The Forbidden Daughter escrita por Aphroditte Glabes


Capítulo 8
Get in Line


Notas iniciais do capítulo

*Não gostei muito desse capítulo. Está meio rápido demais para uma missão, mas eu não podia faze-lo demorar séculos para não atrasar a fic :)
Espero que gostem.



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-Uma missão? – ela perguntou descrente enquanto estávamos na cozinha durante o café da manhã – Como você sabe que não são só sonhos?     

 

-Sra... Normalmente sonhos são mais que simples sonhos – disse Travis educadamente.

 

-E qual foi o seu sonho? – ela perguntou enquanto eu desviava os olhos de Nikki e Paige.

 

-Eu já disse. Zeus descobriu que Hera o traiu por minha causa e por Thalia.

 

-Você sabe onde a filha dela está?

 

-Sim. Fayetteville, interior do Arkansas.

 

-Levá-la não vai ser difícil, Zeus prometeu não machucá-la.

 

-Era exatamente nisso que eu estava pensando – desabafei – Tem algo estranho aí, Zeus não iria simplesmente fazer uma coisa dessas. Ele não pode fazer nada contra a menina, mas pode contra o avião que ela estiver, por exemplo.

 

Eles ficaram pensando por um tempo.

 

-Vão vocês dois apenas?

 

-Não sei se as garotas sabem lutar – mudei de assunto, e elas balançaram negativamente a cabeça.

 

Mamãe assentiu, derrotada.

 

-Vou comprar passagens para vocês – dizendo isso ela ligou para a companhia aérea reservando duas passagens para Fayetteville para as 14 horas. E três passagens amanhã para Nova York.

 

"Agora peguem suas coisas, e Elle, quero falar com você."

 

Me levantei da mesa e segui minha mãe, até que ela parou no corredor e se virou para me encarar.

 

-Querida, eu sei que você gosta muito desse rapaz...

 

Esperei.

 

-Mas não acha que as coisas estão indo muito rápido?

 

Aaah, agora fiquei borbulhante de raiva. Mas que droga, era exatamente por isso que eu me irritava com ela. Minha mãe ainda me trata como uma criança, como se eu ainda tivesse quinze anos.

 

-Mãe – eu disse controlando minha voz – Nós estamos saindo não faz nem um mês. Eu gosto muito de Travis e por favor mãe, não me trate mais como uma criança. Nós precisamos ir até o Arkansas e levar essa menina para o Acampamento. É importante.

 

-Elle – ela suspirou e depois sorriu – Você é como o seu pai...

 

-Ah, não vai começar a falar sobre isso, não é? Por favor, mamãe.

 

-Querida, arrume suas coisas, falamos disso quando voltar.

 

-Argh – eu disse, enquanto me arrastava para o meu quarto para pegar a mochila que eu nem havia desfeito.

 

***

 

-Pronto, chegamos em Fayetteville – disse Travis, me acordando quando chegamos no avião.

 

-Que horas são?

 

-16 horas, mas com o fuso horário aqui são 18 horas.

 

-Ótimo – murmurei meio grogue enquanto pegava minha bolsa e seguia Travis lentamente nas escadas do avião – A casa dessa garota é a duas quadras daqui.

 

-Vamos andando então – ele disse e pos o braço nos meus ombros  é, eu também vi que os caras daqui estão olhando, por isso pus meu braço ao redor da cintura dele.

 

-O que vamos falar pra ela?

 

-Sei lá, você é a expert em palavras aqui.

 

Dei um soco de brincadeira no braço dele. Quando chegamos na porta da casa da garota, toquei a campainha. Ouvi algumas risadas, então a porta se abriu e revelou uma garota alta e magra que era a fonte das risadas. Ela tinha cabelos loiros claros escorridos e olhos verdes brilhantes, o rosto estava vermelho. Ela vestia uma blusa tomara-que-caia cinza e um short branco, que estavam úmidos, o que explicava o pano de pratos que tinha em mãos.

 

-Oi, posso ajudar? – ela perguntou, sorrindo.

 

-Você é Katherine Cassidy? – perguntei séria e o sorriso dela sumiu.

