Mundos Distantes escrita por LauraPavessi


Capítulo 23
A decisão...


Notas iniciais do capítulo

Capítulo 23. Agora sim, nesse capítulo sim, minha cabeça vai a prêmio. x_x *corre*
ATENÇÃO GENTE, IMPORTANTE!
Depois dalí onde diz: "HORAS DEPOIS", ligar o seguinte vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=mr4VEbt4zSw
Leiam também a tradução e vocês vão ver porque a música é importante pro capítulo, ok? http://letras.terra.com.br/hinder/784596/
Se vocês não ligarem pra música vai ficar sem graça o capítulo, bjs. u_u



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  O táxi chegou na porta do hotel de Bill. Ele fez questão de pagar o táxi, e Duda desceu com ele alí. Caminharia depois só umas 2 quadras até casa.

  - Não é mesmo perigoso você ir sozinha até sua casa depois? - fala Bill, segurando a mão de Duda.

  - Claro que não, tô dizendo. - fala ela, chegando à um canteiro onde estava escuro, logo abraçando a cintura de Bill.

  - Duda... - fala Bill, levantando a cabeça dela, segurando delicadamente o seu queixo. - Me diz uma coisa...

  - Sim. - responde ela, olhando aos olhos do moreno.

  - Você realmente me ama, né? Você abriria mão de algumas coisas... Por mim?

  - Ah... Se eu não fosse obrigada a matar ninguém, roubar, magoar... Ninguém... Pra ficar com você, eu faria sim. - fala ela, sorrindo.

  - Hm... - resmunga Bill, abraçando mais forte a pequena, que encosta o rosto no peito dele. - Bom, tá tarde... Eu acho que é melhor você ir pra casa, e eu entrar no hotel. Já devem estar meio preocupados comigo...

  - Ah... Tudo bem. - Duda demorou a entender que era pra ela largá-lo. - Eu te vejo amanhã então? - fala ela, mais uma vez, com o sorriso no rosto.

  - Sim, sim... Claro. - diz Bill, olhando firmemente nos olhos de Duda. - Boa noite, pequena. - e dá um beijo demorado na testa dela.

  - Boa noite, "mein engel". - diz ela, sorrindo, depois, dando um beijo na bochecha direita dele.

  O caminho até o apartamento dela, não foi longo. Era no centro da cidade, e haviam muitas pessoas alí ainda. Chegou "sã e salva".

  - Olha só quem resolve aparecer... - diz Maurício, ao ver Duda entrar em casa. - Que moletom é esse? Gramado? - pergunta ele, espantado.

  - É Mauri, Gramado! - fala Duda, pulando no sofá, ao lado de Maurício. - Eu fui com ele. - continua, dando um beijo na bochecha do mesmo, se aquietando depois, com as pernas cruzadas em cima do sofá?

  - Quando? - pergunta ele, com a sombrancelha esquerda arqueada.

  - Hoje! Acabamos de voltar. Tomamos chocolate, fomos à minha sacada preferida e comemos fondue. - conta Duda, com os olhos brilhando.

  - Ah... Duda, eu não quero ser chato... Mas você já parou pra pensar que daqui a alguns dias eles vão embora?

  - Err... Claro que sim... Mas Mauri, hoje ele me fez uma pergunta estranha... "O que você abriria mão pra ficar comigo". - responde Duda, ainda eufórica.

  - E o que tu respondeste?

  - Que abriria mão de tudo! - depois de responder, Duda começa a pensar sobre a última frase. Tudo... Maurício suspira, levanta do sofá, e pára no canto da sala, antes de seguir pro corredor.

  - É melhor tu pensar se é realmente isso que tu quer. Se tu queres mesmo abdicar tudo que tu conquistou até agora. - diz ele, logo seguindo pro seu quarto.

  Duda se deita ao sofá, com as mãos nos cabelos. E agora? O que ela devia fazer? Desistir da banda dela, dos amigos, da família... Pra seguir com Bill? E será que era essa proposta mesmo que ele quis fazer com aquela pergunta? Perguntas ainda sem resposta nenhuma dentro da mente dela... Mas então ela cheirou uma medeixa do seu cabelo... O cheiro dele... O melhor cheiro do mundo. Ele poderia sentí-lo para o resto da vida, sem nunca enjoar. Olhou mais uma vez pra o céu, e então, cansada de tentar achar as respostas inexistentes pra todas essas questões, adormeceu.

  O dia já tinha clareado. Alguém batia à porta.

  - Merda, já vai! - gritou Bill, se remexendo na cama, tentando se desfazer do lençol enrolado nas suas pernas. Olhou pro lado e viu: 10:07. Quem era o FDP que viria o acordar à essa hora? Conseguiu sair da cama, cambaleando pros lados, com uma mão ajeitando o cabelo, foi até a porta a abriu-a.

  - Oi, Bill. - disse Maurício.

  - Hey, olá Maurí...

  - Maurício. - ajudou.

  - Tudo bem? Quer dizer, o que o trás aqui essa hora da manhã? - fala Bill.

  - Eu queria conversar com você, tem como?

  - Claro... Claro. Só espere eu... Trocar de roupa e dar um jeito nessa cara. - diz Bill, apontando pro próprio rosto, sorrindo fracamente.

  - Ah, tudo bem.

  Maurício se senta em uma poltrona que tinha alí por perto, e espera Bill sair do banheiro. Lá dentro, Bill perguntava-se o que ele queria alí. Maurício reparou no cinzeiro cheio ao lado da cama de Bill.

  - Pronto, agora estou parecendo mais decente. - fala Bill, depois de abrir a porta, se sentando na ponta da cama, perto de onte Maurício estava sentado.

