha, você estava torturando ele?

– Não. Apenas mostrei para ele o que pode acontecer com a Thalia. É o futuro mais certo até agora. - ela respondeu.

– Seus olhos vão demorar para voltar ao normal? - eu perguntei. segurando seu rosto entre minhas mãos e a beijei.

Depois que nossos lábios se desgrudaram ela abriu os olhos, ainda havia vestígios do vermelho, mas agora era um roxo que ficava cada vez mais claro. Seus olhos estavam ficando azuis mas a cor vermelha ainda era presente.

– Ainda estão vermelhos? - ela perguntou.

– Estão quase liláses. - respondi. - Vai voltar para o Acampamento? - perguntei querendo ficar ali com ela.

– Não. Vou ficar aqui com você, e se você deixar... Quero dormir com você. - ela falou sorrindo.

– Sempre, Samantha. Sempre. - falei a pegando no colo e girando com ela pelo quarto.

– Apolo! Me coloque no chão. - ela pediu rindo depois de já ter girado umas vinte vezes.

Coloquei ela deitada na cama e fiquei por cima dela. Beijei cada pedaço de sua pele que não estava coberto pelas roupas.

– Samantha, eu quero você. - murmurei. - Faz mais de 3 anos que eu não fico com ninguém. Você sabe disso. - falei com a cabeça sobre a barriga dela.

– Sim, eu sei. Você está apenas comigo e devo dizer que estou admirada por ainda não ter me traído. - ela falou mexendo em meus cabelos.

– Samantha, eu quero sentir você.

– Então me faça sua. - ela murmurou e eu ergui a cabeça surpreso.

– Posso? - perguntei, já desamarrando o nó que segurava o vestido.

Ela assentiu eu desci o vestido pelo seu corpo perfeito. O corpo que eu já não via há anos. Parei por um instante e fiquei admirando seu corpo.

– Feche a boca ou vai começar a babar. - ela brincou me tirando do transe e com isso ela se sentou e sua cabeça ficou na altura de meu peito. - Minha vez agora senhor Apolo. - ela falou me abraçando e me derrubando na cama de lado e logo depois passou as pernas pela minha cintura me prendendo contra a cama.

– Tinha me esquecido que você podia ser muito cruel quando quer. - eu falei passando minha mão por sua coxa e ela ria.

– Já se esqueceu? Então acho que vou ter que castigar. - ela falou rindo e começando a desabotoar a camisa que eu usava. Ela tirou minha camisa e a jogou no chão. Depois desceu um pouco, ficando sobre a minha ereção. - Está animado senhor Apolo. - ela riu. - Mas pode começar a se acalmar ainda vou te torturar muito antes de você conseguir me possuir.

– Samantha, não faça isso comigo. - eu gemi.

Sabia que quando ela queria ser má e me torturar, ela era a mais poderosa e sempre conseguia me dominar.

– Ora, ninguém mandou você esquecer como eu posso ser cruel na cama. - ela falou debochadamente e riu depois.

Depois se abaixou e começou a espalhar beijos sobre meu peito. Ela conhecia cada pedaço do meu corpo e sabia cada ponto fraco meu. Quando ela começou a beijar meu pescoço eu a abracei e girei na cama ficando por cima dela. (N/A: Leiam a nota no final é importante.)

...

Ficamos brincando por um bom tempo. Aquela noite foi longa... Assim como os três meses que se seguiram. (N/A: Eles ficaram um mês a mais.) Zack foi reconhecido duas semanas depois que chegou no Acampamento por Hefesto.

Samantha ficava no Acampamento por um tempo e depois voltava para o Olimpo. Durante os três meses eu dirigi o carro do sol novamente, vou falar a verdade. Estava com saudade daquele carro.

Lyra que iria começar a passar as informações necessárias para o Oráculo. E para a minha surpresa e para a surpresa da Samantha, descobrimos que Hermes tinha traído Lyra com uma mortal. May Castellan. O filho dele, Luke, tinha nascido há quase dois anos e apenas agora que Lyra teve coragem para nos contar.