 

-Sou sim, por quê?

 

-Precisamos falar com você... Sobre sua mãe.

 

-Minha mãe – ela murmurou – O que sabem sobre ela?

 

-Quem ela é, e seus familiares, já que você é minha... Meia-irmã, acho.

 

-Como... Entrem – ela disse, e Travis me seguiu quando passamos pela porta.

 

Ela nos guiou até uma sala, onde havia um garoto moreno e alto de olhos castanhos dourados.

 

-O que vocês sabem sobre a minha mãe? – ela perguntou sem rodeios.

 

-Bastante coisa.

 

-Quando você disse que somos meia-irmãs... – ela disse desconfiada – Falou a verdade?

 

-Sim – respondi – Ela é casada com o meu pai, e... Vai parecer mais estranho ainda, nossos pais são irmãos.

 

-Irmãos? – ela riu – Fala sério.

 

Trovões.

 

-Bem, meu pai não gosta muito de você porque sua mãe o traiu – eu disse e ouvi mais trovões.

 

 “Pai”, pensei  “Me deixe falar com a garota como se fossemos uma família normal”. Katherine arqueou uma sobrancelha para mim, eu ia responder, mas Travis passou na minha frente.

 

-É assim, a dezessete anos atrás, o pai de Elle – ele apontou pra mim – Traiu sua mãe – e apontou para Katherine – Então sua mãe o traiu, como vingança.

 

A garota parecia estar prestes a explodir.

 

-E quem é minha mãe?

 

-Hera – dissemos Travis e eu juntos. Katherine e o garoto explodiram em risadinhas. Mais trovões.

 

-Ah, sério? E o seu pai é Zeus? – zombou o garoto.

 

-Quem é você? – perguntou Travis rudemente.

 

-Jackson.

 

-Ótimo Jackson. Não se meta em assuntos que não são da sua conta – retruquei, enquanto me voltava para Katherine.

 

-Katherine, você precisa vir conosco... Para Long Island.

 

-Long Island? – ela riu – Por quê?

 

-Porque é o único lugar seguro para nós, semideuses.

 

-E você é filho de quem? – ela perguntou par Travis.

 

-Hermes – ele disse com orgulho e Katherine riu.

 

-Escute aqui, garota. Nós viemos lhe fazer um favor e é assim que nos agradece? Eu devia deixar você aqui, ou seguir o conselho do meu pai...

 

-Prove – ela me cortou.

 

-Você tem DDA e hiperatividade?

 

-Tenho, como sabe...

 

-Todos os meio-sangues tem isso – disse Travis, então ele enrijeceu – Tem um monstro aqui.

 

-Um monstro... – riu a garota.

 

-Cala a boca, Katherine – eu disse, então apertei meus anéis. Ela pulou para longe.

 

Um momento de silêncio e uma garota surgiu do hall. Ela não me enganava. Era um empousa. Droga.

 

-Uma empousa – gritei.

 

-Traduza – berrou Katherine de volta.

 

-Vampira – eu disse e pulei em direção a ela.

 

A empousa pulou para o lado e cotovelou minhas costas por trás e me empurrou contra a parede. Bati meu rosto com força lá e me voltei para ela novamente, tentando cravar a espada no coração dela.

 

Então uma espada surgiu no peito dela, e a empousa explodiu.

 

-Essa foi rápida – murmurei, enquanto Travis me ajudava a levantar, então me virei para Katherine – Acredita agora?

 

-Sim – ela sussurrou baixinho, abraçada ao rapaz. Jackson. Ele suspirou, então contou:

 

-Eu já sabia disso.

 

-Jackson... – começou Katherine.

 

-Não, Kate. Eu sou um... não sei como falar. Sou um semi-titã.

 

-O que? – perguntamos Travis e eu ao mesmo tempo – Está zoando, não é? – perguntei.

 

-Não.

 

Fiquei encarando-o por um longo tempo. Aqueles olhos me lembravam alguma coisa, eles eram... Estranhos.

 

-Quem é seu pai?

 

-Eu... Não posso falar.

 

-Jack... – começou Katherine.

