Uma Virada no Destino escrita por NelianeMalfoy


Capítulo 11
Você era minha vida!




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O homem calvo avaliava o casal a sua frente, a mulher transparecia mais apreensão que o seu companheiro de espera. O chefe de cirurgia geral pediátrica já tinha certa experiência nesses casos, em conversar com as famílias de pacientes em estados graves. Antes de se pronunciar o médico coçou a barba rala que se fazia abaixo de seu queixo, precisava falar de uma forma amigável, pois a corporação cápsula era uma das grandes financiadoras do hospital.

— Senhora Bulma, a cirurgia acabou agora pouco! Você poderia se sentar, por favor? Acho que seria melhor para nossa conversa – Solicitou o homem de meia idade, apontando para o sofá atrás deles.

— Como quiser doutor! – A cientista assentiu para logo se acomodar ao lado do plantonista. Vegeta apenas encostou-se na parede e ficou prestando atenção no que seria dito a respeito de seu herdeiro.

— Bem, o seu neto chegou à nossa emergência num estado gravíssimo, a cirurgia foi demorada e nós fizemos tudo o que podíamos! Tudo o que estava ao nosso alcance. Vincent estava com hemorragia interna, que conseguimos parar, algumas costelas fraturadas, um leve traumatismo craniano, um braço quebrado. Ele está agora na UTI, por causa da gravidade dos ferimentos, provavelmente ficará lá por 72 horas em observação, para ver se devemos passá-lo para o quarto – Explicou o médico de forma sucinta, pois se falasse tudo o que o menino tinha iria ficar mais algum tempo falando.

—Ele não corre mais risco de morrer? – Inquiriu preocupada a mulher de madeixas azuis.

— Isso vai depender das 72 horas em que ele vai ficar em observação na UTI, o estado dele é bem delicado – Replicou o senhor calvo ao mesmo tempo em que ajeitava os óculos.

— Sei... entendo, então ele ainda corre risco de morrer, porém se o quadro dele melhorar em 72 horas, poderá sobreviver – Murmurou inconformada a dona da corporação cápsula. Sendo amparada por Vegeta que a puxou para um abraço reconfortante.

— Não se preocupe meu amor, ele vai ficar bem! O Vincent tem sangue sayajin, isso vai fazê-lo se recuperar mais rápido – Cochichou no ouvido da esposa.

Nesse mesmo momento Pan estacionava seu veículo dentro da garagem do hospital, junto com ela estavam Trunks e Bra. A filha de Gohan preferiu vir dirigindo e trazer seu amado e sua amiga, pois eles estavam muito nervosos e precisavam de alguém para ajudá-los a passar por aquela situação estressante e cansativa. Logo que estacionou o carro, a garota avistou alguns jornalistas do lado de fora, encostados no pórtico de entrada do pronto-socorro, provavelmente esperando Trunks chegar, deduziu a jovem.

— Olhe! Acho que imprensa está lhe esperando – Pan apontou para algumas pessoas que estavam com microfones e filmadoras nas mãos.

Ao ver tanta gente aguardando sua chegada, o meio sayajin se mexeu incomodado no assento do veiculo, não queria naquele exato momento ser abordado por ninguém.

— Não tem jeito Trunks! Você vai ter que passar por eles – Bra falou chateada.

— Mas que droga! Eu poderia voar e entrar pelo terraço – Replicou pensativo.

— Não, vai chamar atenção! Deixe comigo! Vou primeiro, eles vão me reconhecer e correr atrás de mim, assim vocês passam correndo por de trás deles – Retrucou a meio sayajin, ajeitando seu vestido, antes de sair do carro e caminhar até os reportares que estavam de prontidão.

Pan e Trunks ficaram por alguns minutos observando o plano de Bra se concretizar, pois os jornalistas ali presentes realmente a cercaram, ao perceberem de quem se tratava. Então o casal aproveitou a distração da imprensa e correu de mãos dadas para dentro do hospital. Conversaram com a recepcionista, que os indicou onde ficava a sala de espera dos Briefs.

Não demorou muito para o par conseguir achar a local onde estava Bulma e Vegeta. No instante em que Trunks enxergou os pais, imediatamente notou que os seus semblantes demonstravam abatimento e tristeza. Ao ver isso, o rapaz subitamente se retraiu por algum tempo, porém Pan observando a hesitação dele, o abraçou e depois o puxou pela mão para dentro da saleta.

Bulma ao perceber a presença do filho, se levantou do sofá e correu em sua direção, o abraçando forte. Já não contendo mais suas emoções a mulher de olhos azuis chorou copiosamente, sendo amparada por seu herdeiro.

Pan sentia-se um pouco incomodada em estar ali presenciando uma cena tão intima que só cabia a família vivenciar.

— Como ele está mãe? – Inquiriu o filho de Vegeta, com os olhos marejados.

— Ele está num estado muito crítico! Eles já fizeram tudo o que podiam. Agora o que nos resta é esperar passar 72 horas, esse tempo é fundamental para sua melhora – Respondeu Bulma de forma cautelosa.

— O Vincent é tão novinho mãe, ele nem tem noção do que está acontecendo com ele. Não quero perdê-lo... – Trunks desabafou inconformado com toda a situação que estava ocorrendo.

