4 de setembro de 1436  

   Mais um dia nesse mundo dominado por cristãos, creio que Ele existe, mas nunca nem olhou para mim, se tivesse olhado eu não estaria nessa situação, minha familia não tem o que comer, a peste negra esta matando todos da região, só o que me resta é uzar a magia que domino tão bem.  

   -Ruby, - ouvi um sussurro vindo longe, olhei para os lados mas não vi ninguém. - Ruby, minha pequena, venha até mim - mais uma vez ouvi aquele sussurro engraçado, mas ninguém a minha volta, o que estaria acontecendo?

  Quando me viro para subir as escadas daquela velha casa para procurar o livro de magia negra de minha mãe, dou de cara com um homem alto, velho, de aparência simples e amigavel, ele não uzava nenhum tipo de vestimenta, e seus olhos, seus olhos eram ... ASSUSTADORES.

  -Q-quem é você? E por que não esta usando vestimentas?

 -Shh, minha pequena não precisa falar mais nada, sei o que você quer e do que precisa, de todos os teus medos e tuas vontades, sei que tua familia esta passando por maus tempos e que sua bruxaria não tem lhe ajudado, quer saber quem sou? Sou Lucifer, um anjo expulso do paraíso, posso lhe ajudar mas, terá que fazer uma pequena coisa pra mim...

 Nesse momento os olhos que ja estavam tão assustadores tomaram uma cor que eu nunca havia nem visto na vida, era uma espécie de preto, mas com um toque avermelhado e um brilho cor de ouro derretido, como se todas as cores mais improvavéis para olhos estivessem em um só, como se toda a maldade do mundo estivesse sendo escrita e realizada por aquele par de olhos.

  -Qualquer coisa para ver minha familia livre dos maus tempos, o que você quiser...

  Quando falei estas palavras, foi como se meu mundo estivesse caindo, olhei para os lados, tudo em plena escuridão e derrepente a minha frente apareceram um par de olhos negros brilahantes, uma pena dourada que brilhava como se fosse coberta de pequenos vagalumes e um pedaço de perga,inho velho e então uma voz ecoou:

  -Quer ver sua familia longe dos maus tempos? Então é só assinar, minha pequena, não tenha medo, o contrato é justo e sei que você não ia se arrepender.

  Olhei para aquele par de olhos senti um calafrio enorme em minha espinha e uma sensação ruim mas, mesmo assim segurei a pena e assinei o contrato tudo ficou escuro e quando abri meus olhos estava novamente parada no meio da sala, senti uma dor profunda e desmaiei.

   Depois do desmaio tive poucos momentos de lucides, e quando dei por mim estava num lugar horrivel, pendurada pelos braços, sangrando, e na minha frente tinha um espelho, quando me olhei, quase não consegui crer no que estava vendo, meus olhos ... eram negros, eu era ... era um ... demônio!