  - Então, Bill... Eu vim falar sobre a Eduarda.

  - Ah... Então?

  - Bill, eu tenho que dizer que eu nunca vi a Duda tão feliz como ela está nos últimos dias... - Bill sorriu com o canto dos lábios - Mas eu acho sinceramente, que isso vai mudar bruscamente logo. Vocês vão embora. E mesmo que você a leve junto, ela não seria feliz... Ela deixaria tudo por você, e você continuaria a sua vida, e sobraria só 5% do seu tempo pra ela. O que ela faria no resto? Isso não tá certo, não tá nada certo.

  - Maurício... - Bill pronunciou com certa dificuldade. - Eu amo ela.

  - Amar não faz diferença nenhuma. Ela vai sofrer do mesmo jeito. E quanto mais você adiar isso, vai ser pior pra ela depois. Por favor, Bill, deixa a Duda em paz. Aqui ela tem amigos, tem a banda, tem a família dela... Você e ela, não combinam.

  - Como não, agente...

  - A Duda gosta de tudo arrumadinho, ela se magoa fácil, ela gosta de ficar sozinha às vezes, ela odeia vícios... Você até fuma!

  - Eu posso deixar de fumar! - Diz Bill, opondo-se às afirmações de Maurício.

  - Vocês iam viver brigando. Eu conheço a Duda à 9 anos... Não ia dar certo. - termina, Maurício.

  Bill já com os olhos molhados, dá-se por vencido ao ver quão convincentes eram as afirmações de Maurício. Em silêncio, ele só baixa a cabeça.

  - Pensa nisso, tá? - fala Maurício, levantando-se da poltrona e indo em direção à porta.

  - Eu vou deixar ela ficar bem. - diz, baixinho, Bill. Quando Maurício sai pela porta, ele desaba à sua cama. O pior de tudo, é saber que o rapaz estava certo.

---------- HORAS DEPOIS ---------- <-- isso foi péssimo, mas eu sou sem criatividade, bjs.

Ligar o vídeo, antes de continuar!

  - "E as fans fazem multidão na frente do Hotel onde estão os Tokio Hotel! Depois do anúncio de que eles partiriam para a Alemanha essa noite, várias adolescentes fanáticas pelo grupo foram para a porta do hotel que agora, se vê cheio de seguranças por toda a parte tentando barrar essas..."

  O resto da notícia, Duda nem conseguiu ouvir. Foi como um tiro. Esperando o dia inteiro, com o celular ao lado de si em qualquer lugar que fosse, por uma ligação de Bill, ela percebeu que ele não ligaria. Esse era o propósito. Saiu da cama em um pulo, calçou seus tênis, vestiu o mesmo moletom da noite passada, e saiu correndo em direção ao hotel. "Como? Porque não me avisariam?", pensava ela. Em dois minutos, lá estavam eles, na porta dos fundos do hotel. Haviam poucas fans por alí, umas 50 só. Ela correu até alí, empurrando-as o quanto pôde.

  - BILL! - gritou. Ele ouviu. Falou alguma coisa em alemão com o segurança, que a levou até ele.

  - Como... - parou, para respirar, Duda. - Porque vocês estão indo agora? - os fotógrafos faziam a festa, por entre os seguranças com aquela situação.

  - A gravadora está nos chamando... - mentiu ele, olhando pros lados.

  - Quando vocês vão voltar? - perguntou, Duda, ainda sem fôlego.

  - Não sei. - falou Bill.

  - Bill, olha pra mim! - grita ela, por ver que ele estava mentindo, desfarçando tão mal olhando para os lados.

  - Eu não posso ficar! Você tem que viver a sua vida como sempre viveu... Você acha que eu não queria ficar? - agora ele também gritava, e as lágrimas negras desciam pelo seu rosto - Você acha mesmo que eu não te amo? E por eu te amar, eu tô indo embora! Eu quero que você fique bem... Você merece coisa muito melhor que eu.

  - "Even if I leave you now, and it breaks my heart, even if I'm not around... I wont give in, I cant give up... Of this love". - cantava baixinho Duda, enquanto colocava o seu anel dentro do bolso do casaco de Bill. - "Geh." - terminou ela, deixando cair uma última lágrima, tirando as lágrimas do rosto com a mão. Ele se distanciou sem falar nada.

  Tom, de longe, abanou um adeus. George se aproximou. "Você vai ficar bem.. Se cuida.", foi o que ele disse. Gustav, de quem ela menos esperava, foi quem entendeu.

  - Vai ser melhor pra você. Vocês ainda vão se encontrar de novo, Duda. Ele tá sendo um idiota agora, mas isso não vai acabar agora, sabe? Eu tenho sexto sentido também. - disse ele, sorrindo pra Duda, como um bebê. Ela não havia percebido ainda como Gustav era atencioso. - Vá procurar a sua felicidade, menina. Você merece. - Ela o abraçou, afogando mais umas lágrimas no ombro dele. Então, os seguranças chamaram-o, e ele se foi também.

  O ônibus ligou. Uma parte do vidro escuro do grande ônibus que eles haviam alugado aqui no Brasil e que os levaria até o aeroporto, estava embaçado. Os cabelos compridos grudados perto do vidro não mentiam que era ele. Aquela foi a imagem que Duda carregou durante os próximos 4 anos.

 

 

Continua...


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Notas finais do capítulo

FIIIIIM DA PRIMEIRA PARTE! Agora sim, a segunta parte a Duda deixa de ser tão "fófis" e passa a ser... Bem, vocês vão ver. HEWAUIOHIEUH, deixem reviews dando idéias do que vocês acham que vai acontecer! n_n