— Eu sei meu filho, isso parte o meu coração também – Falou a cientista limpando a face encharcada pelo choro com um lenço descartável.

— Será que eu posso ver o meu filho na UTI? – Pediu o empresário trêmulo.

— Claro que pode, mas tem que esperar o médico voltar, ele me disse que iria vir daqui a pouco para levar um de nós até o Vincent – Respondeu ternamente.

— Mãe... eu sei que não é a hora para isso, que a situação está muito delicada. Porém eu gostaria de lhe contar que estou namorando com a Pan – Revelou o rapaz de madeixas roxas, ganhando um breve olhar de felicidade da mãe, que olhou para a morena que se encontrava próxima a Vegeta.

— Desejo que vocês sejam felizes. Foi uma pena acontecer toda essa tragédia, quando vocês resolveram ficar juntos – Falou com um meio sorriso a esposa do príncipe dos sayajins.

A conversa entre filho e mãe que até então fluía, de repente foi interrompida pela entrada de Bra, Gohan, Videl e Chichi, todos eles pareciam apreensivos.

— Como ele está Bulma? – Perguntou a consorte de Goku, ao mesmo tempo em que se aproximava de sua amiga e a abraçava.

— Ele está em estado crítico. O acidente foi muito feio – Respondeu a cientista com a voz embargada.

— Nossa! Que horrível! Nem quero pensar em um neto meu numa situação dessas – Chichi desabafou exaltada.

— Antes que eu me esqueça, o Dende me mandou essas sementes dos deuses. Ele disse Bulma, que é para você transformar o feijão senzu em líquido no laboratório e depois misturar no soro do Vincent para ele melhorar rápido – O filho de Goku explicou e depois entregou as sementes para a mulher de cabeleira azulada.

— Vou precisar ir para casa, para fazer isso! Muito obrigado por trazer Gohan – Agradeceu sorridente.

— Eu vou com você – Informou Vegeta se aproximando de sua companheira.

— Está certo, vamos! Depois mais a noite voltamos – Avisou Bulma antes de sair da sala acompanhada com seu esposo.

Enquanto isso, Pan e Trunks resolveram sentar no sofá, e imediatamente se abraçaram de forma carinhosa sem nenhum medo de repreensão. O pai da garota só olhou de canto de olho para eles por algumas vezes, decidiu não se irritar mais com o fato de vê-los juntos. Videl tinha ficado do lado da filha e aceitado que talvez ela namorasse o amigo boêmio e ordenou que Gohan não interferisse, porque Pan já era adulta e sabia o que fazia. Além de sua mulher, o seu irmão Goten também veio lhe dar sermão, dizendo que ele estava exagerando.

Passaram-se algumas horas e finalmente o médico que cuidava de Vincent irrompeu para dentro da sala de espera, deixando em alerta os que permaneciam aguardando mais notícias. Trunks quando viu o responsável por atualizações a respeito do filho, se levantou e foi em direção a ele.

— Oi doutor Milink! Sou o pai do Vincent – Falou o homem de madeixas roxas apertando a mão do senhor de meia idade.

— Sua mãe me disse que você queria ver ele. Vamos! – Gesticulou o cirurgião pediátrico, sendo acompanhado pelo herdeiro dos Briefs pelo um corredor longo, para depois ambos subirem uma escadaria lateral e ingressar no andar que ficava a UTI.

— Como aqui é quieto – Murmurou o filho de Vegeta observando o local.

— Venha, você precisa colocar uma roupa especial para ver seu filho, além de luvas e uma máscara – Explicou o médico de forma mais natural possível.

Após colocar a roupa especial para visitar o filho, Trunks foi levado até o quarto onde o menino permanecia. Ao adentrar no local ele conseguiu avistar Vincent entubado, ligado a um monte de máquinas, respirando por meio de um aparelho. Seu herdeiro estava com uma aparência fantasmagórica. Como se tivesse perdido muito sangue, e olheiras roxas se formavam. O coração de pai apertou ao ver o garotinho naquele estado, engoliu o choro e se aproximou mais um pouco da cama onde ele estava, com a mão trêmula segurou na mãozinha da criança e se baixou para ficar próximo.

— O papai está aqui Vincent. Não precisa ficar com medo – Trunks sussurrou próximo ao garoto para que ele pudesse lhe ouvir.

De repente as máquinas começaram a emitir alguns ruídos sonoros, e o aparelho que lia os batimentos cardíacos do menino zerou, indicando uma parada cardíaca. Imediatamente a equipe do médico invadiu a sala e começou o processo de reanimação. Uma enfermeira ruiva retirou o empresário de dentro do quarto, mandando que ele aguardasse no corredor, atordoado com o fato ocorrido, o namorado de Pan apenas deixou-se ser conduzido para fora, em total choque.

Dentro do cômodo, os médicos e enfermeiras faziam tudo o que podiam para ressuscitar a criança. Tentaram por três vezes, mas em vão. Trunks sentiu a hora que o filho morreu, quando seu ki se apagou, nesse momento se deixou cair no chão do corredor, chorando desesperadamente.

Continua


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