Vou falar. Eu bati no Hermes até ele ficar com os dois olhos roxos e com um dente faltando. Se o William e o Ares, sim o Ares, não tivessem me tirado de cima dele, provavelmente, estaria passando uma temporada no Tártaro agora.

Mas a Lyra ama o desgraçado, perdoou tudo e está com ele ainda. Quanto ao William e Aghata, eles ainda estão juntos, mas pelo menos nem meu filho e nem Aghata foram para o mundo humano e se deitaram com mortais.

Voltamos para a escola apenas para o mês de dezembro. As amigas da Samantha e alguns amigos meus, ficaram perguntando direto como a Samantha estava e se ela estava bem, como o "primo" dela estava e mais um monte de coisas. Por incrível que pareça, Dionísio estava nos ajudando e conseguimos interpretar perfeitamente. Vou ter que me lembrar de agradecê-lo.

Dias depois de voltarmos, eu e Samantha estávamos observando a aula de combate, quando as três amigas dela chegaram sorrindentes. Aí tinha.

– Samantha, Apolo. Temos uma notícia FAN-TÁS-TI-CA. - Lexi falou querendo dar pulinhos, mas se ela desse ela iria cair da arquibancada.

– O que Lexi? - Samantha perguntou fingindo animação.

– Esse ano teremos outra festa temática. Não é DEMAIS??? - Jennifer contou e perguntou super animada.

– Sim, é claro que é. - eu respondi quando a Samantha ficou quieta.

– Qual será o tema? - ela perguntou sorrindo.

– Branco, preto e vermelho. - cada uma falou uma cor.

– Que ótimo. - falei sorrindo.

Nesse momento, fomos salvos pelo gongo ou pelo professor mesmo. Ele chamou a mim e a Samantha. Queria que nós demonstrássemos alguma coisa. Samantha estava distraída e eu consegui vencê-la facilmente. Ela continuou daquela forma até a noite, quando nós já estávamos no quarto.

– Mil dracmas pelos seus pensamentos. - falei beijando seu rosto.

– Eu posso aceitar. - ela falou sorrindo e me beijou também.

– No que pensava? - eu perguntei. - Você ficou o dia inteiro aérea.

– Estive pensando na festa temática.

– Você gostou da notícia? - eu perguntei incrédulo.

– Não. Eu estou pensando em alguma desculpa para não ir nessa festa. - ela falou.

– Vamos nessa festa. É o nosso penúltimo ano aqui. Vou te confessar uma coisa. Vou sentir falta desse lugar depois. - eu falei. Ela riu e se deitou na cama.

– Acho que eu também - ela disse estendendo a mão para mim. Me deitei ao seu lado.

– Samantha, nós vamos nessa festa? - eu perguntei deitado ao lado dela.

– Vamos. - ela respondeu.

– Com que roupa eu vou? - perguntei para ela.

– Vá da forma que você fica mais sexy. - ela falou sorrindo para mim.

– Como? - perguntei sorrindo maliciosamente e ficando por cima dela. Ela se apoiou em seus braços e aproximou seu rosto do meu.

– Eu te falou no Olimpo. - eu sorriu maldosa e me deu um beijo rápido antes de me empurrar e ir para o banheiro.

Fiquei rindo sozinho, depois que ela voltou fui tomar meu banho. Quando voltei, ela já estava dormindo. Suspirei derrotado e me deitei ao lado dela puxando-a para mim. Dormi com o rosto entre os cabelos dela.

O tempo passou rápido depois. Alguns dias depois, estávamos de volta ao Olimpo nas férias de inverno. Quando voltamos para a escola, o assunto já era a nova festa temática.

Samantha me falou o que usar, um terno de grife que eu usava quase sempre no Olimpo. Ela confessou que me achava sexy quando usava aquele terno. Ok, ela não falou com essas palavras, disse que eu ficava bonito e tentador, em outras palavras, sexy.