 

-Vocês vão vir conosco para o Acampamento – disse Travis e ouvimos a porta se abrir, apertei minhas espadas e elas voltaram a ser anéis. Vi Kate arregalar os olhos. Um homem alto, cabelos ruivos e olhos claros entrou na sala. Quando a viu metade dela destruída, e a faca na mão de Travis, ele murmurou:

 

-Chegou o dia.

 

-Pai?! – perguntou Katheterine descrente – É verdade o que eles falaram?

 

-É – ele disse infeliz – Você precisa ir com eles para o tal Acampamento, mas não de avião.

 

-Não se preocupe Sr. Cassidy. Meu pai prometeu que não vai fazer nada com sua filha, apenas preciso fazer uma oferenda.

 

-Por quê? – ele parecia desconfiado.

 

-Ele disse que não faria nada contra ela, não com o avião em que ela estivesse. E não vai fazer nada, vou fazê-lo compreender.

 

Ele murmurou algo como: “Duvido” .

 

***

 

Meia-hora mais tarde, Kate já havia feito às malas e todos estavam ao meu redor na cozinha da família Cassidy. Acendi o fogo e queimei o pedaço de frango, quando senti o cheiro que ele exalava, pensei:

 

 “Pai, não faça nada com ela, por favor”.

 

Trovões.

 

 “Por que eu faria isso?”, ouvi uma voz poderosa na minha mente.

 

 “Você jurou pelo Styx, lembra? E se Hera que estivesse ameaçando me matar, você iria gostar?”

 

Mais trovões. Estremeci e senti a mão de Travis no meu ombro.

 

 “Apenas desta vez criança, pois foi o seu pedido. Se ela subir aos ares novamente, nunca mais vai descer”.

 

 “Obrigada pai”, murmurei, para que todos ouvissem. Trovões. Senti a mão de Travis na minha, e ele perguntou ansioso:

 

-O que Zeus disse?

 

Esbocei um sorriso.

 

-Disse que apenas dessa vez vai deixá-la voar, e ameaçou dizendo que se depois dessa você subisse aos ares novamente, não iria descer.

 

Todos estremeceram com a ameaça. Trovões. Droga.

 

-Temos que ir, e tenho que voltar para casa em um dia.

 

-Casa? – ela perguntou.

 

-Estamos passando uma semana na casa da minha mãe. Ela... Eu não a via há dois anos.

 

-Ahh – disse Kate, compreendendo – Quando é nosso vôo?

 

-Daqui a três horas – disse Travis, nós vamos com vocês para o Acampamento, e depois voltamos.

 

Depois de muito tédio no vôo, e sem monstros, Graças aos Deuses, chegamos sãos e salvos no Acamamento. Quíron parecia surpreso ao nos ver, mas quando eu disse que tínhamos novos campistas, ele se alegrou. Quem odiou, como sempre, foi o Sr. D.

 

-Filha de Hera? – ele gargalhou – Ah, dessa vez tenho que dizer Pai, depois de tantas vezes que você quem traiu Hera, agora levou o troco.

 

Trovões.

 

-E você é filho de quem, garoto? – ele perguntou rude para Jackson.

 

-Eu... Não posso dizer.

 

-Por quê?

 

Jackson apenas balançou a cabeça.

 

-Jackson, vou te transferir para o chalé 11, e você Kate, para o chalé 2.

 

-11? – perguntou Jackson.

 

-2? – perguntou Kate.

 

-Hermes, o deus dos viajantes. Aceita todos os indeterminados – disse Travis.

 

-E Hera, chalé 2 – informei para Kate, e depois disse para Quíron – Nós precisamos pegar o vôo das 19 horas para Sacramento, afinal daqui a dois dias tenho a festa de um ano de casamento da minha mãe.

 

-Festa... – murmurou o Sr. D. pensativo – Faz tempos que não vou em uma... Mas pelo menos em festas tem mais chances de mortes...

 

-Sr. D. – repreendeu Quíron.

 

-Se quer me matar, entra na fila – retruquei.


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Notas finais do capítulo

E aí? Gostaram? Odiaram?
Comentem e recomendem ^^
Até o proximo cap :)