A maluca da Afrodite descobriu sobre a festa e insistiu que a Samantha deveria usar um vestido vermelho. Não me perguntem como é o vestido. A Afrodite me expulsou do quarto quando o assunto virou para a roupa da Samantha e ela não me contou.

Quase não conversávamos durante do dia. Eu só conversava com ela à noite, no quarto e durante as aulas de combate.

– Samantha, está acontecendo alguma coisa? - eu perguntei depois de quase dois meses e meio que já estávamos daquela forma.

– Como assim Apolo? - ela perguntou sem entender.

– Você tem parado de falar comigo durante o dia, só fala comigo aqui e às vezes, na aula de combate. Aconteceu alguma coisa? Eu te fiz alguma coisa?

– Não amor. Você não fez nada. - ela respondeu. - Eu tive um sonho que têm se repetido nos últimos dois meses. Estou preocupada. Apenas isso. - ela respondeu passando os braços pelo meu pescoço e me beijando.

– Por que não me contou? - perguntei.

– Apenas não queria pensar nisso. Estava sempre me ocupando com outras coisas para não pensar nisso.

– Com o que você está sonhando? - perguntei estranhando.

– Uma guerra. E eu sinto que ela está se aproximando cada vez mais. - ela disse fechando os olhos.

– Tudo bem. Esqueça isso, por hora. - falei sorrindo. - Eu posso fazer você esquecer tudo em segundos. - falei sorrindo malicioso.

– Nem vem Apolo. - ela falou rindo e me empurrando na cama. Eu a abracei e a puxei comigo. Ela caiu sobre mim, me deu um beijo na ponta do nariz e se levantou sorrindo.

Os dias passaram e agora só faltavam três dias para a maldita festa. Samantha ainda não tinha me contado qual seria a roupa dela. E na noite da festa, ela simplesmente sumiu. Só deixou um bilhete.


"Me encontre na porta do ginásio. Às 18:00.

Sua Samantha."


Achei estranho afinal, a festa começava às 20:00. Ela queria se encontrar comigo duas horas antes? Mas de qualquer forma, apareci na porta do ginásio as 18:00.

Ela estava linda. Seus cabelos estavam presos em um coque frouxo e estava com um vestido vermelho sangue com um decote exagerado. Estava com uma sandália preta de salto agulha. Quando ela me viu, deu um volta mostrando a parte de trás do vestido. Suas costas estavam totalmente de fora. Ela estava maravilhosa.

– Aonde a senhorita pensa que vai com essa roupa? - eu perguntei com ciúmes.

– À uma festa com meu namorado. Quer ir com a gente? - ela perguntou sarcástica. - O que achou? A Afrodite que escolheu. Eu achei um pouco exagerado, mas ela quase me matou quando eu disse que viria com um vestido preto tomara-que-caia. - ela disse rindo.

– Amor, você está linda. Linda não. Maravilhosa. - eu falei rindo.

– Vem, vamos para o quarto. Temos duas horas ainda. - falei estendendo minha mão para ela. Ela aceitou sorrindo.

– Eu te amo! - falei em seu ouvido.

– Não mais do que eu. - ela respondeu.

As duas horas que se seguiram, passaram como um piscar de olhos. Fomos para a festa, dançamos muito. Ganhamos novamente o prêmio, mas o desse ano era de melhor casal.

Os dois últimos dias passaram em um piscar de olhos. Já estávamos voltando para o Olimpo.

Esse foi o ano que se passou...1989-1990


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Notas finais do capítulo

E então? O que acharam?
O aviso importante que eu falei lá em cima e no meio do capítulo...
É o seguinte... Eu não terminei de escrever a cena dos dois transando, mas... eu escrevi um bônus.
Só vou postar se vocês pedirem e não é necessário ler. É POV Samantha, e não POV Apolo como esse.
Agora é com vocês. Devo postar ou não?
P.S: O capítulo já está pronto.